Ciro Gomes - Michel Temer integra o lado quadrilha do Pmdb

Trechos da entrevista de Ciro a Rádio Gaúcho:

  • Eu tenho dito a ela [Dilma] e ao Lula, há anos, que é um erro grosseiro, que beira a irresponsabilidade, colocar esse lado quadrilha do PMDB na linha de sucessão
  • Eu conheço Temer bastante bem, de longa data. Hoje, o Michel Temer é homem do Eduardo Cunha
  • O Eliseu Padilha era o homem que, no governo do Fernando Henrique, era chamado pela crônica política de Eliseu Quadrilha. Então, a Dilma tem um erro: botou esse homem dentro, indicado pelo Michel Temer. Esse é homem do Michel Temer
  • Já tinha advertido publicamente e em particular: ele está conspirando há algum tempo, de forma absolutamente sórdida
  • Acho, em muitos aspectos o governo da presidenta Dilma é indefensável. Entretanto, temos que ajudar nosso povo a entender que remédio para governo ruim, remédio para governo que a gente não gosta não é interromper a normalidade democrática, porque o vice-presidente é tão responsável quanto… por todas essas coisas
  • Temos um grave momento no Brasil. E só há uma saída para isso, que é preservar a democracia, manter as instituições funcionando regularmente, esperar que a agenda de delegacia de polícia seja resolvida pela polícia, pelo Ministério Público, pela Justiça
  • E vamos ter clareza: a presidenta Dilma não está sendo acusada de ter praticado, ela própria, nenhuma irregularidade. Evidentemente que se acusa desse problema de pedalada fiscal, mas isso não é crime de responsabilidade. Todos o governos praticaram e o Tribunal de Contas nunca disse nada
  • [Michel Temer] É um homem sem legitimidade, é sócio, íntimo, parceiro —sou um homem que tem 36 anos de vida pública, sou decente, não ando falando coisas que eu não sustente— e o Michel Temer é parceiro íntimo nas práticas e nas coisas erradas do Eduardo Cunha
  • A Justiça está com tudo provado de que ele [Eduardo Cunha] roubou uma montanha de dinheiro e hospedou na Suíça. E esse é um grande problema do Brasil hoje. Essa montanha de dinheiro ele distribuiu a metade ou dois terços ou três quintos com a escória que o cerca na Câmara. E essa é nossa tragédia. Temos, hoje, uma maioria de corruptos sustentando esse canalha

Nassif, semi-parlamentarismo é...

(...) igual aquela conversa de:
Prometo que só ponho a cabecinha.
Essa proposta de semiparlamentarismo (exite semigravidez?) é pra lá de capciosa e tem um único objetivo: é o plano B dos golpistas. Se não der para tirar a Dilma do poder (leia-se o PT e a PR), a gente tira o poder da Dilma.
Desculpe, mas essa proposta é uma aberração. Como foi dito por outro colega, tem gente que não se lembra mais que já tivemos uma experiência "semiparlamentarista" tendo à frente aquele arremedo de político, que de estadista não tinha nada: Tancredo Neves. O que foi o pseudoparlamentarismo no Brasil senão um golpe branco contra o Jango?
Se não está bom com a Dilma, Nassif, espere até 2018, escolha o seu candidato e vote. Mudar a regra do jogo com o jogo andando é faz igual ao que foi feito com a compra de votos para aprovar a reeleição de FHC.
por Ninguém
Comentando a postagem:
As pré-condições para o semi-parlamentarismo

Luis Nassif - as pré-condições para o semi-parlamentarismo

Com este texto Nassif se revela um democrata a favor da democracia sem povo. Esquece que o POVO já decidiu duas vezes que o Presidencialismo é sua escolha, soberana, Joel Neto
Em princípio, o semiparlamentarismo pode ser uma boa alternativa, de acordo com a proposta do Ministro Luis Roberto Barroso e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)
Seria uma maneira de mitigar crises políticas, sim. O presidente indica o primeiro ministro, o Congresso aprova ou não. Não aprovando, indica outro. Se, no meio do mandado, o Congresso perde a confiança no primeiro ministro, pode depor. E recomeça o jogo de indicações.
Havendo o impasse, o presidente da República tem o poder de convocar novas eleições gerais. Esta é a arma que dispõe para não ficar eternamente refém do Congresso.
Quais são as críticas ao projeto de Michel Temer?

Ponto 1 – desestruturação do orçamento

Ele acena com a possibilidade do Congresso passar a compartilhar das decisões do orçamento, desde que se abra espaço com o fim das vinculações orçamentárias – os gastos sociais obrigatórios fixados pela Constituição de 1988. Colocou um queijo de contrabando na ideia, visando atrair aqueles 80 a 100 ratos do Congresso.
Aliado de Michel Temer, Delfim Netto foi o primeiro a levantar essa isca para os deputados. Na entrevista com Delfim– para o Brasilianas que ainda não foi ao ar – ele repete a defesa: com o semiparlamentarismo será possível ao Congresso participar das decisões do orçamento, sem as vinculações orçamentárias.
Questionei-o sobre os riscos da pulverização do orçamento. Sem partidos fortes e programáticos, o orçamento seria convertido em uma colcha de retalhos, com milhares de emendas atendendo às demandas individuais de cada parlamentar.
Concordou sobre a necessidade de uma ordem proporcionada pelos partidos. Temos essas pré-condições? É evidente que não. Temos um Congresso em que o presidente da Câmara tornou-se a porta de entrada dos piores lobbies da República e comanda um exército estimado entre 80 a 100 deputados financiados por ele.
E aí o velho mestre deriva para um conjunto de considerações sobre a reforma política, sobre a maneira como era montado o orçamento nos tempos de Carvalho Pinto etc, sem admitir taxativamente que o Congresso não dispõe das condições necessárias para assumir essas responsabilidades.
O exemplo de Carvalho Pinto é útil. O governador definia um plano de investimentos para o Estado. Depois de definido, enviava seu articulador político Plinio de Arruda Sampaio para negociar com os deputados. Plinio abrir o mapa de obras do Estado e combinava com o deputado de qual obra ele seria padrinho. O deputado ganhava pontos com seus eleitores sem afetar a lógica do plano.
Só deu certo porque havia um agente unificador dos investimentos: o próprio governador.

Ponto 2 – anulação do voto direto, transformando o presidente em rainha da Inglaterra.

Voltemos ao caso atual. Por que Dilma Rousseff foi eleita e reeleita? Porque acenou com a manutenção dos gastos sociais contra um candidato, Aécio Neves, que propunha um enxugamento radical do Estado e em quem se vislumbrava, se eleito, cortes radicais nos programas sociais.
Esse é o ponto: Dilma não é relevante; as ideias que a elegeram, são.
A melhor saída seria se Dilma se tornasse uma presidente parlamentarista e entregasse a gestão do dia a dia a um primeiro ministro avalizado pelo Congresso desde que... desde que fosse para seguir as propostas enunciadas em sua campanha presidencial, claro. Se não, para que eleições diretas para presidente?
A eleição para presidente é o único momento em que há coesão em torno de ideias nacionais, seja a favor de um Estado social ou de uma economia pura de mercado. É o momento em que os eleitores se despregam dos interesses imediatos, localizados, regionais, para pensar em temas nacionais.
A proposta de Temer visa não apenas transferir o poder do Executivo para o Congresso como abolir as bandeiras nacionais que elegeram o presidente. E tudo isso em um Congresso fundamentalmente distrital, com deputados ligados apenas aos interesses específicos da sua base.
Não pode ser assim.

Pressupostos

O semiparlamentarismo pode ser uma boa alternativa para segurar os ímpetos de presidentes voluntaristas e despreparados para o exercício cargo. Mas precisa necessariamente atender aos seguintes pressupostos:
1.     Não pode ser um álibi para golpes de Estado, visando abreviar o governo Dilma.
2.     Não pode significar enfraquecimento das propostas levantadas pelo presidente da República nas eleições.
3.     Não pode ser adotado de afogadilho. Exige discussão prévia e endosso do eleitor, através de um plebiscito.
Se Dilma Rousseff tivesse aquele mínimo minimorum de acuidade política, faria uma limonada do limão do semiparlamentarismo.
Derrubando a tese do impeachment, inaugura-se um novo tempo político.
Seria o momento de reagrupar forças em torno de um primeiro ministro de fato, alguém com competência e comando comprovados, da sua estrita confiança, que assumisse a coordenação de um governo de coalizão, com as forças que derrubaram o golpe, em torno de um plano de governo.
no GGN

Aliança espúria


Foto de CartaCapital.
Eduardo Cunha, Mimichel traira Temer e os demais golpistas do Psdb/Dem/Pps e Cia se lançam desesperadamente na empreitada do golpe para tentar derrubar uma presidente honesta que não deu guarida as maracutaias de quem quer que seja. 

Este é o tema da Edição da Carta Capital desta semana, Confira>>>

Paulo Nogueira - como seria o dia seguinte ao golpe?

O day after
Um filme de alguns anos atrás tem me ocorrido com frequência nestes últimos dias. Na verdade, é o título que me vem à cabeça, e não de forma agradável.
É uma distopia. The Day After. O Dia Seguinte. É o que aconteceria no planeta depois de uma calamidade.
Pergunto para mim mesmo.
Como seria o país no dia seguinte caso o golpe seja bem sucedido e Temer substitua uma Dilma deposta.
E eis a moderna distopia nacional.
Reações a golpes são um clássico da humanidade. Só os golpistas mais obtusos imaginam que no dia seguinte receberão flores.
Os brasileiros sabem disso. As reações ao golpe militar de 1964 foram imediatas. Sangue jorrou durante muito tempo. Mortos, desaparecimentos. Conflitos nas ruas.
Uma país mergulhou numa longa noite escura e fria na qual brasileiros mataram brasileiros. Foram 23 anos pavorosos, ao fim dos quais os golpistas, mesmo tendo teoricamente a força das armas, tiveram que deixar o poder pelas portas dos fundos, escorraçados pelo povo.
Foi um amplo, geral e irrestrito fracasso, da economia à política. Coisas boas foram destruídas, como o ensino público de qualidade. E coisas ruins avançaram vertiginosamente, como a desigualdade social que nos humilha como país.
Foi um movimento da plutocracia, pela plutocracia e para a plutocracia.
Bem, é exatamente o que ocorre hoje. O golpe que se arma é da plutocracia, pela plutocracia e para a plutocracia.
Por mais que analfabetos políticos intoxicados mentalmente pela mídia vistam camisas da CBF e saiam às ruas pedindo o golpe, não é deles o controle das cordas que movem as marionetes. Assim como não foram as mulheres da marcha reacionária de 1964 que inviabilizaram a democracia.
É a mesma história que se repete.
Com uma diferença vital. Já não há tanques. Já não há marines à espreita.
O que quer dizer que os inconformados com o golpe se sentirão muito mais animados a reagir.
Isso significará um país em convulsão, à beira de uma guerra civil.
Os movimentos sociais tomarão as ruas, e com a raiva de quem viu ser assaltada a democracia pelos plutocratas sob os argumentos mais descarados.
Alunos secundaristas ocuparão as escolas em todo o país. Sindicatos genuínos produzirão greves sobre greves.
Se você acha que o país está parado agora – por conta, aliás, dos golpistas – não imagina o que será no dia seguinte.
O país estará conflagrado.
Você terá polícias como a de Alckmin para reprimir os manifestantes, mas de novo: por mais violenta que seja, esta polícia não se compara ao conjunto de forças militares de 1964.
Vimos todos as cenas de insubmissão dos estudantes paulistas diante da polícia. Manifestações muito maiores, e de pessoas mais indignadas, darão em confrontos em que vidas se perderão.
As mortes gerarão mártires, e os conflitos subirão de degrau.
Não se sabe qual, exatamente, será o final. Mas será horripilante.
E é a isto que os suspeitos de sempre – aqueles de 54 e 64, os defensores de uma ordem iníqua em que o bolo das riquezas nacionais é só deles – querem, em sua ganância cega e obtusa, arremessar o Brasil.
Pode não haver o filme de terror que seria nosso dia seguinte.
Mas para isso os golpistas têm que ser derrotados.
É a derrota do atraso ou, para usar a célebre expressão de um dos Luíses numerados da França, o dilúvio.

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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
Comentário:
Tenho convicção que os golpistas não passarão. Mas, apenas para alertar os desavisados: Paulo Nogueira pintou um dia seguinte cor-de-rosa!

Governo Dilma - aqui não é casa da Mãe Joana

A presidente decidiu, quem tem cargo no governo é a contra o golpe ou peça o boné e vá para o lado dos golpistas. Tem mais, murista também não tem mais espaço. Quer ficar em cima do muro, vá para o Psdb lá tem muro pra todo mundo.

Aqui não é a Casa da Mãe Joana 
Este foi o recado curto e grosso dado pelo Ministro da Casa-Civil, Jaques Wagner: "Não tem mais brincadeira. É um absurdo que alguém com cargo no governo seja a favor do impeachment".

Faz tempo que o governo deveria ter agido assim. Terá esse um conselho dado por Ciro Gomes no jantar com a presidente? Eu tenho convicção que sim.

Agora vamos ver quem tem bala na agulha, a Presidenta ou o vice-presidente traíra.

Charge do dia