Veja perde de 7 a 0 no TSE e irá reparar dano ao PT

Revista foi condenada a publicar direito de resposta em decisão tomada na noite da quinta-feira 25, no Tribunal Superior Eleitoral; reportagem dizia respeito a suposta chantagem, paga em dólar, para que dirigentes do partido, incluindo o ex-presidente Lula, não fossem arrastados para a Operação Lava-Jato; derrota da revista da Marginal Pinheiros foi acachapante; contou com parecer favorável do procurador-geral Rodrigo Janot, os votos de três ministros do Supremo Tribunal Federal (Dias Toffoli, Teori Zavascki e Rosa Weber), além dos outros quatro integrantes do tribunal; "Não está em jogo a liberdade de expressão, mas sim o direito de resposta", ressaltou Toffoli; Veja tem histórico de derrotas na Justiça


247 - Foi pior do que Brasil e Alemanha na Copa do Mundo. Por sete votos a zero, a revista Veja foi condenada, nesta noite, a reparar o dano causado ao Partido dos Trabalhadores por uma reportagem publicada há duas semanas.
No texto "O PT sob chantagem", Veja acusava lideranças do PT, incluindo o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho, de terem sido submetidos a uma chantagem para que não fossem arrastados para o escândalo da Petrobras. Segundo a revista da Marginal Pinheiros, o PT teria pago US$ 6 milhões, em dólar, ao financista Enivaldo Quadrado para que os nomes de seus dirigentes não fossem envolvidos no caso.
Como a reportagem não apresentava qualquer prova ou indício da denúncia que fazia, o PT representou contra a publicação no Tribunal Superior Eleitoral. Além de contar com parecer favorável do procurador-geral Rodrigo Janot, a posição do relator Admar Gonzaga foi acompanhada pelos outros seis ministros do TSE – entre eles, três representantes do Superior Tribunal Federal: Dias Toffoli, Teori Zavascki e Rosa Weber.
O direito de resposta, de uma página, deverá ser publicado nesta ou na próxima edição de Veja – a depender da intimação dos dirigentes da editora, hoje conduzida por Giancarlo Civita e Fabio Barbosa. "Não se discute aqui qualquer restrição à liberdade de imprensa, mas apenas o direito de resposta", enfatizou Dias Toffoli.
Com a decisão desta quinta-feira, crimes de imprensa – que se tornam mais comuns em períodos eleitorais – começam a ser punidos.

Charge do dia

Garganta de ouro
Que desse garganta valiosa saia os nomes de todos os ladrões do nosso suado dinheirinho.
De todos, sem exceção.
Dos corrompidos e também - principalmente, poderiamos dizer - dos corruptores.

Josias de Souza: Para Janot, Lava Jato forçará a reforma política

O procurador-geral da República Rodrigo Janot avalia que a Operação Lava Jato funcionará como um marco redentor no país. Sem revelar detalhes sobre as fraudes e roubalheiras já detectadas na Petrobras, ele disse a um grupo de parlamentares que as ações penais que estão por vir terão como subproduto inexorável a reforma do sistema político-eleitoral. O Congresso será compelido a fazer por pressão o que não faz por opção.
Janot prepara o relatório que enviará ao ministro Teori Zavascki, do STF, recomendando a homologação do acordo de delação premiada com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Acomodados em 68 folhas, os depoimentos do delator chegaram às mãos do procurador-geral na última segunda-feira. Quem conhece o teor diz ser devastador. Expõe as entranhas do esquema de corrupção montado na maior estatal brasileira.
O que já era assombroso ficou ainda mais aterrador a partir da decisão do doleiro Alberto Youssef de se tornar, também ele, um colaborador premiado. No primeiro contato que manteve com membros da força-tarefa da Lava Jato, Youssef revelou-se disposto a preencher as lacunas do quebra-cabeça montado a partir das revelações de Paulo Roberto. No momento, o doleiro e a Procuradoria tentam chegar a um acordo sobre o tempo de permanência de Youssef na cadeia. Disso depende a delação.
Na expressão de um advogado envolvido no caso, Paulo Roberto faz parte do tronco do escândalo. Youssef é a raiz. Nessa versão, o ex-diretor da Petrobras entregou aos investigadores um lote de dinamites. O doleiro dispõe dos fósforos que acendem os pavios. Youssef quer abrir o baú de segredos porque percebeu que virara um boi de piranha, aquele bicho que é empurrado no rio para ser comido, enquanto o resto da boiada passa.
Yossef dobrou os joelhos num instante em que a higidez da Lava Jato corria riscos no Superior Tribunal de Justiça. O doleiro havia contratado o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para representá-lo nos tribunais superiores de Brasília. O doutor estava convencido de que obteria uma liminar favorável à suspensão de todos os inquéritos abertos a partir da operação da PF. Porém, aderindo à delação, Youssef tem de abdicar dos recursos judiciais que movia.
“Nós tínhamos um acordo”, contou Kakay. “Se o Alberto Youssef decidisse fazer a delação, mandaria me avisar em primeiro lugar. Foi o que ele fez. Foi muito correto comigo. E eu deixei a causa. Não quero julgá-lo. As pressões são muito grandes, inclusive familiares.. Mas algo me deixa muito contrariado como advogado e até como cidadão.”
Como assim? “É que a tese principal que nós levamos ao STJ dizia respeito à suspeição do juiz Sérgio Moro” [responsável pela Lava Jato]. O magistrado havia se declarado impedido de cuidar de um inquérito em que o Alberto Youssef é mencionado. Alegou razões de ‘foro íntimo’.''
E daí? “Toda a jurisprudência, sem exceção, diz que, a partir do momento que um juiz declina de julgar um processo alegando foro íntimo, ele nunca mais pode julgar nada em relação ao mesmo acusado. Isso parece obvio. Mas, infelizmente, com a delação, não será apreciado.”
O que dizia a petição protocolada no STJ? “Tínhamos requerido uma liminar para paralisar a Operação Lava Jato, com a consequente soltura dos réus. A chance de prevalecermos era fortíssima. Toda a jurisprudência é favorável.”
Para desassossego de Kakay e dos encrencados da Petrobras, Youssef optou pela delação num instante em que se discutia no STJ, há dez dias, quem seria o relator do caso. A República treme de expectativa. O pior é que a curiosidade generalizada só deve ser saciada bem depois do segundo turno das eleições de 2014.

Briguilinks do dia passado a limpo

O que dinheiro não faz?

Jênios que ganham para escrever nas mídias familiares escrevem essas jenialidades transversaliqualitibrancadêmicas:

“Podem anotar. Marina Silva vai surpreender.” O alerta vinha do Blog do Noblat, artigo “Marina com fé”, postado em 18 de maio de 2010. Ainda não havia massa crítica para a candidata ter 30% das intenções de votos. Mesmo assim, ela levou a eleição para o segundo turno. Surpreendeu.
Assustara um montão de gente que nunca se interessara por sua história de vida e por sua carreira de ex-ministra do Meio Ambiente. Que tampouco atentara para os que nela apostavam o sonho (por que não?) de um futuro melhor.
Em 20 de julho de 2010, artigo “Terceiro elemento”, o blog reflete a reação à candidatura que se apresentava como a terceira via brasileira; queriam rotular Marina como uma “pobre coitadinha ingênua”, despreparada para enfrentar o mundo real. Era o jogo.
Então, debochavam os adversários, ela que fizesse lá o seu discurso combinando mudanças climáticas com desenvolvimento sustentável, transporte com mobilidade urbana, tecnologia com estabilidade econômica; e evidenciasse a importância da educação de qualidade para gerar oportunidades...
Em 21 de setembro de 2010, artigo “Duas mulheres”, o blog imagina a hipótese de duas mulheres disputando pela primeira vez a presidência do Brasil: Dilma e Marina. Serra era o favorito para o segundo tempo contra a escolhida de Lula. Porém, havia incertezas e apreensão no ar.
Apesar das pesquisas, “não dá para exterminar a possibilidade de um imprevisto”, diz o artigo. Daquela vez não houve imprevisto.
A Marina de 2010 já fazia sua campanha reconhecendo os acertos dos governos de Itamar, FHC e Lula. Defendia firmemente o investimento no bem-estar social, mas sem colocar em risco a continuidade da estabilidade econômica.
E trazia a questão ambiental para as cidades, falava das redes sociais na política, de envolver a juventude em projetos sustentáveis. Sem esquecer os idosos em um país que envelhece rapidamente, com suas cidades totalmente despreparadas, sem infraestrutura, para essa nova verdade.
Em 28 de setembro de 2010, artigo “Onda verde”, o blog comenta a arrogância dos petistas que subestimavam Marina e os marineiros; em briga de galo não tem terceira via.
Passaram-se quatro anos. E o imprevisto aconteceu. De volta à disputa, Marina agora pode ir para o segundo turno em condições reais de vitória. Pode ganhar, pode perder. Só não pode mais é ser subestimada.

Desemprego de 5% é o menor nível histórico para agosto desde 2002

O Brasil continua mantendo o pleno emprego, com taxa de desocupação de 5% em agosto para o total das seis regiões metropolitanas investigadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou praticamente estável na comparação com julho (4,9%) e também a agosto de 2013 (5,3%).

Pleno_emprego_CLT

Essa foi a menor taxa para um mês de agosto da série da Pesquisa Mensal de Emprego, iniciada em março de 2002. De acordo com o padrão econômico, uma taxa de desemprego de 6% é considera como pleno emprego.

Além do pleno emprego, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores, de R$ 2.055,50, cresceu 1,7% em relação a julho (R$ 2.022,04). Em relação a agosto do ano passado, o aumento foi ainda maior, com avanço de 2,5% (R$ 2.005,72).

"A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 48,2 bilhões) em agosto de 2014 cresceu 2,4% no mês e 1,8% no ano. Já a massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados, referente a julho de 2014, (R$ 48,3 bilhões) cresceu 1,7% no mês e 2,5% no ano", informou o IBGE.

Na comparação mensal, os salários aumentaram em Recife (0,6%); Salvador (1,2%); Belo Horizonte (4,2%); Rio de Janeiro (1,2%); São Paulo (1,4%) e em Porto Alegre (2,5%). Na comparação com igual período de 2013, a renda apresentou avanço no Rio de Janeiro (8,6%), Recife (3,6%) e São Paulo (1,4%), e recuou em Salvador (-2,4%) e em Belo Horizonte (-0,7%). Nas outras regiões, os resultados ficaram estáveis.

Entre os setores que mais geraram emprego, o setor da construção cresceu 5,1% de julho para agosto e o de serviços domésticos recuou 3,9%. Na comparação com agosto do ano passado, os serviços domésticos caíram 7,2%.

População ocupada e carteira assinada
O contingente de pessoas ocupadas em agosto de 2014 foi de 23,1 milhões para o conjunto das seis regiões, com avanço de 0,8% em relação a julho de 2014. Em relação a agosto de 2013, não houve variação.

A análise mensal mostrou que essa população manteve-se estável em todas as regiões. Em relação a agosto de 2013, houve alta em Salvador (3,6%) e estabilidade nas demais regiões.

A população economicamente ativa nas seis regiões pesquisadas alcançou 24,4 milhões de pessoas, crescendo 0,9% em relação a julho e se mantendo estável frente a agosto de 2013.

Já a população não economicamente ativa (19,0 milhões de pessoas) não teve variação estatisticamente significativa em relação a julho (19,2 milhões) e cresceu 3,7% em relação a agosto de 2013.

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 11,8 milhões, mostrando estabilidade em ambas as comparações.

Dados consolidados
A pesquisa voltou a ser divulgada integralmente neste mês, após três edições sem dados referentes às regiões metropolitanas de Salvador e Porto Alegre.

Com o fim da greve dos servidores do instituto, agora saíram as taxas completas da pesquisa de maio, junho e julho, que são de 4,9%, 4,8% e 4,9%, respectivamente.

Regiões
Entre as regiões analisadas, a do Rio de Janeiro apresentou queda na taxa de desemprego na passagem de julho para agosto, de 3,6% para 3%, a menor da série histórica. Nas outras regiões, os índices ficaram estáveis.

Na comparação com agosto de 2013, foi registrada queda no Rio de Janeiro, de 4,5% para 3,0%. Porto Alegre foi a única região metropolitana pesquisa a apresentar aumento na taxa, de 3,4% para 4,8%. Nas outras regiões, o índice ficou estável.

Fonte: Portal Brasil com informações do IBGE.

Como a Google, Aplle, Facebook e Cia me espionam dia e noite

E daí?...
As chances são altas de que o seu telefone celular viaja com você aonde quer que você vá. Isso torna o aparelho uma rica fonte de informação sobre você — e os fabricantes de telefones inteligentes estão tirando vantagem da oportunidade de seguir cada um de seus passos.
Nossos investigadores descobriram como o seu celular é mais inteligente que você. Se você tem um Android ou um iPhone, descobrimos que seu telefone registra seus hábitos diários, mesmo quando você tenta proteger sua privacidade.
Ao procurar por “Histórico de Localização” no Google, a investigadora Sarah Budson, usuária de um Android, conseguiu ver como o Google recolhe informações sobre as atividades dela. A ferramenta mostrou que o telefone estava compartilhando sua localização com o Google o tempo todo, seguindo-a de casa para o trabalho e vice-versa. Incluía até o horário em que ela chegava a cada local.
Na cafeteria Erie Island, de Rocky River, Sarah mostrou à cliente Holly Pangrace como acessar o “Histórico de Localização”.
Quando ela viu, ficou surpresa ao saber quanto o Google sabia sobre a rotina dela.
“O Google sabe quando eu vou ao supermercado, quando vou à academia e o Google sabe que estou aqui”, ela disse.
“Não é nada perverso, mas é estranho”, afirmou.
Os iPhones mandam suas informações para a Apple da mesma forma.
“O que quer que você faça, acaba aceitando o risco de que suas informações caiam nas mãos de alguém”, disse Ken Smith, um especialista em segurança da empresa de consultoria Secure State, de Cleveland.
Smith diz que há três formas pelas quais o telefone recolhe informações. “A primeira, óbvia — todo mundo sabe — é através da função GPS do telefone, quando o satélite o segue e diz ‘lá está ele’”.
Smith disse que informação também é coletada em redes WiFi que estão ligadas ao GPS e fazem a triangulação com as redes de telefonia celular.
Afirmou que os dados são usados pelas empresas para aumentar o faturamento publicitário.
“Quanto mais descobrirem sobre sua rotina diária, onde você compra, onde você come, onde você anda durante o dia, mais informação eles tem para focar os anúncios que serão mostrados a você”, continua.
Nossos investigadores decidiram descobrir o jeito de evitar que o Google espione você.
No seu telefone Android, abra Configurações, selecione “Localização” e desmarque GPS e WiFi.
É mais complicado com a Apple. Nos telefones iOS7, abra Configurações, clique em “Privacidade” e depois em “Serviços de Localização”.
Na tela, você verá uma lista de aplicativos que sabem sua localização. Desça até “Sistema de Serviços” e ache “Localizações Frequentes”. Desabilite o botão.
Ainda assim, você continua sendo seguido. É que as empresas de telefonia também monitoram seus movimentos.
“Enquanto você estiver conectado a uma rede, há uma estimativa razoável de localização a partir da qual a empresa pode te seguir”, diz Smith.
Como muitos usuários da telefonia celular, Pangrace não gostaria de abandonar a conveniência de usar um telefone inteligente, embora esteja de alguma forma preocupada com a perda de privacidade.
“É um abuso, mas acho que é inevitavel. O usuário deve ficar esperto”, afirmou.