Os médicos cubanos e uma historinha de terror...


Cena
Mãe desesperada leva a filha a hospital e relata ao médico que está sentado de forma displicente e não se digna, sequer, a olhar para as duas a situação da filha que está com a garganta inflamada e não consegue nem falar. Ato contínuo, o "médico", ainda sem olhar para as duas, estende-lhe uma receita. Atônita, ela pergunta ao "médico": 

- Dr. o Sr. não vai examinar minha filha? A resposta dele foi um berro de "o próximo" (ou seria a próxima vítima?). 

Cai o pano.

Por que tanta gritaria contra os médicos estrangeiros. O povo quer ser atendido e respondido.

Agricola Ramos no Facebook

Aécio Neves tem motivos para estar nervosinho


Se já tinha razões para andar nervoso com as pesquisas em seu Estado, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) tem mais uma agora. Pesquisa realizada pelo Instituto MDA, a que teve acesso o jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, mostra ampla vantagem dos candidatos da oposição ao Palácio da Liberdade sobre os cotados pelo lado do senador e do governador, também tucano, Antônio Anastasia.

E mais: nos cinco cenários montados pelos pesquisadores, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), lidera com mais de 30% das intenções de voto; e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG) tem a preferência de 8% a 9% dos eleitores. A margem de erro da pesquisa é de 2,1 pontos para mais ou para menos.

"Operação Bolívia" não foi um acidente


A fuga do senador boliviano que custou o cargo do ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, não foi obra individual de um destemido diplomada brasileiro, mas uma ação organizada pela direita com apoio de setores conservadores do Itamaraty, que mantêm estreitos laços em questões políticas e econômicas, como o boicote aos governos socialistas e a defesa intransigente do agronegócio. A avaliação é do deputado Cláudio Puty (PT-PA), que participou de uma missão oficial à Bolívia, em março, onde conheceu os três principais personagens envolvidos na trama: o então embaixador do Brasil na Bolívia, Marcel Biato, que patrocinou a aceitação brasileira ao pedido de asilo político do senador, o diplomata brasileiro Eduardo Sabóia, que afirma ter organizado sozinho a fuga do político, e o próprio senador oposicionista Roger Pinto, que viveu 545 dias na embaixada brasileira na Bolívia."Eles (Biato e Sabóia) falavam sobre a Bolívia, os bolivianos e o Evo com tanto preconceito que o jantar de recepção à nossa delegação terminou em bate-boca", recorda Putty, ressaltando a cumplicidade ideológica entre diplomatas e o senador.

na Carta Maior

Que orgulhoso deve ser o povo cubano

Uma sociedade onde graduados e não graduados não se distinguem
Triste essa babaca e sua turma que pensam assim

Tolerância zero com a violência contra a mulher é o compromisso de qualq...

Anna, a voz da Rússia: vida e obra de Anna Akhmátova

RÉQUIEM 1935 - 1940
Não, não foi sob um céu estrangeiro, nem ao abrigo de asas estrangeiras - eu estava bem no meio de meu povo, lá onde o meu povo em desventura estava.
Não estou com aqueles que abandonaram a terra às dilacerações do inimigo.
Às suas grosseiras lisonjas não cedo.
A eles não darei minhas canções.
Para mim, o exilado é digno de dó, como quem está preso ou está doente.
Sombria é a tua estrada, peregrino, vermes infestam o teu pão estrangeiro.
Mas aqui, em meio à fumaça do incêndio, que consome o que resta da nossa juventude,
sabemos que nem um pouquinho nos afastamos de nós mesmos.
E sabemos que, na hora do acerto final, cada um de nossos momentos estará justificado...
Não há no mundo gente mais sem lágrimas, mais simples e orgulhosa do que nós.
Assim como o futuro amadurece no passado, o passado apodrece no futuro - terrível festival de folhas mortas.
O presente e o passado estão ambos talvez presentes no futuro e o futuro contido no passado.
O que pode ter sido e o que foi apontam para um só fim, que está sempre presente.

*Benjamin Steinbruch: analistas ou terroristas do mercado financeiro?

Se os empresários do setor produtivo fossem orientar suas ações e investimentos com base em opiniões de analistas do mercado financeiro, estariam fritos. Às vezes fico me perguntando se eles seriam analistas ou terroristas. 

Curioso é que, por mais pessimismo que exalem, com poucas exceções, não conseguiram prever a megacrise que começou dentro do próprio mercado financeiro norte-americano no fim da década passada e que até agora contamina a economia global. 

Dias atrás, o Banco do Brasil divulgou seu balanço e apresentou um lucro recorde de R$ 10 bilhões no primeiro semestre. Além disso, a instituição mostrou uma redução de seu índice de inadimplência de 2% para 1,87%. 

Todos os analistas previam o contrário, que a inadimplência aumentaria porque o banco estaria adotando uma política arriscada de concessão de crédito - na contramão do setor financeiro privado, que está encolhido, o BB aposta em uma política anticíclica e aumenta sua participação no crédito geral do País. 

Ao comentar as ressalvas dos analistas, o presidente do Banco do Brasil, Ademir Bendine, disse o seguinte: "Se projetássemos o banco com a visão dos analistas, teríamos quebrado o banco faz muito tempo". 

O fato é que o Banco do Brasil, corretamente, opõe-se ao catastrofismo doentio vigente no setor financeiro, um comportamento que não pode ser e não é adotado no setor produtivo da economia. 

Um amigo que sempre operou no setor financeiro tinha essa mentalidade muito crítica sobre o rumo da economia. Meses atrás, sem deixar o mercado financeiro, ele assumiu uma posição importante em uma empresa industrial que vai se instalar no País. Fiquei surpreso ao ver como mudou o discurso desse amigo, que passou a falar com entusiasmo das potencialidades do mercado brasileiro de consumo. 

Mesmo em períodos de incerteza, como agora, o empresário precisa olhar para o futuro. Não faz sentido ficar sentado de braços cruzados esperando o clima melhorar para então decidir a direção de seus negócios. Quem não programar investimentos agora perderá as oportunidades que virão no momento de retomada firme da economia. 

É assim que devem pensar os empresários e também os dirigentes das grandes instituições financeiras. Essas, numa situação de extrema solvência, não precisam conter o crédito, deixar de estimular a economia e jogar na retranca. 

Dirão os analistas que a falta de confiança também advém dos empresários do setor produtivo. Na indústria, por exemplo, o índice de confiança da Fundação Getulio Vargas mostra uma queda constante desde 2011. 

Isso é verdade. Ninguém pode dizer, obviamente, que as economias brasileira e mundial vivem um bom momento. Internamente, a preocupação central do momento é a disparada do câmbio, que melhora a competitividade das exportações, mas pode ter impacto inflacionário. 

É evidente, porém, que na origem dessa queda de confiança está a redução geral das margens na economia. O corte drástico nos juros exorbitantes praticados no País durante décadas teve forte impacto nos ganhos dos investidores e nos resultados financeiros. Nas empresas em geral, a taxa de retorno caiu sensivelmente. Segundo o anuário "Valor 1000", o lucro líquido das mil maiores empresas do País caiu 32,4% no ano passado, depois de já ter baixado 7,6% em 2011. 

Diante desse quadro, cabe ao empresário, com planejamento e responsabilidade, estar sempre em busca de oportunidades para ampliar e melhorar a produtividade de seus negócios, sem medo de recorrer ao crédito, em suas várias modalidades. Isso porque a chance de o Brasil dar errado no futuro é muito próxima de zero.

O País é uma grande democracia, há liberdade total de pensamento e manifestações, um megamercado interno, é a sexta maior economia do mundo, está absolutamente solvente nas suas contas externas, mantém a inflação sob controle, embora um pouco alta, e fez nos últimos 20 anos um dos mais vistosos programas do mundo de distribuição de renda e redução de pobreza. 

Há muitos defeitos, alguns muito graves, a corrigir no País. Mas que tal olhar um pouco mais para as qualidades?

*Diretor-presidente da CSN, presidente do conselho de administração da empresa e primeiro-vice-presidente da Fiesp