Iguatu: quem nunca?

Soim da Matriz

A origem de alguns ditados populares


A língua portuguesa possui inúmeras expressões interessantes. Muitas vezes, elas permanecem imutáveis ao longo de anos, representando um forte papel cultural para o idioma. Existem pessoas que se ocupam em pesquisar e descobrir a origem das expressões, que podem ser fundamentadas na cultura do próprio país, ou ainda ter influência estrangeira, mitológica, religiosa, histórica, etc.

Sabe-se que as expressões são adquiridas no contato direto com a língua, na socialização dos indivíduos. De acordo com estudos, a partir dos cinco ou seis anos, as crianças começam a usar algumas expressões e, daí em diante, continuarão a enriquecer o seu dicionário mental para sempre.
Veja agora mesmo a origem das expressões a seguir:

Corredor Polonês
Corredor polonês é uma expressão comumente utilizada para denominar uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas que se colocam lado a lado, uma defronte à outra, com a intenção de castigar quem tenha de percorrê-la. A expressão faz referência à região transferida por parte da Alemanha para a Polônia ao fim da Primeira Guerra Mundial, em virtude da assinatura do Tratado de Versalhes. O Corredor Polonês dividiu a Alemanha ao meio, isolando a Prússia Oriental do resto do país. Através de uma extensão de 150 quilômetros e largura variável entre 30 a 80 quilômetros, permitiu que os poloneses circulassem livremente em território alemão, bem como possibilitou o acesso da Polônia ao Mar Báltico. Posteriormente, tanto o Corredor quanto a Prússia foram incorporados ao território polonês. A disputa pela região do Corredor Polonês provocou inúmeros atritos entre os dois países. Em 1939, durante a invasão da Alemanha à Polônia, os poloneses foram encurralados pelos alemães, os quais se posicionavam dos dois lados do Corredor e atiravam contra os poloneses, que estavam no meio.


Voto de Minerva
A expressão tem sua origem em uma história pertencente à mitologia grega. Agamenon, o comandante da Guerra de Troia, ofereceu a vida de uma filha em sacrifício aos deuses para conseguir a vitória do exército grego contra os troianos. Sua mulher, Clitemnestra, cega de ódio, o assassinou. Com esses crimes, o deus Apolo ordenou que o outro filho de Agamenon, Orestes, matasse a própria mãe para vingar o pai. Orestes obedeceu, mas seu crime também teria que ser vingado. Em vez de aplicar a pena, Apolo deu a Orestes o direito a um julgamento, o primeiro do mundo. A decisão, tomada por 12 cidadãos, terminou empatada. Chamada pelos gregos de Atenas (Minerva era seu nome romano), a deusa da sabedoria proferiu seu voto, desempatando o feito e poupando a vida de Orestes. Eis a razão da expressão Voto de Minerva (também conhecida como "voto de desempate" ou "voto de qualidade").

Bafo de onça
A onça é um animal carnívoro que se lambuza bastante na hora de comer a caça. Por esta razão, fede muito e sua presença é detectada à distância na mata. Assim, pessoas que possuem o hálito fétido passaram a ser chamadas de "bafo de onça". A expressão também faz referência ao hálito de quem está (ou esteve) alcoolizado.

Santinha do pau oco
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos séculos 18 e 19, os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.

Névoa baixa, sol que racha
Ditado muito falado no meio rural. A Climatologia o confirma. O fenômeno da névoa ocorre geralmente no final do inverno e começo do verão. Conhecida também como cerração, a névoa fica a baixa altitude pela manhã provocando um aumento rápido da temperatura para o período da tarde.

Sem eira nem beira
Significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região nordeste este ditado tem o mesmo significado mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado , então construíam somente a tribeira ficando assim "sem eira nem beira".

Um partido se faz com ideias, palavras e obras


Na sua origem, havia três vertentes no PSDB: a das ideias, representada por um conjunto de intelectuais, como Luiz Carlos Bresser Pereira, os irmãos Mendonça de Barros; a das palavras, representada especialmente por  Fernando Henrique Cardoso; e das obras, representada por Mário Covas.
FHC nunca foi um construtor de nada. Limitou-se a se deixar levar pela inércia dos ventos neoliberais da época e a brandir um discurso socialdemocrata, que nada tinha a ver com sua inação.
Covas acertou as contas de São Paulo e montou um modelo fiscal competente. A guerra infernal para obter o equilíbrio fiscal acabou debilitando muitas instituições relevantes do Estado. Não fosse sua morte prematura, é possível que Covas tivesse realizado um segundo governo de reconstrução.
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O relevante é que, com seu estilo seco, quase brusco, com sua cabeça de engenheiro, cartesiano, e com seu histórico político, Covas passava a convicção sólida de alguém preocupado com o bem estar do seu povo. Aos seus seguidores recomendava tirar os fins de semana para se misturar ao povo, "amassar barro", como ele dizia.
Seu recado tinha destino certo: sempre abominou o elitismo superficial e deslumbrado dos intelectuais do partido - FHC à frente.Leia mais »

Mensalão: Nem tudo está como antes


Quando li, no Valor Econômico, a entrevista em que Joaquim Barbosa denunciou um misterioso carro preto que ronda sua casa, perguntei: por que o presidente do STF não chama a Polícia em vez de denunciar o fato para dois jornalistas?
Como lembrou um advogado que conhece essas coisas, bastaria um telefonema de uma autoridade da República para que a Polícia Federal entrasse em ação – até com helicópteros, se fosse necessário.

Barbara Gancia foi mais rápida.  Escreveu: “Hmmmm”.
A verdade é que acho que a fase de embargos do julgamento do mensalão está trazendo surpresas desagradáveis para quem imaginava que seria um  puro espetáculo midiático. Pontos fracos da denúncia se tornam mais evidentes, na medida em que pessoas interessadas em debater o que houve têm a possibilidade de refletir e elaborar sobre o que assistiram. Há pontos que chamam a atenção. Está demonstrado que as penas de corrupção ativa foram definidas a partir de um erro clamoroso de datas, permitindo que os réus fossem punidos a partir de parâmetros mais duros do que a lei determinava na época em que os fatos ocorreram. Há outros casos. Está cada vez mais difícil demonstrar, com base nos autos, que houve desvio de dinheiro público. As auditorias não apontam para desvios nem irregularidades. As notas fiscais que demonstram serviços fiscais estão lá, os gastos das agências também. Outro dado curioso. Existe um laudo elaborado por três peritos do Instituto de Criminalística que concluiu, após demorada apuração, que oito dirigentes do Banco do Brasil deveriam ser apontados como responsáveis pelos recursos que, conforme a denúncia,  foram desviados para o esquema de corrupção. Não estou dizendo que isso ocorreu. Estou dizendo que essa era a narrativa da acusação.  Curiosamente, o único condenado como gestor dos recursos do Visanet foi Henrique Pizzolato, que não foi acusado pelos peritos e não era o gestor daqueles recursos. O outro apontado, Luiz Gushiken, foi julgado e inocentado cinco anos depois. Veja-se, também, o que aconteceu com a tese  de “compra de votos”. Até agora não apareceu um caso concreto de compra de votos no Congresso durante o governo Lula. Não há uma lei que teria sido aprovada com esse tipo de ajuda. Ao contrário da emenda da reeleição, em que pelo menos dois parlamentares admitiram que haviam vendido seus votos, no mensalão não apareceu um caso concreto. Acreditando naquilo que determinados ministros disseram durante o  julgamento, insinuando que o mensalão servira para comprar votos para a reforma da previdência, o PSOL tentou entrar na festa pela porta dos fundos. Bateu às portas do Supremo para pedir que a reforma da previdência fosse anulada. Em teoria, era muito coerente. Se a reforma foi produto de crime, os bons princípios recomendariam que fosse revogada – algo semelhante a obrigar um ladrão a devolver o dinheiro depois de um roubo. A tese não conseguiu passar nem pelo procurador-geral Roberto Gurgel, aquele que no início do julgamento lançou a teoria da “compra de votos, compra de consciências”. Lembrando que é preciso distinguir entre prova e presunção, Gurgel rejeitou o pedido lembrando que “não se pode presumir sem que tenha havido a respectiva condenação, que outros parlamentares foram beneficiados pelo esquema e, em troca, venderam seus votos para a aprovação da Emenda numero 41”. É isso aí, meus amigos: presumir é diferente de provar.   Mas ficou uma pergunta: se a presunção não vale para anular a reforma, por que pode valer para condenar aquilo que se chamou de “organização criminosa”? Nem vamos lembrar que só agora soubemos que, sob a presidência de Cármen Lúcia, ministra do STF, o Tribunal Superior Eleitoral aprova as contas de campanha do Partido dos Trabalhadores desde 2002.    De duas uma: ou o TSE não fez o serviço direito, e deve ser questionado por isso; ou o TSE fez tudo certo e então são as denúncias contra o PT que merecem ser questionadas. É difícil negar que o comportamento de Joaquim Barbosa tem contribuído para diminuir a credibilidade das decisões do tribunal. Em entrevista a Isabelle Torres e Josie Jeronimo, publicada pela IstoÉ que acaba de chegar às bancas, a ministra Delaíde Arantes, do TST, faz várias afirmações que traduzem um sentimento que não é só dela. “Ele faz críticas à magistratura que eu não faria, pois não contribuem para alterar nada no Judiciário”. A ministra condena o comportamento de Joaquim Barbosa no julgamento do mensalão. “Preocupam-me as declarações que ele fez ao ministro Ricardo Lewandowski. Eu não critico um colega que vota diferente de mim. Não acho que tenho esse direito. Eu realmente tenho uma preocupação com a forma como ele fala e como se coloca”. É neste ambiente que o debate sobre os embargos terá início. A preocupação é tanta que pretende-se submeter o ministro Teori Zavascki, que acaba de assumir sua cadeira no Supremo, a um conhecido jogo de pressões em tom patriótico. Saudado de forma unânime quando foi indicado, Zavascki já não é festejado com o mesmo ânimo. Isso porque é um ministro que já criticou a “banalização” do crime de formação de quadrilha – postura que, se for mantida no exame de embargos, pode beneficiar vários condenados, a começar por José Dirceu. O novo ministro tem uma postura mais cautelosa em relação a outro crime, lavagem de dinheiro, e, numa demonstração de apego ao princípio da soberania popular, já deixou claro que, em sua opinião, apenas o Congresso tem o direito de interromper o mandato de políticos eleitos. Nesse ambiente, procura-se ressuscitar o coral cívico que fez a trilha sonora do julgamento.   É um perigo. Os embargos são a última oportunidade para se evitar possíveis erros e contradições de um julgamento que terminou em penas pesadas, que implicarão em anos de perda de liberdade. É bom que os fatos sejam examinados com serenidade.  
Paulo Moreira Leite

Prioridades para o segundo mandato da Dilma

O deputado Rui Falcão, presidente nacional do PT, considerado mesmo pelos adversários um dos melhores quadros do partido, fez uma intervenção importante no seminário de Porto Alegre, dos dez anos de governos petistas (leia a íntegra nesta pág). Rui afirmou que o projeto histórico das forças progressistas abrigadas  sob o guarda-chuva do PT transcende o calendário eleitoral. Ademais de defender nas urnas os avanços já conquistados, o partido deve trilhar  novos degraus na luta pela hegemonia, observou. Para ir além das circunstâncias atuais, o  PT tem que mudar a correlação de forças na sociedade, disse Rui.E implantar três reformas que em sua opinião constituem um requisito  indissociável do passo seguinte do desenvolvimento e da democracia brasileira: a reforma política; a reforma tributária e a regulação da mídia. Rui defende que  esse tripé seja o alicerce ordenador do provável segundo mandato da Presidenta Dilma. A questão é como assegurar que isso aconteça: mudar a correlação de forças é, ao mesmo tempo, um requisito e uma consequência dessas diretrizes. É preciso eleger a prioridade que tenha o efeito de um impulso irradiador sobre as demais. (LEIA MAIS AQUI) 

Joaquim Barbosa: sinônimo de babaquice

Joaquim Barbosa - presidente do STF - falou mais uma abobrinha e soltou nota afirmando que era um "exercício intelectual", faz sentido. Ele assim como várias pessoas tem conhecimento, cultura, mas inteligência que é bom, nada.

No Brasil os dois maiores exemplos são: FHC - a Ofélia da política brasileira - e o Bartbosa do pig.

Coitados, providos de escassas doses de inteligência se entopem de blablablá para enrolar alguns poucos panacas da mesma laia.

Competência eles tem para usufruir de privilégios e mordomias absolutamente legais - vide o turismo feitos pelo Babosão as nossas custas -.

Fosse um político - principalmente do PT - o safa do Gurjô teria "tomado providências". Como é do cúmplice do Mentirão, faz ouvido de mercador.

Corja!

Charge do dia