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Esse é o primeiro passo para que ele seja respeitado

Como dizia meu Avô


A vida não é como a gente quer. 
É como ela é!
Como se apresenta.
Então que a gente aprenda e represente o nosso papel sobre aquilo que nos foi apresentado.
Adotando todas as formas possíveis, para evoluir, com amor, solidariedade e gratidão.
Leia uma bela lição de vida

"vazamento de prisão é brincadeira com o STF", Gilmar Mendes

Pois é, agora que o vazamento não tem um petista citado, o dono do tribuneco está indignado.

Quero só ver até onde vai chegar a seletividade da quadrilha de Curitiba (encostou nos Marinhos, paralisam a investigação, vide Mossack e Fonseca e a Lei Rouanet) e o pig.

Todo mundo já percebeu a canalhice dessa turma.

Não deixa nada a desejar a turma do Cunha e do Traíra.

Corja!

Mensagem da noite

Me descobri preconceituosa. Eu, que defendo tanto a igualdade de gêneros, de cor, de religião, que tenho amigos gays, nordestinos, evangélicos, jovens, velhos, com dinheiro e sem, até coxinhas e petralhas! Vários tipos de rótulos.
Explico: Nos últimos meses, minha área de trabalho – como muitas – está muito ruim. Em quatro meses não consegui quase nada. Então, depois de meses me enterrando num sofá perdendo tempo, vida e dinheiro, surgiu a oportunidade de ajudar uma amiga atendendo clientes em sua loja de doces. Quatro vezes por semana, período da tarde, remunerado. Uma boa forma de ocupar a cabeça, sair de casa e ter algum dinheiro. Foi aí que veio o primeiro julgamento: Eu, balconista? Jornalista, três idiomas, currículo em comunicação, trabalhando de touquinha na cabeça servindo os outros? Foi difícil tomar essa decisão, mas aceitei, estou precisando.
Dias depois, a cena durante a tarde, limpando uma das mesas, ouvi dois clientes conversando: "Coloco acento em 'tem'? Mudou com a nova ortografia?" "Não sei. Não entendo." E eu ali me remoendo pra dizer "eu sei, eu sei!!!". Mas, eu era só uma atendente e eles não iriam acreditar que eu sabia. Depois a barreira seguinte: conhecidos e colegas antigos entrarem na loja e me verem nessa função. "O que eles vão pensar? Eles não sabem como cheguei até aqui, que a dona é minha amiga, vão pensar que não dei certo na vida."
Dá pra entender como isso é errado??? Era com essa inferioridade que eu via os outros atendentes, balconistas e nunca tinha percebido! Sentia vergonha por estar em um trabalho honesto, justo, que traz alegria para as pessoas, que auxilia os outros. Eu deveria é ter vergonha de mim por pensar assim, por tanta falta de humildade e empatia.
Por um preconceito idiota eu ia perder a chance de conhecer tanta gente nova como nas últimas três semanas, de ouvir tantas histórias de vida como sempre gostei de fazer, de aprender um novo trabalho, de ajudar uma amiga, de ter dinheiro pra comprar uma nova bicicleta, pra ir no casamento de uma amiga em outra cidade, de viver! Em tão pouco tempo, esse trabalho que eu achava tão inferior já me ajudou a estar mais feliz, disposta, a ter novas ideias, entender como uma pequena empresa funciona, a buscar cursos para aprender mais.
Como dizia meu avô: A vida não é como a gente quer, é como ela se apresenta! Então, estou aqui aceitando com muito amor e gratidão o que me foi apresentado. Aceitando novas formas de crescer e evoluir com, por enquanto, um preconceito a menos. Hoje, estou aqui, jornalista, tradutora, professora de idiomas, aprendiz de gestora e sim, atendente de um ateliê de doces. E o que mais precisar, a gente aprende a fazer também! E, modéstia à parte, eu tbm fico linda de touquinha! :p
Esse textão é pra tirar de uma vez essa vergonha de mim, para agradecer pela confiança e apoio dos queridos amigos Veronica, Bruno e Felipe, pelo empurrão dos meus pais Edna e Orlando e, talvez, se não for me achar muito, ajudar alguém a fazer a mesma reflexão e dar um passo à frente se for o momento.

de Beatriz Franco compartilhada por Lucas Teixeira

Charge do dia

salvacunha

Ainda não foi hoje, nem será tão cedo quantos alguns imaginam que Cunha e sua quadrilha vão largar o cofre do Estado brasileiro

Mensagem da tarde

Me descobri preconceituosa. Eu, que defendo tanto a igualdade de gêneros, de cor, de religião, que tenho amigos gays, nordestinos, evangélicos, jovens, velhos, com dinheiro e sem, até coxinhas e petralhas! Vários tipos de rótulos.

Explico: Nos últimos meses, minha área de trabalho – como muitas – está muito ruim. Em quatro meses não consegui quase nada. Então, depois de meses me enterrando num sofá perdendo tempo, vida e dinheiro, surgiu a oportunidade de ajudar uma amiga atendendo clientes em sua loja de doces. Quatro vezes por semana, período da tarde, remunerado. Uma boa forma de ocupar a cabeça, sair de casa e ter algum dinheiro. Foi aí que veio o primeiro julgamento: Eu, balconista? Jornalista, três idiomas, currículo em comunicação, trabalhando de touquinha na cabeça servindo os outros? Foi difícil tomar essa decisão, mas aceitei, estou precisando.
Dias depois, a cena durante a tarde, limpando uma das mesas, ouvi dois clientes conversando: "Coloco acento em 'tem'? Mudou com a nova ortografia?" "Não sei. Não entendo." E eu ali me remoendo pra dizer "eu sei, eu sei!!!". Mas, eu era só uma atendente e eles não iriam acreditar que eu sabia. Depois a barreira seguinte: conhecidos e colegas antigos entrarem na loja e me verem nessa função. "O que eles vão pensar? Eles não sabem como cheguei até aqui, que a dona é minha amiga, vão pensar que não dei certo na vida."
Dá pra entender como isso é errado??? Era com essa inferioridade que eu via os outros atendentes, balconistas e nunca tinha percebido! Sentia vergonha por estar em um trabalho honesto, justo, que traz alegria para as pessoas, que auxilia os outros? Eu deveria é ter vergonha de mim por pensar assim, por tanta falta de humildade e empatia.
Por um preconceito idiota eu ia perder a chance de conhecer tanta gente nova como nas últimas três semanas, de ouvir tantas histórias de vida como sempre gostei de fazer, de aprender um novo trabalho, de ajudar uma amiga, de ter dinheiro pra comprar uma nova bicicleta, pra ir no casamento de uma amiga em outra cidade, de viver! Em tão pouco tempo, esse trabalho que eu achava tão inferior já me ajudou a estar mais feliz, disposta, a ter novas ideias, entender como uma pequena empresa funciona, a buscar cursos para aprender mais.
Como dizia meu avô: A vida não é como a gente quer, é como ela se apresenta! Então, estou aqui aceitando com muito amor e gratidão o que me foi apresentado. Aceitando novas formas de crescer e evoluir com, por enquanto, um preconceito a menos. Hoje, estou aqui, jornalista, tradutora, professora de idiomas, aprendiz de gestora e sim, atendente de um ateliê de doces. E o que mais precisar, a gente aprende a fazer também! E, modéstia à parte, eu tbm fico linda de touquinha! :p
Esse textão é pra tirar de uma vez essa vergonha de mim, para agradecer pela confiança e apoio dos queridos amigos Veronica, Bruno e Felipe, pelo empurrão dos meus pais Edna e Orlando e, talvez, se não for me achar muito, ajudar alguém a fazer a mesma reflexão e dar um passo à frente se for o momento.

de Beatriz Franco compartilhada por Lucas Teixeira



A Estadista, as Diretas Já e a História

por Walter Sorrentino

Uma grande brasileira injustiçada por um golpe. Merecerá sem dúvida esse registro nos livros de história do Brasil e quiçá no mundo.

Se o impeachment se consumar.

Mas há outro registro possível, mais à altura da encruzilhada brasileira e de sua própria biografia.

Dilma tem a oportunidade de entrar para a história em chave maior, como a estadista que pagou alto preço, defende a democracia, mas apresenta uma saída e um desfecho para a crise, em defesa do Brasil.

Enquanto corre o julgamento no Senado, o que a sociedade está julgando é o governo biônico de Temer. Um governo que só tem maioria nos estamentos políticos do país, de costas para a sociedade - que não se reconhece neles -, que cala a voz de quantos foram às ruas bradar pelo impeachment.

Se o governo afundar na instabilidade - antes ou depois da votação do impeachment aprovado, que fazer? Vamos a eleições indiretas, por esse mesmo Congresso?
E se o impeachment não se consuma? Como repactuar o país? Quando anunciar os caminhos da repactuação? Como conferir credibilidade e confiança nesses caminhos?

Dilma tem a outra opção: apresentar à nação os meios para se repactuar, a partir da única fonte de soberania: o voto popular, com a antecipação de eleição presidencial.

Basta-lhe dizer que ouve o clamor da sociedade e, sendo a vontade da maioria da sociedade, não se oporá à proposta.

Fazê-lo antes da votação do impeachment, fortalece a saída democrática e conquista votos para derrotá-lo no Senado. Já estará sinalizada a repactuação que ela propõe à nação. É preciso torná-la um fato político.

Há um campo para disputar e unir em torno da proposta, mesmo que motivada por diferentes perspectivas. PCdoB a propõe, Psol, Rede a Frente Povo sem Medo a defendem, setores vários das forças democráticas e progressistas, lideranças sindicais e estudantis, ícones da mídia e análise política como Teresa Cruvinel, Luis Nassif e Paulo Henrique Amorim. Não será difícil a adesão de forças mais amplas no campo popular, ao contrário: pode-se contar com apoio das ruas bastante marcante.

As contradições do bloco ora governante motivam outras possibilidades. É preciso explorá-las. A Folha de São Paulo optou por seu próprio caminho, também de antecipar eleições.

Assim ocorre nas propostas de saídas para grandes crises. Elas não se dão nas molduras já estabelecidas, exigem inventividade. As coisas vão moleculando, num debate paciente e perseverante. Projetos legislativos engavetados são resgatados para dar opções concretas às saídas. Há horas em que a própria evolução dos acontecimentos se encarrega de colocar no proscênio a solução que ainda não houvera maturado.

O importante é progredir o debate nas forças forças democráticas, progressistas e da esquerda, para mobilizar amplas forças, mesmo as que não apoiavam o governo Dilma nem o PT, por um plebiscito para decidir se se deve antecipar eleições presidenciais.

Getúlio Vargas, num momento igualmente crítico da nação, deu sua própria vida para paralisar os intentos golpistas. Saiu da vida para entrar na história – seu gesto até hoje é considerado uma das páginas mais marcantes da história, pela demonstração de compromisso e integridade.
Os gestos têm grande valor simbólico e moral na luta dos povos. Um gesto de Dilma na direção de antecipar eleições, fará com que mereça um registro maior, à altura de seu verdadeiro valor, nos livros de história.

Walter Sorrentino é médico, více-presidente do PCdoB.