A postagem abaixo dedico ao amigo Laguardia, um neoliberal entreguista de 4 costados, que tem como Deus ...o tal livre mercado.
Esta controvérsia sobre o “aumenta – não aumenta” da gasolina traz à tona uma questão interessante:
- E se a Petrobras tivesse sido privatizada como foi a Vale e entregue a um administrador competente como Roger Agnelli?
Bah!, como se diz no meu Rio Grande, o preço da gasolina já estaria nas alturas, há tempos!
Os preços internacionais do petróleo chegaram ao nível mais alto dos últimos dois anos. Do início do ano para cá, o preço do barril no mercado de Londres cresceu cerca de 30% passando de 90 para 120 dólares.
O que os defensores da privatização acham que uma empresa particular estaria fazendo com os preços no mercado interno uma valorização no exterior? Manteria o preço para o consumidor brasileiro? Será que um executivo “competente” como o Sr. Agnelli já não teria sangrado o bolso da população e obtido os melhores lucros para a empresa?
E aí, aumentado assim o preço dos combustíveis o que aconteceria com a inflação, D. Miriam Leitão?
Ela diz, em sua coluna: “Isso segura a inflação, mas por outro lado cria um artificialismo no mercado. O preço não cai quando o petróleo desce, nem sobe quando acontece o contrário. Mas outros produtos que não são vendidos ao público como o nafta e querosene de aviação sobem constantemente, mostrando a hipocrisia dessa política de
preços.”
Faltou coragem de defender a volta da inflação via gasolina e de toda a cadeia de custos em que ela se envolve? Será que o “mercado” tem direito de fazer o Brasil voltar a viver a insegurança inflacionária? Será que os dogmas neoliberais são mais importante que a vida das pessoas?
Para eles, são.
Notem a perversidade com que o assunto está sendo tratado.
A Petrobrás, que está segurando no lombo, pelos seus deveres com o Brasil os preços do combusível no mercado interno é culpada de tudo, seja de não aumentar seja da possibilidade e ter de faze-lo.
Olhe os dois gráficos deste post. O primeiro mostra a evolução do preço do petróleo dos últimos meses.
As linhas dispensam qualquer explicação e as razões do aumento estão publicadas todos os dias nos jornais com notícias da crise no mundo árabe. O segundo mostra um alinhamento dos preços praticados pela Petrobras nas refinarias ao longo de 2010, mostrando o equilíbrio que a estatal manteve durante o ano passado com o preço internacional do petróleo.
Os aumentos do início do ano para cá ela está segurando no tranco. Tanto que hoje, o preço cobrado às distribuidoras – que não são monopólio estatal – está 23% abaixo do que é cobrado nos Estados Unidos, onde a gasolina também subiu, mas é sempre uma das mais baratas do mundo. Em 2009, a gasolina lá era 60% mais barata do que aqui.
Repito: O doutor Agnelli estaria segurando isso, estaria? O Bradesco iria segurar a peteca? E os japoneses da Mitsui, os investidores da bolsa de Nova York, a turma do “quero o meu primeiro” aguentaria a rebordosa de não lucrar no curto prazo e seguir investindo?
Desculpem-me por estar falando assim, mas é duro ver como o conservadorismo e sua mídia no Brasil não têm o menor compromisso com tudo aquilo que eles dizem cultuar: estabilidade econômica, liberdade de mercado, livre formação de preços.
Exploram, no mais sórdido terrorismo as declarações do presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, que não disse nada além do óbvio: que se o preço internacional do petróleo se mantiver por muito tempo nos picos que alcançou terá que haver aumento da gasolina. E nem sequer falou que esse aumento deve ser imediato, mas se o preço internacional não ceder.
A Petrobrás é uma empresa e tem, sim, de ter equilíbrio econômico.
Equilíbrio, vejam bem. Algo muito diferente de ganância, de imediatismo, de precipitação. Na crise, antes de qualquer coisa, a Vale mandou, num peteleco, três mil trabalhadores para a rua. Se tivéssemos entregue a Petrobras, não estaríamos vendo o preço da gasolina subir, estaríamos vendo-o explodir.
Entregar, como fizemos com a Vale, um setor estratégico da economia como o petróleo aos interesses privados é entregar o próprio direito do povo brasileiro a estabilidade, ao emprego, a justiça e ao desenvolvimento.
O “mercado”, porém, é um deus sem pátria e sem alma.
eu juro que não consigo entender essa questão do preço da gasolina no Brasil. Outro dia, assistindo uma reportagem do Azenha, numa série sobre a Venezuela, se eu não me engano foi dito que com apenas R$ 2,00 seria possível completar o tanque de combustível. Aqui no Brasil, para fazer esse mesmo processo, vou gastar cerca de R$ 130,00. Por mais que sejam imbutidos impostos e outras "mazelas", mesmo assim a diferença é absurda. Será que eu posso abrir uma distribuidora de combustível e importar a gasolina da Venezuela ? Pense num negócio...
ResponderExcluirO preço da gasolina no mercado interno da Venezuela é subsidiado pelo governo. O preço cobrado nas bombas não cobre nem as despesas de frete, quanto mais o custo do óleo, do refino e as margens... Tuod é pago pelo Governo. Não vou entrar no mérito se é bom ou ruim, eu acho péssimo.
ResponderExcluirSe pode montar uma distribuidora e importar gasolina da Venezuela, o mercado brasileiro é livre. Só que pagará o preço internacional pelo combustível, o frete internacional e, quando este entrar no Brasil, pagará todos os impostos que insidem sobre o produção local. Se fizer as contas, verá que esta gasolina chegará muior mais cara ao consumidor do que a produzida localmente.
Só um adendo. Esta política de subsídio à gasolian na Venezuela é muito antiga, anterior ao governo Chavez.
Não vejo nenhuma razão para achar que uma gasolina mais barata seria um benefício para o país. Muito pelo contrário. O que se faz na venezuela é puro populismo. A política de preços da gasolina aqui tem garantido que a Petrobrás seja uma empresa internacionalmente competitiva, que investe em pesquisa e desenvolvimento, e que ainda contribui de maneira substancial para os impostos. Todo mundo sai ganhando, menos aqueles que acham que sair ganhando é gastar pouco individualmente em detrimento do bem público.
ResponderExcluirÉ importante também ressaltar que dos 41% de impostos embutidos no preço da gasolina, o ICMS é um imposto que vai para os Estados (27%), e os outros é que vão para o Governo Federal (14%). Uma reforma tributária teria que levar em consideração essa depedencia de gasolina na veia dos Estados. Um abraço.
ResponderExcluirBriguilino, obrigado pelos elogios. Realmente sou entreguista. Quero tirar o Brasil das mãos destes corruptos e incompetentes e entregar a políticos que prezem a ética a honestidade e trabalhem pela justiça social.
ResponderExcluirFoi bom também você publicar este post do Brizola Neto que desnuda as contradições da esquerda brasileira.
Respondendo a pergunta e se a Petrobrás fosse administrada por Angelli? A resposta é óbvia, o custo do combustível no Brasil seria bem menor.
Vamos fazer um pequeno paralelo. Enquanto a Vale do Rio Doce é a segunda maior mineradora do mundo e dita o preço do minério que é exportado, a Petrobrás se submete aos preços da gasolina e do diesel impostos pela OPEP.
Isto porque apesar do governo lulo petista alardear aos quatro ventos que o Brasil é auto suficiente em Petróleo, isto não é verdade. O Brasil é importador e submete aos preços ditados pela OPEP.
Enquanto que a Vale cria 68.000 novos empregos diretos em dez anos, sem considerar os indiretos, a Petrobrás só faz promessas e não realiza nada.
Enquanto a Vale contribui positivamente para a balança comercial brasileira, a Petrobrás contribui negativamente.
Os preços da gasolina e do diesel em países produtores de petróleo como a Venezuela, Angola e outros, é muitas vezes menor do que os praticados no Brasil.
Como a Petrobrás é importadora, e os preços são ditados pela OPEP, se ela quiser segurar o preço dos combustíveis o contribuinte é quem terá de cobrir o rombo através de seus impostos.
HJá a Vale, como é exportadora, dita os preços do minério, tanto que agora em abril reajustou os preços do minério exportado em 20% sobre os preços praticados em 2010.
Para finalizar vamos mencionar rápidamente o caso da Embraer na China. Dilma está fazendo força para que a China compre aviões fabricados pela Embraer da China, que emprega mão de obra chinesa e não brasileira.
Por que não se fecha a fábrica na China e se exportam aviões fabricados no Brasil com mão de obra brasileira para a China?
Estas são as grandes contradições da esquerda brasileira totalmente perdida em meio as mentiras e demagogias do lulo petismo.