Nosso BC - dos agiotas - e a crise na Europa

Com as Bolsas despencando em todo o mundo - a nossa, inclusive - por causa da crise na Europa, transformada em monstro a assustar a todos, mercado e rentistas brasileiros apressaram-se em plantar nos jornais que talvez não seja possível ao Banco Central (BC) voltar a elevar a taxa Selic nos níveis que eles pretendiam, 1% a mais já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM).

Subir a Selic - como o fizeram na reunião do COPOM nos últimos dias de abril - num momento de impasse e incertezas na Europa só podia dar nisso. Esse é o problema do fundamentalismo e do conservadorismo do BC: sua tendência a atender aos apelos do mercado que tem uma visão míope e influenciada pelos rentistas e pelos ganhos dos especuladores.

Estamos repetindo - e vivendo - a mesma situação do final de 2008, quando o BC se recusou a reduzir drasticamente os juros, mesmo frente à maior crise financeira dos últimos 100 anos. Agora, ao menor sinal de aumento conjuntural e sazonal da inflação, mesmo levando–se em conta o aquecimento da demanda, o BC deu uma “paulada” nos juros que pode se transformar em uma paulada na nossa economia, frente aos riscos de uma crise maior na Europa. Continua>>>


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