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Xeque mate


O golpe foi derrotado. 

A democracia venceu.

E por que venceu?

Porque a democracia e a liberdade são almas gêmeas, e o Povo ama a duas e não abre mão de nenhuma delas.

Quanto ao placar?

Vai depender basicamente do número de deputados que não comparecerem a votação. Quanto maior esse número, menor será a diferença entre os golpistas e os democratas. O que afirmo com convicção é que não será surpresa para mim os governistas virarem o placar.

Ah, agora me lembrei de um comentário que fiz ao post 

Michel Temer: jogando xadrez com a esfinge, de Sérgio Saraiva 


Arquivei, porque sabia que um dia iria publicar. Esse é o dia. Lê:

[Se o povo quisesse qualquer um desses quadros pintado aqui...não teria reeleito Dilma Roussef.
Portanto, é bom ao analistas políticos que se lembrem da gente (o zé povinho) quando estiverem fazendo conjecturas surrealistas. 
A realidade é que Se Dilma Rousseff (não morrer antes de 2019) ela passa a faixa presidencial a seu sucessor, escolhido por ela/Lula e apoiado pelo PT]

Foi escrito no dia 02 de Agosto de 2015

Michel Temer: jogando xadrez com a esfinge, por Sérgio Saraiva

Um jogo de xadrez com uma peça a mais, a esfinge. É nisso que se tornou a precoce sucessão do Governo Dilma.
Nesse jogo de xadrez de múltiplos competidores participando ao mesmo tempo – todos contra todos, as pedras são movidas aleatoriamente segundo o interesse de cada competidor. Michel Temer é o favorito a vencê-lo, mas a passagem para seu nome é guardada pela Esfinge. E essa esfinge tem um nome: fim da reeleição. Decifrar seu enigma ou ser devorado por ela é o dilema de cada um dos jogadores.
A “solução Temer” para o caso Dilma vem sendo aventada tal como foi a “solução Itamar Franco” para o caso Collor. Uma saída consensual que acomodaria todas as questões envolvidas na atual crise e daria o tempo necessário para que as forças políticas se reorganizassem. O impeachment de Dilma seria, portanto, a decisão mais racional.
Ledo engano.
Além de ser um golpe de difícil execução, que demandaria só para se viabilizar institucionalmente da conivência de dois terços da Câmara e do Senado além de, pelo menos, seis ministros do STF, Dilma não é Collor e Temer não é Itamar.
Dilma tem atrás de si o PT e uma forte base popular de apoio, ainda que momentaneamente silenciosa. Mas, principalmente, Temer não está na posição de Itamar, ou seja, de aceitar um mandato tampão sem ambições maiores ao término desse mandato.
A ascensão de Temer à presidência antes da definição de que fim dar ao monstrengo criado por Eduardo Cunha, a PEC do fim da reeleição, cria um candidato poderoso a sua própria reeleição. Temer chegaria ao poder com a aura do “salvador da Pátria”. O mediador íntegro e experiente, nada do que acusá-lo, no comando da máquina administrativa por mais três anos, presidente do partido mais poderoso, no momento, podendo, inclusive, manter um PT forte no governo com as coligações necessárias no Congresso. Como derrotá-lo em 2018?
Temer adiaria os planos de Alckmin para 2022. E Alckmin é o delfim da plutocracia brasileira que forma com a mídia mainstream e com setores da magistratura a verdadeira e poderosa oposição.
À possibilidade de um Michel Temer forte em 2018, muito mais interessante uma Dilma sangrando pelo restante do seu 2º mandato.
Essa é a esfinge que questiona quem está por trás das movimentações pró-impeachment. Elas são necessárias para manter o governo federal acuado. Elas não podem sair do controle. Eduardo Cunha deve ameaçar constantemente com a abertura do impeachment. Eduardo Cunha não pode iniciar o processo. Mas quem bota povo na rua e Eduardo Cunha no poder sabe que maneja uma faca sem cabo – só lâmina. Tirar Cunha do poder, talvez seja perder poder. Constrangê-lo é a melhor opção, se ele não desvairar de vez e se o PGR aceitar participar do aperto a Cunha sem lhe dar consequências finais. A esfinge tem muitas faces. Inclusive a do juiz Sergio Moro e seu véu de interesses, vaidade e ambições.
Michel Temer só interessa se não puder se reeleger. Mas o futuro da PEC do fim da reeleição está nas mãos de Renan Calheiros. Trair Temer amputando-lhe um possível segundo mandato e viabilizar o golpe do impeachment de Dilma e a eleição de Alckmin, esse é o poder e o dilema que estão postos nas mãos de Renan Calheiros, é sua esfinge. O seu possível indiciamento por Janot deveria ser olhado com cuidado por quem se interessa pelo jogo político.
Aécio joga por fora.
Seu tempo é curto. Em 2016, se perder as eleições em Minas, corre o risco se tornar insignificante fora do cenário político de Claudio-MG. Seu maior adversário, hoje, é Alckmin que já se viabilizou como o candidato do campo conservador.
Sua única esperança está depositada no STE. Na ação de abuso do poder econômico contra a chapa Dilma-Temer. Aécio espera que o STE casse Dilma e Temer e o emposse. Ou que o TSE determine a realização de novas eleições. Mas a decisão por novas eleições deveria ocorrer até o início do 2º semestre de 2016. Eduardo Cunha, se ainda for deputado, assumiria por 90 dias. Aécio teria feito Cunha presidente e concorreria à sua sucessão contra Lula. A partir de janeiro de 2017, no impedimento da chapa Dilma-Temer, o sucessor de Eduardo Cunha assumiria até o fim do mandato. Aécio também tem a sua esfinge.
O STE já mandou arquivar a ação duas vezes e reabriu o caso em função das pressões da Lava Jato.
A tese de Aécio é fragilíssima. As doações para Dilma-Temer feitas pelas empreiteiras envolvidas na Lava Jato seriam fruto de propina e as doações feitas pelas mesmas empreiteiras para Aécio seriam legais. Nada além de outro golpe cuja consecução em nada interessa às forças de apoio de Alckmin. É útil mantê-lo, no entanto, como mais uma das formas de tirar o sono do governo federal.
Por fim, a esfinge pode assumir o rosto de Lula. Não o Lula candidato, mas o Lula articulador político.
Creio ser difícil a volta do crescimento econômico no governo Dilma. Mesmo que o ambiente político melhore, a conjuntura econômica internacional não deve se resolver a tempo. O segundo governo Dilma vai, a cada dia, ficando mais parecido com o segundo governo FHC. Com o PT inviabilizado, uma derrota em 2018 é um risco que Lula não tem nenhum motivo para correr. A candidatura à sucessão de Dilma por uma chapa invertida em relação a atual – PMBD e PT, com Temer presidente e, por exemplo, Jaques Wagner vice pode ser sim a “solução Temer” de Lula.
Aliás, a declaração de FHC de que Dilma é uma pessoa honrada com certeza nada tem de senilidade. Uma pessoa honrada não deveria estar sujeita a um impeachment. Ela faz parte do jogo de morde-e-sopra de quem está tentando interpretar a esfinge antes de mover a próxima peça.

PS: para entregas em domicílio, consulte a oficina de concertos gerais e poesia.

Luís Nassif - o xadrez da segunda fase do golpe

Entra-se na semana decisiva da segunda rodada de impeachment – a primeira foi com Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Nesse momento a preocupação maior é da oposição, já que os ventos viraram e ficou mais difícil conseguir quórum para o impeachment.
Pesquisa Datafolha
As movimentações das últimas semanas promoveram o mais radical início de reaglutinação política que já presenciei, maior do que no pós-ditadura, que resultou no PT, no PSDB, mais os dois partidos anteriores, PFL e PMDB.
Certamente será a semente do novo sistema partidário que surgirá em um ponto qualquer do futuro.
O desenho que vai se firmando é o seguinte:
Esquerda – graças ao #nãovaitergolpe, reaglutinação da frente de esquerda, centrada especialmente nos movimentos sociais e na área acadêmica e intelectual, mas tendo apenas Lula, não mais o PT, como ponto de convergência. Unem-se no combate ao golpe, depois espalham-se entre partidos à esquerda e mais à esquerda. O "ser de esquerda" ganhou um significado mais amplo do que o do pós-ditadura.
Centro –apoiada principalmente por uma frente de grandes empresas paulistas, lideradas pelo Itaú e pela Natura, com o apoio pontual da Folha e de movimentos temáticos de classe média jovem. Consegue aglutinar os desiludidos com a política que não embarcaram no canto de ódio. Marina não é a liderança ideal, mas um ponto de convergência.
Direita – renascida das cinzas pela manipulação da Lava Jato e ganhando vida própria com os Bolsonaros da política alijando definitivamente o DEM e o PSDB.
PSDB –um bicho híbrido que perdeu a perspectiva de poder. Tem o Procurador Geral da República e a força tarefa da Lava Jato como pontos de apoio de Aécio Neves; os CEOs paulistas, em torno da Lide, como ponto de apoio de Alckmin; e José Serra tentando apoiar-se em Temer. E todos sob as bênçãos de FHC, que não consegue uma ideia sequer como ponto de apoio para mover o partido. Graças ao seu fenomenal tirocínio, o PSDB conseguiu o feito político de escandalizar os socialdemocratas com seus arreganhos à direita; e de espantar a direita, com seu oportunismo típico da política tradicional.
Nesse novo desenho, a última pesquisa Datafolha trouxe as seguintes conclusões e dúvidas:

Xadrez político




Disse Luis Nassif que:

"Sem acordo, ninguém leva, todos perdem e o país incendeia. Não haverá como sair um vencedor desse jogo".

Respeito a opinião do meu Cândido. Mas discordo.

Não há acordo.

Dilma governa até o dia 31 de Dezembro de 2018.

Dia 1º de Janeiro de 2019 assume a presidência do Brasil  o candidato ou candidata que o Povo eleger.

Na Democracia representativa a diferença é 1 voto.

Quem ainda não vive isso é um insensato.

Xadrez político

Jogada do dia:

Depois de encontro com Lula, o presidente do senado, Renan Calheiros (Pmdb-AL) se manifestou sobre o processo de impeachment patrocinado pela banda podre do parlamento, disse ele:

"O processo de impeachment pode ser “uma coisa normal”, mas que impedimento sem a comprovação de um crime de responsabilidade deve receber outro nome"...

Tradução:
É golpe! 


Nassif sabe mexer as pedras

...Mas não sabe jogar xadrez!
Vê o que ele escreve sobre a delação inventada de Delcídio Amaral:
Vamos ao nosso jogo de xadrez sobre o terremoto político de ontem, com a notícia sobre a suposta delação premiada do senador Delcídio do Amaral.

Peça 1 - a delação premiada de Delcídio do Amaral provavelmente é verdadeira.

Há um conjunto de indícios nessa direção.
O primeiro, a existência de um documento organizado com anexos e tudo, que se pode conferir nas imagens divulgadas. Não se trata nem de rascunho, nem de check-list.
Segundo, o fato do próprio Procurador Geral da República Rodrigo Janot ter deixado entrever, dias atrás, a existência de uma delação bomba, detalhada, que estaria em mãos de Teori Zavaski.
Também, o fato de nem Janot nem Delcídio terem desmentido a existência da delação. Janot limitou-se a desconversar e Delcídio a afirmar que não podia garantir a origem e a autenticidade dos documentos mencionados na reportagem.
Finalmente, o fato do Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo ter batido direto em Delcídio. Poderia limitar-se a rebater as denúncias. Mas a troco de quê bater em Delcídio se não houvesse segurança sobre a existência da delação?

Peça 2 - os focos de vazamento.

A estratégia dos vazadores consiste em agir quando as informações sigilosas estão em mais de um local. No caso, quem teria acesso à delação seriam fontes da PGR ou do STF (Supremo Tribunal Federal). Não passa pelo escoadouro da Lava Jato.
Por outro lado, o vazamento foi através de uma revista estreitamente ligada à Aécio Neves, mas por uma repórter próxima ao Ministro Cardozo.
Nesse eixo, cabe tudo: vazadores a serviço da oposição ou do governo.

Peça 3 - os interesses em jogo.

Aí, cabem várias hipóteses aventadas durante o dia.
Hipótese 1 - alguém interessado em aumentar o fogo do impeachment que atingirá seu auge nas próximas semanas com a ofensiva sobre Lula e as manifestações do dia 13. Essa hipótese justificaria o fato da reportagem não se referir a nenhum grão-duque do Congresso. Boa probabilidade.
Hipótese 2 – o receio de algum recuo de Delcídio. O vazamento seria a a maneira de não desperdiçar o conteúdo da delação original. Como há um conjunto muito grande de inconsistências, haveria o receio de que fosse podada, quando analisada pelo Ministro Teori Zavascki. Boa probabilidade.
Hipótese 3 - na direção oposta, a desmoralização antecipada da delação, realçando os aspectos mais vulneráveis, para anular seu impacto posterior, caso fosse endossada pelo STF. É impossível que, em mais de 400 páginas de delação, aliás, a revista ter destacado aspectos tão inconsistentes da delação. Provavelmente focou apenas nos trechos que se referiam a Lula e Dilma. Média probabilidade.
Hipótese 4 – seria uma maneira do PGR pressionar o Ministro Teori a endossar a delação. Baixa probabilidade.                 

As consequências

O vazamento nublou o impacto da aceitação da denúncia contra Eduardo Cunha pelo STF. Mas a ofensiva pelo impeachment jogará todas suas fichas nas próximas semanas com o ativismo político de sempre da Lava Jato.
De qualquer modo, o foco central do impeachment reside na fragilidade demonstrada até agora pelo governo Dilma,  pela dificuldade de concatenar uma pauta nacional mínima.
E a fraqueza maior da campanha do impeachment está na incapacidade da oposição de apresentar um rascunho de projeto de país. O grupo central pró-impeachment – Gilmar Mendes, Aécio Neves, José Serra, Michel Temer – não consegue passar a ideia de espírito público e de brasilidade.
Eh, camarada esse jogo é para feras. E ao contrário do que meu "Cândido" pensa, Dilma é uma das maiores.

Porque eu assisto o Jornal Nacional?

Essa é a pergunta que mais escuto quando estou debatendo com os/as Maria e João vão com os demais.
Sempre pergunto:
Você sabe jogar xadrez?
Noventa por cento das respostas são...Não!
Pergunto:
Você sabe jogar dama?
Noventa por cento das respostas são...Sim!
Aí, vem eles (os 90%) contra com um monte de palavrões querendo saber porque perguntei isso. É sempre assim.
Respondo: 
Dama é ejaculação precoce. 
Xadrez é "envernização"
Oraite?

O xadrez da batalha do impeachment, por Luis Nassif

- *Ah, se Nassif estivesse falando pela boca de um anjo. Não poderia acontecer algo melhor para nossa Nação que essa direita amestrada tentasse derrubar a presidente Dilma Roussef. Pena que além de lambe botas, esses merdinhas oposicionistas midiáticos são um bando de covardes. Porém, eu continuo rezando, pedindo a Deus e o diabo para que tentem - 

Leiam abaixo o artigo do jornalista :
Nos próximos meses, recrudescerá a tentativa de impeachment da presidente da República. As cartas já estão na mesa. Aliás, estão desde o julgamento da AP 470.
Em regimes democráticos, golpes não são meramente uma quartelada planejada por meia dúzia de conspiradores. Há a necessidade de, inicialmente, criar-se a mobilização da opinião pública e, depois, se cumprir rituais, formalismos, dando aparência de legalidade ao golpe, que seja convalidado por um dos dois poderes da República – o STF (Supremo Tribunal Federal) ou o Congresso.
O modelo é conhecido, do suicídio de Getúlio, à queda de Jango e de Collor.
Na América Latina pós-ditaduras, todos os golpes – de André Peres e Fernando Collor a presidentes de esquerda – começaram  com uma campanha midiática, que, exacerbando a opinião pública, convalidou o impeachment via Congresso ou Supremo.
A reação dos presidentes ajuda a reforçar a tese do contragolpe.