A oligarquia brasileira - ao impedir Lula de participar das eleições de 2018 - se nos colocaram diante do
Dilema de Pirro – a vitória custará mais caro que a derrota.
por Sergio Saraiva
"Da primeira vez ela chorou, mas resolveu ficar. É que os momentos felizes tinham deixado raízes no seu penar. Depois perdeu a esperança; porque o perdão também cansa de perdoar".
Versos de Vinícius de Moraes para a canção "Regra Três". Lindos e doloridos – como não podiam deixar de ser. Descrevem a perfeição o momento atual do povo brasileiro em relação às eleições de 2018.
Eleições que a nossa oligarquia – a plutocracia e seu conluio com a grande mídia e o Judiciário - tentam manipular, escolhendo quem pode ou não dela participar, na sua marcha da insensatez de buscar implantar no Brasil a democracia sem povo.
Os oligárquicos comandaram dois golpes sucessivos e vitoriosos. A deposição de Dilma Rousseff e a prisão de Lula. Há ainda quem tenha informação e sinceramente acredite nas histórias das "pedaladas" e do "tríplex"? E acabaram com um país em frangalhos.
A insurreição burguesa intentada desde a insubmissão aos resultados das urnas de 2014 – quatro anos atrás – colocou uma quadrilha no comando do governo e destruiu a economia, o moral e as instituições do país. Vivemos uma crise econômica, política e institucional. E de autoconfiança - tornamos a ser um país de jabuticabas e vira-latas.
Nunca precisamos tanto de um líder.