Economia, política e manipulação

Todos os índices econômicos, políticos e sociais estão piores que durante o governo da Presidenta Dilma Rousseff, por que não ouvimos batidos de panelas, onde estão os paneleiros?

Paneleiros, coxinhas e midiotarios são animais bem treinados. Estão aguardando um comando do adestrador para obedecer.

E que ninguém se iluda tem midiotarios em alto escalão do Executivo, Legislativo e Judiciário. Que o digam:

Maia
Temer
E Carmen Lucia.

Politicagem

Desde ontem que veículos de comunicação das grandes famiglias berram que Carmen Lucia, minimistra presidente do STF, recusou um encontro com o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros. Dizem as penas pagas que essa reunião teria sido ideia de Michê Treme. Não levo a sério estas versões. Prefiro crê que Renan Calheiros foi quem não aceitou o convite, esnobou, a vampira brasileira e o mordomo.

Por que acredito nessa hipótese?

Entre a palavra de uma chantagista, um traíra é um político, é óbvio que o político possa falar a verdade.

Augusto Cury

Jamais peça para alguém amá-lo. 
Jamais peça para alguém admirá-lo. 
Amor, admiração, bem como respeito, são construídos sem pressão, no solo insubstituível da liberdade. 
São frutos de imagens construídas nas janelas mais íntimas do inconsciente.

Alberto Caeiro: acho tão natural que não se pense

Acho tão natural que não se pense
Que me ponho a rir às vezes, sozinho,
Não sei bem de quê, mas é de qualquer coisa
Que tem que ver com haver gente que pensa ...

Que pensará o meu muro da minha sombra?
Pergunto-me às vezes isto até dar por mim
A perguntar-me coisas. . .
E então desagrado-me, e incomodo-me
Como se desse por mim com um pé dormente. . .

Que pensará isto de aquilo?
Nada pensa nada.
Terá a terra consciência das pedras e plantas que tem?
Se ela a tiver, que a tenha...
Que me importa isso a mim?
Se eu pensasse nessas coisas,
Deixaria de ver as árvores e as plantas
E deixava de ver a Terra,
Para ver só os meus pensamentos ...
Entristecia e ficava às escuras.
E assim, sem pensar tenho a Terra e o Céu.

Caio Fernando Abreu: o amor é pedagógico?

Está limpo. 
Sem ironia. 
Sem engano. 

Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar. 

Se tiver aprendido lições (amor é pedagógico?), até aproveito e não faço tanta besteira. 

Mas acho que amor não é cursinho pré-vestibular. Ninguém encontra seu nome no listão dos aprovados. 

A gente só fica assim...parado olhando a medida do Bonfim no pulso esquerdo, lado do coração e pensando, pois é, vejam só, não me valeu.

Tati Bernadi - Eu sou sim uma pessoa que surta

Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. 


Eu sou sim a pessoa que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo de tudo e de todos. 


Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?

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Decoreba indecente, imoral, não aprende

Guerreira

A cena simboliza os nossos dias.

De um lado, a virtude, a integridade. De outro o cinismo e o vício.

Me refiro à troca de palavras entre Gleisi Hoffmann e Cristovam Buarque em que este confessou que o golpe foi armado para que fosse aprovada a chamada PEC do Fim do Mundo.

O confronto de estilos não poderia ser mais revelador das diferentes entre os dois lados.

Gleisi está séria, firme, altiva, olhos cravados não apenas nos olhos de Cristovam — mas em sua alma. Cristovam, esparramado em sua poltrona, é uma mistura de deboche e nervosismo. Está descomposto, a despeito do paletó e da gravata. Os risos entrecortados não conseguem esconder que ele está acuado.

Gleisi foi vivaz o suficiente para aproveitar um vacilo do oponente e levá-lo a confessar a motivação dos golpistas. Diz que queria vê-los ganhar a eleição com aquele programa. Desconcertado, Cristovam admite que os golpistas fatalmente perderiam nas urnas.

Não poderia haver uma confissão mais cândida, e abjeta, de crime de lesademocracia do que aquela. Mas Cristovam está com o sentido de ética e decência tão amortecido que parece não se dar conta da barbaridade que proferiu. Gleisi, ao contrário, sabe que está registrando um diálogo para a posteridade, e trata de extrair tudo dele.

Eles são perfeitos antagonistas. A crise que levou ao golpe fez Gleisi crescer extraordinamente. Uma guerreira emergiu daquele período tão sinistro da história nacional.

Cristovam, em compensação, diminuiu na mesma proporção em que Gleisi se elevou. Até o embate com Gleisi, parecia que ele não poderia se rebaixar mais.

Mas ele estabeleceu um novo recorde pessoal em patifaria ontem — uma espécie de lembrança, para todos nós, de que não existem limites para a canalhice.

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Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.