Luis Nassif: xadrez do fim do governo Bolsonaro

(...) a verdade iniciou sua marcha e nada poderá dete-la", Emile Zola, sobre as revelações e movimentos da opinião pública sobre o caso Dreyffus 

Há uma certeza e uma incógnita no quadro político atual.
A certeza, é que o governo Bolsonaro acabou. Dificilmente escapará de um processo de impeachment. A incógnita é o que virá, após ele.
Nossa hipótese parte das seguintes peças.

Peça 1 – a dinâmica dos escândalos políticos

Flávio Bolsonaro entrou definitivamente na alça de mira da cobertura midiática relevante com as trapalhadas que cercaram o caso do motorista Queiroz. Não bastou a falta de explicações. Teve que agravar o quadro fugindo dos depoimentos ao Ministério Público Estadual do Rio, internando Queiroz no mais caro hospital do país, e, finalmente, recorrendo ao STF (Supremo Tribunal Federal) para trancar a Operação Furna da Onça, que investiga a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Nas próximas semanas haverá uma caçada implacável aos negócios dos Bolsonaro. A revelação, pelo Jornal Nacional, de uma operação de R$ 1 milhão – ainda sem se saber quem é o beneficiário – muda drasticamente a escala das suspeitas.
No dia 07/01/2018, a Folha lançou as primeiras suspeitas sobre Flávio. Identificou 19 operações imobiliárias dele na zona sul do Rio de Janeiro e na Barra da Tijuca.
Em novembro de 2010, uma certa MCA Participações, que tem entre os sócios uma firma do Panamá, adquiriu 7 de 12 salas ee um prédio comercial, que Flávio havia adquirido apenas 45 dias antes. Consegiu um lucro de R$ 300 mil.
Em 2012, no mesmo dia Flávio comprou dois apartamentos. Menos de um ano depois, revendeu lucrando R$ 813 mil apenas com a valorização.
Em 2014 declarou à Justiça Eleitoral um apartamento de R$ 566 mil. Em 2016 o preço foi reavaliado para R$ 846 mil. No fim do ano, a compra foi registrado por R$ 1,7 milhão. Um ano depois, revendeu por R$ 2,4 milhões.
Ou seja, não se trata apenas de pedágio pago pelos assessores políticos, dentro da lógica do baixo clero. As investigações irão dar inexoravelmente nas ligações dos Bolsonaro, particularmente Flávio, com negócios obscursos por trás dos quais há grande probabilidade de estarem as milícias do Rio de Janeiro.

Peça 2 – a Operação Quarto Elemento

Caiu na rede

Bom dia @jairbolsonaro!
Uma dúvida me deixa inquieto. Com base no discurso de que "bandido bom é bandido morto", caso confirmada as suspeitas de lavagem de dinheiro (ou crime semelhante) de seu filho Flávio Bolsonaro, o senhor vai optar por cremá-lo ou sepultá-lo?
Abraços!
Gabriel Alves









Mais mísseis sobre o clã Bolsonaro

Não demorou e veio, hoje, mais um míssil da Operação Choque e Pavor, como apelidou este blog,  desfechada ontem sobre Flávio Bolsonaro pelo Jornal Nacional teve, esta noite, uma nova salva de mísseis de carga explosiva muito maior na edição de hoje do principal jornal da Rede Globo.

O Coaf registrou um pagamento de valor de R$ 1,06 milhão, a beneficiário ainda não divulgado, por meio de um título (um boleto).

O valor é improvável para uma operação financeira de pessoa física, ainda mais representando 60% de todo o patrimônio declarado nessa condição pelo ainda deputado estadual.

É evidente que o Coaf sabe em favor de quem foi o depósito e não o identifica apenas porque o sigilo de Flávio Bolsonaro não foi quebrado.

Títulos são registrados e é impossível que não haja registro de algo feito através de conta bancária.

A quebra do sigilo bancário de Flávio é apenas questão de dias, e o que vai surgir dela é imprevisível.

Exceto num ponto, já bem claro: moveu-se dinheiro que, se não tem origem, tem destino.

E todos os que tiverem negócios com ele estarão sob suspeita. Inclusive o pai.

Davos foi para o espaço.

P.S: em 3 anos passaram mais de 7 milhões na conta do motorista de Flávio Bolsonaro.  Falando nisso, cadê o Queiroz e o Moro?

A situação de Flávio estava ruim. Agora, é moralmente desesperadora

Nesta sexta, antes de o Jornal Nacional ir ao ar, ele recebeu a solidariedade do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que destacou ser ele um rapaz muito valoroso.

Os Bolsonaros parecem se esquecer de que há um ex-presidente da República, o mais popular da história, na cadeia. Na cadeia estão dois ex-governadores do Rio. Os que mandaram esses figurões para xilindró — e não vou agora entrar no mérito das sentenças — pertencem hoje ao campo ideológico do bolsonarismo.

Este é o governo que tem como ministro da Justiça ninguém menos do que Sérgio Moro, o paladino da luta contra a corrupção.

Mesmo que esse imbróglio todo vá para baixo do tapete — e tenho certa curiosidade de saber como o Ministério Público agasalharia esse ônus sem se desmoralizar —, o episódio vai fazer sombra mais na reputação de Moro do que na de seu chefe, o pai de Flávio.

Voltei em outro post para fazer uma indagação, em benefício do governo Bolsonaro: não seria melhor Flávio renunciar antes mesmo de assumir?

Reinaldo Azevedo

Desafio

Tem vários depósitos do Queiroz na conta do Jair Bolsonaro durante anos, existem outros depósitos do Queiroz na conta da Michele Bolsonaro!
Eu desafio a qualquer um me desmentir!

Adriano Argolo

Imegine tupiniquim

Imagine um cidadão largar o cargo vitalício de juiz com auxílio-moradia e muito mais privilégios. para ser ministro e salvar o planeta da corrupção do PT, e de repente, se dar conta que foi contratado apenas para ser leão-de-chácara da guangue que ajudou a eleger quando condenou Lula sem provas, o favorito a ser eleito presidente da República pela terceira vez, primeiro turno

Leandro Fortes
Gangue dos quatro bolsonaros - Jair, Flávio, Eduardo e Carlos -


***

Frase da hora

O farsante e criminoso Sérgio Moro teve o fim que merecia, acabou sua curta carreira de herói e paladino da moral brasileira como capanga de uma família de corruptos.