Todos contra hum
O servilismo dos penas paga do Pig
Estou pensando
Poesia da noite
Alguém escreveu:
"Viver é melhor que sonhar"...
por isso decidir que vou viver !
Sonhos deixo pra quem não gosta da vida.
Leônia TeixeiraExiste somente uma idade para a gente ser feliz,
somente uma época na vida de cada pessoa
em que é possível sonhar e fazer planos
e ter energia bastante para realizá-las
a despeito de todas as dificuldades e obstáculos.
Uma só idade para a gente se encantar com a vida e viver apaixonadamente
e desfrutar tudo com toda intensidade
sem medo, nem culpa de sentir prazer.
Fase dourada em que a gente pode criar
e recriar a vida,
a nossa própria imagem e semelhança
e vestir-se com todas as cores
e experimentar todos os sabores
e entregar-se a todos os amores
sem preconceito nem pudor.
Tempo de entusiasmo e coragem
em que todo o desafio é mais um convite à luta
que a gente enfrenta com toda disposição
de tentar algo NOVO, de NOVO e de NOVO,
e quantas vezes for preciso.
Essa idade tão fugaz na vida da gente
chama-se PRESENTE
e tem a duração do instante que passa.
Mário Quintana
STF condena metáforas
de Djavan. Deles pode!
Por oito votos a três, o Supremo Tribunal Federal julgou incompreensíveis as metáforas compostas por Djavan. "Aos poucos, essa egrégia Corte está prestando contas de suas dívidas históricas com o povo brasileiro. Em recurso definitivo, julgamos incompreensíveis os versos 'Açaí, guardiã / Zum de besouro um imã / Branca é a tez da manhã'", disse o presidente Ayres Britto, ele próprio autor de seus versinhos.
Destacados dos demais mortais pela linguagem de alto teor poético e pela profusão de malabarismos sintáticos, os ministros do Supremo reconheceram, embora deveras frustrados, que são incapazes de desvendar metáforas como "Raio se libertou / Clareou / Muito mais / Se encantou / Pela cor lilás".
"Data vênia, que raios significa isso: 'A luz de um grande prazer é irremediável neon / Quando o grito do prazer açoitar o ar, reveillon'", indagou o ministro Celso de Mello.
Djavan foi absolvido da responsabilidade de ter legado Jorge Vercillo ao mundo
Como punição, a ministra Rosa Weber sugeriu que o compositor fosse condenado a aprender japonês em braile para ensinar às crianças carentes. No final do dia, o Supremo apertou a pena: "A obra de Djavan deverá ser relida por Pedro Bial", sentenciou Gilmar Mendes.
Em sua coluna no jornal O Globo, Caetano Veloso reagiu indignado: "Precisamos djavanear o STF". E concluiu, de maneira cristalina: "A vida é oca / como a touca / De um bebê sem cabeça". Depois riu à beça.