Criança faz cada uma
Estadão: clã Bolsonaro tem muito a explicar
Ateu, não: agnóstico
- Ora, pra começo de conversa tu num tem quinhentos reais. Tô falando sério e te vem com molecagem. Acho que Deus é uma coisa, padre, pastor, monje outra. O ranço, o cheiro de mofo das igrejas me embrulham o estomago, dá nojo. tenho horror ao bafo clerical dos confessionários! O bem que a confissão pode nos fazer é o de uma catarse, um extravasamento, que a psicanálise também faz, e com mais sucesso. Estou mesmo com vontade de me especializar em psiquiatria.
- Só mesmo um doido te procuraria. Maur não pôde deixar de rir. Eduardo acrescentou:
- Você vai ter de se curar para depois curar os outros.
- É isso mesmo - concordo o outro, sério - Estou exatamente preocupado com o meu próprio caso. Já iniciei o que eu chamo de "a minha libertação".
- E o que eu chamo de "a sua imbecilização".
- Vista pela sua, que já é completa. O que eu chamo de libertação é a possibilidade de me afirmar integralmente, como homem. O homem é que interessa. Se Deus existe, posso vir a me entender com ele, mas há de ser de homem para homem.
Janio de Freitas: está no ar
Excluído do Exército, sob ponderações no Superior Tribunal Militar que puseram em dúvida até seu equilíbrio mental, Bolsonaro ficou à distância de sua classe por muito tempo. Embora refletindo-a nas opiniões e, proveito também eleitoral, nas reivindicações.
A perspectiva da candidatura à Presidência mudou sua relação com o passado. Por utilitarismo, sem dúvida, Bolsonaro empenhou-se em ser dado como capitão, representante legítimo de todas as idiossincrasias e da radicalidade conservadora, anticultural e patrioteira da caserna. O candidato identificado com as Forças Armadas.
Os comandos do Exército aceitaram o risco dessa identificação, apesar da preocupação até revelada. Os da reserva, categoria em que as pretensões de superioridade e os sectarismos podem se mostrar mais, regozijaram-se com a atitude de Bolsonaro.
O então comandante do Exército, general Villas Bôas, que se reconhecera como um dos preocupados, formalizou a aceitação do risco, aparentando dá-lo por extinto.
Em duas semanas após a posse, a preocupação voltou a muitos. Pelo avesso, porém. Como preocupação com a possibilidade de identificação, aos olhares internos e sobretudo externos, dos militares e seus generais com Bolsonaro, suas ideias irrealistas e o círculo familiar-religioso insustentável.
Desde a terceira semana, o lento desenrolar do caso Flávio Bolsonaro e seus tentáculos até o próprio Bolsonaro tiveram a contribuição do vexame no Fórum Econômico Mundial para agravar o estado de coisas. Se cá fora, sem comprometimento com a situação, seus possíveis desdobramentos causam inquietações, é fácil imaginar o que se passa com a maioria dos generais, inclusive como contribuintes da identificação militar com o novo e caótico poder.
Nos últimos dias, as interpretações, análises, deduções, dos mais diversos calibres, povoaram as mentes e conversas dos próximos e dos mais atentos às várias movimentações no poder e arredores.
Admitidas exceções, entre os generais do governo militarizado e Jair Bolsonaro o ar já não é o mesmo.
Apesar do esforço, a poluição é perceptível.
Ainda não se conhece poluição que não deixe consequências.
Mensagem da manhã
O celular já substitui:
- Rádio
- Relógio
- Televisor
- Computador
- Câmara fotográfica etc
Cuidado para não deixar ele substituir a tua família, a vitima será você.
Vida que segue...
Surpreendente
Quando a gente chega num boteco de quinta, o papudinho pede para gente pagar uma e nos paga a pinga com um show