Luis Nassif - duas vitórias importantes do governo


Neste madrugada o governo conseguiu seu primeiro lance positivo em muito tempo. A estratégia montada conquistou o apoio de 60 deputados do PMDB, em torno da promessa de três Ministérios, dentre os quais o da Saúde e provavelmente o da Infraestrutura, que juntará os de Viação e Portos.

O negociador foi o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ),  presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Embora jovem, está no segundo mandato, Picciani não depende do presidente da Câmara Eduardo Cunha, mas é seu aliado.

Os sinais de que a manobra estava sendo bem sucedida foi o alarido da oposição, "denunciando" a entrega da Saúde ao grupo. É medida complicada. Historicamente, o Ministério da Saúde tem sido blindado nas barganhas políticas. A alegação dos líderes do governo é que se tratava de uma questão de vida ou morte do governo.

Com o acordo, o governo conseguiu manter quase todos os vetos de Dilma ao festival de gastança da Câmara, mostrando mais um acerto do governo, ao decidir enfrentar a votação de surpresa.

Ficou de fora, por enquanto, apenas os reajustes do Judiciário, por falta de quórum. O item mais caro - o Fator Previdenciário - foi mantido.

As articulações tiveram o dedo de Lula. Mas tem crescido a participação de Giles Azevedo, o discreto homem de confiança de Dilma. Giles não é pessoa das grandes articulações. Mas tem duas características importantes para o momento: os parlamentares sabem que os recados dados chegam até Dilma; e reconhecem que Giles é homem sem ambições políticas e sem jogadas duplas.

Foram duas vitórias maiúsculas, comprovando que a estabilização política está ao alcance de Dilma. Basta apenas não errar tanto.

GGN


O garoto do Rio

Aécio tanto gosta de voar as custas do Estado, quanto de construir aeroportos para uso particular também bancado pelo erário público. 
Só para o Rio de Janeiro (Capital) o paladino da moral e ética nacional fez...
124 viagens
Quem leva esse moleque a sério?...


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Roberto Freire: a sociedade é irresponsável

Deputado Federal por São Paulo (por Pernambuco, terra natal não seria eleito), presidente do PPS e capacho do Psdb, Roberto Freire um dos mais entusiasta do golpe já pulou dentro do "governo Temer" e soltou o verbo contra a irresponsável sociedade que elegeu Dilma Rousseff. Confira abaixo o que disse esse babaca:
Se votarmos o impeachment, o governo que vier é responsabilidade nossa", disse ele; "Não é responsabilidade nem da sociedade, que não escolheu. Nós é que temos que dar sustentação. Se não quiser assumir responsabilidade, não derrube o governo que aí está. Dentro do PPS, essa discussão não passa.




Para ele, assim como para seus colegas golpistas do Psdb:

O Brazil ainda será uma democracia perfeita e plena...quando eles escolherem o povo que merecem.

Briguilinks

Aécio usou jatinhos em 124 idas ao Rio de Janeiro

- Qué isso para quem construiu aécioporto com dinheiro do Estado? -



Um levantamento feito pelo governo de Minas Gerais não encontrou justificativas para as viagens do ex-governador e hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG), em jatos oficiais, entre 2003 e 2010, período em que governou o estado.

Durante esse período, embora governasse Minas, Aécio tinha fama de baladeiro e de passar quase todos os fins de semana no Rio. Ele fez nada menos que 124 viagens ao Rio – e quase sempre de quinta a domingo, segundo reportagem de Ranier Bragon (leia mais aqui).

O levantamento também registrou seis viagens de Aécio para Florianópolis, onde ele conheceu sua atual esposa, Letícia Weber. Na capital catarinense, Aécio costumava frequentar o Café de la Musique.

Na lista de viagens com aviões oficiais, há ainda deslocamentos para balneários fluminenses, como Búzios e Angra dos Reis.

Até outubro, a gestão de Fernando Pimentel informará à Assembleia Legislativa de Minas Gerais o gasto total de Aécio com aeronaves usadas para fins particulares, o que, em tese, constitui improbidade administrativa.

A assessoria de Aécio diz ser normal usar aviões do Estado para atividades pessoais e que, em alguns casos, houve compromissos profissionais.
do Minas 247

Conversa Afiada

O juiz (?) Moro agora deu-se a crítico de teatro.
Analista de dramaturgia.
- Será que também vai fazer críticas sobre a derrocada da audiência da Globo e do Globo, ou isso não vem ao caso e podemos tirar se achar melhor? -
Disse ele, ao condenar o André Vargas, que andava nos mesmos jatinhos do Youssef que transportava o imaculado Catão dos Pinhais.
Na Fel-lha:
Vargas é 1º político condenado na operação
Na sentença, o juiz Sergio Moro relembrou o célebre episódio da abertura do ano legislativo de 2014, quando Vargas, à época vice-presidente da Câmara, ergueu o punho cerrado em protesto contra a condenação de José Dirceu e outros petistas.
Ele fez o gesto quando estava ao lado do então ministro Joaquim Barbosa, relator do julgamento do mensalão.

"Ao tempo do gesto, [André Vargas] recebia concomitantemente propina em contratos públicos por intermédio da Borghi Lowe", escreveu Moro. "O gesto de protesto não passa de hipocrisia e mostra-se revelador de uma personalidade não só permeável ao crime, mas também desrespeitosa às instituições da Justiça", afirmou.
"O gesto de protesto não passa de hipocrisia... revelador de uma personalidade permeável ao crime".




Quer dizer que uma "banana" agora tem um aspecto lombrosiano?
Dar banana é coisa de criminoso!
"Não passa de hipocrisia"?
Quem disse?

O Dr Moro quer proibir a "banana"?
E dar o dedo do meio significaria o que, na Vara do Dr Moro?
É uma mistura perigosíssima de Bertold Brecht com Freud...
Ou, simplesmente, delírio!
Arrogância talvez seja melhor...

Luís Nassif - o tal do mundo não acabou

Um dos vícios mais recorrentes dos jornais é a síndrome do "maior desastre". Consiste em comparar um indicador ruim com o pior indicador anterior. Tipo: foi o pior desempenho desde o ano tal.
Não há receita para a manchete. Ás vezes se submete o indicador à tortura das comparações irrelevantes. Tipo, é o pior indicador desde 2012, ou mais negativo dos últimos 6 meses, períodos estatisticamente irrelevantes.
Outra impropriedade frequente são as manchetes sobre as cotações do dólar, comparando com outros períodos sem deflacionar. Manchetes tipo "o dólar atinge a maior cotação da era do real" tem tanto valor quanto dizer que os automóveis de hoje têm preços nominais muito mais altos do que 20 anos atrás. Comparar a cotação atual do dólar com o valor nominal do dólar em períodos passados tem o mesmo significado que comparar preços de geladeira, do feijão ou qualquer outro produto de consumo.
O indexador utilizado para calcular a cotação efetiva do dólar é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado). Corrige-se o real pela IPCA, o dólar pela inflação dos EUA e faz-se a conversão para se chegar ao câmbio efetivo.
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Efetuando essas contas, chega-se à conclusão de que o dólar a R$ 4,00 em setembro de 2015 tem o mesmo valor real do dólar de R$ 0,85 em setembro de 1994, isto é, após a apreciação de 15% imposta pelo real.

O alarido atual é ridículo. Em outubro de 2002, configurada a vitória de Lula, o valor efetivo do dólar equivalia a um dólar atual na casa dos R$ 8,76.


Em janeiro de 1999, a maxidesvalorização jogou o dólar para o equivalente a R$ 4,37 de agora.
De janeiro de 1999 a setembro de 2005, não houve um mês em que o dólar médio tenha sido inferior a R$ 4,00.
Mesmo no período de maior apreciação do real – no primeiro governo FHC – a cotação real do dólar esteve por volta de R$ 3,50.
Esses saltos não se deveram à deterioração dos fundamentos da economia, mas a dúvidas sobre o cenário político. Depois do tiroteio da campanha de 2002, na qual analistas terroristas chegaram a prever a invasão do Brasil pelas FARCs - e houve quem acreditasse, como foi o caso dos leitores da Veja - a lagoa ficou propícia para pegar lambaris. Investidores profissionais pescavam lucros em cima do pânico dos lambaris.
O que movimenta o dólar, agora, são essencialmente dúvidas fundamentadas sobre a crise política, decorrentes da grande sucessão de erros de Dilma Rousseff.
Só que nenhum desses erros, até agora, comprometeu os fundamentos da economia. Criou problemas fiscais, acentuou a recessão. Se o Banco Central persistir em trancar o crédito e manter os juros nas alturas, pode-se ter um problema concreto mais à frente, o chamado efeito engarrafamento - no qual empresas que vinham em velocidade, de repente descobrem que não existe mais estrada pela frente, brecam de uma vez provocando o abalroamento das que vêm atrás.
Ainda não se chegou a esse quadro.
Há o risco iminente do Congresso derrubar os vetos de Dilma à farra de gastos. Nesse caso, Dilma seria jogada inapelavelmente no córner. 
Por outro lado, há a possibilidade de um choque de bom senso da parte do Senado e da Câmara, motivado pela antevisão do caos. Nesse caso, a crise se esvaziaria rapidamente e o dólar voltaria para níveis mais adequados, por volta de R$ 3,50.
A pior das hipóteses aconteceu várias vezes, como no início de 1999, quando FHC se viu confrontado com uma rebelião de governadores de estados quebrados. Parecia que o mundo ia se acabar. Mas, como diria Assis Valente, o tal do mundo não se acabou.