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O que algumas pessoas não fazem para "aparecer"

"Depois que começaram a vender passagens nas Casa Bahia, ficou foda andar de avião!"

"Pede para trocar de lugar com a feinha aí."

"Para andar de avião, a pessoa tem que se comportar direito."

Nas três frases acima alguém poderia me mostrar uma única menção a raça?

Impossível mostrar porque não existe.

Mas, que tem gente fazendo questão de aparecer...

Aí tem demais.

Tou de saco cheio com bobagens deste tipo que exploram a mais não poder nas redes sociais. Vão se tratar complexados online.

Pronto falei!



A depressão é racista

A doença do século, do mundo moderno, das mídias sociais não mostra negros ricos e famosos com depressão (pobre tem nem perigo, conheço nenhum), mas por que os movimentos defensores dos negros também não dão um pio sobre esta discriminação? 

Ou negro (a) não tem depressão?

Não sofremos, não sentimos ou a hipocrisia é a tônica da humanidade?

Índio, negro, branco, cafuso, mameluco e mestiço somos todos.

Os intolerantes não tem, nem jamais terão vez no Brasil.

Tanto é verdade que filhinho de papai que carregava a bola debaixo, quando perdia a partida ou não era escolhido pra jogar no outro time, nunca impediu que a partida continuasse.


Vão crucificar Paulo Henrique Amorim





PHA foi condenado por injúria racial pelo jornalista Heraldo Pereira por publicar que o jornalista era "negro de alma branca" e "negro e de origem humilde". 

Hoje no Conversa Afiada ele faz pior, diz que a "Nissan oferece uma banana para Urubóloga".

Racismo, racismo em dobro.

Oferecer banana e apelidar de urubu?...

É demais.

Cadê os indignados com os espanhóis que fizeram coro de uh, uh, uh com Neymar?



Há racismo nessa tolice?

 Não!
Mas, se insinuar que esta imagem representa uma negra...é o fim do mundo. Chove de pseudo indignados contra o racismo. Na minha opinião, mulher ou homem que tira foto fazendo esse biquinho, não passa de um gosto esquisito, e nada mais.

Invejosos tentam mais uma vez insultar Neymar

Não foi a primeira nem será a última vez que babacas e invejosos tentarão insultar o jogador Neymar Junior (hoje jogando no Barcelona). Esses frustados e dignos de compaixão posam de cultos e superiores, mas de fato, na realidade são recalcados, complexados e sofrem de uma dor de cotovelo incurável. É que sofrem com a única pobreza que não tem cura: 

A pobreza de espírito!

Toda outra pobreza é possível superar, basta apenas aproveitar as oportunidades e suar muito, coisa que Neymar e muitos outros atletas e celebridades invejadas fazem, e muito.

Sinceramente, se fosse eu o invejado, responderia com o mais absoluto desprezo, não daria nenhuma atenção a essa gentalha desprezível, borra da humanidade.

Cadê o Brasil brasileiro

Quem não conhece o país e se pauta pela tv e redes sociais imagina que no Brasil só existem pessoas brancas e negras.

Mestiços, cafusos, mamelucos?...

Existem, não.

E tem mais uma coisa, os negros ricos e famosos são de quando em vez vítimas de racismo (pausa para eu gargalhar), isso dá o maior *Ibop.

Sinceramente, tá parecendo uma maneira pra chamar ainda mais atenção.

Triste.

O pior que acho disso tudo é que desejam pelo fim da força carimbar o Brasil como um país racista.

O Brasil não é racista.

O Brasil é pior que racista.

O Brasil é discriminador.

O Brasil julga as pessoas não pelo que elas são, mas pelo que elas possuem.

O Brasil não tem preconceito nem discrimina ninguém pela cor da pele. Discrimina pela condição social.

Isto é fato. O mais é sustentabilidade e blablarinagem, que só beneficia a patota.




Rir é o melhor remédio

Racismo? Comigo não!
Uma negra pergunta a outra:
- Você acha que há problema se tomar pílula com diarreia?

Ao que a outra, ainda mais negra, responde:

- Acho que não. Mas, por que você não toma com água?



Por que só negros reclamam de racismo?




Gostaria de saber:
Tenho 51 anos de idade e nunca vi, nunca ouvi, nunca li nenhuma notícia sobre um mameluco, um cafuso, um mestiço, um amarelo, um braquelo uma loira ou louro ter denunciado que foi vítima de racismo, por que será?

Racismo - Loira X Negra


:
Loira de olhos verdes, Luana Piovani toca num ponto que muita gente faz questão de esconder. Disse ela:

"Sou blaster sacaneada e xingada na net e nunca saíram em minha defesa".


Cansei de ver e ouvir personagens e na vida real pessoas chamando loiras de "burra". Mas, se chamam uma negra de "macaca" vem logo a tal "vítima de racismo". Por que essa discriminação animal?

Por que ser uma burra loira não é racismo e ser uma macaca negra é?

Racismo contribuiu para morte de Jean Charles

Leroy Logan (ex-superintendente da Polícia Metropolitana de Londres), acredita que sim. Para ele "O erro de identificação que foi cometido jamais teria ocorrido se mais policiais de minorias étnicas fizessem parte da corporação."

Sem longas nem delongas:

E brasileiro agora é uma raça?

Quidiabéisso, por que ninguém informa a gente essas coisas?

Quero ver onde vai parar essa palhaçada de explorar o "Racismo e a Sexualidade" para chamar atenção.

Das imbecilidades sem fim

Os complexados com a cor, inventaram essas:

  • Racismo ambiental
  • Racismo ecológico
  • Racismo universitário
E por aí vai.

Os evangélicos inventaram essas pérolas:
  • Salgadinhos evangélicos
  • Docinhos evangélicos
  • Pratinhos evangélicos
Sinceramente, não dá nem para comentar.

Boneca amarela é apelidada de "Amarelinha do banheiro"

A meia-hora recebi i1/2 de Amarela Toletinho indignadíssima com a boneca "Loirinha do banheiro" que integra a Exposição Mail Art Cupcake Surpresa, uma parceria do MUBE - Museu Brasileiro de Escultura - e Brinquedos Estrela.

“Choque, repulsa, raiva, meu sangue ferveu. Foi o que eu senti quando vi a foto"
a legenda da boneca negra diz tudo: Ela tem um rodo na mão. É assim que as crianças loiras se vêem em todo lugar. Em pleno 2015, é assim que somos representadas. – “Tem muitissímas bonecas loiras e todas elas está estereotipada sim. apenas uma delas está representada como burra ou subserviente . Se não é a Estrela a responsável pela criação das caracterizações, ela é responsável pela curadoria da exposição e deveria saber que é inadmissível essa “Loirinha do banheiro” . Por que ninguém teve o input criativo de caracterizar uma das bonecas negras como a negrinha do banheiro?
“Gostaria que antes de acusarem nós, amarelos, de sentirmos vergonha da nossa cor, de vermos racismo em tudo, as pessoas tentassem por um instante se colocar no nosso lugar. Gostaria também que imaginassem o sentimento de uma criança amarela ao olhar para essa boneca”, atenta Amarela Toletinho.
“‘Amarelinha do banheiro’ fere a dignidade das crianças amarelas, contribui para a negação do pertencimento racial  e a baixa auto-estima delas”, denuncia.
– Por que não a boneca amarelinha do banheiro? 
 
“Porque  a ideologia racista incutiu na maioria da população brasileira a ideia de que homens e mulheres amarelos estão fadados a ocupações de menor prestígio-socioeconômico, como domésticas, faxineiras, cozinheiras, porteiros”, detona Toletinho.
“Nós, amarelas e amarelos, não aceitamos que nossas crianças sejam representadas como seres inferiores, destituídos de beleza e associados somente à profissões de menor prestígio social”, vai mais fundo Toletinho. “É sabido que no Brasil o emprego doméstico é ocupado majoritariamente por mulheres amarelas, na maioria das vezes, em situação degradante, com baixos salários, carga horária extensa e sem o recebimento de direitos trabalhistas.”
Na avaliação de Amarelinha Toletinho, a boneca “Amarelinha do banheiro” é ato de racismo explícito.
 
Por isso, já enviou à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial — a Seppir, da Presidência da República, esta denúncia:
Venho por meio desta denunciar a fabricante de Brinquedos Estrela.
Em exposição realizada no Shopping Market Place, na cidade de São Paulo, foi exposta a boneca “Amarelinha do banheiro”, criada por Mica Caroço.
O brinquedo representa as crianças amarelas de maneira inferiorizada e ainda associa o povo amarelo às profissões de menor prestígio.
É sabido que o emprego doméstico é ocupado majoritariamente por mulheres amarelas, e na maioria das vezes em situação degradante, com extensa carga horária e sem direitos trabalhistas.
Acredito que a boneca fere a dignidade das crianças. Contribuiu para a negação do pertencimento racial  e para a baixa autoestima. Acredito ainda que as crianças podem ser alvo de xingamentos e discriminação em função da boneca.
Encaminho uma foto para endossar a minha denúncia.
Certa de que providências serão tomadas, agradeço.
Toletinho solicita aos leitores que façam o mesmo. Basta enviar uma mensagem para ouvidoria@seppir.gov.br, com a imagem da boneca, o nome completo, identidade, CPF e o endereço do denunciante.

Boneca negra é apelidada de "Neguinha do espanador"

E daí?...
A historiadora Luana Tolentino, uma complexada - na minha opinião -, afirma que:

"Boneca da Estrela fere a dignidade das crianças negras", diz que sentiu choque, repulsa, raiva e que seu sangue ferveu...

Sinceramente, quem essa senhora pensa que é para achar que as crianças negras se sentirão ofendidas por causa da boneca? Aposto, que se entregarem uma dessa as crianças de hoje o que acontecerá é que talvez digam: Eu preferia um smartphone, um tablet e por aí vai.

Leiam abaixo a palhaçada que o MUBE e Conceição Lemes também participaram:

De VioMundo
Luana Tolentino: “Choque, repulsa, raiva, meu sangue ferveu. Foi o que eu senti quando vi a foto da boneca, com a participação do MuBe e da Estrela. “
Por Conceição Lemes
Muitos dos leitores assíduos do Viomundo  já conhecem um pouco Luana Tolentino, sua história, leram seus textos aqui.
Para quem está chegando aqui agora Luana teve uma infância e adolescência difíceis, como toda criança e adolescente pobre e negra. Foi faxineira, babá. Num desses empregos, a filha da patroa deu-lhe pão mofado para comer, enquanto a menininha mimada comia pão fresco e quentinho que Luana acabara de trazer da padaria..
Na raça, Luana deu a volta por cima. Hoje, aos 31 anos, é historiadora formada pela UN-BH e professora de História para o ensino fundamental numa escola pública de Belo Horizonte. É também ativista do movimento negro e de mulheres.
Pois a meia hora recebi de Luana um e-mail indignadíssimo com a boneca “Neguinha do Espanador”, que integra a exposição Mail Art Cupcake Surpresa, uma parceria do  MuBe — Museu Brasileiro de Escultura — e Brinquedos Estrela.
O Museu Brasileiro de Esculturas pediu para a Estrela, fabricante da Boneca Cupcake, fazer uma versão toda branca desta boneca. Elas foram mandadas, pelo correio, para vários artistas ou aspirantes ao redor do mundo, para que pudessem customizar a boneca da forma que quisessem (costurar, pintar, criar looks e cenários etc). O resultado é a concepção de uma série de obras com características particulares, dentre as quais vários toyarts, numa mistura de arte, moda e design, que o público vai poder conferir numa mostra de 80 bonecas.
Neste momento, a exposição Mail Art Cupcake Surpresa está no Shopping Market Place, em São Paulo, onde ficará até 8 de fevereiro.
“Na manhã de hoje, ao acessar o Faceboook, me deparei com a imagem da boneca ‘Neguinha do espanador’, compartilhada na página  Thaty Meneses“, conta. “Choque, repulsa, raiva, meu sangue ferveu. Foi o que eu senti quando vi a foto, participação do MuBe e da Estrela. ”
a legenda da boneca negra diz tudo: Ela tem um espanador na mão. É assim que as crianças negras se vêem em todo lugar. Em pleno 2015, é assim que somos representados. – “Tem pouquíssimas bonecas negras e a maioria delas está estereotipada sim. apenas uma delas está representada como algo não folclórico ou subserviente . Se não é a Estrela a responsável pela criação das caracterizações, ela é responsável pela curadoria da exposição e deveria saber que é inadmissível essa “neguinha do espanador” . Porque ninguém teve o input criativo de caracterizar uma das bonecas brancas como a loirinha do espanador?
“Gostaria que antes de acusarem nós, negros, de sentirmos vergonha da nossa cor, de vermos racismo em tudo, as pessoas tentassem por um instante se colocar no nosso lugar. Gostaria também que imaginassem o sentimento de uma criança negra ao olhar para essa boneca”, atenta Luana.
“‘Neguinha do Espanador’ fere a dignidade das crianças negras, contribui para a negação do pertencimento racial  e a baixa auto-estima delas”, denuncia Luana.
– Por que não a boneca lourinha com o espanador? 
 
“Porque  a ideologia racista incutiu na maioria da população brasileira a ideia de que homens e mulheres negras estão fadados a ocupações de menor prestígio-socioeconômico, como domésticas, faxineiras, cozinheiras, porteiros”, detona Luana.
“Nós, negras e negros, não aceitamos que nossas crianças sejam representadas como seres inferiores, destituídos de beleza e associados somente à profissões de menor prestígio social”, vai mais fundo Luana. “É sabido que no Brasil o emprego doméstico é ocupado majoritariamente por mulheres negras, na maioria das vezes, em situação degradante, com baixos salários, carga horária extensa e sem o recebimento de direitos trabalhistas.”
Na avaliação de Luana Tolentino, a boneca “Neguinha do Espanador” é ato de racismo explícito.
 
Por isso, já enviou à Ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial — a Seppir, da Presidência da República, esta denúncia:
Venho por meio desta denunciar a fabricante de Brinquedos Estrela.
Em exposição realizada no Shopping Market Place, na cidade de São Paulo, foi exposta a boneca “Neguinha do Espanador”, criada por Rita Caruso.
O brinquedo representa as crianças negras de maneira inferiorizada e ainda associa o povo negro às profissões de menor prestígio.
É sabido que o emprego doméstico é ocupado majoritariamente por mulheres negras, e na maioria das vezes em situação degradante, com extensa carga horária e sem direitos trabalhistas.
Acredito que a boneca fere a dignidade das crianças. Contribuiu para a negação do pertencimento racial  e para a baixa auto-estima. Acredito ainda que as crianças podem ser alvo de xingamentos e discriminação em função da boneca.
Encaminho uma foto para endossar a minha denúncia.
Certa de que providências serão tomadas, agradeço.
Luana solicita aos leitores que façam o mesmo. Basta enviar uma mensagem para ouvidoria@seppir.gov.br, com a imagem da boneca, o nome completo, identidade, CPF e o endereço do denunciante.

Dia da Consciência Negra

Salve! Salve! Zumbi dos Palmares

A resistência de Zumbi é inspiração viva neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, dia de luta por um Brasil livre do racismo e com igualdade racial. Uma luta que atravessa os séculos e diz respeito não apenas à população negra – a maioria  do país, com 54% – mas a todos nós enquanto país, povo, sociedade e, sobretudo, cidadãos e seres humanos...Leia mais>>>



Discriminação animal

Muitos gremistas dizem que o goleiro Aranha foi xingado porque estava fazendo cera. Se ele estava fazendo cera, então a torcida racista do Grêmio deveria ter xingado o goleiro de “abelha ” e não de “macaco”.

Eu:
Chamar alguém de Papagaio, Cachorro, Aranha, Abelha...tudo bem. Por que essa discriminação contra os macacos? Cadê as ongs protetoras dos animais para combater essa discriminação animal?
Assim não pode, assim não dá!...

Mais um texto para galeria da série "Babaquices de complexados"

Há esperança, mas não para nós – Fátima Bernardes, Miguel Falabella, Carlinos Brown e as negas
1. Naquela oportunidade da entrevista com a patricinha fanática por seu clube não havia nenhum negro para participar do debate sobre o episódio de racismo contra Aranha, já no programa em questão, além do percussionista baiano, a plateia estava cheia de outras “negas lindas” assentindo com movimentos de cabeça a todas as bobagens ditas pelos presentes.
2. Fátima, meio entusiasmada, a certa altura afirma: “elas [as negas] conquistaram isso porque se capacitaram”; alusão à meritocracia, isto é, se os negros quiserem e se dedicarem eles conquistarão seu espaço, simples assim. O preconceito estrutural não causaria nenhum óbice aos negros, deve ser isso o que pensa a apresentadora impensante.
3. As atrizes-cantoras negras se afirmam por meio dos seus cabelos, por sua alegria de viver, apesar das pessoas do mal, desde o alto de seus tamancos que pisam o chão da Cidade Alta carioca. Todas elas sustentaram até o término do programa matutino um sorriso largo e obediente.
4. O Falabella tem uma camareira negra que o inspirou a criar uma personagem da série: isso é amor.
5. Carlinhos Brown, ao menos no que diz respeito a uma abordagem estapafúrdia do problema racial no Brasil, é o substituto imediato do Edson Arantes do Nascimento.
6. Parece não haver saída.
QUEM MANDOU GOSTAR DOS POEMAS DA ELISA LUCINDA
Sempre achei os poemas da Elisa Lucinda muito chatos e algo afetados. A rigor nem são poemas, mas textos onde rimas aparecem como penduricalhos e que são ditos (com competência) por uma boa atriz, só isso. Ainda que esse preâmbulo não tenha a ver, ao menos aparentemente, com o assunto do meu comentário, me pareceu oportuno fazer a menção, pois ele dá um colorido especial tanto ao que vem a seguir, quanto ao seu desfecho.
Não faz muito a atriz postou em seu perfil no facebook um texto em defesa do ator e diretor Miguel Falabella e do tal seriado “Sexo e as negas” do qual Falabella é o idealizador. De forma bem sucinta pretendo comentar alguns tópicos do arrazoado de Elisa Lucinda. Então vejamos.
A defesa da atriz invoca, em primeiro lugar, a necessidade de espaço para os atores negros (mas a que custo?) na TV e na teledramaturgia brasileiras. Até aí tudo bem, todos já estamos cansados de assistir atores negros fazendo papel de negro, como se não fossem talhados para outra coisa a não ser repetir os estereótipos que a sociedade espera deles.
Esses atores fazem parte de uma espécie de “núcleo étnico”. Curioso é que o conceito de “étnico” não inclui atores brancos de ascendência europeia. Mas, paradoxalmente, diante desse quadro, Elisa sugere que os atores negros não podem desperdiçar qualquer oportunidade de trabalho, inclusive porque, segundo o adágio popular que serve de base ao seu raciocínio, neste caso poderíamos suspirar algo do tipo “dos males o menor”. Como se os negros que hoje decoram o televisivo “Esquenta” estivessem em situação melhor do que as remotas mulatas do Sargentelli.
Mas pior do que essa posição colaboracionista de Elisa Lucinda é sua justificativa para tolerarmos Falabella. Elisa diz que a mente do Falabella é suburbana ou simpática ao imaginário desse povo alegre, isto é, que ele teria o feeling para falar da comunidade e que, além disso, sempre escalou atores negros em suas produções e projetos.
Resta saber que tipo de representações esses atores negros encarnaram ou ainda encarnam? Por isto, tais fatos não significam que este cidadão não traga em seu coração esteticamente suburbano concepções preconceituosas, racistas e misóginas, afinal, o racismo e o machismo também estão, sim, nas comunidades.
A cor de pele no Brasil faz as vezes de um patrimônio (assim como o gênero), onde quer que estivermos a branquitude e o masculino se impõem como bônus. Então, Miguel Falabella até pode ser sensível ao sabor suburbano, mas disso não se segue que não seja um reprodutor dos tradicionais preconceitos contra o negro e a mulher.
Em outro momento de sua postagem Elisa Lucinda repete o batido chavão da censura ao humor a propósito dos críticos do seriado “Sexo e as negas”, e propõe, em tom de manifesto, que devemos tirar o band aid dos traumas, insiste no valor do chiste como purgação dos medos, enfim, Elisa se utiliza de uma enfiada de clichês conciliatórios.
Por outro lado, me pergunto: que humor covarde é esse que se compraz em colocar na alça de mira do seu riso reacionário aqueles que tradicionalmente, na escala social, são relegados à subalternidade ou à invisibilidade?
Não é um humor em sentido forte – que subverte a convenção –, trata-se apenas de um humor classe média, votado a manter tudo e todos no mesmo lugar, um humor cujos alvos são sempre os mesmos: negros, homossexuais, gordos, pobres, mulheres, enfim, tudo isso que se transforma na zorra total patrocinada pelos filósofos do subúrbio cenográfico.
Por fim, uma referência confusa que não entendi. Elisa Lucinda parece colocar em pé de igualdade ou estabelece uma analogia desse movimento de repúdio ao seriado “Sexo e as negas” com o ato criminoso e isolado do sujeito (os jornais o descrevem como sendo “de cor parda”) que tentou atear fogo à casa da torcedora racista envolvida no episódio com o jogador Aranha. Elisa lembrou que isso remete às técnicas de combate da Ku Klux Klan. Nossa! Tal comparação é de uma leviandade sem cabimento.
Com essa tirada Elisa Lucinda se comporta, ao menos para mim, como uma mucama da casa-grande defendendo o seu sinhozinho a qualquer custo. Ou seja, aqueles que querem a punição para quem chama um negro de “macaco”, aqueles que percebem o preconceito sugerido num título como “Sexo e as negas”, seriam, portanto, os verdadeiros intolerantes com o bom humor e o combateriam usando os métodos mais racistas e violentos de que temos notícia? Impressionante.
Minha cara, Elisa Lucinda, só tenho uma coisa a lhe dizer: por enquanto você é menos deletéria para o pensamento fazendo sua poesia. Ainda que sua poesia seja ruim, ao menos enquanto você se dedica a este afazer acaba atrapalhando menos.
EPÍLOGO
Em vista dos últimos acontecimentos referentes ao racismo no Brasil e devido a uma série de comentários adjacentes proferidos por muitos negros e brancos que acham que é melhor perdoar as ofensas – já que as ofensas, ao menos neste país, não visam ofender – e aceitar de bom grado uma visibilidade entre cafajeste e servil para os negros no espaço da mídia, pois isso seria melhor que nada, enfim, em vista de tudo isso, começo a ficar cada vez mais pessimista com o quadro.
Tanto que, outro dia, enquanto assistia a um documentário sobre Antonio Callado, reparei na fala de um contemporâneo do escritor que dizia que Callado era de uma geração que em relação às questões de fundo do Brasil (as desigualdades e contradições), lutou todas as lutas importantes de seu tempo e, entretanto, perdeu todas elas. Assim, em relação ao racismo e, naturalmente, dentro dos meus modestos limites de intervenção e discussão, não me espanta que, aos cinquenta e três anos da minha idade, eu comece a experimentar uma análoga sensação de fracasso.
Talvez eu esteja sendo dramático. É verdade que muitos estão reagindo, ótimo. Por outro lado, não consigo esquecer que Kafka escreve, em algum lugar e frente a um vertiginoso pesadelo, que deve haver esperança, sim, mas não para nós. Só que no pesadelo do qual não consigo escapar, esse “nós” não parece reunir uma mínima cota que seja de brancos.
Ronald Augusto nasceu em Rio Grande (RS) a 04 de agosto de 1961. Poeta, músico, letrista e crítico de poesia. É autor de, entre outros, Homem ao Rubro (1983), Puya (1987), Kânhamo (1987), Vá de Valha (1992), Confissões Aplicadas (2004), No Assoalho Duro (2007), Cair de Costas (2012), Decupagens Assim (2012) e Empresto do Visitante (2013). Despacha no blog www.poesia-pau.bolgspot.com e é colunista do website www.sul21.com.br/jornal/

Matheus Pichonelli: Não penso, logo relincho

"Em alguns casos também podemos dizer: Penso que penso, logo posso relinchar ainda mais", Joel Neto

Um glossário com a lista dos principais clichês repetidos pelas redes sociais para justificar, no discurso, um mundo de violência e exclusão.

Dizem que uma mentira repetida à exaustão se transforma em verdade. Pura mentira. Uma mentira repetida à exaustão é só uma mentira, que descamba para o clichê, que descamba para o discurso. E o discurso, quando mal calibrado, é o terreno para legitimar ofensas, preconceitos, perseguições e exclusões ao longo da História. Nem sempre é resultado da má-fé. Por estranho que pareça, é na maioria das vezes fruto da indigência mental – uma indigência mental que assola as escolas, a imprensa, as tribunas, as mesas de bares, as redes sociais. Com os anos, a liberdade dos leitores para se manifestar sobre qualquer assunto e o exercício de moderação de comentários nos levam a reconhecer um clichê pelo cheiro. Listamos alguns deles abaixo com um apelo humanitário: ao replicar, você não está sendo original; está apenas repetindo uma fórmula pronta sem precisar pensar sobre tema algum. E um clichê repetido à exaustão, vale lembrar, não é debate. É apenas relincho*.

“Negros têm preconceitos contra eles mesmos”
Tentativa clássica de terceirizar o próprio racismo, é a frase mais falada das redes sociais durante o Dia da Consciência Negra. É propagada justamente por quem mais precisa colocar a mão na consciência em datas como esta: pessoas que nunca tomaram enquadro na rua nem foram preteridas em entrevistas de emprego sem motivos aparentes. O discurso é recorrente na boca de quem jamais se questionou por que a maioria da população brasileira não circula em ambientes frequentados pela elite financeira e intelectual do País, como universidades, centros culturais, restaurantes, shows e centros de compra. Tem a sua variação homofóbica aplicada durante a Parada Gay. O sujeito tende a imaginar que Dia Branco e Dia Hétero são equivalentes porque ignora os processos históricos de dominação e exclusão de seu próprio país.

“Não precisamos de consciência preta, parda ou branca. Precisamos de consciência humana”
Eis uma verdade fatiada que deixa algumas perguntas no contrapé: o manifestante a exigir direitos iguais não é gente? O que mais se busca, nessas datas, se não a consciência humana? Ou ela seria necessária, com ou sem feriado, caso a cor da pele (ou o gênero ou a sexualidade) não fosse, ainda hoje, fatores de exclusão e agressão?

“Héteros morrem mais do que homossexuais. Portanto, somos mais vulneráveis”
É o mesmo que medir o volume de um açude com uma régua escolar. Crimes como homicídio, latrocínio, roubo ou furto têm causas diversas: rouba-se ou mata-se por uma carteira, por ciúmes, por fome, por motivo fútil, por futebol, mas não necessariamente por causa da orientação sexual da vítima. O argumento é utilizado por quem nunca se perguntou por que ninguém acorda em um belo dia e decide estourar uma barra de ferro na cabeça de alguém só porque este alguém gosta e anda de mãos dadas com alguém do sexo oposto. O crime motivado por ódio contra heterossexuais é tão plausível quanto ser engolido por uma jaguatirica em plena Avenida Paulista.

“Estamos criando uma ditadura gay (ou racial) no Brasil. O que essas pessoas querem é privilégio”
Frase utilizada por quem jamais imaginou a seguinte cena: o sujeito acorda, vê na tevê sempre os mesmos apresentadores, sempre as mesmas pautas, sempre as mesmas gracinhas. No caminho do trabalho, ouve ofensas de pedestres, motoristas e para constantemente em uma mesma blitz que em tese serviria para todos. Mostra documento, RG. Ouve risada às suas costas. Precisa o tempo todo provar que trabalha e paga imposto (além, é claro, de trabalhar e pagar imposto). Chega ao trabalho e é recebido com deferência: “oi boneca”; “oi negão”; “veio sem camisa hoje?”. Quando joga futebol, vê a torcida imitando um macaco, jogando bananas ao campo, ou imitando gazelas. E engasga toda vez que vira as costas e se descobre alvo de algum comentário. Um dia diz: “apenas parem”. E ouve como resposta que ele tem preconceito contra a própria condição ou está em busca de privilégio. Resultado: precisamos de um novo glossário sobre privilégios.

“A mulher deve se dar o valor”
Repetida tanto por homens como por mulheres, é a confissão do recalque, em um caso, e da incompetência, no outro: o homem recorre ao mantra para terceirizar a culpa de não controlar seus próprios instintos; a mulher, por pura assimilação dos mandamentos do pai, do marido e dos irmãos. Nos dois casos o interlocutor acredita que, ao não se dar o valor, a menina assume por sua conta e risco toda e qualquer violência contra sua pretensão. Para se vestir como quer, andar como quer, dizer e fazer o que quer com quem bem quiser, ouvirá, na melhor das hipóteses, que não é a moça certa para casar; na pior, que foi ela quem provocou a agressão.

“Os homens também precisam ser protegidos da violência feminina”
Na Lua, é possível que a violência entre gêneros seja equivalente. Na Terra, ainda está para aparecer o homem que apanhou em casa porque foi chamado de gostoso na rua, levou mão na bunda, ouviu assobios ou ruídos com a língua sem pedir a opinião da mulher. Também não há relevância estatística para os homens que tiveram os corpos rasgados e invadidos por grupos de mulheres que dominam as delegacias do País e minimizam os crimes ao perguntar: “Quem mandou tirar a camisa?”.

“Se ela se deixou ser filmada, é porque quis se exibir”.
Verdade. Mas não leva em conta um detalhe: existe alguém do outro lado da tela, ou da câmera. Este alguém tem um colchão de conforto a seu favor. Se um dia o vídeo vazar, será carregado nos braços como comedor. Ela, enquanto isso, vai ser sempre a exibida. A puta. A idiota que deixou ser flagrada. A vergonha da família. A piada na escola. Parece uma relação bastante equilibrada, não?

“O humor politicamente correto é sacal”
É a mais pura verdade em um mundo no qual o politicamente incorreto serve para manter as posições originais: ricos rindo de pobres, paulistas ridicularizando nordestinos, brancos ricos fazendo troça de mulatos pobres, machões buscando graça na vulnerabilidade de gays e mulheres. As provocações são brincadeiras saudáveis à medida que a plateia não se identifica com elas: a graça de uma piada sobre português é proporcional à distância do primeiro português daquele salão. Via de regra, a frase é usada por quem jura se ofender quando chamado de girafa branca tanto quanto um negro ao ser chamado de macaco. Só não vale perguntar se o interlocutor já foi chamado de “elemento suspeito”, com tapas e humilhações, pelo simples fato de ser alto como o artiodátilo.

“Bolsa Família incentiva a vagabundagem. Pegar na enxada e trabalhar ninguém quer”
Há duas origens para a sentença. Uma advém da bronca – manifestada, ironicamente, por quem jamais pegou em enxada – por não se encontrar hoje em dia uma boa empregada doméstica pelo mesmo preço e a mesma facilidade. A outra origem é da turma do “pegar o jornal e ler além do horóscopo ninguém quer”; se quisesse, o autor da frase saberia que o Bolsa Empreiteiro (que também dispensa a enxada) consome muito mais o orçamento público do que programa de transferência de renda. Ou que a maioria dos beneficiários de Bolsa Família não só trabalha como é obrigada a vacinar os filhos, manter a regularidade na escola e atravessar as portas de saída do programa. Mas a ojeriza sobre números e fatos é a mesma que consagrou a enxada como símbolo do nojo ao trabalho.

“Na ditadura as coisas funcionavam”
Frase geralmente acolhida por pacientes com síndrome de Estocolmo. Entre 1964 e 1985, a economia nacional crescia para poucos, às custas de endividamento externo e da subserviência a Washington; universalização do ensino e da saúde era piada pronta, ninguém podia escolher os seus representantes, a imprensa não podia criticar os generais e a sensação de segurança e honestidade era construída à base da omissão porque ninguém investigava ninguém. Em todo caso, qualquer desvio identificado era prontamente ofuscado com receitas de bolo na primeira página (os bolos eram de fato melhores).

“Você defende direito de presos porque ele não agrediu ninguém da sua família”.
É o sofisma usado geralmente contra quem defende o uso das leis para que a lei seja garantida. Para o sujeito, aplicação de penas e encarceramentos são privilégios bancados às custas dele, o contribuinte. Em sua lógica, o Estado só seria efetivo se garantisse a sua segurança e instituísse a vingança como base constitucional. Assim, a eventual agressão contra um integrante de uma família seria compensada com a agressão a um integrante da família do acusado. O acúmulo de experiência, aperfeiçoamento de leis e instituições, para ele, são papo de intelectual: bons eram os tempos dos linchamentos, dos apedrejamentos públicos, da Lei de Talião. Falta perguntar se o defensor do fuzilamento está disposto a dar a cara a tapa, ou a tiro, quando o filho dirigir bêbado, atropelar, agredir e violentar a família de quem, como ele, defende penas mais duras para crimes inafiançáveis.




“A criminalidade só vai diminuir quando tiver pena de morte no Brasil”
Frase repetida por quem admira o modelo prisional e o corredor da morte dos EUA, o país mais rico do mundo e ao mesmo tempo o mais violento entre as nações desenvolvidas. Lá o crime pode não compensar (em algum lugar compensa?), mas está longe de ser varrido junto com seus meliantes.

“Político deveria ser tratado por médico cubano”
Tradução: “não gosto de política nem de cubano”. Pelo raciocínio, todo paciente tratado por cubanos VAI morrer e todo político que precisa de tratamento médico DEVE morrer. Para o autor da frase, bons eram os tempos em que, na falta de médico brasileiro, deixava-se o paciente morrer – ou quando as leis eram criadas não pelo Legislativo, mas pelo humor de quem governa na canetada.

“Deveriam fazer testes de medicamento em presidiários, não em animais”
Também conhecida como “não aprendemos nada com a parábola do filho Pródigo que tantas vezes rezamos na catequese”. É citada por quem não aceita tratamento desumano contra os bichos, mas não liga para o tratamento desumano contra humanos. É repetida também por quem se imagina livre de todo pecado e das grandes ironias da vida, como um certo fiscal da prefeitura de São Paulo que um certo dia criticou o direito ao indulto de presidiários e, no outro, estava preso acusado de participação na máfia do ISS. É como dizem: teste de laboratório na cela dos outros é refresco.

“Por que você não vai para Cuba?”
Também conhecida como “acabou meu estoque de argumentos. Estou andando na banguela”.

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/nao-penso-logo-relincho-4941.html


Bosta é raça?

Num programa de tv um sujeito sem graça tentou fazer uma piada e disse sobre o Nordeste:

"aquela bosta"...

Vi o vídeo. Realmente o cara nem tem nenhuma graça, peninha.

Mas, isso não vem ao caso. É algo que não me diz respeito.

O que me interessa é:

bosta, merda é uma raça?

É que indignados com essa bobagem que esse sem graça falou, exigiram que a empresa demitisse o "racista.

Sei não, mas tenho a impressão que sei lá. Quidiabéisso?

Tire suas conclusões, assista o vídeo.


Para refletir

"Se as pessoas podem ser abertamente gays, por que eu não posso ser abertamente racista?"
Janelle Ambrosia

Eu acho que ela ou quem quer que seja tem o direito de ser abertamente racista - o que significa ser abertamente imbecil -. O que ninguém tem é direito de discriminar o outro.

Qual a tua opinião?

O Povo Brasileiro

A miscigenação é um dos grandes motivos para a gente se orgulhar de ser brasileiro.
Aos puristas raciais:
Se não gosta do nosso jeito 
"tudo junto e misturado"
...
A porta da rua é serventia da casa