As duas constituições do Brasil, a pré e a pós Golpe


Abaixo os três parágrafos do longo artigo de Celso Rocha de Barros, publicado na Piauí, que resume de forma antológica a canalhice que é a máfia jurídica-midiática que hoje domina o país. 

Ontem os bandidos de toga do "supremo com tudo", deram mais uma contribuição a lista de sacanagem que veem aprontando desde o linchamento de José Dirceu com o uso da teoria da farsa. Pois não é que os cafajestes limitaram o foro privilegiado para os políticos e conservaram os deles. Vermes!

Na verdade, o Brasil teve outra Constituição em 2015-2016, e ela foi revogada após o impeachment. Em 2015, delações eram provas suficientes para derrubar políticos e encerrar carreiras. Em 2017, deixaram de ser. Em 2016, era proibido nomear ministros para lhes dar foro privilegiado; em 2017 deixou de ser. Em 2016, os juízes eram vistos como salvadores da pátria, em 2017 viraram “os caras que ganham auxílio-moradia picareta”. Em 2015, o sujeito que sugerisse interromper a guerra do impeachment em nome da estabilidade era visto como defensor dos corruptos petralhas; em 2017 tornou-se o adulto no recinto, vamos fazer um editorial para elogiá-lo. Em 2015, presidentes caíam por pedaladas fiscais; em 2017 não caíam nem se fossem gravados na madrugada conspirando com criminosos para comprar o silêncio de Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro. Em 2015, a acusação de que Dilma teria tentado influenciar uma decisão do ministro Lewandowski deu capa de revista e inspirou passeatas. Em 2017, Temer jantou tantas vezes quanto quis com o ministro do Supremo Tribunal Federal que o julgaria no TSE e votaria na decisão sobre o envio das acusações da Procuradoria-Geral da República contra ele, Temer, ao Congresso. Em 2015, Gilmar teria cassado a chapa Dilma-Temer. Em 2017, não cassou.

Charge do dia

Enquanto isso a corja que colocou o Traíra no Planalto mantém Lula preso, por que?...
Sabem que ele será eleito com um pés nas costas.


***

Bom dia!

Desejo que comece e termine o dia
Com 
Paz
Amor 
Alegria

Foto
***

São as escolhas, por Bob Fernandes

Desabamento de edifício com 24 andares no centro de São Paulo. Abrigava 145 famílias sem moradia. Por ora, 49 desaparecidos.

João Dória é candidato a governador de São Paulo. Tentou ser a presidente. Foi prefeito por brevíssimo ano e três meses.

Sobre o desabamento disse: “O prédio foi invadido e parte dele ocupado por uma fação criminosa”…

É uma escolha para o que enxergar e dizer. Pode se ver e dizer que criminoso é o Brasil ter déficit de 6,2 milhões de moradias.

Segundo a ONU, 33 milhões de brasileiros não têm moradia. Criminoso é São Paulo ter estimados 25 mil humanos morando nas ruas.

Seres nos quais se tropeça fazendo de conta que são invisíveis.

Tudo pode ser escolha do que enxergar, se posicionar.

Caco Barcellos, que na Globo dirige o excelente “Profissão Repórter”, disse à Folha no domingo: -A gente mora numa grande Etiópia com mais de 100 milhões de pobres e miseráveis (…)

É dever do repórter retratar o universo dessa maioria, não da minoria. É dever do jornalismo vasculhar resultantes dessa brutalidade: no Brasil, seis bilionários têm riqueza igual ao somado por 100 milhões de brasileiros.

Escolhas. Quem, o que enxergar, investigar nos Institutos de ex-presidentes?

Jantar no Alvorada, 2002. FHC ainda presidente. Empresários doaram R$ 7 milhões. Relato de Gerson Camarotti aqui citado N vezes. Doadores estão todos aí.

Nos emails de Marcelo Odebrecht, só agora, o que sempre se soube.

“Há duas mensagens de Fernando Henrique pedindo doações a Marcelo Odebrecht”. Para seu Instituto, revelou hoje o “Painel” da Folha.

Marielle e Anderson foram executados há 49 dias. Quem matou? Quem mandou matar? Há 37 dias, tiros contra a caravana de Lula, ex-presidente… Esqueceram. Escolhas.

No sábado, tiros contrao acampamento pró-Lula em Curitiba. Dois feridos. Por ora, pé de página, manchetes periféricas…

Imaginem se fossem tiros contra acampados na Avenida Paulista… São escolhas.

Fernando Horta: eu não sou petista. Eu estou petista!

E essencialmente por 5 razões:

1) Não há quadro político melhor, no momento, do que Lula. Não só pelo que já fez, mas por ser honesto. Esta última verificação eu agradeço à PF e ao juiz Moro. Antes da perseguição insana deles eu tinha dúvidas sobre a honestidade do Lula. Depois de mais de 3 anos de violência institucional contra ele sou obrigado a reconhecer que é honesto. Eu e quase metade do Brasil, por isto ele cresce nas pesquisas.

2) Ninguém tem a capacidade de conciliação de Lula. Se eu quisesse revolução estaria em grupo armado, se quisesse manter tudo como está estaria compartilhando meme do mbl e fazendo propaganda da direita.

3) Como valor de vida, não compactuo com desigualdade e fome. Só um chefe do executivo, em 500 anos, atacou estas duas coisas e foi bem sucedido.

4) Lula tem mais de 24 títulos de doutor honoris causa pelo mundo e mais de 80 prêmios. Confio mais na diversidade, no distanciamento e na competência de quem ofereceu estes prêmios do que de quem o chama de "nine" ou "lulaladrão".

5) A onda de fascismo que assola o mundo e o Brasil não nos permite ficar jogando com possibilidades. É preciso ganhar a próxima eleição se quisermos reverter o caos que está aí. Não é hora de apostar.

* Fernando Horta!, professor e historiador da UNB. Concordo e assino embaixo.

#LulaLivre

Jaques Wagner desmente jornais

"Impressiona como a manipulação de informações pode produzir intrigas, confusões e buscar ganho financeiro. É a Era das Fake News e dos Caça-Cliques. Quem leu a matéria inteira compreendeu; quem ficou apenas na manchete foi manipulado.

Não tenho duas opiniões: Lula é o candidato do PT, do povo brasileiro, líder em todas pesquisas e símbolo de esperança para o país. Uma eleição sem Lula é, sim, fraude pois sua condenação é injusta, baseada em convicção sem provas.

Lula não é passado, é resistência no presente e esperança no futuro. Não aceitamos sua interdição e lutaremos contra ela até o fim.

Agora, se o sistema jurídico brasileiro levar a cabo sua interdição e impedir a candidatura do ex-presidente, defendo, como sempre defendi em 40 anos de trajetória política ao lado de Lula, o caminho do diálogo, da unidade, da busca por consensos entre os movimentos sociais, os partidos de esquerda e todos aqueles que lutam pela Democracia no Brasil."

#LulaLivre #LulaPresidente

Charge do dia


Manifesto: 400 advogados acusam Moro de abuso de autoridade
***