Joaquim Barbosa mente descaradamente

Vejam com atenção o vídeo abaixo. Nele Joaquim Barbosas mente descaradamente, além de seus ataques de praxe aos direitos dos réus.
 
É uma votação de 12 de maio de 2011. Julga-se exatamente se o STF deve liberar ou não os autos do Inquérito 2474 a alguns réus da Ação Penal 470. Barbosa vinha mantendo o Inquérito 2474 em sigilo desde que o recebeu, em março de 2007. No início de 2011, vazou uma pequena parte à imprensa, e vários réus da Ação Penal 470 solicitam ao STF para terem acesso à íntegra do inquérito, que tem 78 volumes. Barbosa, então relator da Ação Penal 470, recusa, e o caso vai a votação. Ao final, Barbosa vence, com ajuda de Ayres Brito, que desempata a votação.
 
Barbosa afirma que inquérito 2474 trata de outros réus e assuntos não relacionados ao mensalão petista.
 
Mentira
O relatório do Inquérito 2474 trata dos réus que também estão na Ação Penal 470, como Marcos Valério e seus sócios, e Henrique Pizzolato e Gushiken. E traz documentos, logo em suas primeiras páginas, dos pagamentos Banco do Brasil à DNA, referentes às campanhas da Visanet. Ora, o pilar do mensalão foi o suposto desvio de recursos da Visanet, no total de R$ 74 milhões, para a DNA, sem a correspondente prestação de serviços. Como assim o Inquérito 2474 trata de assuntos diferentes?
Barbosa diz que a Polícia Federal tomou cuidado para “não apurar, no Inquérito 2474, nada que já esteja sendo apurado na Ação Penal 470″.
 
Mentira
No inquérito 2474, um dos documentos mais analisados é o Laudo 2828, que investiga o uso dos recursos Visanet, que é o tema principal da Ação Penal 470.
 
Celso de Mello dá uma belíssima aula sobre a importância, para a defesa, de conhecer todos os autos que possam lhes ajudar. E vota contra o relator, em favor do pedido dos réus.
 
Barbosa se posiciona, como sempre, como um acusador impiedoso e irritado, sem interesse nenhum em dar mais espaço à defesa.
 
Observe ainda que Celso de Mello dá sutis estocadas irônicas na maneira “célere” com que Barbosa toca esse processo (a Ação Penal 470), “em particular”. Ou seja, Mello praticamente acusa Barbosa de patrocinar um julgamento de exceção.
 
Celso de Mello alerta que a manutenção de sigilo para documentos que poderiam ajudar os réus constitui um “cerceamento de defesa”.
 
Barbosa agiu, como sempre, como um inquisidor implacável e medieval. Ayres Brito e Luis Fux, para variar, votam alinhados à Barbosa.
 
É inacreditável que o Supremo Tribunal Federal (STF), um lugar onde supostamente todas as garantias individuais deveriam ser asseguradas aos cidadãos perseguidos pelo Estado, de repente se transfigurou num tribunal de exceção, de perfil inquisitorial, no qual os direitos da defesa foram tratados, sistematicamente, como meras “chicanas”, “postergações inúteis”.
 
Todas as regras foram quebradas, mil exceções foram criadas, para se condenar sumariamente.
 
Nesse vídeo, temos a prova de que Barbosa agiu deliberadamente para cercear direitos à defesa. Esso é o pior crime que um juiz da suprema corte pode cometer, e que justifica um pedido de impeachment.
 
Entretanto, se pode verificar no vídeo o nervosismo de Barbosa para afastar qualquer possibilidade de trazer as informações do inquérito 2474 para dentro dos debates.
 
Celso de Mello lembra, então, que o plenário ainda estava na fase de apurações, e que portanto era o momento adequado para enriquecer o debate com mais informações, ao que Barbosa responde, com sua prepotência de praxe, que a fase de investigação estava “quase no final”. Como quem diz: “não me atrapalhe, quero terminar logo esse circo; vamos condenar logo esses caras os mais rápido possível; temos que dar satisfação à Rede Globo.”

Os bóias-frias do futebol

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A Pública visitou o universo dos pequenos times e dos jogadores profissionais desempregados e subempregados que o Bom Senso F.C denuncia. Abuso é pouco, constatou.
Terça-feira de manhã, céu nublado, aquele “chove-não-chove” no ar. A reportagem da Pública está em Mauá, município da Grande São Paulo, para acompanhar um jogo de futebol sem torcida, estrelado pelo Grêmio Esportivo Mauaense, da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, abaixo da Série A3.
Com o objetivo de montar uma equipe para o próximo campeonato do primeiro degrau do futebol profissional, os jogadores de Mauá enfrentam um time de jogadores ainda mais frágeis: o dos desempregados, reunidos em uma equipe montada pelo Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (SAPESP) para que eles possam manter a forma enquanto não voltam a jogar profissionalmente.
Ali não há fotógrafos, jornalistas, símbolos das federações, placas de publicidade. Ninguém está nas arquibancadas para vibrar pelas jogadas no campo deteriorado, cheio de entulho. Dois cachorrinhos brincam no fundo do “campo” do Estádio Pedro Benedetti, municipal, que fica escondido atrás de um distrito da Polícia Militar.
Mas não falta emoção em um jogo em que cada um luta por um lugar ao sol, pela remota chance de realizar o sonho de se tornar, ou continuar a ser, um jogador profissional de futebol. A Pública acompanhou a partida, vencida por 3 a 2 pelo Mauaense, assistiu a ótimas jogadas e ao golaço de Jorge, o craque do time vencedor, do lugar do quarto árbitro – privilegiadíssima posição em um estádio “de verdade”- e, como faziam os jornalistas esportivos de outros tempos, desceu aos vestiários para entrevistar os jogadores.
Não estávamos ali para fazer uma crônica da partida, mas para saber como é a realidade dos jogadores da base da pirâmide do negócio futebol. Saber o que esperam aqueles que não ganham salários milionários, não saem em capas de revista, nem vendem milhões de camisas com seus nomes estampados, cuja existência era ignorada pela mídia até recentemente, quando o movimento Bom Senso F.C – formado por atletas da Série A e B do Campeonato Brasileiro – girou os holofotes dos bons gramados para iluminar a dura realidade do mercado de trabalho de futebol brasileiro em que campinhos como o de Mauá e o desemprego como os atletas da equipe da SAPESP são bem mais numerosos que as camisas do times de elite.
A maioria dos garotos que encontramos nos chuveiros têm por volta de 20, 21 anos, “velhos” para iniciar a carreira no futebol, e estão longe de obter um contrato para valer em um clube profissional. Mas não desistiram do sonho como diz o meia-atacante Eddy Rocha, um baiano de 21 anos, da equipe da SAPESP: “Me indicaram pro time do sindicato aí e eu tô aqui agora, mantendo a forma pra me empregar”, diz.

Não vaí vender para Amazon


Recebi uma cópia deste e-mail, que não sei se é real ou imaginário, e reproduzo, sem a indiscrição de mencionar o autor, que não quero ver sujeito aos ódios da blogosfera governista…

Caro Diego Mainardi,
Chamo sua atenção para esta matéria do Estadão, que trata do microcrédito voltado ao produtor, que teria atingido R$ 4,8 bilhões.
Está bem que é bem pouco perto do crédito total do país – R$ 1,2 bilhôes – mas o fundamental é a grave denúncia contida no texto.
Cuidado para não cair da gôndola, aí em Veneza.
Você acredita que uma tal de Beatriz Rocha, de 37 anos, desviou dinheiro do Bolsa-Família para comprar duas vacas de leite e, agora, com este dinheiro subsidiado do microcrédito comprou mais uma e um freezer para guardar o leite que vende?
É uma senhora que, embora loura, faz aquele tipinho ancho da Luiza Trajano, é uma pessoa também humilde e de poucas luzes e não percebeu que o futuro do mercado leiteiro é a Amazon e sua incrível capacidade de entregar o leite através de drones, não é?
É uma mentalidade atrasada, porque você vê na foto que a vaca subsidiada nem mesmo de raça é, apesar de se chamar “Ariana”.
Baixa produtividade, como tudo o que estes criptocomunistas arcaicos tem feito aqui.
O título de “Minha Vaca, Minha Vida” bem se adequa à mansuetude bovina deste povinho, embora a classe média esteja fazendo o possível para – literalmente – incendiar o clima nestas vésperas de Copa do Mundo.
Voltando ao “crédito”, que é como chamam esta esmola eleitoreira: eles, claro, fazem como a D. Luiza e o Serasa: negam que a inadimplência esteja crescendo e afirmam que os pobres são bons pagadores.
De promessas, talvez, porque sabem os que esta gente indolente adora se encostar num subsídio público, financiado com o imposto absurdo que a gente paga no Brasil em troca de nada, não é?
Porque aqui ainda continuamos com nossas valas negas, a anos-luz de distância de chegarmos ao nível dos canais fétidos de Veneza.
Boa sorte aí, quem sabe acontece um milagre nas eleições e você possa voltar à terrinha, tão boa quando o Doge da sociologia nos fazia esquecer que somos este povinho, não é?
PS. Coloco aí embaixo um gráfico para você ver como este absurdo está crescendo, tirando dinheiro do nosso essencial superavit primário.

A maldade das entrelinhas, por A. Capibaribe Neto

Quando cheguei ao hotel Miramar, em Bangkok, o machucado do ombro ainda latejava, talvez porque depois da pancada não me restou alternativa de lugar para acomodar a mochila. Procurei disfarçar a cara de dor na recepção, mas a mocinha de olhos amendoados me perguntou com voz suave num inglês carregado de sotaque: "May I help you, Sir?" - posso ajudá-lo, Senhor?

Contei-lhe rapidamente o que havia acontecido e ela pediu para ver. Seu franzir de testa denunciou que a pancada fora realmente feia. Instruiu-me a procurá-la depois de instalar-me no quarto, mas estava tão cansado de caminhar, subir e descer as escadas de pedras dos templos de Angkor que me deitei na cama do jeito que estava, sem ao menos tirar as botas pesadas empoeiradas.

Não sei por quanto tempo adormeci, sei apenas que despertei com as batidas acanhadas na porta. Sentindo o corpo pesando de cansaço e o ombro doendo mais ainda, levantei-me aborrecido para abrir a porta. "O senhor está melhor?" Era a moça de rosto bonito da recepção. Trazia em uma das mãos uma toalha pequena e com a outra me mostrou uma pomada que mesmo sem abrir a tampa deixava no ar um cheiro de cânfora. Fui tomado de momentânea maldade, confesso. Afinal de contas, estava na Tailândia. Mais especificamente em Bangkok, uma cidade com mais de dez milhões de habitantes e já lera muito sobre a fama das tailandesas, espalhada pela ignorância tupiniquim. "Com licença, Senhor..." - e foi entrando.

Pediu que eu tirasse a camisa enquanto colocava a toalha debaixo da torneira de água quente. E aí, sem me olhar nos olhos, colocou-a com cuidado, bem devagar, sobre a mancha escura no ombro. Deixei escapar um "ai" quando senti que tocou onde doía. Aos poucos fui me acostumando enquanto sentia o começo de um alívio quase mágico. Perguntei-lhe o nome, mas não entendi, mesmo ela tendo repetido.

Depois de uns dez minutos de compressa, ela abriu o pote com a pomada e com a ponta dos dedos, delicadamente, começou a espalhá-la em círculos em volta do machucado. A dor começou a sumir e enquanto ela se concentrava no que fazia aproveitei para olhar seu rosto.

A porta do quarto havia se fechado automaticamente e isso não a havia abalado, mas senti uma sensação estranha que se dividia entre a desconfiança do gesto e a maldade por conta da cultura, da convivência. Eu não sabia o que dizer, nem mesmo dizer que estava bom o que ela estava fazendo. Tive medo de confundir o "bom" porque estava bom mesmo, com o "gostoso" que teria de ser traduzido por "nice, very nice", e ela pudesse interpretar mal. Fiquei quieto.

Aspirar mais forte o cheiro da cânfora podia ser uma insinuação e não havia espaço para interpretações maledicentes naquele momento. Ela parou a massagem por um instante enquanto voltou ao banheiro para esquentar a toalha. Dessa vez, o calor do pano em cima da pomada deu uma sensação de frescor no lugar. Arrisquei um "huummm..." e ela me olhou diretamente nos olhos com um sorriso de alegria: good?" Pensei em responder "very good", mas me contive e apenas deixei escapar um "umhumm".

Não lembro mais quando ela começou a cuidar do meu ombro, mas depois que ela foi embora ficou contida dentro de mim uma vontade enorme de que ela voltasse no dia seguinte. Somente no dia de fechar a conta a vi de longe. Com a mesma timidez ela me olhou e sorriu quando coloquei a minha mão sobre o ombro e depois sobre o peito, do lado esquerdo, como uma forma de agradecer de coração. Antes de deixar o hotel pedi permissão para lhe fazer uma fotografia, uma só. Ela deixou.

Fotoshop contrário

Enviado por Pisquila

Bem, hoje em dia em se tratando da tal "Grande Imprensa", tudo é possível e nada mais nos deveria surpreender, principalmente quando se trata de matérias sobre o governo federal. Agora uma coisa deve-se reconhecer:  a persistência com que a mídia se esforça todo santo dia com seus estoques de manchetes pré-moldadas do tipo "barata-voa" e "se colar-colou",com o intuito já confessado por Dona Judith, de esculhambar com o governo e sua salada mista aliada, digo, base aliada. No entanto, essas manchetes logo se vêem micadas pela "verdade-verdadeira" dos fatos, principalmente graças a internet. Maldita internet, Batman! Crash! Pow! Boom! Ela é demolidora e detona as mentiras em poucos segundos. E a cada dia que passa a credibilidade desses jornalões perfura o rés do chão. Será que só assim para encontrarem alguma linha do metrô paulista? Mas o que mais me chamou a atenção foi uma foto da presidente que hoje ilustrou a matéria da Folha/Uol  "Comissão de Ética arquiva investigação contra Dilma por viagem a Lisboa". Reparem bem nas olheiras "enooormes" da presidente.

Bom dia!

Bela mensagem

Bom dia!

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