Morte trágica



Jerry Lewis




Filme:
Rock a Bye Baby (1958)

Lula ao vivo na Rádio Fan FM de Sergipe




O (des) governo Temer e o Povo


A verdade é que tem gente que gosta disso e não pede nem para passar vaselina


Lula fura todas as bolhas, por Gilberto Marigoni

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Nas ruas e nas urnas Lula é Imbatível

"Lula está brilhando em sua passagem pelo nordeste. As cenas do ex-presidente com o povo são impressionantes. Ataca sem dó a situação. "O país não precisa ser a merda que é", diz, em linguagem clara para todos. Não tivemos em nossa História outra liderança com tamanha capacidade de interlocução com os de baixo. Nem mesmo Getúlio.
Lula fura todas as bolhas e parece galvanizar uma vontade coletiva dos que perderam a esperança, numa espécie de retomada de um fio condutor da Nação consigo mesma.
Desesperançados e desesperados se ligam em sua pessoa, na busca de incertos “bons tempos” existentes no imaginário coletivo e no diferencial do que é a hecatombe do governo Temer com seus anos no Planalto.
Ao mesmo tempo, o ex-presidente joga um bolão naquilo em que é insuperável. Estica a corda de um lado e alivia de outro.

Em entrevista ao programa de rádio de Mário Kertèsz, na manhã de sexta (18), saiu-se com esta:
“Eu conheço bem o Meirelles. É um homem de mercado. Quando o Meirelles aceitou ser meu ministro, presidente do Banco Central, ele tinha sido o deputado federal mais votado pelo PSDB de Goiás. Eu o convenci (...) e devo muita gratidão ao Meirelles. Muita. Pela lealdade com que ele se comportou quando trabalhou comigo. (...) Acho que o Meirelles teria contribuído para a Dilma ".
Trata-se de lulismo na veia. Repetiu de viva voz o que faz na desde a “Carta aos Brasileiros”, de 2002, ao prometer mudança aos de baixo e manutenção das regras aos de cima. Entre duas opções contraditórias, Lula escolhe ambas e espera para ver que bicho vai dar, azeitando tudo com sua incomparável habilidade. Se fosse Hamlet, não se enrolaria no “Ser ou não ser”. Adotaria as duas opções.
O ex-presidente não parece fazer as duas falas no mesmo comprimento de onda. Para o grande público, joga para cima a autoestima popular, numa quadra de desconstrução da Nação. É fulgurante..
A entrevista para Mario Kertèsz, por sua vez, embute outra lógica: a métrica para eternos acordos e redução de danos, feitos para audiência com endereço definido e restrito. É simplismo dizer que ele tem um discurso para cada plateia.
O ex-metalúrgico se move em baliza institucional estreita, premido pela perspectiva de condenação judicial e pela possibilidade real de vencer em 2018, se a disputa for minimamente limpa . E isso o leva a emitir a dupla mensagem no meio do fogo contrário. Declara guerra e iça a bandeira branca ao mesmo tempo.

Uma nova gestão petista periga ser mais rebaixada em enfrentamentos do que o mandato 2003-07. Isso não acontecerá apenas pela vontade do ex-mandatário, mas porque a correlação de forças é pior e porque as classes dominantes estão unificadas, ao contrário do que ocorreu há 15 anos. Mesmo assim, o grande capital não o engole em condições normais de temperatura e pressão. Alguém com sua impressionante legitimidade pode um dia ser incontrolável.
O diferencial real e concreto em Lula é sua campanha. Até agora e por maior que seja seu esforço, nenhuma fração burguesa significativa tem a perspectiva de se somar à sua pregação. Reportagens devastadoras nos noticiários televisivos, manchetes de jornais e revistas e obscuros magistrados loucos por aparecer, tudo pesa contra. É a materialização de uma maior agressividade do capital em tempos de crise, num novo ciclo de acumulação e concentração no plano global.
Por isso são inúteis os apelos de Lula por uma frente amplíssima, que envolva os miseráveis e a alta finança, como aponta seu aceno a Meirelles, sua cria.
Juntar as críticas aos dois comportamentos do petista - a pregação para amplas camadas populares com sua tentativa de atrair o grande capital – num único canal funciona para nós, em nossas bolhas.
Para Lula e para suas crescente plateias, parecem ser mundos diversos. Denunciar seu comportamento como “traição de classe” ou coisa que o valha é para lá de inócuo. Lula já mostrou: não pretende realizar transformação social alguma, mas buscar acordos sem luta. Está avisando para quem quiser entender. Seu intento é claro e é bobagem reclamar disso.
Embora muita gente tenha fórmulas mais eficientes na cabeça, quem atrai multidões e rompe bolhas é ele.
Resta ver se sua tática de chamar o golpismo – pois Meirelles representa o coração da ruptura de 2016 – para um chá com torradas surtirá efeito em tempos de depressão profunda, cenário muito pior do que a crise de 2002."

Aniversário de Cora Coralina

SABER VIVER

Não sei se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta, nem longa demais,
Mas que seja intensa, verdadeira e pura,
Enquanto durar.
***
No dia 20 de agosto de 1889 nasceu Ana Lins do Guimarães Peixoto Brêtas, mais conhecida como #CoraCoralina. Mulher simples, poetisa e doceira, teve seu primeiro livro publicado aos 76 anos.

Francisco Costa - eleger Lula será pouco

Temer fechou o hospital do câncer, que atendia a 500 crianças; nos hospitais fluminenses está faltando anestesia e linha de sutura; museus estão fechando; os salários estão congelados e os investimentos públicos, parados; a dívida pública chegando na estratosfera (já é quase o triplo da dívida pública deixada por Dilma); a taxa de desemprego continua na sua taxa ascendente; a arrecadação, cada vez menor...

O país não está parado, mas regredindo. Só há dinheiro para as emendas parlamentares, para compras de votos, capazes de manter essa situação, e para o pagamento do sistema financeiro.

A corrupção nunca esteve tão ativa, começa no gabinete da presidência da república e termina nas periferias urbanas, entre policiais e bandidos, com os políticos em atividade única: impedir investigações, a operação Lava Jato acabou.

A Polícia Rodoviária Federal, por falta de combustível e manutenção da frota de veículos ficou limitada a atender aos acidentes com vítimas, com armas, drogas e contrabando em trânsito livre nas estradas brasileiras; a SAMU só está atendendo enfartados, acidentados no trânsito e suspeitos de traumatismo craniano ou de coluna vertebral, com os telefonistas fazendo as triagens, à distância; 200 000 caminhões estão parados, por falta de carga (ironia: os caminhoneiros foram fundamentais na queda de Dilma, por causa do aumento de centavos no preço do diesel, depois de ter ficado dois anos com o preço congelado).

E Lula com isso, cara pálida? Me perguntará o ocasional leitor mais atento.
Não se esqueça que uma PEC impôs esta situação pelos próximos vinte anos, o que quer dizer que, cumprindo-se o que está evidente, eleito, Lula terá que ter a maioria do parlamento para, com sucessivas PEC, desmanchar o desmonte promovido pelos golpistas nesse pouco mais de um ano de usurpação do poder.
Por mais completo e eficiente que seja um atleta, vestido numa camisa de força ou num escafandro o máximo que conseguirá será se manter de pé.

Ou a esquerda faz maioria no parlamento ou estaremos entregando Lula para o mesmo destino de Collor e Dilma, a deposição, ou para o incêndio da sua rica e rara biografia, por absoluta impossibilidade de fazer qualquer coisa.
Os golpistas entregarão a Lula um país em situação de pós guerra, arrasado, em situação muitíssimo pior que a que FHC o entregou.

Aos companheiros que ficam com essas perguntinhas altamente relevantes: “se as eleições fossem hoje, em quem você votaria, Lula ou Bolsonaro, Lula ou Ciro, Lula ou Aécio, Lula ou Marina...?”

Aconselho que comecem a perguntar: se as eleições fossem hoje, em que candidato a deputado federal você votaria, em que candidato a senador você votaria?

O mais é tietagem.