- - Ao contrário do que aconteceu no governo anterior, do qual o candidato José Serra participou, tanto como ministro do Planejamento quanto como ministro da Saúde, em que havia estagnação, desigualdade e um imenso desemprego, é absolutamente incontroverso que o Brasil cresce. Querer dizer que o Brasil não está crescendo é (coisa) daquelas pessoas que torcem contra o país. Pode ser oposição, mas não precisa torcer contra o país - disse.
- É interessante que nós, que não somos responsáveis, que não fizemos e que não temos nada a ver com isso sejamos instados a pedir desculpas. É ele (Serra) que tem de nos pedir, porque está levantando contra nós uma coisa que sabe que não foi produzida por nós. Não sei por que motivos são levantados sistematicamente contra nós esses argumentos. Acredito que é pela absoluta falta de programa que parece ser o que ocorre no campo adversário - ironizou.
- - É muito importante ter chapa. Se meu adversário não tem, não sou eu que devo fazer nenhuma análise diante disso. Eu acho fundamental. Estamos dizendo ao Brasil que vamos repetir o que o presidente fez nos últimos anos, que foi a estruturação de uma coalizão que abrange vários partidos - declarou, referindo-se à escolha do presidente do PMDB, deputado federal Michel Temer (SP) como seu vice.
- - Sempre que puder vou me aconselhar com ele (Lula). Muitos dizem que a atividade de um presidente é muito solitária. Acho que se for eleita serei uma presidente pouco solitária. Porque eu terei um (ex) presidente que, ao invés de ficar criticando pelos cantos igual certos (ex) presidentes no Brasil infelizmente fazem, eu terei um (ex) presidente pró ativo, que vai sempre procurar dar sugestões - disse.
- - Quero dizer que sou contra qualquer ilegalidade cometida pelo Movimento dos Sem Terra ou qualquer outro movimento. Acho que ninguém que governe um país, um estado ou um município pode ser complacente com a ilegalidade. Invasão de terra, invasão de campo de pesquisa, invasão de prédio público é ilegalidade. E ilegalidade não é permitido e ninguém pode permitir que ocorra - ressaltou Dilma.
- - Daqui para frente vai diminuir o espaço (para ocupações). Mesmo a gente sendo governo, ninguém controla movimento - o governo não é o movimento - eu acho que começa a diminuir o espaço para certos tipos de práticas ilegais. Se não diminuir, o estado tem que reprimir - concluiu.
Dilma na Rádio Educadora Jovem Pan de Uberlândia
Alguns trechos da entrevista:
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