São Paulo: a cpi dos incêndios em favelas


[...] acabou. Foi encerrada. Mesmo sem que qualquer tenha sido realizada. Mesmo sem relator, ou vice-presidente.
Não escutaram sequer o cel. Paca. Que disse mesmo que não iria a CPI.
Nem a estatística de incêndios em favelas de São Paulo ficou sendo conhecida. O cel. Paca não foi à CPI explicar.
Mas ir como? Se nunca havia QUORUM. Se os componentes da CPI não se reuniram uma vez sequer.
Eu acompanhei esta história durante três meses. Telefonei quinzenalmente (frequencia prevista para audiências da CPI). E NADA!
Agora, hoje (13.07.2012) mais um incêndio. Mas neste morreram 4 PESSOAS…….. Três crianças e 1 adolescente. Vítimas do descaso.


HOJE QUATRO CRIANÇAS MORRERAM INCENDIADAS
A favela diogo ramires
a CPI não a verá
suas crianças foram abortadas.


No dia 30 de maio, publiquei aqui no blog PIG, que a primeira audiência da CPI dos incêndios em favelas fora cancelada por falta de QUORUM, mas também que :
Ainda, perguntei se seria mantida a audiência com o sr. Cel. Jair Paca de Lima, coordenador da defesa civil municipal, ao que me foi respondido que não. O cel. Jair Paca não poderia comparecer à reunião e que outra pauta seria definida.” (aqui)
A CPI hoje está em recesso parlamentar, e terá após findo o recesso ainda 8 dias de funcionamento, sem ter realizado uma audiência sequer, e sem ter relator nem vice-presidente.
Hoje (13.07.2012), ocorreu novo incêndio em favela (favela Diogo Ramires) e três crianças e um adolescentes morreram. Aqui, o coordenador da Defesa Civil de São Paulo, Jair Paca de Lima, disse que deve ser investigado se as três crianças e a adolescente estavam sozinhas e se um cadeado impediu a saída delas do barraco. Uma equipe do 101º Distrito Policial esteve no local no fim da tarde e a perícia deve vistoriar os barracos afetados ainda nesta noite. (aqui)
O que esperávamos é que o cel. Paca tivesse contribuído para elucidar AS CAUSAS DAS FAVELAS INCENDIADAS.
Especulação imobiliária? incêndios criminosos?
PARECE QUE OUTROS ESCÂNDALOS NÃO FALTAM NA VIDA DE ALGUNS PARLAMENTARES E NA DEFESA CIVIL.

Liberalismo de jabuticaba

Professores universitários e mendicância

Os professores universitários em greve à 57 dias  e suas entidades representativas - ANDES, PROIFES etc - fazem questão de passar para a sociedade esta imagem ao lado, e são bem sucedidos, conseguiram fixar exatamente isso no imaginário popular. Os prejuízos causados aos alunos e pais por conta da greve por melhores salários e condições de trabalho deles, não tem nenhuma importância, é irrelevante.

O tempo perdido, custo de alimentação, aluguel, passagens, tudo em dobro? Bobagem!

Tudo muito bom, tudo muito bem mas, você sabe quanto ganha um professor universitário federal com doutorado e dedicação exclusiva?

Favor responder a enquete ao lado. E deixar tua opinião em "comentários" de quanto deveria ser o salário deles. Obrigado!

Artigo semanal de José Dirceu


Falácias eleitorais

O começo oficial da campanha para as eleições municipais deste ano deve acirrar as disputas políticas e colocar em cena a discussão sobre as questões importantes para as cidades e seus cidadãos, propostas e alternativas de políticas públicas para lidar com antigos e novos problemas.
Esse é o cenário desejável e esperado, pois a eleição é o ápice desse processo de debates sobre os interesses da sociedade.
Contudo, o que os embates acabam trazendo, muitas vezes, são discursos vazios, falácias e obscurantismos, utilizados por determinados candidatos, com o intuito de alardear e promover questões imaginárias, desviando a atenção do debate das questões reais e concretas, empobrecendo o jogo político e eleitoral.
É preciso, portanto, que o eleitor fique atento a esse tipo de estratégia e repudie determinadas condutas. Ataques pessoais, boatos, deturpação de dados e informações, distorções e mentiras divulgadas pela Internet, panfletos apócrifos, manipulações e descontextualizações encobrem a falta de propostas de quem não tem nada a dizer, nem respeito pelo eleitor.
O exemplo mais emblemático dessa postura foi a candidatura à Presidência da República, em 2010, de José Serra (PSDB), hoje, candidato à Prefeitura de São Paulo. Pelo que se viu até agora, Serra ameaça repetir o script: o candidato tucano mal começou sua campanha e já foi capaz de produzir um dos discursos mais “enigmáticos” das últimas eleições.
Valendo-se de argumento falacioso, comumente empregado em seus discursos, Serra tentou assustar a população de São Paulo, afirmando que o futuro da democracia no Brasil está em jogo na eleição paulistana.
Ao tecer essa declaração, o candidato considerava que uma vitória do PT na capital paulista daria ao partido a hegemonia no cenário político nacional e que isso seria prejudicial ao Estado Democrático — portanto, à democracia.
Se o PT vier a vencer na cidade com Fernando Haddad, o simples fato de a escolha ser da população, a partir do voto na urna, já é suficiente para revelar o pleno exercício da democracia.
Mas a linha de argumentação de Serra é curiosa também porque durante as gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o alinhamento do Estado de São Paulo —já então sob comando dos tucanos— com a União se deu sem qualquer prejuízo às instituições democráticas. E não se viu o PT aludir a supostos riscos à democracia.
Além disso, está claro que não há qualquer fundamento em associar uma disputa eleitoral e a vitória de um partido com ameaças antidemocráticas. Pelo contrário, é justamente o processo eleitoral que consolida o regime, a cada novo pleito.
O que Serra fez neste caso e em muitos outros foi repetir a fórmula largamente usada pela direita, que prega a ignorância e o medo, apelando à emoção das pessoas, em detrimento da verdade dos fatos.
O expediente do medo foi largamente utilizado contra o ex-presidente Lula, durante a campanha que o elegeu presidente, em 2002. No discurso de seus então adversários, Lula representava uma ameaça de crise para o país.
O presidente também foi desqualificado inúmeras vezes, por exemplo, por não ter concluído o ensino formal, ao que pôde responder, anos depois, que o presidente sem diploma foi o que mais levou jovens ao ensino superior no Brasil.
Em 2010, o roteiro foi repetido, desta vez, com uso de temas religiosos e contra a presidenta e então candidata, Dilma Rousseff.
Ataques e artifícios de baixo nível como esses desviam o foco dos verdadeiros debates que precisam ser travados: as questões locais, alinhadas às regionais e às políticas implantadas em âmbito nacional.
Além disso, não contribuem em nada para atrair e envolver os cidadãos no processo eleitoral. Na pior das hipóteses, surtem o efeito de afastá-los, por evidenciar o quanto alguns candidatos estão em dissonância com os problemas reais do seu dia-dia.
O eleitor, contudo, a cada nova eleição, vem reforçando o seu papel de ator preponderante da cena eleitoral, não apenas porque é ele quem decide, quem de fato tem o poder do voto, mas porque cobra que as discussões se deem em nível elevado e em torno das ideias e propostas que podem fazer a diferença para a melhoria das suas cidades.
É o eleitor, portanto, que pode rechaçar de forma mais contundente, campanhas nebulosas, discursos sem qualquer compromisso com a coerência e candidatos que tenham pouca disposição para o debate que convém ao momento.
Embora as eleições sejam em âmbito local, há um pano de fundo nacional no debate, pois é possível, e o eleitor fará isso, fazer um contraponto entre o projeto de desenvolvimento em curso no Brasil, desde o início do governo Lula, e a falta de programa alternativo da oposição.
É preciso ressaltar que muitas das políticas implantadas pelo governo federal tiveram como berço as administrações municipais do PT, onde foram aplicadas com ampla participação popular e, depois, levada a todo o país.
Quer dizer: o PT tem experiências importantes de gestão municipal a apresentar e debater com a sociedade. 
As cidades brasileiras têm problemas e desafios urgentes a serem enfrentados. Portanto, no dia 7 de outubro, os eleitores irão escolher os candidatos que melhor aproveitarem a oportunidade de debater as questões da cidade, em diversas áreas —Educação, Saúde, Segurança, Cultura e lazer para a juventude, mobilidade urbana e Habitação, tratamento do lixo e Meio Ambiente— e de estabelecer um diálogo aberto com a população.

Esse, aliás, é o principal objetivo a que se destina uma campanha eleitoral e o que se espera de candidatos minimamente sérios e comprometidos com os interesses dos cidadãos. Nesse sentido, cabe aos candidatos e aos cidadãos evitar que a temporada de falácias eleitorais seja de fato aberta.

Vamos transformar a crise em oportunidade, diz presidenta Dilma

Concurso Cultural "Zuenir Ventura"

Participe


Nova edição da revista Samuel

Já está nas bancas a mais nova edição da revista Samuel. Dessa vez, a reportagem de capa traz a história de como diversos países enfrentaram os crimes praticados por regimes ditatoriais. E de como o Brasil, até o momento, apenas engatinha para passar a limpo seu ciclo de repressão e tortura. Abaixo, o video de divulgação desse número da revista. 

Peço aos amigos e amigas que vejam, compartilhem, assinem ou comprem nas bancas. 

A imprensa independente somente sobrevive com o apoio de leitores desejosos de encontrar informação de qualidade.

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