O partidarismo da Rolha de São Paulo

Na reportagem de manchete que fez ontem sobre os ganhos indevidos de R$ 2 bilhões de 2006 a 2012 por parte das concessionárias de rodovias paulistas, a Folha de S.Paulo fez questão de frisar que, na época da alteração que permitiu essa contabilidade, o governador era Claudio Lembo (PSD).

Até aí, tudo normal. O problema é que o tratamento é o oposto do verificado na denúncia de cartel no Metrô de São Paulo, quando o jornal escondeu que o nome de todos os governadores tucanos responsáveis pelas obras. Nesse caso, parece que não havia gestores responsáveis. Puro partidarismo.

Aliás, a reportagem sobre o gravíssimo escândalo no metrô sumiu até mesmo do próprio jornal, reforçando o partidarismo da Folha. Mas o assunto não está morto, como deseja a imprensa de direita. A revista IstoÉ fez reportagem de capa sobre o cartel e trouxe detalhes importantes sobre o caso.

Por que a Folha não identifica nas reportagens sobre o Metrô quem governava e quem eram os secretários responsáveis? A transparência exige que isso seja dito, bem como quem dirigia o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado. De que partidos eram, quem os indicou e qual foi o comportamento do PSDB na Assembleia Legislativa? E qual é a posição de deputados tucanos como Carlos Sampaio e Alberto Goldman, sempre posando de éticos?
Zé Dirceu

Quem?

Quem me dará um ombro amigo quando eu precisar ?


E se eu cair, se eu vacilar, quem vai me levantar ?

Sou eu, quem vai ouvir você quando o mundo não puder te entender.

Foi Deus, quem te escolheu pra ser o melhor amigo que eu pudesse ter. 

Rede Globo adquire direito de sonegar

Zorra Total 
Em entrevista exclusiva realizada no cenário da minissérie Anos Rebeldes, a TV Globo anunciou a aquisição dos direitos exclusivos para sonegar a vontade. "Os embates entre outros sonegadores e fiscais do Fisco serão narrados por Galvão Bueno, com comentários de Rodrigo Pimentel e Arnaldo Cesar Coelho", comunicou Ali Kamel. "Para tanto, já temos confirmadas seis cotas de patrocínio", comemorou.

O pacote comercial da emissora também oferece merchandising na novela Chamas da Vida. Escrita por Manoel Carlos, a trama se passa no Leblon durante a ação de auditores. "Regina Duarte será Helena, uma moça amedrontada que se esconde no Sushi Leblon durante um ato de fiscalização e se apaixona por um jornalista da mídia NINJA interpretado por José Mayer", antecipou o escritor.

Solidário, Luciano Huck anunciou que reformará o helicóptero de Sérgio Cabral no quadro Lata Velha. Faustão anunciou o quadro Dança dos Anonymous.

Os filhos de Roberto Marinho - Paulo Henrique Amorim afirma que eles não tem nome -, afirmaram que: 


No final da tarde, a TV Globo distribuiu um piloto para o mercado publicitário.

O ocaso de Gurgel

Próximo do fim do seu mandato, o procurador-geral da República só coleciona derrotas
por Mauricio Dias
Por decisão do Supremo Tribunal Federal, Roberto Gurgel está forçado a levantar o manto de proteção mantido em torno da gestão dele na Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão do STF resulta das insistentes negativas aos ofícios de Luiz Moreira, do Conselho Nacional do Ministério Público. Gurgel tentou bloquear o pedido no STF. Perdeu. Agora terá de explicar decisões administrativas que vão dos pregões para compra de veículos até a avaliação das coberturas indevidas do Programa de Saúde Assistencial.
É uma faxina. Não se sabe quanta poeira levantará. Isso ocorre a poucos dias do fim do reinado de Gurgel. A presidenta Dilma Rousseff, até o momento, não anunciou o substituto dele. E tudo indica que só em agosto o nome será conhecido.
Dilma não tem sido apressada nessas decisões. Foi assim com as escolhas para o STF. É assim também com a indicação do novo procurador-geral. O comportamento igual não implica, porém, motivação semelhante. O caso agora é outro.
O semestre judiciário começará de fato no dia 5 de agosto. Mesmo que a presidenta escolha de imediato o nome do substituto, o tempo entre a indicação e a sabatina no Senado irá além do dia 13, último dia de Gurgel no poder. O resultado disso é que ele não dará posse ao sucessor. É uma amarga despedida. Explicável.
Gurgel fez da PGR uma frente de judicialização da política, caracterizada por ações contra o governo e contra o PT. É o caso da peça acusatória da Ação 470, popularizada como “mensalão”, apresentada no STF com transmissão ao vivo pela televisão. O teor, preparado por Gurgel, facilitou o desempenho de alguns dos ministros da Corte: a partir dali, disseminaram pelo País o que o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos (www.ocafezinho.com) chamou de Discurso do Ódio: “Designam insultos contra indivíduos e grupos com o objetivo de provocar o ódio contra eles, e eventual violência, simplesmente porque são quem são”.
Ousado, com trânsito livre e eco forte na mídia conservadora – “de direita”, corrigiria Joaquim Barbosa –, além de amizades sólidas no Congresso, notadamente José Sarney, tentou bloquear a ascensão de Renan Calheiros à presidência do Senado. Perdeu mais uma vez. Gurgel, no ocaso, coleciona derrotas.
Ele fez esforço para barrar o retorno de Luiz Moreira ao Conselho Nacional do Ministério Público. Era uma indicação da Câmara, com aprovação de todos os líderes partidários. O bloqueio foi derrubado no Senado. O procurador-geral perdeu mais uma vez. Assim como perdeu com o veto do Senado a Vladimir Aras, indicado por Gurgel para a diretoria da Associação Nacional dos Procuradores da República.
Dilma também deixou marca no ocaso do procurador-geral.
Após as manifestações nas ruas, ela ouviu os representantes do mundo jurídico sobre o movimento: STF, TSE, OAB. A PGR (Gurgel) ficou de fora.

É assim que deve ser o Brasil

NÃO SEI O GRAU DE precisão, de acurácia dos testes que supostamente determinam as taxas de felicidade dos países. Mesmo assim, com todo o ceticismo que se possa ter sobre o tema: este vídeo impressiona. Especificamente: o que ele mostra sobre como vive um lixeiro na Dinamarca.
Casa boa, inglês bom, vida boa. Modestamente, ele diz que de zero a dez, na escala da felicidade, fica com oito.
Não olha o repórter de baixo para cima, e tampouco é arrogante ou arredio. É um cidadão completamente integrado à sociedade. Não foi barrado na vontade de treinar o time feminino de handebol da escola de suas filhas  por ser lixeiro. Recebe em sua jornada bom dia, café e tudo aquilo que faz parte da rotina de profissionais de ramos nobres.
Nos países nórdicos, como a Suécia e a Dinamarca, vigora uma cultura igualitária. Como diz o cientista social no vídeo, ninguém é melhor que ninguém, a despeito da fortuna de cada um, ou da inteligência, ou do que for.
Não são países desenvolvidos apenas socialmente.  Um estudo do Fórum Econômico Mundial mostrou mais uma vez  um notável domínio nórdico na lista dos países mais avançados em tecnologia de informação.  O primeiro e o terceiro lugares são a Suécia e a Dinamarca. Entre os países emergentes, a China e a Índia conquistaram posições em relação ao ano anterior. O Brasil ficou parado na 61.a colocação. É uma lista que se deve olhar porque  revela o capital humano das nações.

A mulher tagarela

por Adeildo Nascimento
Um pequeno tratado sobre aquela que só fala e não ouve
Meu amigo Fred achava que tinha encontrado o amor de sua vida.
Daniella, dizia ele, era perfeita.
Repórter da seção de cultura de um grande jornal. Bonita, sexualmente petulante, inteligente. Falava de Proust, de Almodóvar e de artes marciais e não recusava as fantasias de Fred. Piercing no mamilo, que ela dizia deixá-la em estado de contínua excitação, tatuagem de golfinho na virilha esquerda.
Tudo bem que Fred é uma gangorra sentimental, sempre à procura da mulher perfeita, mas sua descrição de Daniella me fez acreditar que aquela história duraria pelo menos algumas semanas.
Não durou mais que dez dias.
Quando Fred me disse por que tinha demitido uma mulher tão sensacional como Daniella, vi que ele tinha toda razão.
Daniella era a Mulher Tagarela.
Um homem suporta muitas coisas. Dor de dente congestionamento, jogadores mercenários. Pedágios que se multiplicam, Faustão e Gugu, Marta e Galvão, Big Brother e Casa dos Artistas.  Sogras, juízes de futebol, supermercados sábado pela manhã. É incrível a resistência do homem às calamidades.
O que não dá para suportar é a Mulher Tagarela.
Daniella, me disse Fred, era uma Mulher Tagarela. Seu assunto favorito, como sempre acontece nesses casos, era ela mesma. Daniella se julgava uma eterna manchete. Contava suas histórias com entusiasmo barulhento. Seus olhos se arregalavam ao falar de si própria. A voz se erguia progressivamente entre uma frase e outra como num elevador, até se transformar quase que num grito.
Não havia pausa, não havia brechas pelas quais o pobre Fred conseguisse deter o vulcão verborrágico da linda Daniella.
“Tudo bem que a mulher fale antes e depois do sexo”, disse Fred. “Mas durante fica difícil. Não estou falando de conversa sexual. Ela me contava coisas como elogio que tinha recebido do chefe, e de como tinha sido merecido. Eu já tinha caprichado nas preliminares e então para ela já estava ok.”
A Mulher Tagarela não tem limites.
Simplesmente não consegue ouvir. Depois de escassos segundos de aparente atenção, você nota em seus olhos fugidios que ela não esta ouvindo.
Seus pensamentos estão na verdade voando em torno dela mesma.
Nada do que você faz é capaz de prender o interesse da Mulher Tagarela.
Fred é um jornalista aspirante a escritor. Contou empolgado a Daniella que uma editora de livros tinha decidido publicar o seu primeiro romance.
O primeiro romance publicado de um aspirante a escritor é mais importante que o primeiro sexo ou que a primeira vez que dirige um carro.
Ela bocejou e respondeu que a professora de português dizia sempre que ela tinha a melhor redação entre todos os alunos.
Foi quando Fred desistiu.
Fred queria o básico. Nada além do básico. “Ela não precisava nem ler o manuscrito”, ele me disse. “Bastava pedir uma cópia e depois dizer que tinha achado alguns trechos legais.”
Nos poucos dias em que estiveram juntos, Fred conheceu compulsoriamente toda a história de Daniella. Detalhes em geral pouco animadores de seus namorados passados.
Johnny falhara algumas vezes. Lúcio tinha ejaculação precoce e se recusava a enfrentar a verdade e procurar um médico. Danny Boy gostava de vê-la com outro cara na cama, era um corno feliz. Edu, com certeza, não escovava os dentes. Tavito nunca tinha lido um livro, era um burro. Mundão nem sequer conseguia chupá-la com competência.
A Mulher Tagarela só tem palavras positivas para ela mesma.
Apenas uma espécie se compara a ela.

Iguatu: prefeito anuncia investimentos na Saúde

Iguatu receberá investimentos do Ministério da Saúde para implantação de dez leitos de UTI e 15 leitos de cuidados intermediários, adaptação e reforma do Hospital Regional de Iguatu, implantação da Casa da Gestante e de quatro unidades básicas de saúde.  
Prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara
Prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara
O anúncio foi feito pelo prefeito Aderilo Alcântara. “A Casa da Gestante vai humanizar o atendimento e oferecer melhor apoio às gestantes de Iguatu e da região”, disse. A unidade será construída anexa ao Hospital Regional.
        O Ministério da Saúde vai liberar cerca de R$ 7 milhões, sendo R$ 4 milhões para obras de adaptação e reforma do Hospital Regional de Iguatu. “Os recursos já estão garantidos”, assegurou Aderilo Alcântara. “Parte da verba é oriunda de emenda parlamentar do deputado federal Aníbal Gomes“, afirmou.
Nas localidades de Gameleira, Novo Iguatu, Vila Moura e Cajás, no Distrito de José de Alencar, serão construídas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
UPA
Alcântara disse que o município aguarda a conclusão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e aquisição de equipamentos por parte do governo do Estado, responsável pela construção da obra. “Temos cobrado, tanto do secretário de saúde Arruda Bastos, como do próprio governo, que a construtora possa concluir a obra, e após equipada, que entre em funcionamento o mais rápido possível”, afirmou o prefeito de Iguatu.