Democracia venceu

Crer ou não crer em mudança?

Selecionamos 15 comentários em que nossos leitores no Facebook debatem o tão falado editorial do Globo que parece romper com o golpismo.

1) Fazem um editorial desses mas no dia mesmo irão fazer cobertura em tempo integral da manifestação pró impeachment.


2) Pode ter certeza que estão vendo vantagens e desvantagens para além do mero olhar comum. Estas estruturas vem sempre muito além da maioria de nós. Sabem criar opiniões, assim como as destroem e constroem outras. Tudo para a manutenção do seu poder e status.

3) A mídia golpista está tomando consciência? Depois de 8 meses de bombardeio diários, com cobertura exclusiva das manifestações golpistas, o que esperam os Marinhos? Tem um psicopata na presidência da Câmara pronto para explodir a democracia para encobrir os seu atos de corrupção e a Globo só fez apoiar esse quadro.

4) Ahn??????? Depois de todo esse terror diário, a quem esses idiotas pensam que enganam?

5) Uma vez golpista, sempre golpista. Criaram um monstro, o tal do Eduardo Cunha, mas agora que está prestes a ser pego, resolveram abandonar. No mais, uma nova eleição, o eterno terceiro turno, tapetão, para assumir o risco de colocar lá um playboy irresponsável, como Aécio: é melhor trabalhar pela estabilidade econômica e, sobretudo, política. E aguardar por 2018, até lá, Dilma, que foi eleita democraticamente, deve terminar o mandato. Ou será que os Marinhos querem entrar para a história como protagonistas de mais um golpe político?

6) Depois de esticar a corda na iminência de partir eles pedem pra sair do clima golpista? O que uma empresa no prejuízo não faz em atendimento aos seus clientes (anunciantes) que já falaram que essa maluquice de impeachment vai melar o filme dos seus lucros, que continuaram mesmo que essa retração da economia apelidada cretinanente de "crise". Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

7) E para completar, hoje o JN deu um espaço para a Dilma nunca antes visto e ainda por cima cobriram o abraço que as pessoas foram levar ao Lula em desagravo. Quando a esmola é demais o santo desconfia.

8) Tenho uma teoria. Trata-se de uma vacina para a história. Caso o golpe aconteça nos proximos meses, daqui a 40 ou 50 anos não precisará tentar reescrever a história, como fez com a Revolução (sic) de 64, fazendo um editorial dizendo que foi um erro ter dado "apoio editorial" ao golpe. Isto é, ela acredita que o golpe ocorrerá via congresso. Ela acha que já contribuiu muito para o enfraquecimento do governo. Agora, passa a bola para o Cunha terminar o trabalho (sujo). Pode ser que ela continue a fomentar o golpe via apoio aos próximos protestos da turma da CBF. Mas aí, na cabeça da Globo, ela está fazendo apenas jornalismo. Cobertura jornalística. Plim plim.

9) Fiquei espantado também com os comentários do programa da Maria Beltrão, Estúdio I, hoje à tarde. O comentarista, ao contrário do que costuma acontecer, baixou o cacete na oposição e deu força ao governo. A jornalista de economia, pau-mandado, ficou calada meio sem jeito. Alguém me explica o que está acontecendo? Cheguei a comentar: Xi! Esse não é mais convidado pro programa.

10) Esperemos a postura da Globo no dia 16, daí veremos a verdade desse editorial.

11) Essa 'imparcialidade' dura até 16 de agosto?

12) Estou assistindo o JN e impressionada com a mudança do tom… O que vem depois???

13) Isso tá estranho… Tem algo muito, muito errado nessa história.

14) Há uma agenda oculta por trás. Desvincular-se do golpismo patrocinado por ela própria, a fim de angariar simpatia de quem não aceita sua falácia? Posar como neutra em futuros desdobramentos? Sair de perto da Veja, dado sua credibilidade pulverizada poder contaminar seus próximos? A mim não enganam.

15) M.R. – tá bom! os marinhos?…vou fingir que acredito…

A quadrilha estatal


O risco do seletivismo de cor partidária em investigações é, em vez de combater a corrupção, fortalecê-la, mesmo sem querer, deixando de investigar outros agentes igualmente suspeitos   

por Helena Sthephanowitz, para a RBA     

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Entre as polêmicas que cercam a Operação Lava Jato figuram com destaque o menor interesse da Polícia Federal, de parte do Judiciário e da velha mídia, em investigar casos que atingem tucanos. Causa espécie que as investigações praticamente tenham estabelecido uma "data de corte" – o ano de 2003 –, deixando de lado fatos ocorridos dentro e fora da Petrobras antes disto.

Um exemplo claro é um contrato assinado entre a empreiteira UTC e a estatal brasileira no penúltimo dia do governo FHC, dia 30 de dezembro de 2002, no valor aproximado de R$ 56 milhões. Não se pode falar em prescrição, portanto.

Este contrato está vinculado a um processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por suposta realização de operações fraudulentas e manipuladas com dólar em Bolsa de Valores. Segundo a acusação, foi um tipo de operação conhecida no mercado como "esquenta-esfria", em que a empresa simula prejuízo para dar saída a recursos que pretende pagar a terceiros de forma sub-reptícia.

O caminho do dinheiro mostrou que a UTC perdeu R$ 1,37 milhão na operação. Quem ganhou foi um dentista que vive em Portugal (ou vivia na época). Mas o curioso foi que, em seguida, o dentista distribuiu o dinheiro para cerca de 20 pessoas e empresas por meio de cheques.

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A UTC foi multada em R$ 500 mil pela CVM no final do julgamento administrativo, em 11 de maio de 2010. Os fatos foram comunicados à Procuradoria da República no Estado de São Paulo, mas não há notícias de investigações no âmbito judiciário sobre este assunto, nem por parte da força tarefa da Lava Jato.

Foi o próprio Ricardo Pessoa, dono da UTC, quem ligou esta operação no mercado financeiro ao contrato com a Petrobras. Em sua defesa junto à CVM ele declarou que "a Ultratec (UTC) participou de uma concorrência com a Petrobrás, cuja proposta tinha prazo de entrega no dia 28.10.2002, e valor aproximado de US$ 56 milhões; como a Ultratec tinha parte das despesas em reais e receita de serviços em dólar, e com o valor do dólar em R$ 3,80 aproximadamente, foi tomada a decisão de realizar um contrato de opção flexível de dólar, que protegesse a sua receita da variação cambial, no caso de queda do valor do dólar abaixo de R$ 3,40, ou seja, pretendia assegurar o preço do dólar entre R$ 3,40 e R$ 3,50, valor que lhe foi informado como provável por analistas financeiros de bancos consultado à época".

Esclareceu que "o contrato foi realizado no valor de US$ 36 milhões, que era o valor correspondente às despesas da Ultratec (...) que o contrato foi assinado com a Petrobras em 30.12.2002 (...) e que o contrato de opções de dólar foi encerrado sem renovação por falta de interessados em fazê-lo e também porque o declarante passou a ter dúvidas quanto a se deveria continuar ou não, pois não sabia se o contrato entre a Ultratec e a Petrobras seria assinado".

De acordo com a acusação, a UTC comprovou a existência do contrato, porém, não aceitou como razoável que a operação contra riscos cambiais fosse sem registro nem garantia da BM&F, assumindo o risco de crédito de uma contraparte que não sequer conhecia, a São Paulo CV.

A CVM investigava apenas operações no mercado de capitais e que nada tinham a ver com a Petrobras, usada apenas como "álibi" para Ricardo Pessoa justificar em sua defesa. Mas à luz de hoje esta vinculação merece melhor esclarecimento.

Pelo menos três fornecedores da Petrobras já disserem terem combinado o pagamento de propinas para o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, entre 1997 e 2003. A SBM Offshore, em investigação na Holanda e na Procuradoria da República do Rio de Janeiro, antes da Lava Jato. Outra empresa citada foi de nome Progress, e desta não há notícias se existe investigação. A última foi a Rio Marine, do delator Mário Goes, que disse ter combinado com Barusco o pagamento de propina no início dos anos 2000 e só não foi paga porque o contrato não vingou.

Também está mal explicada a história de que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa tenha sido indicado pelo ex-deputado José Janene do PP para pagar propina ao partido, se ele fosse completamente neófito nesta área.

Os diretores e gerentes corruptos da Petrobras eram funcionários de carreira, que ocuparam postos destacados antes de 2003. Há claras evidências, inclusive no próprio noticiário da época, de que casos de corrupção na Petrobras não foram inaugurados em 2003. O caso de Barusco é prova concreta. Ignorar o que se passou em 2002, 2001, 2000, em uma investigação ampla compromete a própria imagem do Ministério Público, do Poder Judiciário e da Polícia Federal.

O risco do seletivismo de cor partidária em investigações é, em vez de combater a corrupção, fortalecê-la, mesmo sem querer, através de outros agentes, mas que não são investigados.

Há poucos anos, no Rio de Janeiro a polícia começou a combater áreas dominadas pelo narcotráfico, porém apenas de uma facção criminosa. O resultado foi apenas o fortalecimento de outras duas facções. Em outro caso, um ex-chefe de Polícia Civil acabou processado por perseguir um grupo criminoso que explorava máquinas de caça-níqueis enquanto outro grupo concorrente expandia os "negócios" sem ser incomodado. Aqui, faz-se apenas uma analogia nas possíveis consequências, guardadas as grandes diferenças, porque não há motivos conhecidos para questionar a honestidade pessoal dos investigadores e não cabe comparar partidos políticos com exploradores de caça-níqueis.

No próprio caso Banestado, as atuais autoridades da Lava Jato reconheceram que o doleiro Alberto Youssef utilizou-se de delação premiada para eliminar concorrentes e voltar a operar sem concorrência.

No caso do mensalão, se tivessem investigado e punido gente do PSDB com o mesmo rigor que puniram os petistas, os tucanos teriam maior interesse em votar uma reforma política de verdade, transformadora e moralizante, em vez de apoiar o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em sua agenda antirreforma. É a sensação de impunidade que leva o PSDB a persistir em manter vícios do sistema político, acreditando que ajuda a eliminar concorrentes.

Os governos petistas chegam a ser criticados por seus próprios apoiadores pelo que chamam de "excesso" de republicanismo, pois dizem que tornou-se o único governo no mundo que criou uma polícia política contra si mesmo.

De fato os governos petistas agiram de forma republicana, como deve ser uma república, respeitando indicações do Ministério Público, não exercendo controle político na Polícia Federal, não aparelhando o Poder Judiciário. Espera-se que estas instituições também sejam republicanas, sem proteger tucanos e sem perseguir petistas. Sem dois pesos e duas medidas.

Velho conhecido

Responderam a este processo administrativo na CVM empresas e agentes do mercado financeiro conhecidos de outros escândalos, como a Corretora Bonus Banval (que operou no valerioduto), Luis Felippe Índio da Costa, que veio a ser preso depois por suposta gestão fraudulenta do Banco Cruzeiro do Sul, e Ari Ariza, citado na própria Lava Jato como agente autônomo de investimento que trabalhava com Alberto Youssef.

Em recente entrevista à Rede TV, a ex-contadora do doleiro Alberto Youssef Meire Poza disse: "O Ari (Ariza) sempre disse que ele e o deputado Eduardo Cunha são bons amigos. Inclusive, depois de deflagrada a Operação Lava Jato, um mês e meio atrás, eu estive com o Ari (...) Ele me falou: 'Meire, se você precisar de alguma coisa, eu posso falar com o deputado Eduardo Cunha", afirmou.

Segundo Poza, Ari Ariza e Youssef se conheciam há bastante tempo. Ela disse que Ari pediu a emissão da nota fria de R$ 1,2 milhão, forjada em 24 de outubro de 2014: "Depois de deflagrada a Lava Jato, eu estive com o Ari – até porque ele tinha preocupação com essa nota da GFD – e ele disse que se eu precisasse de alguma coisa, ele poderia falar com o deputado Eduardo Cunha", contou.

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Porque o tempo não foi capaz de apagar a nossa história.
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Porque eu não consegui te deletar de mim.

Leônia Teixeira

Ninguém vai tirar a legitimidade que o voto me deu, Dilma Rousseff

Ninguém vai tirar a legitimidade do voto que eu dei. A oposição quer governar? Pois que em 2018 convença a maioria da população a votar no candidato a presidente dela. E, se depois da contagem dos votos, ele tiver vencido por hum voto, respeitarei a vontade soberana da maioria.
Joel Neto

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Podem ter certeza: me dedicarei dia e noite, hora por hora, a garantir que o país saia o mais rápido possível de suas dificuldades. Ao longo da vida passei muitos momentos difíceis. Sou uma pessoa que aguenta pressão, que aguenta ameaça. Sobrevivi a grandes ameaças.


O Brasil hoje é muito diferente daquele Brasil em que eu tive de enfrentar as mais terríveis dificuldades. Por quê? Porque esse País é uma democracia, e uma democracia respeita, sobretudo, a eleição direta pelo voto popular. Eu sei o que é viver numa ditadura. Por isso, eu respeito a democracia e o voto, e podem ter certeza que, além de respeitar, eu honrarei o voto que me deram. A primeira característica de quem honra o voto que lhe deram é saber que é ele a fonte da minha legitimidade, e ninguém vai tirar essa legitimidade que o voto me deu.
"



Bom Dia

Tenha um bom dia, um fim de semana espetacular e uma vida maravilhosa.