O Rio Grande do Sul não é fascista. Lá, como em todo lugar existe fascista
Estrupada reitera acusação contra o pastor Marcos Feliciano
Mensagem da noite
Manuela defende ‘esquerda unida no 2º turno com um projeto nacional’
Em seminário nesta sexta-feira 23 na Fundação Maurício Grabois, a deputada Manuela D'Ávila, presidenciável do PCdoB, defendeu que as forças progressistas se unam em torno de um projeto comum de desenvolvimento do País; para ela, o país está "numa encruzilhada"; "Ou aprofunda o caminho de um projeto ultraliberal e antinacional ou retoma a rota de uma projeto de construção nacional e de desenvolvimento"; "Nosso esforço é fazer com que as eleições de 2018 consiga responder a dois temas centrais. De um lado, o esforço que nós e um conjunto de partidos temos feito para que existam eleições é o espaço mais privilegiado que temos para apresentar um projeto para enfrentar a crise que o Brasil vive".
do Brasil 247
***Vandré, ainda caminhando e cantando, por Carlos Motta
Geraldo Vandré voltou a cantar "Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores" - "caminhando e cantando e seguindo a canção..." - num palco, pela primeira vez em 50 anos, em João Pessoa, ontem quinta-feira, 22 de março, num concerto cujo programa incluía outras peças suas pouco conhecidas.
"Pra Não Dizer..." foi lançada no 2º Festival Internacional da Canção, da Globo, em 1968. Ficou em segundo lugar, atrás de "Sabiá", de Tom Jobim e Chico Buarque, recebida por uma monstruosa vaia - o público que lotou o ginásio do Maracanãzinho, estimado em 25 mil pessoas, torcia freneticamente pela música de Vandré.
Com o passar dos anos, "Pra Não Dizer..." foi cantada por inúmeros artistas e se consolidou como "a" música de protesto, uma espécie de hino contra a ditadura militar - e por conseguinte, contra a tirania de forma geral.
A guarânia de melodia simples abriga também versos de luta, e por que não, de esperança: "Vem, vamos embora/que esperar não é saber/quem sabe faz a hora/não espera acontecer."
"Pra Não Dizer..." não é a única música explicitamente política de Vandré - ele talvez seja o artista brasileiro que fez o maior número de composições ditas "engajadas".
"Disparada", outro grande sucesso seu, vai na mesma linha, assim como tantas outras.
Mas se a sua obra ficou gravada na memória do povo como um canto de rebeldia contra as injustiças, a desigualdade e a opressão, o mesmo não se pode dizer sobre a sua trajetória pessoal desde a volta ao Brasil em 1973: nas poucas vezes em que saiu da reclusão a que se obrigou a viver, Vandré ou foi lacônico ou enigmático sobre questões relativas ao momento político e social do país.
Mesmo agora, nas entrevistas que deu em João Pessoa, antecedendo os espetáculos, ele foi evasivo - parece que tem prazer em cultivar essa imagem de esfinge que ninguém decifra...
Isso tudo, porém, pouco importa.
Se o artista se cala, a sua obra fala por si.
E ela, como mostram as gravações feitas do octogenário criador, vestido de branco, segurando a bandeira do Brasil, cantando, com sua voz inconfundível, seus versos imortais na sala de concertos Maestro João Siqueira, em João Pessoa, é emocionante - como toda grande obra de arte deve ser.
Dilma: a Democracia está do nosso lado
Dilma Rousseff: a 1ª vítima do golpe de 2016 foi a Verdade
Costuma-se dizer que a primeira vítima de uma guerra é a verdade. Com efeito, numa guerra em sentido estrito ou numa guerra política, o assassinato da verdade e a ocultação dos fatos ocorrem em profusão.
No Brasil, não é diferente. A primeira vítima do golpe parlamentar de 2016 não foi só a democracia. Foi também a verdade.