Uma questão de justiça

Como sempre digo, a verdade virá a tona. Esta semana o Ministério Público Federal (MPF) pediu o afastamento imediato e a perda dos cargos e aposentadoria de Aparecido Laertes Calandra, David dos Santos Araújo (aposentados) e Dirceu Gravina (ainda em serviço) delegados da Polícia Civi de São Paulo.

Reconhecidos por vítimas da ditadura militar que afirmam que eles atuavam com os codinomes de "Capitão Ubirajara", "Capitão Lisboa" e "JC" respectivamente, torturadores no DOI-Codi, os três são acusados de participação direta em tortura, abuso sexual, assassinatos e desaparecimentos de presos políticos.

Como vocês podem ver, uma questão justiça. A ação do MPF pede também a responsabilização pessoal, condenação à reparação por danos morais coletivos e a restituição por eles, das indenizações pagas pela União às suas vítimas. Nada mais justo em uma sociedade democrática diante de atos hediondos como os cometidos por estes torturadores identificados por suas vítimas e familiares destas.

Em tempo: justa, também, a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de reconhecer o direito à indenização retroativa - a ser paga de uma só vez e não parceladamente como estabeleceu decisão judicial anterior - à ex-primeira dama Maria Thereza Fontella Goulart pela anistia política do ex-presidente da República e seu marido, João Goulart, o Jango.


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