Boa noite!

Dormir para sonhar
e
Acordar Feliz!

Renato Teixeira

Lindo!

O pior analfabeto é o analfabeto midiático

por CELSO VICENZI

Ele ouve e assimila

repete o que ouviu,

acontecimentos políticos,

política, mas usa as redes sociais com ganas e ânsias de quem veio para justiçar o mundo. Prega ideias

discriminatórias, e interpreta os fatos com a ingenuidade de quem

manipula. Nas passeatas e na internet, pede liberdade de expressão, mas censura e ataca quem defende bandeiras políticas. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. E que elas –na era da informação instantânea de massa –são muito influenciadas

fatos.

dos

midiática

jornalistas e colunistas na mídia impressa, em emissoras de rádio e tevê – que também estão presentes na internet – a anunciar catástrofes diárias na contramão

estatísticas mais

significativos são desprezados

deslizes são tratados como se fossem enormes

objetivo

O

escândalos.

impedir que políticas

possam ameaçar os

privada. O mesmo tratamento não se aplica a determinados partidos políticos e a corruptos que ajudam a manter a enorme desigualdade social no país.

Questões iguais ou semelhantes são tratadas

pela

distinta

forma

de

prestar atenção como

noticiário sobre o escabroso caso que veio à tona com as informações da alemã Siemens. Não houve nenhuma indignação dos principais colunistas, nenhum editorial

principal emissora de TV do país calou-se por duas semanas após

denunciando

IstoÉ

revista

superfaturar trens e metrôs em 30%.

O analfabeto midiático

orgulha e estufa o peito para dizer que viu/ouviu a informação no Jornal Nacional e leu na Veja, por exemplo. Ele não entende como é produzida cada notícia: como se escolhem as pautas e as fontes, sabendo antecipadamente como cada uma delas vai se pronunciar. Não desconfia que, em muitas tevês,

notícia

a

jornais,

redação, bastando ouvir as pessoas que vão confirmar o que o

principalmente, o "dono

Chico Buarque!) quer

isso as

Para

fatos.

vezes, em fotos e imagens. Dizem que "uma foto vale mais que mil palavras". Não é tão simples (Millôr,

argumentou: "então

imagem"). Fotos e

construções, a partir de um determinado olhar. Também as imagens podem ser manipuladas e

gosto

"ao

editadas

infinidade de exemplos. Usaram-se imagens para provar que o Iraque possuía depósitos de armas químicas que nunca foram encontrados. A irresponsabilidade e a falta de independência da mídia norte-americana

convencer a opinião pública, e mais uma guerra com milhares de

deflagrada.

midiático

analfabeto

O

enfoque pode ser uma escolha construída para chegar a conclusões que seriam diferentes se outras fontes fossem

jornalistas narrassem os fatos de outro ponto de vista. O analfabeto midiático imagina que tudo pode ser compreendido sem o mínimo de esforço intelectual. Não se apoia na filosofia, na sociologia, na história,

econômica

e

política

ciências

estender demais os campos do conhecimento – para compreender

complexidade dos fatos.

absorve tanta informação

acreditar em "especialistas"

comunicação comprometidos com interesses de poderosos grupos políticos e econômicos. Lê pouquíssimo, geralmente "best-sellers"

livros de autoajuda. Tem certeza de que o que lê, ouve e vê é o suficiente, e corresponde à realidade. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e o espoliador das empresas

multinacionais."

midiático gosta

analfabeto

O

políticos corruptos e não entende que eles são uma extensão do capital, tão necessários para aumentar fortunas e concentrar a renda. Por isso recebem todo o

serem eleitos. E, depois,

drenar o dinheiro do Estado para uma parcela da iniciativa privada e para os bolsos de uma elite que se especializou em roubar o dinheiro

por

Assim,

público.

enxergar o político

identificar o empresário corruptor, o detentor do grande capital, que aprisiona os governos, com a enorme contribuição da mídia, para adotar políticas que privilegiam

mantenham à margem

pobres. Em resumo: destroem a democracia.

Para o analfabeto midiático, Brecht teria, ainda, uma última observação

impossível de mudar. Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

O analfabeto político

O pior analfabeto, é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala,

acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, O preço do feijão, do peixe, da farinha Do aluguel, do sapato e do remédio Depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que Se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o imbecil, Que da sua ignorância nasce a prostituta, O menor abandonado, O assaltante e o pior de todos os bandidos Que é o político vigarista, Pilanta, o corrupto e o espoliador Das empresas nacionais e multinacionais.

Bertold Brecht

Sabedoria budista

Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo
O sol 
A lua
E
A Verdade

Mini-contos

Pesos e medidas

Casada e feliz há mais de dez anos foi com surpresa que se viu apaixonada. Custou a crer. Mas rendeu-se aos fatos, sem medos. Por certo tempo curtiu muito. Depois foi acometida de pesadelos. Acordava suando frio e olhava o marido dormindo tranqüilo ao seu lado. O mais difícil era transar com os dois no mesmo dia. Depois foi acostumando. E se acalmava a tal... 

O difícil foi suportar as cobranças do amante para que ela abandonasse o marido e ficasse com ele. Em troca de que, ela indagou? Ele respondeu: 

- Do nosso amor. 
- É pouco, disse ela. Pesou e mediu as palavras, tentando conter a ira, e acrescentou:  

- Deixa de ser cara de pau. Como tem coragem de exigir que eu deixe de morar num belo apartamento na Zona Sul, com serviçais; tenho cozinheira, copeira, mordomo e motorista; bons e luxuosos carros; e viagens duas vezes por ano...

Minha Casa, Minha Vida

Em cinco anos, mais de 3 milhões e quatrocentas unidades de moradias contratadas e mais de 9 milhões de beneficiados direto - moradores -

Os números consolidam o programa como a maior política pública habitacional da história do Brasil.
Até final de abril, programa entregou 1,7 milhões de casas. A meta do governo, segundo o vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, é chegar a dois milhões de unidades entregues até o final de 2014 e com investimentos da ordem de R$ 234 bilhões.
“A dimensão que o Programa ganhou foi tamanha que, nos últimos cinco anos, representantes de várias partes do mundo têm buscado informações sobre o Minha Casa, Minha Vida”, afirmou José Urbano. Entre os países que tem demonstrado interesse pelo programa, ele citou México, Colômbia, Peru, países africanos de língua portuguesa, árabes e Egito.
Urbano afirma que as representações estrangeiras querem informações sobre a grande capacidade do programa de expandir a atividade econômica do país, envolvendo mão de obra empregada na construção civil. Ele também ressalta que o programa propicia um aumento da atividade da indústria de cimento e de cerâmica.
O Minha Casa, Minha Vida é um programa voltado para famílias de três faixas de renda – até R$ 1,6 mil (Faixa 1), entre R$ 1,6 mil e R$ 3,275 mil (Faixa 2) e de R$ 3.275,01 mil a R$ 5 mil mensais. No caso da faixa 1, a prestação da casa não deve ultrapassar 5% da renda do beneficiário, com valor mínimo de R$ 25, pelo período de 10 anos. O subsídio na concessão deste imóvel é bancado com recursos do Orçamento Geral da União (OGU).
“Se você fizer as contas, o subsídio poderá passar de 90% do preço do imóvel”, calcula o vice-presidente. Segundo ele, o subsídio é uma questão de prioridade do governo alinhada a política habitacional. “O Minha Casa, Minha vida é viável e vai continuar”.
Na avaliação do vice-presidente, se o Estado não participar de alguma forma da produção imobiliária, a população de baixa renda não consegue uma moradia. Ele também destaca benefícios indiretos à classe média e alta com o barateamento de custos da construção civil.
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Paulo Moreira Leite

EM CLIMA DE COPA Profetas do caos perderam mais uma vez e só vira-latas não podem comemorar

A Copa do Mundo não completou uma semana e já é possível perceber um novo fiasco hlstórico dos profetas do caos. Os aeroportos não ficaram um inferno nem os vôos atrasaram – na média, o número de atrasos e cancelamentos é um dos melhores do mundo.

Os estádios estão aí, alegrando visitantes e torcedores. Os números de gols mostram matematicamente que esta pode ser uma das melhores Copas de todos os tempos.

O transito não está melhor nem pior.

Os problemas reais do Brasil seguem do mesmo tamanho e aguardam solução.

Não custa lembrar, também, que nenhum país está livre de um acidente horrível nos próximos 15 minutos.

Mesmo assim, o clima do país mudou. Já consegue viver uma experiência que se anunciava como tragédia: hospedar uma Copa do Mundo.

O desagradável é que essa situação podia ser percebida em fevereiro.

Foi então que, em companhia do repórter Claudio Dantas Sequeira, entrevistei Aldo Rebelo para a ISTOÉ. Perguntamos ao ministro sobre a ameaça de caos que todos associavam a Copa. Aldo respondeu:

"A experiência mostra que em eventos desse porte há, em primeiro lugar, uma grande permuta entre viajantes e passageiros. Muita gente está chegando à cidade-sede, mas muita gente está saindo. As empresas de evento não fazem feiras nem seminários nessa época. O passageiro tradicional, que visita parente, que viaja a negócios, para ir a um museu, também não viaja."

Antecipando uma situação que hoje se verifica em voos com menos passageiros do que se anunciava, o ministro disse: "Em Londres, durante a Olimpíada, havia menos gente na cidade durante os jogos olímpicos do que em dias normais. "

Aldo prosseguiu: "Quem não gostava de esporte não foi para Londres naquele período, mas para Budapeste, para Praga, para Madri. Já sabemos que algumas cidades brasileiras terão menos visitantes do que em outras épocas do ano. No Rio de Janeiro, não haverá o mesmo número de visitantes que a cidade recebe durante o Carnaval. Em Salvador também não."

Em maio, em entrevista ao TV Brasil, Aldo Rebelo apresentou argumentos semelhantes. Mostrou a falácia em torno dos gastos excessivos com a Copa. Fez comparações didáticas. É um depoimento esclarecedor, que você pode ler no link

http://www.tvbrasil.ebc.com.br/espacopublico/episodio/espaco-publico-entrevista-o-ministro-do-esporte-aldo-rebelo

O espantoso é reparar que muitas pessoas trataram estes depoimentos --e outros que tinham o mesmo conteúdo -- como exemplo de jornalismo sem valor, chapa-branca.A

A realidade – em poucas semanas –encarregou-se de mostrar seu caráter informativo e, com perdão do autoelogio, esclarecedor.

Nelson Rodrigues diagnosticou um mal cultural do brasileiro, o complexo de vira-lata. É certo que este olhar autodepreciativo contribui para embaçar uma visão mais realista da realidade. Ainda mais quando há um interesse, nem sempre oculto, a partir de forças nem um pouco ocultas, como você sabe, de criar um ambiente de medo, desconfiança e derrota.

Mas ouso sugerir uma segunda abordagem à doença, talvez mais atual. Após anos sem tratamento adequado, sem remédios e sem terapia, os sintomas iniciais de subraça se desenvolveram e tomaram conta dos pacientes.

Eles adquiriram uma nova personalidade. Deixaram de temer as próprias fraquezas. Estão convencidos de que condição inferior é sua verdadeira natureza – o que talvez explique a cafajestada, abaixo de qualquer diagnóstico médico, na Arena Corinthiana, tratada com muita naturalidade até que a reação de homens e mulheres comprometidos com valores democráticos.

Não é difícil entender por que, até agora, não conseguem enxergar o que se passa na Copa.