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Carolina Maria de Jesus: breve reflexão sobra a vida e os desejos de mudança








"Depôis de conhecer a humanidade
suas perversidades
suas ambições
Eu fui envelhecendo
E perdendo
as ilusões
o que predomina é a
maldade
porque a bondade:
Ninguem pratica
Humanidade ambiciosa
E gananciosa
Que quer ficar rica!"

Carolina Maria de Jesus
***
Neste poema a poetisa fala da ganância e do desejo de poder que continuam movendo os moinhos reais da vida e assombrando a humanidade.
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora brasileira que permaneceu anônima até 1960, quando o seu primeiro livro, Quarto de Despejo, foi lançado.
Uma mulher negra, residente na favela do Canindé, em São Paulo, trabalhava como catadora de papéis e criava sozinha os seus três filhos. 
Retrato de Carolina de Jesus
Vida que segue

A passagem de Arthur


Começava um carnaval meio trôpego

Com a lama das minas ainda grudada em nós
Quando o pequeno Arthur
Fez sua passagem.

O carcereiro dá a notícia atroz

E sobre Lula desce um véu negro.
De todos as outras mortes nenhuma o abateu tanto.
E ela veio novamente, inexorável.
O pequeno Arthur fez sua passagem.

As outras mortes doídas as derrotas políticas, a prisão injusta. O desmonte das coisas que ele fez pelos pobres. O ódio insidioso dos fascistas deformados. De todos os revezes, nenhum outro doeu tanto. Uma criança inverte a ordem, desgraçadamente. O pequeno Arthur fez sua passagem.

Poesia da manhã


Estou pensando que a vida é maravilhosa
Que o dia está lindo
Que meus erros ainda podem ser consertados
Que a música que toca agora é aquela que lembra você
Que o relógio passa lentamente mais eu estou com pressa
Que não suporto nada frio nem morno, tem que ser quente, fervendo 
Para consumir a maldade, a hipocrisia, a falsidade...
Tô pensando que sonhar é preciso
Que amar é viver
Que você é especial
E que eu sou diferente

Todo mundo quer ser bom, mas da lua só vemos um lado 
Vida que segue...

Poesia do dia







Engole o choro
Engole sapo
Cala a boca
Veda o peito
Mas, o corpo fala, e como fala
Fala a dor de cabeça
Fala as mãos tamborilando sobre a mesa
Os pés inrequientos na cama, ou no sofá
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Vida que segue


Um dia enche

Engole o choro. 
Engole sapo. 
Cala a boca. 
Cala o peito. 
Mas o corpo fala, e como fala. 
Fala a ponta dos dedos batendo na mesa. 
Falam os pés inquietos na cama. 
Fala a dor de cabeça. 
Fala a gastrite, o refluxo, a ansiedade. 
Fala o nó na garganta atravessado. 
Fala a angústia, fala a ruga na testa. 
Fala a insônia, o sono demasiado. 
Você se cala, mas o falatório interno começa. 
As pessoas adoecem porque cultivam e guardam as coisas não digeridas dentro de seus corações. 
O normal do ser humano seria a comunicação e conseguir dizer o que está sentindo. 
Mas nem todos se habilitam para esse difícil exercício. 
Nem sempre digerimos bem aquelas pequenas coisas, como mensagens mal respondidas, as palavras que machucam... Você finge que não ouviu, engole e tudo isso vai se acumulando até que um dia enche. 
Esses pequenos fatos indigestos percorrem a garganta, entram no estômago, invadem o peito, e se deixarmos, calará nossa boca e nossa paz. 
O importante é não deixar acumular ou achar que simplesmente vai aliviar com o passar dos dias. 
O tempo até tem um papel importante, mas não resolve tudo. Tentar mostrar que tudo sempre está bem requer muita energia, o desgaste emocional é grande. 
Não dá pra engolir tudo e dizer amém! Eu sei. 
Também não dá pra cometer sincericídios por aí e sair vomitando as coisas entaladas na sua garganta. 
Mas dá para se expressar. 
Tem hora que o sentimento pede pra ser dito, entendido, decodificado, traduzido.
Tudo que ele quer é ser exorcizado pela palavra ou pela via que lhe cabe melhor. 
Expressar tranquiliza a dor. 
Dor não é pra sentir pra sempre. 
Dor é vírgula. 
Então faz uma carta, um poema, um livro. 
Canta uma música. 
Pega as sapatilhas, sapateia. 
Faz uma aquarela. 
Faz uma vida. 
Faz piada, faz texto, faz quadro, faz encontro com amigos. Faz corrida no parque. 
Fala pro seu analista, fala para Deus, para o universo... se pinta de artista. 
Conversa sozinho, papeia com seu cachorro, solta um grito pro céu, mas não se cale.

Pois “se você engolir tudo que sente, no final você se afoga”.
Fisguei do facebook de Eduardo Farias 
Vida que segue


Estou esperando, por Leônia Teixeira


Não espere de mais um sorriso
Não espere de mim mais um abraço
Não espere de mim mais poemas
Não espere de mim mais poesias
Não espere de mim mais palavras
Não espere de mim mais músicas
Não espere de mim mais esperança
Não espere de mim mais nada
Cansei de me dar
Cansei de mim entregar
Me dei demais, agora é tua vez
Agora é tua vez, estou esperando!
Leônia Teixeira

Vida que segue...

Poesia da manhã

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No meu caminho
Espinhos são pétalas que ferem
E
Mesmo sangrando
Meu mundo é um balaio de flores 

Leonia Teixeira

Amar não é pecado, por Leônia Teixeira


Me apaixono cada dia mais pela poesia que vem dos olhos teus
Pelo teu riso que encanta
Por esse corpo de deus
...
É tesão que vem do teu olhar
É música que sai da tua boca
...
Posso me cobrir de véu, me ajoelhar por horas
Mas de certo, Deus dirá que amar não é pecado
[Leônia Teixeira]

Vida que segue...


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Quadrinha


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Há quem vive nesta vida poupando tudo que tem
Preocupada em deixar, casa, carro outros ben$
Mas te digo uma verdade:
Bom mesmo é se deixar saudade no coração de alguém.
Bráulio Bessa

Vida que segue...

Não há sacanagem no amor


Faço amor normalmente, tranquilamente
Sem sacanagens, sem safadezas

Tem pessoas que se dizem liberais, falam sacanagens, safadezas etc...
Se de fato fossem liberais saberiam que não existe sacanagem no amor.

Safadeza é o que a elite faz com o povo.

Para mim toda forma de amor é normal
É normal viajar no corpo da minha mulher
É normal ter meu corpo viajado por ela
Todas carícias para mim é normal
Todas posições pra mim é normal
É normal todas fantasias

Minha mulher é a extensão do meu corpo e eu o dela
Nossos corpos suados, entrelaçados, lambuzados de prazer...

Pode ser que isso seja sacanagem para muitas pessoas, para nós não é.
Acredito que tudo que é feito com consentimento, de comum acordo, é legal, é normal.
O combinado não é caro, oraite?

Luciano L.L
Recebido por e-mail

Foto com animação
Vida que segue...

O que você vai ser quando crescer?


Quando eu era criança os mais velhos tinham a mania de perguntar:
"O que você vai ser quando crescer"? Eu respondia que seria jogador de futebol. O tempo passou, amadureci. Já não me perguntam mais. Se perguntassem eu respoderia: 
"Quero ser menino!"
Fernando Sabino

Vida que segue...

2ª Leveza dominigal




De tudo ficaram três certezas

  1. A certeza que tamos sempre começando
  2. A certeza de que é preciso sempre continuar
  3. A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar 
Então, façamos da interupção um caminho novo
Da queda, um passo a mais
Do medo, degrau de uma escada
Do sonho, uma ponte para ajudar na travesia
Da procura, o encontro.

Fernando Sabino
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***


Pescadora de sonhos, por Leonia Teixeira

Sinto o vento 
Vem as flores
Abraço as flores 
Sinto o ar
Vem o cheiro 
Vejo as cores
Sinto as cores 
Vejo o mar
Mar que canta e traz o pássaro
Pássaro que voa e me faz voar
Vou ao rio encontro peixes
Peixes me ensinam a pescar
Pesco flores e sorrisos, pesco sonhos pra sonhar!

Leônia Teixeira

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e flor







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O que mais dói



U qui mais doi naum é sofrê saudadi
Du amor quirido qui si incontra ausenti
Nem a lembransa qui o corasaum senti
Dus belus sonhus da primeira idadi
Naum é tambem a dura crueldade du falsu amigu quandu ingana a genti
Nem us martirius di uma dô latenti quando a mulesta u nossu corpu invadi
U qui mais doi e u peitu nus oprimi i nus revouta mais qui u propriu crimi
Naum é perder da pusisaum um grau
É ver us votus di um país inteiru
Desdi u praciano au camponês rocero eleger um presidenti mau
Patativa do Assaré

Vida que segue...

Poema para dormir bem


Vou me embora para Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada, lá sou amigo do rei, lá tenho a mulher que eu quero, na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada, Aqui eu năo sou feliz, Lá a existência é uma aventura de tal modo inconsequente que Joana a Louca de Espanha, Rainha e falsa demente vem a ser contraparente da nora que nunca tive

E como farei ginástica, andarei de bicicleta, montarei em burro brabo, subirei no pau-de-sebo, tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado, deito na beira do rio, mando chamar a măe-d’água, pra me contar as histórias que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar

Vou me embora para Pasárgada. Em Pasárgada tem tudo. É outra civilizaçăo, tem um processo seguro de impedir a concepçăo, tem telefone automático, tem alcalóide à vontade, tem prostitutas bonitas para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste, mas triste de năo ter jeito, quando de noite me der vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei — Terei a mulher que eu quero, na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira - do livro “Bandeira a Vida Inteira”. Rio de Janeiro: Editora Alumbramento, 1986.

*** 

***

Entardecer

A luz cintilante do sol entardecendo e a lua brilhando no céu azul ilumina teu corpo, cabelos, olhos
Reflete a beleza ímpar do sertão
Enche meu coração de alegria e felicidade
[Joel Neto]


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Quebrando tabus

Poesia negra
Negritude

***


Poesia da noite

Chorar
É tomar banho de alívio
Daqui a pouco se enxugo
Visto minha melhor roupa
E...
Sorrisos!
(Leônia Teixeira) 

***

Briguilinas

A vida não aprende a perder.
Quanto mais ela me bate, mais forte fico

Desiste Vida
Tua luta é com a morte

A felicidade está em mim!
Infelizmente o melhor que a vida nos dá é intransferível, indivizivel

Mensagem da vovó Briguilina


Na vida do pobre a bala na cara é sempre a surpresa visível
Se for pobre e preto são duas balas
Se for pobre, preto e morar na favela, são três balas
E não venha me falar em racismo
O Brasil não é racista.

O Brasil tem odio de pobre
Tem tanto odio que o pobre gênio que chegou a presidência e fez pelos seus irmãos foi espancado e criminalizado pelas irmãos.
Tudo bem? Nem um pouco.

Mas, deixa estar , ontem o odio venceu o amor.
Até quando? Até ontem.
O amor sempre vence!