O governo foi muito feliz na consolidação fiscal - o corte de gastos de R$ 50 bi no orçamento/2011 - ao preservar intocados em suas verbas todos os projetos sociais e mais quatro áreas do PAC, o "Minha Casa, Minha Vida", os investimentos relacionados à Copa do Mundo de 2014 e o Programa Emergencial de Financiamento, do BNDES.
Ao anunciar, em encontro em Sergipe com governadores do Nordeste, que o Ministério do Planejamento conclui, até o fim desta semana, o detalhamento desta consolidação, a presidenta Dilma Rousseff acentuou que estas cinco áreas para ela são sagradas e estão imunes a cortes.
Como a arrecadação federal este ano deve subir R$ 20 bi e o Congresso Nacional acrescentou R$ 15 bi ao Orçamento em emendas não pactuadas e, assim, o governo não está obrigado a atendê-las, o corte efetivamente será de R$ 15 bi. E como afirmou a presidenta, sem prejuízo para as áreas estratégicas do governo.
Na comparação, encobrem a herança maldita de 2003
Por isso, evidentemente, não tem nenhum sentido, em função da consolidação fiscal, comparar o Brasil de hoje com o de 2003, quando o governo Lula assumiu aquela herança maldita dos oito anos de tucanato e foi obrigado, no 1º ano, a contingenciar cerca de R$ 14 bi.
"Lá, tinha uma taxa de inflação fora de controle, que não é o caso atualmente. Nós estamos dentro da margem estabelecida de dois pontos acima da meta inflacionária de 4,5%", comparou a chefe do governo ontem.
Ela lembrou, também, as reservas internacionais de US$ 300 bi com as quais o Brasil conta agora, nada comparável com a situação nesta área deixada pelo tucanato em 2003 (leiam análise das críticas da oposição e da mídia Aqui.
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