Crônica de Luis Fernando Verissimo


Saudade do Ted Boy Marino

Alguma coisa aconteceu no coração do Brasil quando acabaram com as lutas de “catch”. Elas eram um sucesso na TV e seus astros viajavam em caravanas pelo país, apresentando-se em ginásios e circos. As lutas não eram lutas, eram teatro. Não eram exatamente combinadas, mas seguiam um roteiro estabelecido e havia um acordo tácito de que ninguém sairia do ringue machucado, mesmo que saísse arremessado.

O roteiro básico não variava: era os bons contra os maus, e os bons sempre ganhavam. Ou só perdiam quando o adversário traiçoeiro recorria a um golpe especialmente baixo, sob uivos de raiva da plateia. E a reação da plateia fazia parte do teatro. Havia uma suspensão voluntária de descrença, e todos torciam pelo Bem contra o Mal — ou pelo bonito contra o feio, o esbelto contra a barrigudo, o correto contra o falso — com um fervor que não excluía a consciência de que era tudo encenação.
Era fácil distinguir os bons e os maus. Os bons eram atletas como o Ted Boy Marino, caráter tão irretocável quanto os seus cabelos loiros, que lutava limpo. Os maus tinham nomes como Verdugo e Rasputin, e comportamento correspondente ao nome. Lembro de um Homem Montanha, que mais de uma vez derrubou o juiz junto com o adversário. E não havia um Tigre Paraguaio?
Os bons geralmente começavam apanhando e, quando parecia que estavam liquidados e que o Mal triunfaria, vinha a eletrizante reação, durante a qual o inimigo pagava por todas as suas maldades. Humilhação e vingança, nada na história do teatro é tão antigo e tão eficaz. Nove entre dez novelas de televisão têm o mesmo enredo.
Não sei se ainda fazem espetáculos de “catch” pelo interior do país. Hoje na TV o que se vê é o “ultimate fighting”, ou “mixed martial arts”, dois lutadores simbolizando nada trocando socos e pontapés sem simulação, quando não se engalfinham no chão como um bicho de duas costas e oito patas em convulsão.
Nessas lutas não vale, exatamente, tudo — parece que esgoelar o outro e xingar a mãe não pode. Mas é o “catch” despido da fantasia, com sangue de verdade. Não há mais mocinho e vilão, apenas duas máquinas de brigar, brigando.
Nem Ted Boy Marino nem Homem Montanha, apenas a violência em estado puro. Sei não, acho que empobrecemos.

Rio + 20 trará resultados reais para o planeta

 A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou hoje (26), em Porto Alegre (RS), que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, que acontece em junho no Brasil, trará resultados reais para a questão ambiental no planeta. E adiantou que o debate central da Conferência será em torno da proposição de uma agenda de desenvolvimento sustentável que resulte na ampliação de empregos, redução da pobreza e equilíbrio econômico.

"Temos que buscar o entendimento concreto sobre a economia verde e os vários caminhos que esse tema nos oferece. Economia verde tem que gerar emprego, tem que permitir incentivo à inovação tecnológica, tem que ter reais compromissos sobre o que significa desenvolvimento sustentável."

Em conversa com o Blog do Planalto, a ministra frisou que pela primeira vez a sociedade civil participará diretamente de uma conferência de chefes de Estado organizada pelas Nações Unidas.

Ela defendeu o papel dos movimentos sociais no debate sobre crescimento e sustentabilidade, e afirmou que o Fórum Social Temático, realizado esta semana em quatro cidades do Rio Grande do Sul, é oportunidade única para a consolidação de um conceito de desenvolvimento que englobe os anseios da sociedade e a visão governamental.

Izabella Teixeira também ressaltou que a atual crise financeira enfrentada, sobretudo, pelos países desenvolvidos reforça a ideia que o modelo econômico atual não é sustentável. Ela lembrou do protagonismo dos países em desenvolvimento na adoção de medidas de resistência à crise e destacou a atuação do Brasil na proposição de uma nova ordem econômica, centrada no fortalecimento do mercado interno e em medidas de ampliação do emprego, inclusão social e respeito ao meio ambiente.

"A sustentabilidade ambiental passa, sim, cada vez mais, a ser uma pré-condição, uma condicionante para a promoção de políticas públicas, e é isso que o Brasil vai debater e vai buscar com todos os líderes. Temos a esperança de um mundo renovado, de um mundo inclusivo, de um mundo em paz, de um mundo que leva certamente ao crescimento, à igualdade e à conservação do meio ambiente".

A ministra Izabella Teixeira está na capital gaúcha para participar de atividades do Fórum Social Temático. Nesta tarde, ela acompanha a presidenta Dilma Rousseff, que participará de reunião com o Comitê Internacional do Fórum e do Diálogo entre Sociedade Civil e Governo.



Fernando Haddad é o símbolo maior da parceria Lula-Dilma


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Difícil dizer quem estava mais feliz na festa em que se transformou a troca de ministros no Palácio do Planalto na terça-feira: se o criador Lula, a criatura Dilma ou Fernando Haddad, o símbolo da bem sucedida parceria entre o ex-presidente e a presidente, lançado candidato a prefeito de São Paulo.
A cerimônia marcou a emocionante volta de Lula à cena política, depois de quase três meses recluso para tratar de um câncer na laringe, e mostrou que errou feio quem apostou em jogar um contra o outro para enfraquecer o governo e apagar a imagem do ex-presidente, que deixou o governo com mais de 80% de aprovação.
Dilma, que foi recepcionar Lula na garagem do Planalto, estava feliz em reencontrar o velho amigo, ainda comemorando os 59% de aprovação registrados pelo último Datafolha, um recorde em primeiro ano de governo desde que a pesquisa é feita.
E Lula não poderia ter escolhido momento melhor para voltar ao palácio. De terno e chapéu pretos, levou um tempão para subir ao gabinete presidencial do terceiro andar, que foi seu por longos oito anos, parado todo o momento para dar autógrafos, receber um abraço ou tirar fotos.
Foi uma choradeira geral, como disse Dilma em seu discurso de improviso. Quando os dois desceram a rampa que leva ao Salão Nobre no segundo andar, foi a consagração da parceria Lula-Dilma e de uma política de governo que deu certo. Foi bonito.
Fernando Haddad, levado por Lula para o Ministério da Educação e mantido por Dilma, deixou o cargo depois de sete anos para Aloizio Mercadante, outro velho amigo e parceiro do ex-presidente desde a fundação do PT.
Depois da cerimônia, Lula e Dilma ainda conversaram por mais de uma hora no gabinete presidencial, certamente acertando os ponteiros para a campanha que agora começa para valer.
Lula só deverá ter alta em março, mas desde já está assumindo o comando da campanha de Haddad, um candidato que nunca havia disputado uma eleição, assim como Dilma.
Vencer a eleição na cidade de São Paulo transformou-se no principal desafio para Lula neste momento. Político movido a desafios desde que nos conhecemos no ABC paulista faz mais de trinta anos, Lula quer conquistar a capital com Haddad para reunir forças e entrar forte na disputa pelo governo do Estado em 2014 _ último reduto tucano onde o PT nunca venceu uma eleição.
Para esta tarefa já está sendo preparado o ministro da Saúde Alexandre Padilha, outra cria nova do PT paulista que cresce sob as bênçãos de Lula e Dilma.
Na última década, praticamente só Marta Suplicy e Mercadante disputaram todas as eleições pelo PT em São Paulo, tanto na cidade como no Estado. Agora, chegou a vez da nova geração e a candidatura de Fernando Haddad é o símbolo destes novos tempos.
A festa só não foi completa porque Marta Suplicy, magoada por não conseguir ser candidata de novo, fez questão de não aparecer. Sua participação é importante na campanha de Haddad, mas se ela continuar fazendo biquinho vai acabar isolada no partido. Ganha o que com isso? Faltou grandeza à ex-prefeita, que tem mais sete anos de mandato no Senado pela frente.
Com os tucanos se bicando no poleiro, sem um adversário forte até o momento e tendo o apoio vigoroso de Lula e Dilma, o ex-ministro da Educação entra forte na campanha. Só falta conquistar o apoio do PT velho de guerra, o único que pode derrotá-lo.

um primor de texto escrito por Ricardo Kotscho no seu Balaio

Curso: Especialização para blogueiros

1ª Aula:
Sabe como manter o suspense de uma postagem durante 24 horas?...Amanhã eu conto!

Como se chama?

[...] um homem inteligente, bonito, sensível e disponível?
Lenda!!!
pinçado de Tati Bernad

Como se chama?

[...] um homem inteligente, bonito, sensível e disponível?
Lenda!!!
pinçado de Tati Bernad

Assim caminha o judiciário brasileiro

Muitos dos seus mais graduados membros [ juízes, desembargadores e funcionários graduados ] enchendo os bolsos, desfrutando de regalias de fazer inveja a marajás. Caminham de cabeças erguidas, arrotando soberba, planando acima do bem e do mal, imune aos julgamentos de nos povo [ simples mortais ]. Julgam-se intocáveis.  

Aplicam suas sentenças cegas, surdas e mudas a sociedade como tivessem recebido dos céus uma iluminação. Porém, sabemos que na verdade eles enxergam bem demais. Além de enxergarem, escutam e sentem cheiro de dinheiro e poder a léguas de distância.

Hoje no Brasil a faxina mais urgente, mais que premente deve ser feita nas tocas, cavernas, subterrâneos dos palácios do judiciário.

Ou acabamos com a corja de toga ou eles acabam com a ideia o ideal de justiça que ainda nos resta.

Fim a imunidade, a impunidade que desfruta o poder judiciário, já [ontem]!