Paulo Nogueira - É reveladora a reação de muitos petistas a uma proposta que fiz num artigo.

Paulo Nogueira
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Disse que tinha achado uma maneira simples e eficiente de resolver o martírio financeiro de Genoino, depois que em mais um capítulo da abjeta perseguição movida contra ele a Justiça lhe deu dez dias de prazo para pagar uma dívida de mais de 600 mil reais.

Propus o seguinte: assim como existem partidas beneficentes de futebol, poderíamos ver palestras beneficentes.

Especificamente: se Lula fizesse três ou quatro palestras e encaminhasse a receita a Genoino, o caso estaria resolvido.

Lula é um dos astros do circuito mundial de palestras. Os cachês giram em torno de 100 mil dólares.

Para Genoino, arrecadar dinheiro é a chamada tarefa de Sísifo. Uma vaquinha na internet é um esforço épico, como tem se visto. Para Lula, arrecadar dinheiro, ao contrário, é fácil.

Ponderei também que finalmente se daria algum sentido ao caça-níqueis ao qual se atiram ex-presidentes mundo afora depois de suas administrações.

No Brasil, a prática foi inaugurada por FHC, que com sua conhecida mala vermelha foi colher dólares em todo o planeta devidamente monetizado, e seguida por Lula.

Disse, ainda, que casos extremos como este de Genoino exigem que se tire de lado "orgulho".

É uma solução extraordinária? Lembremos as palavras imortais de Guy Fawkes, o homem que tentou explodir o Parlamento britânico em 1605.

Perguntado pelo rei Jaime por que tentara matar todo mundo com uma bomba, Fawkes deu uma resposta que entrou para a história: "Situações extraordinárias pedem medidas extraordinárias."

No caso de Fawkes, católico, o problema era a tirania religiosa imposta pelos protestantes britânicos sob o comando da monarquia.

Finalmente, notei que haveria uma certa justiça poética em Lula quitar a dívida de Genoino. Quem inventou Joaquim Barbosa?

Ah, sim. Se fosse o caso de discrição, me agrada a tese bíblica de que a mão direita não deve saber o bem que a mão esquerda faz.

A melhor beneficência é muda. Lula não teria que dizer nada a ninguém. Anonimamente, faria o que teria que fazer e despejaria a quantia necessária na conta de Genoino.

Bem, em suma foi esta minha proposta.

Tem sido reveladora a reação de muitos  petistas (embora numa enquete no site DCM 75% dos leitores aprovem a ideia).

A maior objeção é aquela que você pode imaginar: o que a mídia dirá? O que a Globo faria com uma coisa dessas? Já pensou no que o Jornal Nacional colocaria no ar?

Refleti de mim para mim: pobre Genoino. Sempre no fim da fila quando se trata de definir prioridades. Só Miruna e uns poucos o colocam no topo.

Mas o que mais me chamou a atenção foi o grau de intimidação, de medo, de pavor que exala dessa especulação sobre como a mídia reagiria.

Enquanto não for vencido o sentimento de pânico que as pessoas têm da mídia pouca coisa se fará no Brasil.

É incrível como perdura esse pânico, mesmo depois de sucessivas derrotas da mídia em eleições vitais no Brasil.

É um terror que imobiliza, que paralisa o país. Se a cada passo rumo a uma sociedade justa você parar para pensar no que Globo, Folha ou Veja vão fazer, você simplesmente não andará.

As coisas mudaram. Revistas e jornais estão morrendo à míngua de leitores, e a audiência da Globo é uma fração diante do que foi no passado. A influência da chamada mídia corporativa é hoje muito menor do que foi ontem, e muito maior do que será amanhã.

Veja Haddad, eleito do nada contra o famoso Serra em plena histeria do Mensalão e sob apoio maciço das companhias jornalísticas.

O paradoxo deste quadro é que, mesmo com perda copiosa de influência, a mídia comanda a agenda dos políticos do país.

O Brasil terá dado um grande passo quando os políticos se perguntarem, diante de possíveis medidas, o que pensa a sociedade – e não a Globo.

Ceará - PROS e PMDB não abrem mão de candidatura, por que o PT deve abrir?

Para o governador, é natural que o PMDB queira indicar candidato ao Governo, mas frisou que o PROS está firme

Em mais um capítulo que antecede a sucessão estadual, o chefe do Executivo cearense, governador Cid Gomes, assegurou ontem, em visita ao Sistema Verdes Mares, que o Partido Republicano da Ordem Social, o PROS, não vai abrir mão de lançar candidatura ao Governo do Estado para disputar as eleições deste ano. Segundo ele, assim como os demais partidos que têm tal pretensão, sua legenda vai manter o interesse na disputa. No entanto, ressaltou que vai trabalhar para manter a aliança com todos as agremiações aliadas.

Cid Gomes tem evitado dar declarações sobre as eleições e minimizou a pretensão dos demais partidos, sempre com o discurso de manter alianças Foto: José Leomar

O gestor vem tentando se desvencilhar dos questionamentos da imprensa sobre o tema. "Agora é hora de administrar. Mas pra frente, em junho, eu procurarei me atentar mais sobre isso. A minha primeira intenção é manter a aliança", afirmou. Cid tem adotado tom de cautela ao se referir à sucessão, embora a candidatura do senador Eunício Oliveira pelo PMDB seja dada como confirmada por correligionários, projetando uma provável ruptura entre os dois partidos.

Questionado se o PROS em algum momento das discussões poderia abrir mão da disputa em vista de manutenção da aliança, Cid Gomes foi enfático e afirmou que "a princípio ninguém abre mão. Se você entra num diálogo abrindo mão do que você quer, você já perdeu". Ele ressaltou que na política existe uma correlação de forças e ganha quem tem mais poder.

"Vamos ver no tempo certo o que o PROS deseja, e aí vamos sentar e conversar. No fundo, política é como um jogo de pôquer, você pode até blefar, mas quem tem as cartas maiores é quem leva no final", salientou o governador. Em ordem de importância, ele afirmou que pretende manter aliança com PT, PDT, PP, PMDB, PTB, PCdoB e PROS, ressaltando que são 16 as legendas que fazem parte do processo de discussão para a eleição de 2014, em um arco de aliança que surgiu em 2006, na sua primeira eleição ao Governo.

"Eu tenho algumas convicções comigo mesmo. Procuro ser disciplinado. Penso, raciocino, planejo e procuro fazer só depois de ter certeza. As pessoas me elegeram para administrar e não fazer política". E completa: "Política para mim, lá na frente, em junho. O nome vai sair no dia 28 de junho, por aí. Mas o que tem-se demonstrado é que a chapa completa acontece nas últimas horas".

Senado

Cid Gomes afirmou ser natural que todos os partidos tenham pretensão em lançar seus nomes ao Governo do Estado. Ele voltou a dizer que é legítima a intenção do senador Eunício Oliveira (PMDB) de ser o candidato cabeça de chapa de uma possível coligação com os demais partidos aliados, assim como a pretensão de Inácio Arruda (PCdoB) em manter a vaga no Senado.

O PT quer a única vaga em disputa para o Senado Federal, que atualmente é de Inácio Arruda. Para Cid, as aspirações petistas fazem parte do contexto político e, somente depois de uma longa conversa, os partidos poderão tomar alguma decisão. "Eu não falo mais pelo PROS. Quem fala é o Danilo (Serpa) em nível Estadual e no Federal é o Eurípedes (Júnior). Mas é claro que qualquer partido quer ter o cabeça. Quem não tem pretensão de ser governador de seu Estado tem problemas".

Sobre a possível lista com cinco nomes, que foi sondada pelo presidente nacional da legenda, Cid negou que tenha excluído a indicação do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, mas ressaltou que o gestor da Capital cearense está construindo os alicerces de sua vida política no Município e que seria ruim para a imagem dele lançar candidatura ao Governo. A lista, segundo Eurípedes Júnior, presidente do PROS, incluía ainda o deputado Mauro Filho; o presidente da Assembleia, José Albuquerque; o vice-governador Domingos Filho e o ex-ministro dos Portos, Leônidas Cristino.

Dilma

O governador alega que um dos motivos para manter aliança com tantos partidos seria a construção da candidatura para reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Desejo manter aliança com o PT, sou um dos primeiros que apoia a reeleição da Dilma. Não sou daqueles que cria dificuldade para vender facilidade".

Cid afirmou que em épocas passadas era mais fácil consolidar uma aliança. Hoje é complicado. É fundamental o diálogo para que se mantenha a aliança. O PCdoB vai dizer que quer que o Inácio se mantenha senador e isso é natural. Vai ser possível? Qual a pretensão do PMDB? Do PT, do PDT? Vamos ver tudo isso, que é uma correlação de forças. Muitas vezes há um impasse e, se não conseguir um resultado, acaba-se tendo uma disputa. Faz parte do processo. Vou trabalhar muito para tentar manter a aliança".

Obras

Na entrevista, Cid Gomes discorreu sobre o último ano de seu mandato à frente do Governo do Ceará e apresentou algumas obras que serão concluídas até o fim do ano. No entanto, outras iniciadas em sua gestão não poderão ser finalizadas, como o Cinturão das Águas, Acquário Ceará e Hospital Metropolitano.

Na área de Segurança Pública, ele reconheceu que 2013 bateu recorde de número de homicídios em todo o Estado, mas ressaltou que até o fim de sua administração vai procurar melhorar o setor na Capital e Interior, ressaltando que a mudança só acontecerá com ações efetivas. "A gente tem que ter humildade de reconhecer, mas não desistir nunca", disse.

Ele fez acusações de possíveis envolvidos na Polícia Militar em levantes contra o Governo do Estado, o que seu irmão, Ciro Gomes, classificou como "milícia" no ano passado. "Existem grupos políticos que usam isso como meio de vida. Se ele não fizer isso, ele não consegue se eleger. Por isso tenta sempre tirar proveito, buscando ambientes de tensão. Isso é parte do processo", afirmou.

Ele acrescentou que todos os dias novos agentes são colocados nas ruas para garantir a segurança da população e citou como pontos positivos da gestão a construção da Academia da Polícia e a Corregedoria para punir as más condutas de agentes da Polícia do Ceará. "Estamos excluindo, separando o joio do trigo e colocando para a fora".

Sobre a estiagem que assola o Estado nos últimos dois anos, o gestor disse que hoje os "flagelados da seca" não invadem comércio e até prefeituras em busca de amparo, como ocorria há 40 anos. Cid atribuiu os avanços a projetos sociais como o Bolsa Família e o Garantia Safra, que minimizam a situação no Interior.

Eunício descarta desistência

Procurado pelo Diário do Nordeste, o senador Eunício Oliveira (PMDB) minimizou a declaração do governador Cid Gomes de que nenhum dos partidos interessados vai abrir mão de lançar candidato ao Governo do Estado nas eleições deste ano. O peemedebista disse considerar a declaração "natural" e afirmou que, assim como o PROS, o PMDB também vai insistir em disputar o Executivo Estadual. O parlamentar declarou, no entanto, que vai tentar, até a última hora, manter a aliança com Cid, mas que, caso não seja possível, não terá problemas em desembarcar da administração estadual.

"Concordo com o que disse o Cid, ninguém vai abrir mão", afirmou o senador. Segundo ele, a candidatura do PMDB no Ceará foi escolhida pela direção nacional da sigla como uma das cinco prioridades para as eleições deste ano. "Como o PMDB pode desistir dessa candidatura?", afirmou, comentando que, para o PMDB, essa decisão deve ser tomada até abril, data da convenção nacional do partido.

Evitando citar o próprio nome como candidato, Eunício disse que fez acordo com Cid para não antecipar a discussão eleitoral, para não atrapalhar a administração estadual. Indagado se a intensa agenda que irá cumprir nos próximos meses, anunciada por sua assessoria, seria anúncio indireto da candidatura, respondeu que cumprirá agenda como senador. "Sempre cumpri agenda de quinta a domingo. Até porque respeito a legislação eleitoral, que ajudei a construir. Desrespeitar seria eu anunciar minha candidatura agora", alega.

Para o senador, a confirmação de candidatura tanto do PROS quanto do PMDB pelos seus respectivos presidentes nacionais, Eurípedes Júnior e Valdir Raupp, em recentes entrevistas à imprensa, são naturais e fruto do desejo deles de que os partidos tenham candidatos. "Me orgulha muito o apoio dele", disse, em referência à afirmação de Raupp de que ele será candidato com ou sem o apoio de Cid e Ciro Gomes.

Ele afirmou que, posteriormente, pretende sugerir critérios na hora de escolher o nome, mas desconversou: "Não sei se os aliados concordam em se criar critérios". O senador comentou que, como aliado de Cid desde 2006, seu desejo é trabalhar a para manter a aliança com o grupo do governador. "Dentro dessa aliança, vamos escolher o melhor nome. Se não for possível, paciência", afirmou.

Questionado se, caso a aliança seja quebrada, teria problema em desembarcar do Governo Cid antes do fim da gestão, o peemedebista negou o desconforto. "Para quem foi colocado para atravessar o Rio Salgado com seis anos de idade, sem saber nada, não tem que ter medo de nada". E disse: "Vamos propor corrigir os erros, melhorar

Na entrevista ao Diário do Nordeste, o peemedebista também confirmou a preocupação da presidente Dilma e do ex-presidente Lula em relação à sucessão no Ceará, mas negou qualquer interferência dos dois por enquanto. 
Fonte: Diário do Nordeste

"Inflação fora de controle", vocifera a midiasmática

Realidade:

Em 3 primeiros anos de governo, a inflação média anual obtida pela administração Dilma é a mais baixa desde o Plano Real. Em 2011, 2012 e 2013, os preços medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram na base dos 6,08% ao ano. Também em seus primeiros 3 anos (1995, 1996 e 1997), o governo FHC obteve 12,40% de inflação média anual. Em período equivalente no governo Lula (2003, 2004, 2005), a média foi de 7,53%.

Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro presidente a tomar posse após a criação do Plano Real (julho de 1994). E, embora a média anual de inflação de seus 3 primeiros anos seja bem superior a de Dilma, deve-se contextualizar os fatos. FHC, quando ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, trouxe a inflação de 2.477,15%, em 1993, para 916,43%, em 1994. Ou seja, o governo FHC tirou a economia do Brasil da UTI e o ritmo de alta dos preços foi para próximo do saudável.

No governo Lula, o consumidor brasileiro conviveu em 2003, 2004 e 2005 com uma inflação média anual de 7,53%. Pesou contra aquela equipe econômica o fato de ter recebido uma inflação na casa dos 12,53% ao ano, obtida no último ano da era FHC. Esse alto índice recebido pela administração Lula pode ser explicado pelo aumento de gastos do governo anterior em ano eleitoral; e pela pressão inflacionária do dólar sobre produtos importados. A moeda americana oscilava então acima dos R$ 4,00.

À equipe econômica do governo Dilma, mesmo com a média inflacionária inferior a de seus antecessores em 3 anos de mandato, cabe maior atenção. FHC e Lula receberam níveis bem elevados de inflação das gestões anteriores. Dilma, por sua vez, nem tanto. Começou a governar com uma inflação em 12 meses de 5,90%, patamar abaixo dos 6,08% médios de seus primeiros 3 anos como presidente.

De todo modo, considerando apenas projeções e o passado, a perspectiva para o governo Dilma é boa.

Pelo lado das projeções, caso se confirme a estimativa de inflação do Banco Central para 2014, de 5,55%, a média de inflação ao ano do primeiro mandato de Dilma será de 5,95%, abaixo dos 9,56% e dos 6,43% dos primeiros 4 anos de FHC e Lula, respectivamente. Pelo lado da história, no segundo mandato, tanto FHC quanto Lula conseguiram médias melhores que as conquistadas por eles antes.

Mas projeções de nada valem se não forem concretizadas. E, caso não sejam, será mais difícil o caminho a percorrer por Dilma para conquistar nas urnas, neste ano, o direito de tentar repetir no segundo mandato o feito de seus antecessores.

Operação Banqueiro - o Livro

Daniel Dantas é personagem central do livro que a "Folha de São Paulo" não quis publicar, por que?

por Rodrigo Vianna

O repórter Rubens Valente levou mais de dois anos para escrever “Operação Banqueiro”. O livro (que chega nesta sexta – 10/janeiro ao mercado) narra os bastidores de uma das maiores batalhas do capitalismo selvagem brasileiro, na virada do século XX para o XXI.
Daniel Dantas está no centro da narrativa. Investigado pela Operação Satiagraha da Polícia Federal, o banqueiro  acionou mecanismos políticos, midiáticos e judiciais para travar a investigação. O delegado Protógenes foi afastado do cargo. O juiz Fausto de Sanctis sofreu todo tipo de pressão e acabou também está afastado da Vara Federal de São Paulo que lidava com casos de lavagem de dinheiro e crimes financeiros.
De acusado, Dantas passou a acusador. Processa jornalistas que ousaram mostrar o papel por ele exercido nas nebulosas privatizações dos anos FHC. Quais são os aliados de Dantas no Judiciário? E no mundo político?  Ele controla mesmo uma rede própria de “inteligência” para “espionar” os adversários? Quem o protege?
Repórter paciente e discreto, Rubens dedicou-se a garimpar os autos da Operação Satiagraha, e assim compôs o perfil do banqueiro. Curiosamente, a “Folha” – jornal em que Rubens trabalha há mais de uma década – recusou-se a publicar o livro. A “Folha” tem uma editora, e costuma lançar livretos sob o selo ”Folha explica”. Pelo visto, o diário conservador paulistano achou que a atuação de Dantas não merecia maiores “explicações”. 
Pelo que se sabe, Rubens Valente foi enrolado durante anos. A editora dos Frias acenou com a possibilidade de publicar o livro, mas na hora H pulou fora. 
Por que a “Folha” não quis publicar “Operação Banqueiro”? Medo de processos judiciais (Dantas, com se sabe, dedica-se a processar jornalistas)? Ou medo de envolver nas denúncias personagens graúdos, citados no livro como parceiros de Dantas? Nesta sexta-feira, “Folha” e “O Globo” trazem matérias sobre o livro. Nenhuma delas tem assinatura. A ordem parece ser: vamos falar sobre o livro, mas de forma discreta.
A Geração Editorial montou uma “operação de guerra” para garantir a distribuição de “Operação Banqueiro” – sem sustos, sem riscos de que algum personagem citado na obra tentasse barrar a chegada da mesma às livrarias.
A seguir, um pequeno trecho do livro – que pode fornecer pistas sobre os motivos para a recusa da “Folha”…

Extra, extra extra!!!

Exclusivo:
Copa do Mundo no Brasil destrói Educação e Saúde de Primeiro Mundo que havia no País desde 1500

por Taliwaliker - @humamad

Obelix - os que ficaram para trás

Prezados e prezadas,
É inexplicável que os presos políticos do PT, condenados a pagarem penas pecuniárias, não tenham recebido do PT, institucionalmente, o apoio necessário.
  • Quantos senadores e deputados o PT conta?
  • Quantos vereadores, deputados estaduais, distritais, governadores e prefeitos? Quantos cargos de livre nomeação ("de confiança").
  • Ora, o que o Diretório Nacional espera para determinar que estes cargos respondam pelo pagamento desta injustiça imposta a um correligionário que tombou na defesa do partido e do governo, e que continuam a mostrar rara dignidade no cárcere?
  • Os mandatos são pessoais ou partidários?
  • Se Genoíno fosse presidente do PSDB estaria preso?
  • Então estes mandatários temem o quê? 
  • A mídia, o batman de toga, temem o quê?
  • Este troço intangível e indeterminável chamado "opinião pública", que não passa de opinião publicada?
  • Vão continuar a querer enfrentar um julgamento mais que político, mas partidarizado, como teses jurídicas ou com ar blasé?
  • É possível reverter o estrago nas vidas dos encarcerados?

Sim, só pela transformação de cada ato desta farsa em um ato político de reação e de repulsa do partido por esta farsa grotesca.
Estarão presos em vão?
Se continuar esta omissão, com certeza.
Na guerra, boa parte do ímpeto dos que se colocam ao sacrifício é a certeza de que ninguém ficará para trás.
É este sinal que o PT deve mandar aos seus filiados: 

A mídia política, vista pelo olhos do Nassif

Vista do Planalto Central, não se tem ilusão sobre a virulência da velha mídia em 2014. Mas há dúvidas sobre a intensidade dos ataques em relação às últimas eleições.
 
Hoje em dia, a situação dos grupos de mídia é significativamente mais frágil do que a de quatro anos atrás. E não há sinais de que o PSDB disponha de fôlego financeiro para apoiar a campanha midiática.
 
- Tome-se o caso do Estadão, diz um dos estrategistas do governo. Está à venda. Hoje em dia, consegue a cobertura mais sóbria, separando a notícia dos editoriais. Daqui para frente o que irá fazer? Atropelar o noticiário para fazer política ou preservar a imagem para ser vendido?
 
A mídia impressa já jogou a toalha em relação ao papel. O Globo já deu início a uma estratégia para, dentro de cinco anos, abandonar definitivamente o papel. Vindo para a Internet, os jornais têm audiência, mas sem o peso enorme dos tempos em que a informação concentrava-se em quatro grupos e nas manchetes do papel impresso.
 
Por isso, a estratégia do Planalto será deixar que o avanço da Internet democratize as
comunicações e o poder dos grupos de mídia se dilua naturalmente.
 
Lamenta-se a mudança de rota do Valor Econômico, até algum tempo atrás considerado o mais sóbrio dos diários. Houve uma mudança perceptível no tom do noticiário e nas manchetes  após uma reportagem sobre o estilo de governar de Dilma Rousseff, que acabou disseminando a imagem de arbitrária e casca grossa.
 
A reportagem baseou-se exclusivamente no depoimento do ex-MInistro Nelson Jobim, que saiu magoado do governo. Várias fontes do Palácio foram consultadas e rebateram a maneira como se traçou o perfil. Foi em vão. A reportagem captou um sentimento difuso sobre a suposta grosseria de Dilma e acabou alimentando a onda.  Deste então, houve a mudança na linha editorial.
 
Não foi possível entender as razões do MEC ter adquirido mais de R$ 2,5 milhoes em assinaturas da revista Nova Escola, da Editora Abril. Não se negociou nenhuma trégua com a Abril. Pelo contrário, há semanas correm boatos de mais uma das capas tradicionais de Veja contra um auxiliar direto de Dilma.  Além disso, a linha da revista, preconceituosa, ideológica, não recomendaria nenhuma publicação da Abril como material educacional, ainda mais em compra oficial do MEC.
 
Não foi possível apurar as circunstâncias que cercaram essa compra. Mas atendeu a interesses internos do próprio MEC, não do Planalto.