Edição primorosa dos
Festa de SantoAntônio
[...] em Barbalha promove cultura popular
Na semana em que tem início a tradicional Festa de Santo Antônio de Barbalha, a cidade realiza o projeto Consciência Ambiental. Unindo a Prefeitura à sociedade civil — igrejas, empresas, clubes, hospitais e entidades de classe —, o projeto vem promovendo blitzes ecológicas nas principais vias do município, com distribuição de adesivos, panfletagem, e distribuição de sacolas sustentáveis e mudas de árvores. Quem passa pelas blitzes também recebe orientações sobre os cuidados com o meio ambiente.
Realizado pela Secretaria Municipal de Educação, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o projeto inclui a instalação de lixeiras para coletiva seletiva. A secretária de Educação e primeira-dama da cidade, Isabel Bastos, destaca a importância do projeto e sua articulação com o grande evento turístico e cultural do município, na semana que antecede o início da Festa de Santo Antônio.
Festa de Santo Antônio
Entre 28 de maio e 13 de junho, cerca de 500 mil pessoas devem participar da Festa de Santo Antônio de Barbalha, na região do Cariri. A festa, de tradição secular, une elementos sagrados e profanos e demonstra toda a riqueza da cultura popular cearense, ao contar com a participação de 90 grupos folclóricos.
As festividades começam no sábado (28) com a Noite das Solteironas. No domingo (29) acontece a procissão do Carregamento do Pau da Bandeira Santo Antônio — um mastro de 23 metros e 2,5 toneladas, transportado ao longo de nove quilômetros sob os ombros de 200 carregadores, como forma de penitência e tradição, até ser fincado no Patamar da Igreja Matriz.
O carregamento é acompanhado por uma procissão de centenas de milhares de pessoas e que atrai especialmente quem sonha com casamento.
Grupos folclóricos
Os festejos incluem o desfile de 90 grupos folclóricos, em uma grande demonstração da diversidade artística e cultural de Barbalha. De 28 de maio a 13 de junho a cidade conta com três palcos: um no Largo do Rosário, um no Marco Zero e outro no Parque da Cidade. A programação musical que se estende durante a madrugada inclui atrações de destaque local e nacional.
Os festejos religiosos, sociais e culturais, com trezenas, missas, quermesses, leilões, apresentações folclóricas, festas populares e uma vasta programação musical, se estendematé o dia 13, quando haverá celebração de missa de encerramento às 9 horas na Igreja Matriz. À tarde acontece um cortejo com o carro-andor com a imagem do santo percorrendo as principais ruas da cidade.
Patrimônio cultural
A tradição do ritual profano que introduz as festividades em homenagem ao padroeiro de Barbalha se repete desde os anos 40 do século 18. A comemoração iniciada como ato de devoção e fé tornou-se um fenômeno cultural estudado por pesquisadores e intelectuais de várias partes do mundo.
Este ano, está sendo lançado um documentário, dirigido pelo cineasta Rosemberg Cariry e produzido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que trabalha o tombamento do evento como patrimônio cultural brasileiro.
do Vermelho
Bullying
[...] é bulir com a língua portugueza
Na língua inglesa, bullying é o comportamento pelo qual uma pessoa amedronta outra, ou lhe causa dor, ferimento, constrangimento, ou outros sofrimentos, até no plano emocional.
Há tempos noto o crescente uso do termo no Brasil, em particular para descrever ocorrências nas escolas. Ele ganhou maior notoriedade depois que no Rio de Janeiro, no dia 7 de abril, houve o assassinato de 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira. O criminoso, Wellington Menezes de Oliveira, teria sofrido o bullying quando aluno da mesma escola. Pela internet soube que, manco, era chamado de suingue pelos colegas.
Da minha janela vejo periquitos a bicar e ameaçar seus colegas e outras aves. Trata-se de comportamento típico de animais, herdado por seres humanos. E, nessa condição, também sob versões além da física, como agressões verbais, apelidos constrangedores, intrigas e fofocas. Já existe também o cyberbullying, via internet, celulares e outras tecnologias digitais.
Portanto, o bullying não é novidade histórica e alcança todo o espaço onde está o ser humano. Assim, seria surpreendente se a língua portuguesa não tivesse palavras próprias para descrevê-lo. E as tem. Surpreendentemente mesmo é o desconhecimento delas, conforme revelado pelo amplo uso de bullying. Pelo que vi na internet, outras pessoas também perceberam esse desconhecimento.
Pensando no referido comportamento, recordei-me de palavras que, quando criança, ouvia para descrevê-lo. Por exemplo, em casa, na escola e na rua alguém dizia "fulano buliu comigo". Aí está o bullying, e nessa e noutras formas em dicionários da nossa língua.
O meu (Houaiss) apresenta como significados de bulir: mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. E não consta como regionalismo. Neste caso, no Nordeste tem também o significado de tirar a virgindade. Acrescente-se que nas duas línguas as palavras começam da mesma forma, mas ignoro se têm etimologia comum.
O mesmo dicionário tem também bulimento, o ato ou efeito de bulir, e bulidor, aquele que o pratica. Ou seja, temos palavras para designar tanto o sujeito (bully), como o verbo (to bully) e o ato decorrente (bullying). Acrescente-se que no desnecessário uso deste último anglicismo se fica só na referência ao ato, dificultando ou desnecessariamente estendendo textos, o que é feito não apenas corriqueiramente pela imprensa, mas também por gente importante.
Por exemplo, o filósofo e educador Gabriel Chalita, hoje deputado federal, quando vereador da capital paulista apresentou projeto de lei que "dispõe sobre ... medidas de conscientização, prevenção e combate ao bullying... (nas)... escolas públicas do Município...". No trecho que trata dos objetivos, o projeto inclui o de "orientar os agressores, por meio da pesquisa dos fatores desencadeantes de seu comportamento". Por que não usar bulimento e bulidores? Quanto à conscientização destes, é indispensável, pois muitos não percebem o mal que praticam.
A propósito, em site do governo dos EUA (www.stopbullying.gov), voltado para combate ao bulimento, uma das orientações consiste em levar bulidores efetivos ou potenciais a fazer a si mesmos esta pergunta: "Se alguém lhe fizesse a mesma coisa, você se sentiria incomodado?" O termo bulidor também se revela conveniente ao dispensar referência prévia a bullying, ou mesmo a bulimento.
O mesmo anglicismo também está onipresente em cartilha sobre o assunto lançada pelo Conselho Nacional de Justiça, com o título Bullying: Cartilha 2010 - Justiça nas Escolas, escrita pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. Aí bulidores são novamente chamados de agressores e, também, de opressores. Soube ainda que o ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, escreveu um artigo intitulado Bullying - aspectos jurídicos.
Como se percebe desses exemplos e do noticiário em geral, há muita gente bulindo com o idioma português. Se este falasse certamente reclamaria do bulimento a que é submetido.
O deputado federal Aldo Rebelo, que pontificava como grande defensor da língua pátria - esse era o nome que tinha quando comecei a estudar -, esteve nos últimos meses muito ocupado como relator do Código Florestal, na Câmara. Gostaria de vê-lo de novo na ativa a defender o português no meio ambiente onde sofre a poluição de outras línguas.
E não só quanto ao assunto desse artigo, mas também para protestar contra algo mais grave, pois reconheço que bulir e seus derivativos não são muito conhecidos e, por isso mesmo, precisam ser difundidos. Trata-se da proliferação de anglicismos claramente desnecessários, como delivery, sale, off e muitos outros estrangeirismos.
Particularmente estranháveis são os nomes dados a edifícios nos anúncios de lançamentos de imóveis. Ainda no último fim de semana havia neste jornal nomes como Still, Grand Terrace e - inacreditável! - Tasty Panamby. Se traduzido das duas línguas de onde vem, o inglês e o tupi-guarani, este último significaria Borboleta Gostosa.
Já escrevi aqui sobre o mesmo assunto (Prédios com nomes de outro mundo, 6/5/2010) e, apesar do meu apelo, ninguém me explicou convincentemente os fundamentos desse fenômeno. Enquanto isso não vem, fico com as minhas versões. É gente que não dá valor à nossa língua. Ou talvez pense que morando em prédios assim denominados estaria a viver em outro país. Os nomes também podem ser cacoetes de arquitetos e marqueteiros, mas não inconsequentes no seu bulimento com a língua portuguesa.
Bilac, que a chamou de "última flor do Lácio", certamente lamentaria vê-la reproduzida com esses e muitos mais espinhos de outras espécies.
Roberto Macedo - ECONOMISTA (UFMG, USP E HARVARD), PROFESSOR ASSOCIADO À FAAP, É CONSULTOR ECONÔMICO E DE ENSINO SUPERIOR
Jardim vertical
Uma opção para manter um pedacinho verde em sua casa
Qualquer pessoa pode ter um pedacinho verde em casa, mesmo quem não tem espaço no chão. A parede é um ótimo espaço a ser explorado com plantinhas. Há algumas opções que servem perfeitamente de base para pendurar os vasinhos.
Treliças de plástico, disponível nas cores verde e branca, e de bambu são materiais simples e baratos, mas que dão um toque diferente à parede.
Nas lojas especializadas também há uma linha vasta de produtos para a composição do jardim vertical.
Com um pouco de criatividade, dá para fazer um jardim muito bonito. Por exemplo, uma grade que saiu de uma janela ou um portãozinho servem perfeitamente para esse trabalho. Basta usar a imaginação e mãos à obra.
No vídeo, a paisagista Silvia Maretti dá dicas de como montar um jardim prático e versátil.
do JH
A massa...
Quando muitos desleais, corruptos
Avançam inconsequentes e abruptos
No bem comum que se perde, some ao ar
A miséria de outro lado grassa
A fome vem com força e amassa
De modo a nada mais restar.
E a massa vê, cansada e sofrida
Aquela mesa farta, escondida
Onde a meia dúzia se alimenta, no apogeu.
A turba, então, se entreolha magoada...
Resta à massa, amassar o nada
Aquele nada que ficou do que era seu...
do Leitor
Incoerente o Post.
Exigir Nota Fiscal é dever de todos nós independente de qualquer "premiação". Ao pedir a nota fiscal impedimos que, como no seu exemplo, o restaurante ganhedinheiro e sonegue imposto. O imposto um tributo e como tal constitui a única forma de financiamento do Estado. Se queremos Saúde, Educação, e todos os demais serviços, temos que garantir que o Estado tenha condições disto. Esse post parece encomendado por empresários sonegadores. A existência de corrupção é um câncer, mas não justifica a sonegação. Se fosse assim viveríamos na regra "olho por olho, dente por dente". Corrupção tem que ser combatida, denunciada e não estimulada. Sonegar também é uma forma de corrupção.
Exijamos Nota Fiscal SEMPRE, porque senão, as custas dos serviços do estado recairão exclusivamente sobre trabalhadores e consumidores que SEMPRE pagam seus tributos.
Abaixo à máfia dos empresários sonegadores!
por Anderson Machado
O Brasil pode ser o 3º produtor de petróleo do mundo
Nem mesmo para a primeira página dos sites do Estadão, da Folha e de O Globo foi a matéria que está destacada na capa do site da Agência Reuters, de que a “Petrobras pode quase triplicar produção em 10 anos, com o “anúncio da empresa de que produzirá mais que qualquer outra companhia petroleira listada em bolsa no mundo, prevendo elevar a produção para 6 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2020, quase o triplo dos 2,2 milhões de barris que a estatal brasileira produz hoje.
A previsão revisada para 2020 representa um aumento de 10 por cento na comparação com a estimativa anterior, que era de 5,4 milhões de barris. Desse número, cerca de 1,13 milhão de barris por dia, ou 23 por cento, era formado por e gás natural, de acordo com o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa.
Segundo ele, a estimativa tem como base, principalmente, a adição de novos ativos em águas profundas e áreas de exploração próximas ao Rio de Janeiro e a São Paulo.
Com isso , o Brasil vai se equiparar aos Estados Unidos como terceiro maior produtor, após a Rússia e a Arábia Saudita. A Petrobras, com esse volume, hoje ultrapassaria a atual líder de produção, que é a ExxonMobil, com produção de 4,4 milhões de barris petróleo e gás por dia no ano passado.
Mas isso não é notícia, não é? O Brasil que cresce não vai para o Jornal Nacional. Não há sequer uma foto como esta, quando Dilma Rousseff participou do batismo da P-56, uma plataforma gigante com 73% de nacionalização de seus equipamentos.
do Tijolaço
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