Marcos coimbra
No fundo, o que ele gostaria é fazer com que as pessoas olhassem Serra e vissem um Lula. Com as mesmas origens humildes, a mesma luta contra os poderosos, o mesmo carinho com os mais pobres
Quinta feira, em rede nacional, a candidatura Serra fez uma avant-première do que será sua linha básica de comunicação na televisão e no rádio. Na verdade, do que será sua campanha propriamente dita, pois todas as demais mídias, face ao poder dos meios de comunicação de massa, são quase nada.
A oportunidade foi o programa partidário do PSDB, que, como todos que o antecederam e todos que o sucederão, de partidário só teve o nome. Quem está de acordo com a tese de que esses programas se destinam à asséptica divulgação da "doutrina" dos partidos, como consta de nossa anacrônica legislação sobre o tema, herdada da ditadura militar, terá ficado incomodado. Quem acredita que cabe aos próprios partidos estabelecer o que dizer à população, respeitados os princípios constitucionais, viu com naturalidade que fosse usado com finalidade eleitoral.
Como havia feito o PT semanas atrás com Dilma, o PSDB dedicou seu programa a promover a candidatura Serra. Seria sem sentido discutir se um foi mais eleitoral que o outro. Foram iguais, cada um à sua maneira, em função das diferenças entre os dois candidatos.
No programa tucano, pudemos ver a radicalização da proposta com que o partido pretende disputar a sucessão de Lula. Da primeira à última imagem, só Serra apareceu. A ideia da eleição como uma disputa de biografias esteve presente o tempo todo.
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