No final do ano Nassiff escreveu um post em seu Blog, “Para entender o jogo da Economia (http://goo.gl/EULAV).
Nele, procurou explicar os seguintes pontos:
- A lógica das mudanças econômicas, com as mudanças radicais em curso, redução de juros, melhoria do câmbio, estímulos ao crédito e investimento, ênfase nas obras de infraestrutura etc.
- Existe um período de adaptação das empresas ao novo quadro econômico, em que os resultados demorar para aparecer.
- Mudanças radicais não se processam com todos os problemas previamente equacionados. Coloca-se o barco para navegar e vão se corrigindo os problemas à medida em que surgem. O importante é não perder os fundamentos da economia.
- Finalmente mostrava a enorme dificuldade da Fazenda em explicar o todo. E que isso abriria campo para toda sorte de explorações, dos grupos que perderam com o fim da farra de juros e câmbio aos grupos que usam a economia para disputas políticas etc.
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Ontem foi a vez de se instalar o terrorismo nas contas públicas.
Contabilidade pública é matéria complexa, que dá margem a toda sorte de interpretações especialmente junto ao público leigo.
Mas há uma prova do pudim de fácil avaliação: a relação dívida líquida/PIB do país. Quando as contas públicas estão descontroladas, a relação aumenta; quando sob controle, a relação diminui.
No final de novembro, a dívida líquida representava 35,4% do PIB, contra 36,4% do final de 2011. Já esteve em mais de 50%.
É um feito expressivo, ainda mais levando-se em conta o baixíssimo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e as isenções tributárias.
O restante é a chamada masturbação da contabilidade.