Moro cerceia mais uma vez a defesa de Lula

Leia a nota da defesa do ex-presidente abaixo:
O cerceamento ao direito de defesa e o desrespeito à atuação dos advogados mais uma vez se fez presente hoje (14/06) em audiência na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, relativa à Ação Penal 5063130-17.2016.4.04.7000.
 
O juiz Sérgio Moro interrompeu o trabalho da defesa de Lula na oitiva do ex-diretor geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa, exatamente quando o depoente, na mesma linha dos ex-procuradores gerais da República Claudio Fontelles e Antonio Fernando Barros, também ouvidos hoje, discorria sobre o estímulo e condições materiais propiciados pelo então Presidente Lula no combate à corrupção e a lavagem de dinheiro.
 
É preciso registrar que o Juízo tem permitido, nas demais audiências, que o Ministério Público Federal (MPF) formule perguntas na mesma linha de outras já feitas anteriormente às testemunhas de acusação - em audiências referentes à Ação Penal 5046512-94.2016.4.04.7000/PR - notadamente em relação aos delatores. Moro afirmou que indeferia o questionamento porque tais perguntas já haviam sido respondidas em outra ação e que sua continuidade resultaria em "perda de tempo".
 
A realidade é que o Juízo impediu a defesa de reforçar aspectos relevantes, que desmentem o cenário de "corrupção sistêmica" afirmado pelo MPF. 
 
Diante da falta de provas que se verifica na acusação à Lula, é lamentável que o Juízo recorra a tais expedientes e, junto com a representante do MPF manifeste comportamento tão desrespeitoso à defesa. Mais uma vez se atenta contra as prerrogativas profissionais, à participação do advogado na administração da Justiça, como assegura a Constituição Federal (art. 133) e as regras internacionais da magistratura, dos procuradores e dos advogados. Tal conduta fere igualmente as garantias fundamentais do ex-Presidente Lula.
 
Cristiano Zanin Martins

Advogado diz que Cunha vai delatar

Resultado de imagem para charge ratos temer e cunha
A pergunta que faço é: como fica o justiceiro de Curitiba, depois dele ter impedido o Traíra michel temer de responder vinte e uma (21) perguntas que Eduardo Cunha fez ao colega corrupto que ele ajudou a botar no Palácio do Planalto?

do Valor:
Segundo a defesa de Cunha informou ao Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, o ex-deputado “tem interesse em depor” e deve responder a algumas perguntas sobre a investigação de Temer com base na delação premiada do empresário Joesley Batista, do grupo JBS. Na terça-feira (13), os advogados de Cunha pediram o adiamento do depoimento sob o argumento de que ainda não tiveram acesso total ao processo. Porém, o advogado Rodrigo Sanchez Rios afirma que o ex-deputado irá depor “independentemente” do acesso ao conteúdo integral dos autos.

Gostei, publiquei

A imagem pode conter: texto

Assino embaixo: 

Feitos para mim

A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas sentadas, oceano, praia, atividades ao ar livre, água e natureza

Quando Deus criou vocês
Com certeza estava pensando em mim!*

Breno Altman: sobre o lugar histórico de Lula


A esquerda brasileira, em cem anos, desde a greve geral de 1917, produziu apenas três grandes lideranças nacionais, capazes de ter suficiente apoio popular para assumir protagonismo e comandar o país.
A primeira delas, certamente a mais heróica, foi Luiz Carlos Prestes, principal figura dos levantes tenentistas. Seu período de real influência foi dos anos 20 até os 60. Chefiou a coluna que levaria seu nome, conduziu a insurreição de 1935, passou quase dez anos preso e, apesar da clandestinidade e do clima anticomunista da guerra fria, alem dos graves erros cometidos por seu partido e por si mesmo, desempenhou papel de relevo até o golpe de 1964. Não é à toa que encabeçava a primeira lista de cassação da ditadura.
A segunda foi Leonel Brizola. Por seu papel na crise de 1961, quando era governador do Rio Grande do Sul e comandou a resistência que derrotaria o golpe militar em andamento contra a posse de João Goulart, vice do renunciante Jânio Quadros, transformou-se em referencia central do trabalhismo, a partir de uma perspectiva nacional-revolucionária que levaria amplas frações dessa corrente fundada por Getúlio Vargas ao campo de esquerda. Era a grande alternativa eleitoral das forças populares para o pleito de 1965: em boa medida, a reação militar-fascista se deu para barrar sua caminhada. Desde o retorno do exílio, em 1979, foi perdendo protagonismo, particularmente após 1989, quando não teve votos para ir ao segundo turno das primeiras eleições presidenciais desde o golpe de 1964.
A terceira é Luiz Inacio Lula da Silva. Ao contrário de seus antecessores, chegou à Presidência da República. Filho do movimento operário e popular que emergiu nos anos 70, seu líder incontestável, logrou forjar base social e eleitoral para, pela primeira vez na história brasileira, levar a esquerda e um partido orgânico da classe trabalhadora à direção do Estado.
Antes que alguém reclame, a nominata não inclui Getúlio Vargas porque o fundador do trabalhismo não era nem nunca se reivindicou de esquerda. Sua trajetória é a de um chefe do nacionalismo burguês que, em seu segundo mandato presidencial, rompeu com os setores hegemônicos da classe a qual pertencia e deu curso a uma inconclusa transição para o campo popular e anti-imperialista.
Tampouco inclui Jango, pelas mesmas razões, e por sua força política não ir muito além do legado getulista.
Também Dilma Rousseff está fora dessa tríade. Mesmo eleita e reeleita presidente,
sua ascensão, em que pese sua biografia de bravura e dedicação, é um caso de poder derivado, expressão da liderança e do legado construídos por Lula e o PT.

Para resumir a opera, são três protagonistas de esquerda em cem anos. Apenas tres. Não é esse motivo suficiente para, apesar de críticas e discordâncias eventualmente justas, estarmos obrigados a tratar esses personagens com a prudência devida aos nossos maiores patrimônios?
Mesmo que os listados tenham distintos alinhamentos ideológicos no campo de esquerda, é inegável seu papel comum, cada qual em um ciclo determinado, de simbolizar a esperança e a unidade do povo contra a oligarquia. Mais que isso, a possibilidade real de derrota-la.
Dos três, apenas Lula segue vivo e em função.
Como os demais, é nossa dor e nossa delicia. Sofremos com vacilações e erros, lamentando e até nos revoltando contra certas decisões que parecem desastrosas ou estrategicamente nefastas, além de apoiarmos e aplaudirmos tudo o que fez de
positivo. Mas, como cada um de seus antecessores, representa o que de melhor o povo brasileiro conseguiu produzir em sua longa luta emancipatória.

Por essas e outras, defender Lula contra os inimigos de classe é tão importante. A burguesia o ataca com tamanha intensidade exatamente pela esperança que representa junto à classe trabalhadora.
Quem não consegue entender isso, no campo de esquerda, paralisado pelo sectarismo, infelizmente joga o jogo que a direita joga.

*

Mensagem da manhã


Foto


Tem pessoas que enxergam a gente além das aparências.
E isso, sinceramente...
É lindo!

Poesia do dia


Foto

Mãe de amor
Mãe forte
Me protege das maldades desta vida
Da vontade sem medida
E me afaste do herege
Mãe negra
Me amamente com sua doçura bendita
E nesta infância infinita
A minha alma alimente
Mãe santa
Me abençoe em meus atos e palavras
Dê fartura à minha lavra
E que da fé eu não destoe
Mãe sábia
Me ensina a caminhar com retitude
Que eu alcance a plenitude
Do saber e disciplina
Mãe minha
Me abrace pra que eu possa adormecer
E em seus braços permanecer
Até que um dia o medo passe.
by Antônio Sérgio Néspoli