Eu acho que minha mulher confia demasiadamente na minha memória, que não é de uma ameba, mas também não é a de um elefante, e eu disse para ela que eu não tinha como saber o que era verdade ou mentira em toda aquela lista de acusações (link acima).
As mentiras que circulam na internet, da mesma forma que aquelas veiculadas pela mídia corporativa, prejudicam a blogueiros, internautas e leitores, e ao Brasil como um todo: reputações são destruídas, pessoas são apresentadas como criminosas sem direito a defesa ou simples resposta, algumas são alçadas a condição de proprietárias de bens que não possuem, e os desmentidos, mesmo quando existem vídeos e extensas reportagens para embasá-los, nem sempre chegam aos ouvidos dos crentes que, por questões ideológicas, acreditaram nas mensagens mentirosas que receberam anteriormente. E se chegassem também não teria a menor importância: os ideólogos extremistas (de direita ou de esquerda) são essencialmente disseminadores de ódio e estão se lixando para os fatos, da mesma forma que a Rede Globo de Televisão age. A diferença está no poder de convencimento: o da Rede Globo é (ou será que já foi?) incomensuravelmente maior por ser mais glamoroso.
Por outro lado, na blogosfera existem os trolls que mentem com a finalidade de irritar e disseminar dúvidas na cabeça dos adversários, de tal maneira que a busca pela verdade tornou-se um exercício de muita perspicácia e paciência.
E a minha mulher voltou à carga me perguntando “e então, em quem eu devo confiar”.
Bem, a resposta não é nada simples. Mas existe um grupo de jornalistas que hoje são blogueiros na internet, muitos deles oriundos da velha mídia, que são dignos da minha confiança até prova em contrário. Como exemplo de alguns que acesso frequentemente, eu citaria PHA, Luis Nassif, Luis Carlos Azenha, Rodrigo Viana, Eduardo Guimarães, Conceição Lemes, Fernando Brito, e a Helena do blog dos amigos do presidente Lula. E não é o fato de um ou outro ter uma preferência escancarada pelo governo Dilma (como é o caso do jornalista Paulo Henrique Amorim) que os tornam menos confiáveis. A confiabilidade a que eu me refiro diz respeito à fidelidade à verdade factual, e uma interpretação racional sobre esta verdade em se tratando de uma matéria interpretativa/opinativa. Infelizmente nem todos os brasileiros sabem separar fatos de interpretações, e disso se aproveitam os editores e os âncoras dos grandes telejornais nacionais para engabelar o ouvinte/eleitor.
As mentiras que circulam na internet são inúmeras e algumas ganharam ares de verdade absoluta. Por exemplo, durante muito tempo circulou a mentira de que o filho do Lula seria sócio do Friboi. E eu lia esta mentira eu me perguntava então quem seria o marido da Ticiana Vilas Boas, aquela do telejornal da Band que contracena com o Boechart. Durante muito tempo apresentaram na internet o prédio da Escola de Agronomia de Piracicaba como pertencente ao Lula. E só depois de algum tempo eu cheguei à conclusão de que isto era mais uma mentira da extrema direita raivosa que odeia o sapo barbudo. Depois de algum tempo? –perguntará o leitor/eleitor irritado. Não me ridicularizem, por favor; às vezes a gente titubeia, não é verdade?
Mas hoje as minhas grandes dúvidas geradas por notícias veiculadas na grande mídia e na internet são as seguintes: AÉCIO NEVES é ou não usuário de cocaína? Lembram do “Pó pará, governador”, frase dirigida à Aécio Neves e aparentemente plantada na mídia pelo Serra, seu arqui-inimigo? Tudo bem, eu sei que no Serra ninguém pode confiar. Mas, e o que dizer dos 450 kg de pasta de cocaína apreendida no helicóptero da família Perrella, família amicíssima do Aécio Neves? E o que dizer do tratamento dispensado por muitos internautas ao mineiro do Baixo Leblon ao chamá-lo de “Aécio Branca de Neve? A cocaína vai realmente financiar a campanha do “ex-playboy” mineiro? Hoje ele está casado, não é verdade? Estas são perguntas que eu realmente não sei responder, mas que continuam atiçando a minha curiosidade. Alguém pode me ajudar a respondê-las?
E para concluir este comentário eu gostaria de dizer que se não fosse a internet há muito nós estaríamos vivendo sob uma nova ditadura, com um novo inquilino no Palácio do Planalto. E quem você escolheria como o ditador da união nacional?...
