Por que os líderes europeus querem conversar com Dilma?


Às margens da cúpula entre Celac (Comunidade de Estados Latino Americanos e Caribenhos) e União Europeia que ocorre em Bruxelas, a presidente Dilma Rousseff teve reuniões com diversos líderes europeus – entre eles os primeiros-ministros da Grécia e Grã-Bretanha e a chanceler (premiê) da Alemanha.

Segundo a Presidência, todos os encontros com Dilma foram solicitados pelos europeus. A presidente também se reuniu com os líderes da Bulgária e de Luxemburgo, além do presidente do Conselho da União Europeia, Donald Tusk.

Acordos comerciais, Ucrânia, Olimpíadas e crise na Grécia foram alguns dos temas debatidos com os líderes internacionais.

Veja abaixo os temas das principais reuniões:

Grécia

A presidente Dilma Rousseff se reuniu com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, na manhã de quinta-feira. Tsipras que tomou posse neste ano após ser eleito pelo partido radical de esquerda Syriza.

O grande assunto foi a crise econômica do país – a Grécia se vê em dificuldades no relacionamento com diversos países europeus, está com problemas para saldar suas dívidas e, se não conseguir uma renegociação, corre o risco de sair da zona do euro.

"Obviamente o primeiro-ministro grego falou das dificuldades, que são públicas e notórias", disse a presidente após o encontro.

Em um momento em que o Brasil passa por um ajuste fiscal, a presidente, falando sobre a situação da Grécia, disse que "pesar a mão" poderia quebrar um país.

"Todas as medidas de austeridade implicam em dois lados. Se você não cria condições para o país transitar para uma situação de estabilidade, se você pesar a mão, você quebra o país. De outro lado, obviamente o país tem que fazer a sua parte."

Ela refutou, porém, comparações entre a situação dos dois países.

"Nós fazemos um ajuste, mas não temos desequilíbrio estrutural."

Alemanha

No mesmo dia em que encontrou o primeiro-ministro grego, Dilma se reuniu com aquela a chanceler (premiê) Angela Merkel, da Alemanha – país que vive papel antagonista ao da Grécia, por ser um dos principais credores de Atenas e defensor das medidas de austeridade.

Merkel irá ao Brasil em agosto, e a reunião serviu como uma preparação.

Segundo Dilma, os pontos principais da conversa foram ampliação do comércio e parcerias na área de indústria, desenvolvimento tecnológico e científico e formação profissional e técnica.

"A indústria alemã se caracteriza por uma grande expertise na área de inovação, chão de fábrica e capacidade de ter indústria de alta qualidade, de alta precisão", afirmou.

Elas também discutiram a parceria na área de cibersegurança – as duas líderes foram vítimas de monitoramento pela agência americana NSA e, depois disso, os países trabalharam em conjunto para aprovar uma resolução na ONU sobre o tema.

Elas também conversaram sobre a reforma de organismos financeiros –como o FMI e o Banco Mundial – e sobre a recuperação da economia mundial.

Grã-Bretanha

O encontro com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, começou com uma dança das cadeiras: o cerimonial havia preparado cadeiras com as bandeiras da Grã-Bretanha e do Brasil e os líderes se dirigiram aos locais errados – trocaram por sugestão de Cameron.

Além de desejar sorte na Olimpíada de 2016 no Rio – a edição anterior ocorreu em Londres – Cameron falou que conversaria sobre a economia.

"Há muitos assuntos para conversar sobre nossa colaboração econômica e a possibilidade de acordo entre a União Europeia e o Mercosul", disse o britânico, em referência à negociação que os dois blocos estão retomando, após anos de paralisação.

Dilma também destacou o programa Ciência sem Fronteiras e falou que o Brasil queria fazer uma Olimpíada ainda melhor que a de Londres.

Bélgica

Um tema delicado entrou na discussão de Dilma com o primeiro-ministro belga, Charles Michel: a crise na Ucrânia.

A Rússia, que sofre sanções europeias por sua atuação em regiões separatistas da Ucrânia, é parceira do Brasil no Brics – grupo que realizará uma cúpula no mês que vem.

"Mas a Dilma insistiu muito mais na dimensão econômica que o encontro vai ter, ainda que tenha dito que temas políticos têm crescentemente comparecido", disse o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia.

Também foram discutidos, segundo Dilma, o acordo do Mercosul e da União Europeia e o plano de concessões lançado pelo governo nesta semana.

A presidente destacou que diversas empresas belgas estão no Brasil e que elas têm forte atuação no setor de infraestrutura.

Após a operação Lava Jato, muitas construtoras perderam força. Por isso, segundo analistas, o Brasil precisa atrair empresas internacionais que atuem na área.

Briguilinks

Frase do dia

Blog do Briguilino -

Tudo começou dar certo quando eu parei de pedir chorando e comecei a agradecer sorrindo!

Talyta Saraiva

Conversa Afiada - Bioceânica: quem não quer e porque


O PiG, o Ibama, a Funai, o MP e o TCU se tornam instrumentos do interesse nacional americano​
Quem não quer a Ferrovia Bioceânica são os Estados Unidos, porque ela será uma alternativa ao Canal americano do Panamá.


Quem não quer a Bioceânica são instituições instaladas no centro do Estado brasileiro e  funcionam, na prática, como agentes do interesse americano.



Para ser mais claro.



O IBAMA e a Funai.



O TCU e o Ministério Público.



São obstáculos a qualquer tipo de progresso, de intervenção no espaço físico, para construir o progresso.



Associam-se nessa inglória tarefa o Tribunal de Contas da União, dominado pelos pefelistas da Arena.



E o Ministério Público, dominado por procuradores fanfarrões.

Biografias não autorizadas

The piauí Herald
  • Após julgamento das biografias, Roberto Carlos faz música para Carmem Lúcia

  • Após julgamento das biografias, Roberto Carlos faz música para Cármen Lúcia
    Com os olhos marejados, Cármen Lúcia prometeu vestir toga azul
    ALÉM DO HORIZONTE - Convencido de que uma força estranha levou o STF a liberar a produção de biografias não autorizadas, mandando tudo para o inferno, Roberto Carlos compôs uma canção para a relatora do processo, a ministra Carmem Lúcia. Sob a batuta do maestro Kakay, o empresário Dody Sirena conseguiu uma liminar para erguer um imenso palco em frente ao STF. Hoje à noite, Roberto tentará seu último recurso, apelando para as emoções dos magistrados. Além da canção inédita para Carmem Lúcia, o Rei enfileirará sucessos pungentes como "Desabafo", "Abandono" e "Traumas". "São tantas apelações", disse, balançando a cabeça. O show terá transmissão da TV Globo e da TV Justiça.
    Amor de réu

Tenho vergonha de ser juiz, por João Batista Damasceno

Blog do Briguilino - 
Tenho vergonha de dizer que sou juiz. E não preciso dizê-lo. No fórum, o lugar que ocupo diz quem eu sou; fora dele seria exploração de prestígio. Tenho vergonha de dizer que sou juiz, porque não o sou. Apenas ocupo um cargo com este nome e busco desempenhar responsavelmente suas atribuições.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz, pois podem me perguntar sobre bolso nas togas.
Tenho vergonha de dizer que sou juiz e demonstrar minha incompetência em melhorar o mundo no qual vivo, apesar de sempre ter batalhado pela justiça, de ter-me cercado de gente séria e de ter primado pela ética.

Biográfo de Roberto Carlos também derrubou o Kakay

Vê como um advogado renomado tem suas teses desmontadas com um único argumento, abaixo:
A decisão do STF que sepultou, por inconstitucional, a censura prévia de biografias não dissolveu o contencioso que opõe Roberto Carlos e seu biógrafo, o jornalista Paulo Cesar de Araújo. Advogado do cantor, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse ao blog que o julgamento do Supremo não autoriza a reimpressão e a comercialização do livro ‘Roberto Carlos em Detalhes’, recolhido em 2007. Alheio a essa avaliação, Paulo Cesar, autor da obra, disse ao repórter Márcio Falcão que cogita relançá-la, em versão atualizada.
Segundo Kakay, Roberto Carlos moveu contra Paulo Cesar e a Editora Planeta, à qual o jornalista estava vinculado na época, dois processos —uma ação cível e outra penal. Embora não tenha atuado no caso, o advogado recordou o que sucedeu. “Na primeira audiência da ação penal, o juiz e o promotor propuseram um acordo: as ações seriam retiradas. E os livros, recolhidos. O autor e a editora toparam. Esse acordo foi homologado. Já transitou em julgado. Não pode ser desfeito. O julgamento do Supremo não teve nenhuma relação com esse caso.”
A exemplo de Kakay, Paulo Cesar testemunhou, no plenário do STF, a decisão unânime —9 votos a zero— em favor do direito à publicação de biografias sem a necessidade de obter autorização prévia dos biografados ou de seus herdeiros. Ao sair do tribunal, o jornalista apressou-se em declarar: “Meu livro voltará, atualizado.” Ele contou que já não mantém contrato com a Editora Planeta. Espera relançar a biografia por outra logomarca.
E Kakay: “Se ele publicar por outra editora, estará descumprindo uma decisão judicial. Vai ter que arcar com as consequências. O acordo judicial tem uma cláusula prevendo sanções penais. Como não atuei nesse caso, não sei o teor dessa cláusula. Mas não tenho dúvidas de que o descumprimento do acordo produzirá consequências.”
Sem saber da manifestação de Kakay, que conversou com o blog depois de sua entrevista, Paulo Cesar comentou a tese segundo a qual a decisão do STF não pode retroagir no tempo para devolver às estantes a biografia que Roberto Carlos abominou. 
“É o mesmo que, no dia seguinte à Lei Áurea, o senhor de escravos dizer que tem uma carta da Justiça que lhe dá direito a possuir aqueles escravos''.