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Sherrasaurus
Hoje São Paulo é o lar dos políticos mais esquisitos que existem, os tucademos. Eles são políticos incompetentes , demagogos e tem o bico grande como o de um tucano.
Livre , leve e solta
Professr nota 0
Dos 214 mil professores que se submeteram à prova da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, 3.000 tiraram zero: não acertaram uma única sobre a matéria que dão ou deveriam dar em sala de aula. Apenas 111, o que é estatisticamente irrelevante, tiraram nota dez. Os números finais ainda não foram tabulados, mas recebo a informação que pelo menos metade dos professores ficaria abaixo de cinco. Essa prova tocou no coração do problema do ensino no Brasil, o resto é detalhe.
Como esperar que um aluno de um professor que tira nota ruim ou mediana possa ter bom desempenho? Impossível. Se fosse para levar a sério a educação, provas desse tipo deveriam ser periódicas em toda a rede (assim como os alunos também são submetidos a provas). Quem não passasse deveria ser afastado para receber um curso de capacitação para tentar se habilitar a voltar para a escola.
A obrigação do poder público é divulgar as listas com as notas para que os pais saibam na mão de quem estão seus filhos. Mas a culpa, vamos reconhecer, não é só do professor. O maior culpado é o poder público que oferece baixos salários e das universidades que não conseguem preparar os docentes. Para completar, os sindicatos preferem proteger a mediocridade e se recusam a apoiar medidas que valorizem o mérito.
O grande desafio brasileiro é atrair os talentos para as escolas públicas --sem isso, seremos sempre uma democracia capenga. Pelo número de professores reprovados na prova, vemos como essa meta está distante.
Gilberto Dimenstein, 52, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha Online às segundas-feiras. E-mail: palavradoleitor@uol.com.br |
Política com pê maiúsculo
Junte-se um encontro para o qual o presidente Lula convidou todos os prefeitos e prefeitas do país, a fim de estabelecer uma agenda de compromissos, com uma reunião nacional de vereadores. O resultado deve ser um Distrito Federal abarrotado de munícipes. É o que se reserva a Brasília nesse período.
O Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas é um evento inédito por meio do qual o presidente Lula vai fazer política com pê maiúsculo. Lula quer consolidar a parceria dos municípios com o governo federal, buscando o fortalecimento dos investimentos e das políticas públicas. A expectativa da Secretaria de Relações Institucionais é de que compareçam ao encontro 3,5 mil prefeitos, além de secretários e assessores.
O presidente abre o evento amanhã, quando também vai ter início o Encontro de Vereadores do Brasil. São encontros com pesos diferentes e o que os une é sobretudo a característica municipalista. Os vereadores estão empenhados em pressionar o Congresso a promulgar uma proposta de emenda à Constituição que aumenta o número de representes nas câmaras municipais.
A promulgação gorou porque o Senado aprovou a ampliação do número de vereadores mas não avalizou medidas de contenção de despesas concebidas pela Câmara. No final do ano passado, a direção desta Casa se recusou a fazer a promulgação. A atual direção da Câmara já decidiu que a matéria vinda do Senado vai recomeçar o trâmite pela Comissão de Constituição e Justiça. Isso quer dizer que a promulgação não vai sair tão cedo.
Os senadores chegam a Brasília dispostos a tudo para conquistar o comando das comissões permanentes. Apesar de a lógica ser baseada no critério da proporcionalidade, com a maior bancada fazendo a primeira escolha, acordos políticos ofenderam a regra. Em alguns casos, como o da Comissão de Relações Exteriores, a decisão vai se dar no voto em plenário. A comissão foi prometida a Fernando Collor, mas o PSDB, cujas bancadas andam fazendo política com o fígado, reivindica o posto.
O Democratas quer a Comissão de Constituição e Justiça, que presidiu nos últimos dois anos com Marco Maciel. A primeira escolha do PT é a Comissão de Serviços de Infra-Estrutura, dizem que por conta do PAC. O PMDB dissimula, deixando sempre em aberto a possibilidade de negociação, mas tudo indica que vai abocanhar a poderosa Comissão de Assuntos Econômicos. (Carlos Lopes - Santafé Idéias)
Etevaldo DiasUm Aviso aos navegantes
"O colapso da ordem liberal foi acompanhado de instabilidades financeiras, monetárias e cambiais devastadoras, transmitidas por meio dos circuitos financeiros e comerciais que articulavam as economias nacionais", afirma Luiz Gonzaga Belluzzo, professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - e presidente do Palmeiras - no artigo "Protecionismo e crise social", publicado nesse domingo (08.02) na Folha de S.Paulo.
Numa leitura que recomendo aos meus amigos leitores, o professor Belluzzo, em análise muito boa e que funciona como uma advertência, sai do liberalismo e vem para os nossos dias, para a crise atual e chama a atenção para riscos que ela encerra e que nem todos percebem.
"A crise realizou a proeza de explicitar a violência essencial que espreita a sociedade quando o indivíduo livre é lançado na liberdade desamparada. Nesse abismo sem fundo, germina a hostilidade em relação ao 'outro': primeiro as importações, depois o imigrante, o estrangeiro, para culminar na eliminação da diferença sob qualquer forma", observa Belluzzo.
Esse é um dos grandes riscos da crise, os que se aproveitam dela para "eliminar todas as diferenças e mergulhar naquilo que é absolutamente semelhante, a totalidade uterina e intolerante da massa informe e manipulável.".
Leia e envie seus comentários para analisarmos juntos essas constações e riscos apontados pelo professor Belluzzo.