A globalização é um imenso desafio com o qual se confronta a humanidade.

Ela tem um poder formidável de mudança para todas as sociedades: a mudança econômica, com a intensificação das trocas; a mudança cultural, pois essas trocas possibilitam a circulação de ideias e a transformação das práticas culturais e de costumes; a mudança política, já que a emergência de preocupações partilhadas exige uma vontade comum de agir e de superar conjuntamente as dificuldades.

No entanto, a globalização, da forma que ocorre atualmente, está longe de satisfazer as aspirações que legitimamente suscita.

A crise econômica internacional agrava a concorrência entre os países e as sociedades. Ela atinge os mais vulneráveis, particularmente os trabalhadores e os jovens. Ela afeta a todos os países, os que estão em recessão e os que estão em crescimento. Ela conduz governos a adiar as decisões necessárias para prevenir o aquecimento global, sendo que a exaustão e a degradação dos recursos naturais corre o risco de atingir um ponto de não-retorno devido à falta de uma ação planejada de forma conjunta.

Sejamos claros: hoje, a globalização divide ao invés de unir.

Isoladas, as políticas de austeridade mostraram seus limites para encontrar a saída da crise. A retomada ainda não esta garantida, ao mesmo tempo em que os direitos econômicos e sociais estão ameaçados. É imprescindível que sejam adotadas políticas de crescimento. Somente assim a globalização poderá garantir o respeito à coesão social e ao meio ambiente.

Uma nova governança é necessária para, de um lado, regular os conflitos entre as nações e garantir a paz e, de outro, permitir que cada nação realize o modelo de sociedade que escolheu. Os poderes públicos devem garantir que todos tenham oportunidades de desenvolver suas capacidades individuais. Devem também trabalhar em prol da perenidade do meio ambiente para as gerações futuras.

Mas um novo mundo está em gestação para responder aos desafios sociais, ambientais e políticos da globalização. A sociedade civil mundial se tornou uma realidade tangível. Políticas públicas inovadoras e outros modos de governar surgem em todos os continentes, particularmente nos países emergentes e em desenvolvimento. As instâncias multilaterais também estão se reconfigurando. A constituição do G20 reflete a mudança dos equilíbrios mundiais, mas seu impacto ainda limitado ilustra a dificuldade dos governos de chegarem a um acordo e de agir de forma concreta.

As respostas às questões colocadas pela globalização não se afirmarão espontaneamente. Elas se construirão pelo diálogo, pelo debate das opiniões dos estudiosos e pela mobilização dos atores e dos povos, no sentido mais amplo.

É por isso que, a partir deste fórum que se reuniu em Paris nos dias 11 e 12 de dezembro, lançamos um chamado para as outras fundações políticas e institutos progressistas do mundo inteiro: vamos constituir a iniciativa "Fundações pelo Progresso Social". Fiéis à nossa vocação e à nossa missão, vamos nos reunir periodicamente para debater, escutar, propor. Vamos fazer emergir convergências e consensos; vamos nos unir para ter uma influência nos destinos do mundo.

Os riscos que atualmente ameaçam a humanidade são grandes demais para nos focarmos apenas em uma gestão de curto prazo destes problemas.

Fazemos uma conclamação em defesa da confiança na capacidade humana de se reinventar e do poder criador de nossa sociedade-mundo, para sair definitivamente da crise e construir as bases de um futuro harmonioso que possa ser compartilhado por todos.

DECLARAÇÃO CONJUNTA DA FUNDAÇÃO JEAN JAURÈS E DO INSTITUTO LULA


A minoria que ecoa como maioria

Existe uma certa classe de pessoas no Brasil que apesar de ser minoria se tornaram maioria.É inexplicável que até hoje nada tenha acontecido a políticos e técnicos ligados ao Psdb e Demo.

O máximo que me lembro que ocorreu foi a prisão de Chico Pilantra Lopes,porém mais por desacato do que pela picaretagem que ele fez com o cambio, propiciando ganhos milionários para alguns tamboretes de amigos. Hoje nem se fala dele e pelo que sei já está bem recolocado no mercado. Arminio Rato Fraga, aquele que ganhava salários milionários trabalhando para Soros e que largou tudo para ser presidente do Bacen. Hoje é banqueiro respeitável, com uma carteira de investimentos que monta os 10 bilhões de reais. Os Mendonças de Barros continuam por ai a palpitar e entranhados no Banco do Brasil. Enfim...

Infelizmente essa minoria que claro inclui ainda diversos políticos, mídia e simpatizantes, ecoa como maioria e desprezam as conquistas do Brasil e de sua gente. Se acham inteligentes, acima de média dentre outras coisas. Mas não passam de caipiras, arrivistas e rastaqueras. Essa gente está impregnada em todos os segmentos de nossa sociedade, opinando e impondo suas vontades.

Já passou da hora te tirar essa gente de circulação, seja pelo bom senso ou mesmo na marra, pois caso contrário o País ficará sempre refém dessa cultura de idiotas e andando a passos de tartaruga rumo ao desenvolvimento .

Roberto Lima

Doodle em homenagem ao Centenário de Nascimento de Luiz Gonzaga

O Rei do Baião
100º Aniversário de Luiz Gonzaga

Etiqueta para receber bem

Poesia da tarde

Poesia boa não precisa de palco.

Nasce no boteco, sai de dentro do papo e pousa no papel do guardanapo.

Ricardo Cairo

Leandro Fortes e o porcalismo da folhinha

A Folha de S.Paulo tascou essa manchete dando conta de que Rosemary Noronha comprou um imóvel de 250 mil reais com 211 mil reais em espécie. Bom, para quem já foi acusada de levar 25 milhões de dólares numa mala para fora do país, esse carregamento em reais deve ter sido mesmo uma moleza.
"Rose carregou o dinheiro para quitar o negócio em sacos de supermercado, de acordo com o relato de uma pessoa que participou da transação e que fez o relato à Folha sob a condição de que seu nome não fosse revelado."
Vou repetir o essencial: "DE ACORDO COM O RELATO DE UMA PESSOA QUE FEZ O RELATO À FOLHA".
(Aliás, que texto maravilhoso)
Aí, os repórteres foram ouvir, claro, o dono do imóvel, o sujeito que vendeu o apartamento para Rose (adoro essa intimidade na reportagem):
"O pecuarista Amilcar Rodrigues Gameiro, que vendeu o apartamento a Rose em 2010, disse à Folha não se lembrar se o imóvel foi pago em espécie porque a negociação foi feita por um procurador. 'Não sei se foi em cheque ou dinheiro. O certo é que não levei esse dinheiro em espécie para o Mato Grosso. Seria muito perigoso'", disse.
Ou seja, jornalismo feito na base da fofoca e do vale tudo.
Quer dizer, não bastou enterrar o diploma do jornalista.
É preciso enterrar o jornalismo.

Espírito natalino