Não li. E critico!

Hoje vou fazer a crítica de um livro que não li, jogando por terra em apenas duas laudas e algumas linhas um dos valores que mais respeito nas relações entre a crítica e o criador de uma obra de arte: o conhecimento da obra e do autor. Portanto, faço uma crítica (e ao mesmo tempo uma autocrítica pela atitude assumida) a uma obra literária em que não conheço o conteúdo e o autor. E faço-o conscientemente por saber que nem o livro em questão e nem a minha crítica têm a menor importância para a maioria dos leitores e dos brasileiros em geral, a não ser – talvez – para os meus amigos e os amigos do autor. E olhe lá! Ainda assim, os neurônios me convidam a ação.


O livro, de 500 páginas, tem o modesto e pretensioso título de O QUE SEI DE LULA. Tomei-o em minhas mãos na livraria e dispus-me a ler a contracapa e a “orelha”, devolvendo-o à estante logo em seguida, antes que a náusea me dominasse. E podem todos ter a certeza de que não sou lulista de carteirinha. Fiquei ali parado por um instante, pensando num dos primeiros aforismos que ouvi na vida, ainda adolescente, e proferido por meu saudoso pai: “É o porco falando do toicinho”.


Muito provavelmente o livro que eu não li possa ser dissecado por um psicólogo ou até mesmo um psiquiatra (nunca se sabe bem sobre essas nuanças), pois é quando personalidades tão díspares se encontram naqueles milhares de fatos e curiosidades que uma pessoa pode falar (no caso escrever) sobre outra.
Outro ditado, também bastante conhecido de escritores e jornalistas é aquele que diz que uma folha de papel em branco aceita qualquer coisa, inclusive essa minha crítica. Fato que pode se tornar mais trágico quando se trata de biografias, quase biografias e/ou autobiografias – autorizadas ou não – envolvendo celebridades.
É fato conhecido até do mundo mineral (como gosta de afirmar o jornalista Mino Carta) que durante o trágico período da escravidão e do tráfico de escravos, que os mais terríveis caçadores de negros nas costas africanas eram muitos dos próprios negros, pois assim, além de obterem vantagens pecuniárias, se livravam eles mesmos de serem capturados e enviados como mercadorias para terras distantes. Oportunistas e traidores de sua própria gente.


Confesso que tripudiar sobre um presidente nordestino, sem curso superior e que deu certo como presidente da república não é tarefa das mais fáceis, mas há sempre quem tente, há sempre alguém à procura dos holofotes da maledicência, sendo que o autor do livro em questão não é o primeiro a tentar. Já ouve quem o fizesse com outro livro e se auto exilou. A propósito, Veneza me lembra um clássico do teatro mundial. O autor da peça parece ter conhecido bem a alma humana.


Para Shakespeare, o homem é, de fato, uma coisa extraordinária. Em uma de suas tragédias, OTELO, o poeta mostra isso à perfeição. Anda por ali um personagem fabuloso, de nome IAGO, envenenando os ouvidos do mouro sobre sua amada DESDEMONA. Tal IAGO é figura interessantíssima, emblemática para os dias que correm.


Como não tenho inveja do ex-presidente LULA e muito menos do autor do livro em questão, sinto-me perfeitamente à vontade para refletir sobre alguns fatos concretos e que mantêm relação direta com o assunto, tais como:
- por qual razão milhares de trabalhadores brasileiros das camadas mais simples da população gostam tanto de LULA?
- por qual razão muitos empresários brasileiros também gostam de LULA?
- por qual motivo o ex-presidente tem recebido tantas homenagens dentro e fora do Brasil?
- por que razão um presidente “semi-analfabeto que se orgulha de não ter estudos”, como alegam seus detratores, criou proporcionalmente no seu governo o maior número de universidades no Brasil?
- Em nome do quê, alguns – vamos admitir – intelectuais, particularmente nos emergentes da classe média paulistana, adoram procurar pretextos para ridicularizar ou desmerecer a figura de Lula da Silva?


Já no alto da contra capa do livro que não li, um filósofo, ou coisa parecida, afirma categoricamente que qualquer um que ler o livro do autor-jornalista verá quem de fato é Lula e como ele vem enganando os trabalhadores e o povo brasileiro há anos.

Nas últimas semanas, estupefata, a mídia servil a interesses antinacionais vem se perguntando como é que lá fora outros países podem dar tantos prêmios e render tantas homenagens a ele, o semianalfabeto? Dá até para perceber a inveja corroendo as tripas dessa gente. Postam-se de manhã em frente ao espelho, com certeza, antes de escovar os dentes, o rosto bem barbeado, a perguntarem-se: como é que pode? Então, eu, que passei anos da minha vida estudando, tenho cursos feitos no exterior, títulos e mais títulos, leio Aristóteles e Hegel no original, falo inglês, não consigo ser homenageado nem em uma reunião de condomínio?

O pior da inveja não é o mal que ela faz ao invejoso, mas – sobretudo – a disseminação de subjetividades longe ou em confronto com a realidade.


Escritores, ainda bem que pouquíssimos, e jornalistas da mídia venal, esses infelizmente em maior número, acusam e condenam sem qualquer tipo de constrangimento. Como o terrível IAGO, essa prática envenena a informação e a cultura brasileiras.


Sugiro ao jornalista que escreveu esse calhamaço sobre Lula para destilar a sua inveja que aproveite o embalo e escreva agora O QUE SEI SOBRE O CABO ANSELMO.
Por Izaías Almada

Frase do dia

A verdade é que na iniciativa privada a única incapacidade dos chefes é de serem honestos.
Joel Neto

"OS GRANDES BLOCOS DA ECONOMIA MUNDIAL VIVEM DIAS DIFICÍLIMOS. É UM QUADRO ASSUSTADOR"!

         
Trechos da entrevista de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central 

  • O Brasil tem um peso crescente nas carteiras mais especulativas de investimentos. Quando a crise se torna mais aguda, há uma liquidação forçada e o dólar dá suas estilingadas. Além disso, sofremos recentemente – e falo aqui também como presidente do conselho da BM&FBovespa – com medidas que engessaram o mercado financeiro. Não sou contra medidas prudenciais para evitar o endividamento externo de curto prazo. Esse foi o tema da minha tese de doutorado, concluída em 1985. Tenho ojeriza a excesso de capital de curto prazo. Mas o governo foi além do necessário. Essa mão pesada não ajuda quando há piora do quadro externo. O empresário brasileiro precisa ter acesso ao capital mais barato de fora para investir. Não faz sentido penalizar a aplicação de estrangeiros em ações.              
  • O protecionismo é um mecanismo que diminui as opções do consumidor, tira dinheiro da população e dá poder excessivo a setores econômicos beneficiados. Recorrer a barreiras mostra uma predileção do governo por favorecer certas empresas em detrimento do cidadão. Sinto hoje o país acompanhando o pêndulo global e abraçando ainda com mais ardor o capitalismo de estado – que nunca deixou de existir aqui. É um modelo com ênfase em beneficiar empresas escolhidas, e não em deixar o mercado funcionar. É um mau modelo. Combinado ao protecionismo, é ainda pior.
  •  A Europa tem se mostrado incapaz de se antecipar aos fatos e apresentar uma reação convincente. Já se sabia que a União Europeia passaria por momentos difíceis. A união é incompleta. É monetária e aduaneira, mas não fiscal nem política. As respostas serão de difícil execução e graduais. Os instrumentos de política econômica estão no limite. Em tese, nos Estados Unidos a recuperação seria mais simples. Mas o país está dividido e polarizado. Não há ambiente político para reformas. Parece só haver chance para isso depois da eleição presidencial do próximo ano. Até na China há sinais de desgaste. Como o governo chinês não é muito transparente, as análises tendem a convergir para o pior cenário. Os grandes blocos da economia mundial vivem dias dificílimos. É um quadro assustador. Há muito risco no ar.

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Isso não é uma denúncia. Isso é uma agressão ao jornalismo e ao bom senso

E ainda querem que o "denunciado" prove a inocência, quando o ônus da prova é da acusação



 "Considero muito grave algumas afirmações, de que não importa a apuração, não importa o processo, o que importa é que há uma denúncia. Lembrei do tribunal de Nuremberg, do dito brasileiro às favas os escrúpulos. Isso é um tribunal de exceção. Acusar alguém e não provar, acusar alguém sem o devido processo é fazer um tribunal de exceção. Isso tangencia para o fascismo".

Orlando Silva, ministro dos Esportes.

O mais confortável seria surfar na onda da revista Veja & companhia, mas a leitura e releitura reiterada da matéria sobre suposto envolvimento do ministro Orlando Silva em esquema de propinas no Ministério dos Esportes me põe diante de um episódio sórdido, subproduto mal acabado da pior mídia marrom, do que há de mais repugnante no jogo sujo do poder.

Numa me imaginei defendendo o ministro Orlando Silva, mas a reportagem da Veja (e as repercussões decorrentes) é uma agressão ao jornalismo - afirmo em nome dos meus 50 anos de redação. Cheira a matéria de encomenda, mesmo sem o mínimo de requinte e, provavelmente, tem muito a ver com toda essa trama de interesses que envolve os eventos bilionários programados para 2014 e 2016.

Estou com essa matéria atravessada ma garganta desde o sábado em que foi para as bancas. Interessei-me porque acho que essas terceirizações através de ONGs sem qualquer licitação é um perigoso ralo, sobre o qual ninguém, absolutamente ninguém, pode ter controle. O repasse do recurso público permite tudo, até que o dinheiro seja usado honestamente.

Mas ao deparar-me com o seu conteúdo, vi logo que ali tinha truta. Leviandade pura, irresponsabilidade de baixíssimo nível. Coisa de moleque. Inacreditável. Inadmissível. Intragável.

Com esse tipo de jornalismo não dá. Isso é muito feio, é um péssimo exemplo para tanta gente que acredita no poder da palavra.

Faço a desmanche dessa matéria exatamente porque considero a banalização leviana de falsas denúncias, fofocas primárias, um péssimo desserviço à luta contra a corrupção. Não é admissível que a palavra de um picareta encurralado por seus próprios delitos, que nos afronta com descarado enriquecimento ilícito, seja a única peça a alimentar a reportagem com chamada na capa, uma espécie de panfleto contra um ministro de Estado, ainda mais no centro de tantas controvérsias por conta dos eventos internacionais em que o Brasil está envolvido.

A revista nem se deu ao trabalho de checar as denúncias

Como é que pode? Nesse caso, penso diferente do ministro. O grande vilão não é esse PM que mora em uma mansão com três carros importados, conforme o próprio GLOBO mostra hoje, terça-feira. Quem deve ser questionado firmemente é a revista que o transforma em "testemunha" de algo sobre o que não exibe uma única prova, nada, só a palavra dele, claramente a palavra de um criminoso usado para atingir e desestabilizar o ministro.

Essa irresponsabilidade ainda é mais grave porque bóia em citações genéricas, sem o menor cuidado de nominar possíveis envolvidos. Nada que justifique essa verdadeira fraude jornalística: "Agora, surgem evidências mais sólidas daquilo que os investigadores (quais investigadores?) sempre desconfiaram: funcionava dentro do Ministério do Esporte uma estrutura organizada pelo partido para desviar dinheiro público usando ONGs amigas como fachada. E o mais surpreendente: o ministro Orlando Silva é apontado como mentor e beneficiário do esquema".

A revista simplesmente assina embaixo das declarações desse dublê de policial militar e empresário, preso junto com outras quatro pessoas, por desviar dinheiro recebido do Ministério dos Esportes para dar treinamento a crianças em Brasília. Isso sem acrescentar qualquer comprovante que dê verossimilhança às suas supostas "delações".

Segundo reportagem de O GLOBO, PM acusador mora numa mansão em condomínio fechado, com três carros importados na garagem: um Camaro, um Volvo e uma BMW. Seu salário bruto: R$ 4.5000,00. Isso a VEJA omitiu.
 

 
PM tem um patrimônio de milionário
 
Esse soldado PM, João Dias Ferreira, que já foi filiado ao PC do B, partido do ministro, aparece também como dono de uma rede de academias de ginástica. E Célio Soares Pereira, a pessoa indicada por ele para reforçar suas acusações, é seu funcionário, gerente de uma das academias de sua propriedade.

Pelos critérios investigativos mais razoáveis, qualquer um procuraria saber, em primeiro lugar, como um soldado da PM conseguiu reunir esse patrimônio. A polícia e o ministério público certamente já sabem.

Segundo a revista, durante o inquérito policial os outros quatro presos "concordaram em falar à polícia. Contaram em detalhes como funcionava a engrenagem. O soldado João Dias, porém, manteve-se em silêncio sepulcral". Ele contava que o próprio ministro do Esporte livraria sua cara: "O Orlando me prometeu que ia dar um jeito de solucionar e que tudo ia ficar bem" - declarou à Veja.

E admitiu que fez todo tipo de pressão para que o livrassem do processo criminal e da obrigação de devolver ao Ministério R$ 3,16 milhões desviados. Procurou pessoalmente o então secretário nacional de Esporte Educacional, Júlio Cesar Filgueira, para tirar satisfação. O encontro foi na secretaria. O próprio João Dias conta o que aconteceu: "Eu fui lá armado e dei umas pancadas nele. Dei várias coronhadas e ainda virei a mesa em cima dele. Eles me traíram".


A revista a rigor nada revela e ainda fica nos devendo informações elementares:
Diz a matéria: "as ONGs, segundo ele, só recebiam os recursos mediante o pagamento de uma taxa previamente negociada que podia chegar a 20% do valor dos convênios".
No mínimo, o repórter localizaria alguma ONG e publicaria seu depoimento.

Diz a matéria: "O partido indicava desde os fornecedores até pessoas encarregadas de arrumar notas fiscais frias para justificar despesas fictícias".
Não seria difícil dar nomes de alguns fornecedores ou autores de notas frias. Nenhum nome aparece, porém.

Na matéria, Célio Pereira, funcionário do PM, diz: "Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais"
Para ganhar credibilidade, esse relato teria que apontar os nomes das quatro entidades das quais ele havia recolhido o dinheiro.

Reporta ainda a matéria: "João Dias diz que Fredo Ebling era um dos camaradas destacados por Orlando Silva para coordenar a arrecadação entre as entidades. O policial relata um encontro em que Ebling abriu o bagageiro de seu Renault Mégane e lhe mostrou várias pilhas de dinheiro. "Ele disse que ia levar para o ministro", afirma".
Sinceramente, tem cabimento o sujeito ficar mostrando a outro dinheiro arrecadado indevidamente?

Na entrevista publicada com a matéria, o repórter pergunta: "O senhor deu dinheiro ao esquema?".
O policial militar responde: "Não. Exigiram pagamento adiantado a um escritório indicado por eles. Foi feito um contrato de consultoria que depois eu percebi que era fictício".

O repórter nos deve o nome desse escritório, bem como dos fornecedores de alimentos e material esportivo de quem João Dias afirma ter sido obrigado a comprar.

Você pode estranhar a minha repugnância a esse tipo de "denúncia" e até achar que resolvi fazer às vezes de advogado do ministro, com quem nunca cruzei.

Mas se for mais racional haverá de entender o porquê da minha desconfiança sobre esta matéria. Nada compromete mais uma reportagem dessa gravidade do que a inconsistência que a permeia, da primeira a última linha.

Acho que a reação do ministro Orlando Silva não foi feliz, na medida em que ele descarrega sua ira sobre o policial militar, deixando de considerar a responsabilidade da revista que o acusa formalmente de ser beneficiário de um suposto esquema de propina. É isso mesmo.

A revista Veja está garantindo a seus leitores, com base n entrevista de um delinquente, que o ministro Orlando Silva e o PC do B paparam R$ 40 milhões em propinas repassadas compulsoriamente por ONGs beneficiadas pelos programas do Ministério.
O combate á corrupção é coisa séria. Não pode ser achincalhado por matérias típicas da velha imprensa marrom, sem qualquer elemento de prova, documental ou testemunhal. Acusações desmontáveis comprometem o acusador, em primeiro lugar. E acusador não apenas é o brutamonte que diz ter invadido armado o gabinete de uma autoridade para exigir que o ministério lhe livrasse a cara.

Só faltou seguir as normas elementares do jornalismo que se aprende no primeiro dia de redação. Isto é, faltou responder às perguntas básicas de uma reportagem - o que, onde, como, quando, por que, para que - e oferecer elementos reais de prova.

Do jeito que a armação foi feita, até a oposição está dividida. E não é pra menos. Quem tem "inimigos" tão incompetentes e precipitados não precisa nem ter amigos para afirmar-se no poder.

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por Luis Fernando Verissimo


O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS

Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.
D - Delegado
L - Ladrão
D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!
L - Não era para mim não. Era para vender.
D - Pior, venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio estabelecido. Sem-vergonha!
L - Mas eu vendia mais caro.
D - Mais caro?
L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.
D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.
L - Os ovos das minhas eu pintava.
D - Que grande pilantra... (mas já havia um certo respeito no tom do delegado...)
D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...
L - Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..
D - E o que você faz com o lucro do seu negócio?
L - Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois perguntou:
D - Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está milionário?
L - Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.
D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
L - Às vezes. Sabe como é.
D - Não sei não, excelência. Me explique.
L - É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. É uma experiência nova.
D - O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
L - Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
D - Sim. Mas primário, e com esses antecedentes...

Juízes federais e trabalhistas decidiram cruzar os braços a partir de 30 de novembro

 

Juízes federais anunciam greve para 30 de novembro

Angeli

Até lá, os magistrados vão segurar as intimações em causas de interesse da União.

Serão retardados os processos nos quais o governo está na bica de prevalecer.

Aderiram ao movimento a Ajufe, associação de juízes federais, e a Anamatra, associação de magistrados do Trabalho.

Pressionam pela elevação do salário dos ministros do STF de R$ R$ 26,7 mil para R$ 30,6 mil.

O contracheque do Supremo é o teto da administração pública. Se elevado, puxará para o alto os vencimentos de todo o Judiciário.

Dilma Rousseff se opõe ao reajuste. Estima que custará R$ 7,7 bilhões por ano. E alega que não há dinheiro.

A tática sindical submete a Justiça ao risco da desmoralização. Vista como tartaruga, se autoconverterá em cágado paraplégico.

Talvez não consigam o reajuste pretendido. Mas certamente vão provar que a lentidão tem pouco a ver com os salários.

Escrito por Josias de Souza



Leitura crítica


[...] revisão, copidesque


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