A ceia de natal

[...] e o pão que o diabo amassou

"Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido." 
Charles Chaplin

 

 
Bem que eu queria desejar feliz natal de coração para coração. Queria valer-me das imagens singelas do nascimento de Jesus Cristo, tal como aprendi no catecismo, para cobrir a todos de carinho, afeto e de um luminoso feixe de esperanças.

Queria que a data, referência de uma civilização nascida na cruz e multiplicada nas catacumbas, fosse o momento sublime do mais afetuoso dos abraços.

Queria, sim, juro por tudo quanto é sagrado, que todos os 7 bilhões de seres humanos tivessem um belo motivo para um grande abraço através do planeta, inspirando-se nos sentimentos mais generosos de que desfrutamos e cultivamos no círculo restrito dos entes mais próximos.

Queria, mas, infelizmente, esse desejo é mais um a fantasia de inspiração lunática, típica de quem perdeu a noção da realidade e tenta desconhecer o trágico dos impulsos ensimesmados de cada indivíduo.

Imaginar a "festa máxima da cristandade" para além do corre-corre no comércio à cata de um presente para alguém que já está à espera dessa lembrança é passar atestado de desmiolado incurável.

O natal desses tempos modernos reduziu-se à troca de presentes porque a alma humana reduziu-se também ao império dos interesses, aos impulsos de caráter material, ao culto de satisfações egoístas, seja para hoje, na fruição de cada conquista pessoal, seja para o amanhã, quando a fé em Deus nos supõe eternos, com direito a um paraíso espiritual para todo o sempre.

A alma humana, aliás, é mais uma figura de retórica. Estes seres com que cruzamos na guerra silente de uma sobrevivência apequenada já se perderam no caos de suas próprias querências e compõem hoje apenas uma totalização disforme de partículas amargas e be ligerantes.

Portanto, o mais que se disser de mais um 25 de dezembro é subproduto reles da demagógica hipocrisia.

Mesmo assim, imaginando ser esta ainda a oportunidade de uma ceia em família, aproveito o ensejo para exortar a uma reflexão qualquer, qualquer coisa que permita lembrar o calvário de tantos outros filhos de Deus que nesta data santa ainda comem o pão que o diabo amassou
 
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Rico x pobre

Na essência é tudo a mesma coisa. Ricos e pobres se embebedam e fazem besteira.

Bate-papo das amigas


Bilhete ao filho

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Minha casa


Viúvos da inflação

[...] e Restadão unidos


ImageCom esta manchete de 1ª página "Governo já admite PIB de 3,5% em 2012", especulação da mais pura qualidade, publicada dois dias após a presidenta da República, Dilma Rousseff anunciar que a meta de seu governo é de crescimento econômico de 5% no ano que vem, o Estadão faz hoje o jogo que lhe interessa e, principalmente, a rentistas, especuladores, donos do mercado e afins.

A presidenta da República anunciou a meta para o crescimento em 2012, em pronunciamento no almoço de final de ano com os oficiais generais das Forças Armadas.

A manchete de hoje do Estadão é típica manobra do jornal para agradar e tornar público o que defendem seus parceiros de sempre, na permanente torcida para que a inflação suba para, na outra ponta, impedir ou dificultar a queda dos juros, necessária e já adotada pelo governo diante dos reflexos aqui da crise econômica global. Prevêem alta da inflação até quando ela desacelera ou está em queda, como agora.

Jornal perde pudor na defesa dos interesses de seus parceiros


Na defesa dos interesses ou torcida dos que querem mais inflação, o Estadão despudoradamente vem com a história de que a inflação vai voltar a subir em 2012. Adianta que, reservadamente, o governo já admite que o "sonho" da presidenta Dilma, de o país crescer 5%, não vai se concretizar.

A matéria - ou estratégia - é bem engendrada e o jornal  antecipa que o "governo", não admite, nem vai admitir, isso em público. Mas que já disporia de análises reservadas que indicariam que o crescimento ficaria longe disso - 3,5% na melhor hipótese, em 2012, insiste o Estadão.

É o contrário, Estadão e parceiros! Ainda hoje, todos os jornais publicam coletiva em que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, diz o oposto - que a inflação vai, sim, continuar sob controle, caindo e se aproximando do centro da meta, os juros prosseguirão em queda, e a expansão econômica vai ser maior que a deste ano.

Jogadas não abalam determinação de conter inflação e baixar juros


Bem, do jornalão da família Mesquita, viúvo da inflação e a serviço dos rentistas e donos do mercado, não podemos esperar outra cobertura que não esta, do pessimismo e da torcida por índices inflacionários cada vez maiores. O oposto da decisão do governo, que não só afere uma inflação desacelerando e em queda como, em decorrência, pode continuar a baixar os juros.

E pode prosseguir com esta política, até porque, em nível mundial, com raras exceções, a taxa de juro hoje é negativa. Com a recessão na Europa, o crescimento econômico lento nos Estados Unidos e a desaceleração da economia da China, estão dadas as condições para uma taxa Selic de 8% no Brasil no ano que vem.

Mesmo com uma inflação de 5,5%, ainda teríamos 2,5% de taxa real, ou de 3,5% com ela no centro da meta, um juro extraordinário hoje em dia. E, com a redução dos juros, economizaremos dezenas de bilhões de reais do serviço da dívida  - exatamente aqueles que faltam para saúde, educação, transportes de massa, justiça e segurança.

Chegou a hora de encerrar o longo ciclo de altos spreads que, segundo os três bancos que dominam nosso mercado (Itaú, Bradesco e Santander), têm como causa os juros altos pagos pelo governo. Preferem esta desculpa para justificar os altos spreads que cobram, já que não podem, nem lhes fica bem, alegar a verdade, seus custos administrativos, a inadimplência e os juros altos pagos pelo governo.
por José Dirceu

Presidente Dilma Rousseff anuncia saneamento em 1.116 municípios


Em cerimônia no Palácio do Planalto, presidenta Dilma anuncia R$ 3,7 bilhões do PAC 2 em obras de saneamento. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje (21) o investimento de R$ 3,7 bilhões em obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário em 1.116 municípios do país pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Serão beneficiados municípios com até 50 mil habitantes de 18 estados.

Dos investimentos federais, R$ 2,6 bilhões sairão do Orçamento Geral da União. Outros R$ 1,1 bilhão serão contratados por meio de financiamento público federal.

"Essa primeira etapa de seleção do PAC 2 representa, sem dúvida, um passo para romper a ausência de investimentos em saneamento que por décadas caracterizou o nosso país", disse a presidenta na cerimônia que reuniu dezenas de prefeitos no Palácio do Planalto.

Segundo ela, o Brasil tem um grande déficit em saneamento que será reduzido com os investimentos no valor de R$ 35,1 bilhões pelo PAC 2 até 2014.

"Nós sabemos a importância das obras de saneamento. Talvez sejam uma das maiores prevenções que se pode fazer na área da saúde, em especial na mortalidade infantil. De fato, é uma obra escondida. Depois que você faz, ela desaparece, mas ela aparece nos dados de saúde pública", afirmou.

Obras – Os investimentos anunciados hoje pela presidenta Dilma serão destinados à execução de 1.144 obras, sendo 197 empreendimentos de abastecimento de água, 269 estruturas coletivas de serviços de água e esgoto, e 548 obras de melhoria sanitária domiciliar. Estados e prefeituras serão responsáveis pela realização dessas obras.

Empresas de saneamento e governo estaduais poderão contrair R$ 1,095 bilhão em empréstimos para a execução das obras. Para esse modelo de financiamento, foram selecionados 130 projetos com recursos do FGTS e FAT/BNDES beneficiando 121 municípios em 13 estados.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os investimentos federais em saneamento são fundamentais para que o governo atinja sua principal meta que é erradicar a miséria. Os critérios de seleção dos municípios beneficiados, acrescentou, levam em consideração o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os índices de cobertura sanitária, as taxas de mortalidade infantil, o risco de transmissão de doenças relacionadas à falta ou inadequação das condições de saneamento, como esquistossomose e dengue, e a promoção da universalização dos sistemas de água e esgoto já iniciados no PAC 1.

Ele explicou ainda que a Funasa vai encerrar 2011 com 100% dos recursos do PAC empenhados e com um ganho de eficiência que permitiu o pagamento de 55,6% a mais de obras do que em 2010.

"Nosso esforço é para que o Estado se reorganize para chegar aonde por muitos anos não chegou", disse Padilha.

Agenda: cerimônia de contratação das obras de saneamento do PAC 2

Posted: 21 Dec 2011 03:04 AM PST

Agenda presidencial A presidenta Dilma Rousseff participa da cerimônia de contratação das obras de saneamento do PAC 2 em municípios com até 50 mil habitantes. Será às 11h no Salão Nobre do Palácio do Planalto.

Às 14h30, recebe em audiência a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior.

Presidenta Dilma defende ampliação do Mercosul

Posted: 20 Dec 2011 02:45 PM PST

Na 42a Cúpula do Mercosul, no Uruguai, presidenta Dilma defende a ampliação do bloco. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

A presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (20) a ampliação do Mercosul e a adoção de medidas conjuntas entre os países do bloco para enfrentar os efeitos da crise econômica internacional. No discurso feito na 42a Cúpula do Mercosul, a presidenta declarou apoio ao ingresso da Venezuela no bloco, que já reúne, além do Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Uruguai.

"Precisamos de mais Mercosul e mais parceiros no Mercosul. Somemos a força das nossas economias. Esse processo de ampliação só nos fortalece. Esse processo é inadiável e não deve ser obstacularizado por interesses menores. Devemos fazer o maior esforço para trazer a Venezuela para dentro do Mercosul", disse a presidenta.

Segundo ela, a "lentidão e a debilidade das respostas políticas" podem agravar a crise internacional, levando à recessão global e à contração do crédito. Além disso, afirmou a presidenta, a redução da demanda da indústria de manufaturados pelos países desenvolvidos e asiáticos aliada à guerra cambial provoca uma "avalanche de importações" que compromete o crescimento e o emprego nos países da América do Sul.

Diante desse cenário, a presidenta Dilma defendeu a ampliação da lista de produtos incluídos na TEC (Tarifa Externa Comum), que permitirá, segundo ela, uma "gestão flexível, integrada e estratégica do comércio regional".

Na 42a Cúpula do Mercosul, Dilma Rousseff também defendeu o fortalecimento da integração regional por meio do desenvolvimento de cadeias produtivas distribuídas entre os países do Mercosul, da adoção de mecanismos comuns de proteção e de ações simultâneas e articuladas antidumping, e do estreitamento dos laços de cooperação entre as economias da região.

TEC – Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a cobrança de uma tarifa de importação de 35% poderia conter a "invasão" de produtos estrangeiros nos países da região, o que limitaria o impacto da crise econômica internacional. Segundo ele, os países da América Latina contam com situação fiscal sólida, reservas proporcionais ao PIB e mercado interno. Contudo, esta demanda interna está sendo "ocupada" por produtos importados.

"Devemos fazer uma união maior entre os países para defender o mercado latino-americano dessas invasões de produtos que vêm de fora", disse o ministro.

Ouça abaixo o discurso da presidenta Dilma na 42a Cúpula do Mercosul.

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Mercosul e Palestina assinam acordo de livre comércio

Posted: 20 Dec 2011 02:00 PM PST

Mercosul e Palestina assinam acordo de livre comércio em Montevidéu, no Uruguai. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Na 42a Cúpula de Presidentes realizada hoje (20) em Montevidéu, no Uruguai, o Mercosul assinou um acordo de livre comércio com a Palestina. O documento foi assinado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Palestina, Riadi Malki, convidado especial da Cúpula.

Outro assunto discutido na Cúpula foi o ingresso da Venezuela no bloco formado por Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio total entre os países do Mercosul manteve-se em expansão em 2011, devendo atingir um valor 20% acima da cifra de US$ 44,55 bilhões alcançada em 2010.