Lava jato: MP acusa e Moro condena baseado em convicções


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GGN - Lava jato criou expectativa sem ter provas das delações
A Folha de S. Paulo produziu um editorial afirmando que a Lava Jato tem "dificuldade prática de encontrar um desfecho à altura de toda a expectativa que criou na sociedade" porque não tem encontrado provas diretas das delações premiadas que foram vendidas na própria grande mídia como verdade absoluta.
 
"Em meio ao oceano de delações, nas quais mais de uma centena de políticos são mencionados, constata-se que a tarefa de buscar provas suficientes para definir julgamentos é mais complexa", disse Folha.
 
A prova disso, na visão do jornal, é a briga pública entre Polícia Federal e Ministério Público. Há alguns dias, uma delegada publicou em despacho da Lava Jato que a delação de Sergio Machado (que gravou Romero Jucá falando em "estancar a sangria" e no "grande acordo nacional, com o Supremo, com tudo") deveria ser anulada, pois não existem provas dos crimes denunciados.
 
O editorial é uma espécie de resposta à entrevista concedida por Sergio Moro, veiculada no último domingo (30), sobre as críticas enfrentadas pela Lava Jato.
 
O jornal rebateu a insinuação de Moro, de que a operação deve acabar sem corresponder às expectativas por culpa da inércia da classe política, que além de não fazer nada para acabar com a corrupção, tenta anistiar criminosos e criar leis que afrontam o Judiciário e o MP.
 
Sem citar o governo Dilma Rousseff ou Lula, que se gabam de ter dado independência às instituições que investigam e denunciam crimes, Folha disse que não é verdade que a classe política não tem ajudado no combate à corrupção, e mencionou a lei que permite a delação premiada como uma resposta política às manifestações de junho de 2013.
 
"Sem ambos (a lei de delações e a independência das instituições), dificilmente estaria em andamento a Operação Lava Jato que consagrou Sergio Moro", disparou a Folha.

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