#Vazajato: Moro sabe o que fez. E sabe que vamos contar



Em entrevista ao El País, na edição de hoje, Gleen Greenwald assume, de novo, a postura desafiadora que mostrou, ontem, em sua entrevista ao The Washington Post, quando disse que tudo o que tinha seria publicado, ainda que fosse preso por isto.

Diz que há desespero em Sérgio Moro e que sua única saída tem sido a tentativa de desqualificar o jornalismo feito peloThe Intercept.

“Moro sabe que eu sei tudo o que ele disse e fez. E que vamos contar tudo”.

De fato, nem mesmo os mais empedernidos direitistas acreditam na fantasia de que as mensagens foram “inventadas”. O próprio El País, que recebeu parte dos arquivos, confirmou sua veracidade ao cotejá-los com outro participante dos grupos e com as mensagens de seus próprios repórteres a Deltan Dallagnol.

É, ao que parece, a adoção pelo jornalista de uma linha de proteção agora que se aproximam as mais graves e diretas revelações da “Vaza Jato”.

Penso que é uma atitude que vem da fraca reação da imprensa brasileira contra a notícia de que Moro teria mandado a Polícia Federal e o Coaf investigarem a vida pessoal do jornalista.

A frase de Greenwald deixa poucas dúvidas de a que ponte ele imagina que o ex-juiz, agora ministro, possa chegar:

Acredito que este Governo é repressor e autoritário, e acredito que Moro demonstrou que está disposto a violar todas as leis. Mas o que os torna perigosos é que agora eles se sentem desesperados.

A demolição dos “heróis da Lava Jato” é lenta. Mas já se viu que não sobrará pedra sobre pedra.

Opinião do leitor Bento Bravo

Bem, não dá pra dizer a casa caiu porque essa casa já caiu inúmeras vezes depois da Vaza Jato e continua de pé graças às nossas Instituições totalmente apodrecidas. Os novos áudios de Dallagnol apenas mostram, de maneira claríssima, o que qualquer pessoa minimamente bem informada e inteligente já sabia; esses concurseiros de merda, incluindo Moro, queriam apenas fama e fortuna.
Bento Bravo

Rafael Patto: é difícil falar de si mesmo

"É difícil falar de si mesmo", assim ele introduziu a explanação sobre suas credenciais para ser embaixador em Washington. Quando a gente ouve alguma coisa nessa pegada, a gente imagina que o cara tá tentando ser humilde ou modesto (ainda que falsamente modesto), evitando parecer esbanjador.

Aí a gente já se prepara, pensando que o sujeito vai humilhar, vai sambar na cara da sociedade, esfregando um currículo daqueles na fuça dos críticos. Então ele dispara: "já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer no Maine".

Vamos combinar: com essa "experiência de mundo", ele tem mais é que se achar um diplomata mesmo. Afinal, quem mais lá da galera da zona oeste sabe onde fica o estado do Maine?

"É difícil falar de si mesmo".

Sobre a banalidade do mal, por Eduardo Ramos

Nassif, a expressão consagrada por Hannah Arendt, (“A banalidade do mal”) absolutamente apropriada em seu artigo, traz de modo subliminar um outro conceito, que Lula, de modo brilhante intuiu, no dia em que disse a Sérgio Moro:

“Doutor, o senhor tem que me condenar de qualquer jeito, o senhor não tem saída… Porque o senhor CRIOU UM ENREDO DO QUAL NÃO PODE FUGIR! O senhor começou contando uma mentira, que precisa sempre de mais mentiras para tornar coerente o seu script”…
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Mais ou menos essas foram as palavras de Lula ditas ao seu carrasco. Lula já sabia àquela altura, que não lidava com um juiz em seu estado normal, que as leis, a Constituição, as provas (ou sua ausência…) de nada valiam! Uma vez criado o enredo, totalmente endossado pela mídia, que outro final, de fato, Moro poderia dar à sua novela, mesmo que não fosse o ser psicótico que se revelou ao longo dos anos? Nem um outro fim seria aceito pela sociedade, causaria perplexidade e até revolta contra o ex-juiz, tornado herói JUSTAMENTE POR INFLIGIR AO “SATANÁS BRASILEIRO”, todo o massacre que, a essa altura, boa parte da sociedade (bestializada em último grau!) ansiava que acontecesse…
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A banalidade do mal (e confesso que não sei se Hannah Arendt estudou esse aspecto ou não…) traz em si essa NECESSIDADE de se JUSTIFICAR PELA “COERÊNCIA”, ou seja, pela repetição das maldades, pelos “elos da novela criada” pelos agentes inventores e causadores daquele processo social pervertido, transmutado em “coisa boa” para ser aceito e digerido pela sociedade manipulada.
NÃO SE INVENTA UMA LAVA JATO, para absolver Lula, “o chefe da quadrilha”, ao final.
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De que vale esse exemplo para o caso INACREDITÁVEL do reitor Cancellier e agora, o seu filho, do mesmo modo canalha, covarde, acusado sem provas…? A mesma necessidade perversa da tal “coerência do mal” – não basta ter se tornado BANAL, odioso, farsesco: há de se criar outras pantomimas, visando especificamente, “dar uma aura de justiça” à toda a selvageria e barbárie cometidas contra o reitor. Que o filho pague pela ousadia do pai em confrontar com seu suicídio, a “pureza de intenções” do procurador André Bertuol, da delegada Érika Marena, enfim, de todos esses “homens e mulheres de bem” que, afinal, “combatem o flagelo da corrupção”…
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A Lava Jato apenas começou a ser desmantelada, desnudada, envergonhada em todas as suas obscenidades imundas. Ainda é forte o suficiente para PRECISAR dessa coerência sórdida que o mal tornado banal necessita como ÁLIBI MORAL.
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Como os nazistas, depois de matarem as primeiras centenas de judeus, se interrompessem ali o processo (o mal…) teriam que se olhar no espelho e enxergarem ali os assassinos que eram.
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O mal jamais buscará o espelho da verdade. A ele interessa a banalidade, esse “tornar-se normal, natural…”.
Daí a sua necessidade de se retroalimentar continuamente.
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Lula intuiu todas essas coisas, por isso se sabia de antemão, condenado.
É exatamente o que acontece agora, com o Mikhail Cancellier. Ele é o álibi da vez, dos néo-nazistas da Lava Jato.

Tijolaco: embaixisburguer



Não creio que seja apenas um “balão de ensaio”, um mero factóide, a indicação de Eduardo Bolsonaro para ser o embaixador brasileiro em Washington.

Pode até ser que recue, caso realmente seja inviável que o Senado aprove o seu nome, resistência na qual não acredito nem por um minuto.

O garoto do hambúrguer é duplamente adequado – claro que não para o Brasil – para o governo Bolsonaro e para o governo Trump e desde cedo – como observa o colega Leandro Fortes no Facebook – o presidente norte-americano viu utilidade na sabujice do filho 03, tanto quanto na de seu pai.

As supostas “criticas” de Olavo de Carvalho à escolha, dizendo que melhor faria Eduardo se ficasse aqui para “combater o Foro de S. Paulo” – ou seja, os partidos e movimentos de esquerda – é apenas um despiste.

O filho presidencial, indiretamente, pode e vai contribuir para que flua o dinheiro para movimentos de direita aqui, o que, para nós, não é novidade desde os tempos do pré-64, com o Ipes e o Ibade.

Não se iludam com a ideia de que temos “um governo de malucos”, simplesmente, mesmo que haja, de fato, loucos em grande número.

É um esquema de dominação colonial que, por definição, é inspirado e tem seus cordéis presos à metrópole.

E as instituições “republicanas”, corrompidas até a medula por suas conveniências e ideologias, vão aceitar esta bofetada na diplomacia profissional que este país cultiva há mais de um século.

Pode parecer algo abjeto – e é – mas é pior que isso.


#VazaJato: a crise chega ao TRF4


---------- Forwarded message ---------
De: The Intercept Brasil <newsletter.brasil@emails.theintercept.com>
Date: sáb, 13 de jul de 2019 14:40
Subject: #VazaJato: a crise chega ao TRF4
To: <joel.leonidas@gmail.com>


Sábado, 13 de julho de 2019
#VazaJato: a crise chega ao TRF4

O maior argumento do ex-juiz Sergio Moro para defender suas sentenças de primeira instância – intoxicadas por inegáveis odores ilegais – é de que elas foram confirmadas por tribunais superiores. Moro tem repetido isso em entrevistas, e disse o mesmo quando foi tentar explicar o inexplicável no Senado e na Câmara. Mas e se os tribunais superiores estiverem, também eles, contaminados pelo relacionamento ilegal entre acusadores e juízes?

Depois de se mostrarem inconstitucionalmente íntimos de ministros do Supremo Tribunal Federal (como mostramos nos episódios "in Fux we trust" e "Aha uhu o Fachin é nosso"), nesta semana foi a vez dos chats secretos enrolarem o Tribunal Regional Federal 4, a instância que confirmou a maior parte das sentenças de Moro. Em parceria com os repórteres da revista Veja, nós abrimos mais uma janela da #VazaJato. Do outro lado está o desembargador João Pedro Gebran Neto.

Em julho de 2017, o repórter Andreas Müller escreveu sobre Gebran no site da revista piauí:

"Sua trajetória reconhecida não o poupou de polêmicas, sobretudo por um detalhe pessoal nada irrelevante entre os réus condenados na Lava Jato: Gebran é amigo de Sérgio Moro, de quem foi colega de mestrado na Universidade Federal do Paraná, no início dos anos 2000. Os dois foram orientados pelo mesmo professor, o renomado constitucionalista Clèmerson Merlin Clève.
(...)
Na seção de agradecimentos do livro A Aplicação Imediata dos Direitos e Garantias Individuais, com base na sua tese de mestrado, Gebran descreve Moro como um "homem culto e perspicaz". "Nossa afinidade e amizade só fizeram crescer nesse período, sendo certo que [Moro] colaborou decisivamente com sugestões e críticas para o resultado deste trabalho", escreveu Gebran. 
(...)
"Se sou ou não sou amigo do juiz Sérgio Moro, isso é uma questão juridicamente irrelevante", declarou Gebran, em abril, a uma emissora de tevê do Paraná."


Os chats revelados essa semana, que mostram que também o TRF4 está sob suspeição, passam longe de revelar imparcialidade apenas no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos diálogos nos quais Gebran é citado, o personagem é Adir Assad, um dos operadores de propinas da Petrobras e de governos estaduais, preso pela primeira vez em 2015. E que conversas são essas? Uma tabelinha entre o desembargador – que deveria ser independente – e o procurador, uma costura de ambos para melhor atender a seus interesses, deixando as defesas dos réus em julgamentos às cegas, destruindo assim a confiança em todo o sistema judiciário.

"Cinco meses antes do julgamento do caso em segunda instância no TRF4, o procurador Deltan Dalla­gnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, comenta em um chat com outros colegas do MPF: "O Gebran tá fazendo o voto e acha provas de autoria fracas em relação ao Assad". O assunto é tema de outra conversa, de 5 de junho de 2017, entre Dalla­gnol e o procurador Carlos Augusto da Silva Cazarré, da força-tarefa da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, que atua junto ao TRF4. No diálogo, ocorrido às vésperas do julgamento da apelação de Assad, Dalla­gnol mostra-se novamente preocupado com a possibilidade de Gebran absolver o condenado. Naquele momento, em paralelo, a força-tarefa negociava com o condenado um acordo de delação (esse acordo seria fechado em 21 de agosto de 2017). Daí a preocupação do MPF com a possibilidade de Assad ser absolvido e voltar atrás nas conversas sobre delação. No chat, Dallagnol aciona Cazarré, que fica em Porto Alegre, sede do TRF4. "Cazarré, tem como sondar se absolverão assad? (…) se for esse o caso, talvez fosse melhor pedir pra adiar agilizar o acordo ao máximo para garantir a manutenção da condenação…", escreve Dalla­gnol. "Olha Quando falei com ele, há uns 2 meses, não achei q fisse (sic) absolver… Acho difícil adiar", responde Cazarré. Na sequência, Dalla­gnol volta a citar Gebran: "Falei com ele umas duas vezes, em encontros fortuitos, e ele mostrou preocupação em relação à prova de autoria sobre Assad…". Dalla­gnol termina pedindo ao colega que não comente com Gebran o episódio do encontro fortuito "para evitar ruído". (leia a íntegra da reportagem na Veja, aberta para não-assinantes)

8 de fevereiro de 2017

Grupo Filhos do Januario 1

18:22:02 Deltan Tenho dúvidas. Tem que ver o que ele fala... pelo que Vc disse ele não falava nada... 

18:22:30 Deltan O Gebran tá fazendo o voto e acha provas de autoria fracas em relação ao Assad 

18:22:40 Deltan Pode ser uma solução para isso

 

5 Jun 17 

Chat ADIR ASSAD

00:14:25 Cazarre PRR4 Pessoal Terça trf4 julga apelação de adir, duque, vaccari etc 

00:14:40 Cazarre PRR4 Estarei na sessão e informo desdibramentos 

00:30:40 Deltan Cazarré, tem como sondar se absolverão assad? Parece que o Gebran tava tendendo a absolver... se for esse o caso, talvez fosse melhor pedir pra adiar agilizar o acordo ao máximo para garantir a manutenção da condenação... 

00:33:43 Cazarre PRR4 Olha Quando falei com ele, há uns 2 meses, não achei q fisse absolver... Acho difícil adiar. O processo está com ele desde fev/16 e nos últimos dias negou pedidos de afianento das defesas. Mas Vou ver o que descubro amanhã. 

00:37:11 Deltan Falei com ele umas duas vezes, em encontros fortuitos, e ele mostrou preocupação em relação à prova de autoria sobre Assad... 

00:37:34 Deltan Nova modalidade de investigação: encontro fortuito de desembargador  

00:37:47 Cazarre PRR4 Hahahaha 

00:38:09 Deltan Só não menciona que comentei, para evitar ruído... melhor perguntar se ele entende conveniente espeara em relação a Assad ou se sente seguro, dizendo que quer colocá-lo a par do andamento do acordo rs

A série jornalística publicada pelo Intercept e seus parceiros virou um escândalo global e expôs as relações íntimas entre poderes que deveriam ser independentes. O combate à corrupção não pode se valer de decisões no escuro que sejam, elas próprias, corrupções no sistema. As atitudes de Sergio Moro & Cia colocaram boa parte da Lava Jato em risco. A eles, e só a eles, cabe essa responsabilidade.

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Condenação sob encomenda

“Sequer perguntas nós podíamos fazer livremente às testemunhas, como assegura a lei. Nós éramos o tempo todo interrompidos, tratados de uma forma hostil, perguntas chegaram a ser indeferidas por antecipação, o que é algo que não poderia ter ocorrido. Diversas provas que pedimos foram indeferidas. Num processo desta complexidade os pedidos que fizemos de perícia foram negados. Há reconhecimento de supostos desvios e até mesmo de percentuais [de pagamento de propina] que foram estimados sem nenhuma perícia, com base apenas na palavra de alguns delatores, de planilhas feitas durante ou após processos de delação e que foram feitas de memória. Há muitos elementos que permitem concluir que essa condenação sempre esteve preestabelecida.”