Que o mercado se vire

O Banco Central (BC) não deve comprar as carteiras de crédito dos bancos comerciais pequenos e médios.

Quem deve fazer isso são os grandes bancos, extremamente beneficiados nos últimos anos por lucros extraordinários.

O BC, também não deve comprar ou vender dólares, deve mesmo é reduzir os juros e aumentar o crédito.

Que o mercado se vire.

Não há (nem houve) nenhum risco - como mentirosamente afirmava o BC - de inflação de demanda, pelo contrário.

Devemos sustentar o crescimento da construção civil e, particularmente, os investimentos públicos na infra-estrutura do país que não pressionam nossa balança comercial.

Temos nosso mercado interno e dezenas de milhões de brasileiros para incorporar à cidadania, e temos em nosso entorno a América do Sul, os nossos parceiros à espera de nossa resposta a crise mundial.

A crise atual é nossa oportunidade de aprofundar o caminho do desenvolvimento e de nossa presença no mundo, exigindo junto com os demais países que constituem os chamados BRICs (Rússia, Índia e China) e emergentes a convocação de uma conferência mundial para regular o sistema financeiro internacional e redesenhar as instituições falidas que surgiram depois da II Guerra no século passado.

Chegou a hora de terminar, de virar a página da história que começou a ser virada com a queda do muro de Berlim.

De volta a Cruzeiro do Oeste

Estou em Cruzeiro do Oeste (PR), onde vivi na clandestinidade nos anos 70 e hoje governada por meu filho, Zeca Dirceu, que venceu em 2004, fez uma gestão tipicamente petista, mudou a cidade e foi reeleito nas eleições nesse domingo com praticamente 70% dos votos válidos.

O povo reconheceu seu trabalho e do seu vice, o empresário Valtinho, um empreendedor típico do nosso Brasil atual. Faço essa nota para esclarecer, já que nossa mídia criou a imagem de que Zeca foi eleito em 2004 porque eu era ministro-chefe da Casa Civil e o apoiei, como fiz com vários candidatos eleitos naquele ano no Paraná e no Brasil.

Sem minha presença e meu apoio, agora ele foi reeleito pelo seu trabalho e liderança não só na cidade como na região, onde novamente elegeu prefeitos e vereadores do PT e aliados.

Processos contra Zeca arquivados

Vim a Cruzeiro do Oeste, também para comemorar o arquivamento, pela justiça federal, de duas ações que o Ministério Público Federal moveu contra ele, em 2005, no auge da campanha pela cassação do meu mandato de deputado federal.

Na ocasião, com grande destaque na mídia, Zeca foi indevidamente acusado de ter feito tráfico de influência ao trabalhar por sua cidade, região e Estado reivindicando recursos em Brasília, quando na verdade cumpria suas funções como secretário do município, depois Secretário Adjunto do Estado e, por fim, prefeito.

Agora, com o arquivamento da ação judicial na semana passada, fez-se justiça. Mas eu não poderia deixar de fazer aqui esse registro da infâmia da qual ele foi vítima, de forma ainda mais aguda porque aquele processo de 2005 teve o maior destaque e apoio da grande mídia nacional - a mesma mídia que sequer toma conhecimento ou registra agora que os processos contra ele foram arquivados.

Zeca foi vítima nessa tentativa de envolvê-lo só porque era meu filho, num processo que teve ampla conivência e repercussão na imprensa. Bem ao estilo dos regimes totalitários.

Do eleitor - Mauricio

Vamos pensar no lado bom da crise:

É impossível que ela desagrade a todos.

Muitos empresários que têm créditos em dólar estão radiantes.

Miriam Leitão não consegue disfarçar sua satisfação com a chegada da crise ao Brasil.

Acho que há bastante tempo estava faltando emoção nas editorias econômicas.

Agora, os comentaristas econômicos estarão tão em evidência quanto os boleiros na Copa do Mundo.

Tudo como Dantas

Ah, e prá não dizer que não falei do dólar, aquela conversa que:

" o problema do dólar flutuante, é que ele flutua", não vale mais?

Para que agora o BC tá vendendo dólar?

Deixa ele flutuar, deixa o mercado regular.

No fundo no fundo a verdade é uma só, tudo continua como Dantas:

O lucro é privado e o prejuízo socializado.

Corja!!!

O cheque em branco ao BC

Este texto é uma adptação de uma postagem de Luis Nassif.

Porém com o sentido totalmente contrario.

Tudo muito mal, deve- se permitir o contágio da crise.

Não há que se amparar bancos pequenos em dificuldades.

O pacote de socorro aos bancos, anunciado ontem pelo governo, precisa ser rejeitado.

O BC não deve adquirir carteiras de bancos aqui, ou ativos no exterior para suprir a falta de interesse dos bancos comerciais.

Se os bancos tiverem prejuízos que assumam. Da mesma forma que assumem os lucros.

Vamos acabar com esta pratica de socorrer os grandes.

Pergunto: quais os critérios para a aquisição desses ativos?

Quais as garantias que serão dadas?

Por que os bancos grandes se recusaram a adquirí-los, apesar do aceno da redução do compulsório?

À primeira vista me parece que o nosso BC está querendo poderes ainda maiores do que os que foram concedidos ao Secretário do Tesouro norte-americano.

Meirelles declarou que “a boa prática bancária recomenda que isso (o socorro aos bancos) deve ser objeto de sigilo bancário para não haver especulações desnecessárias”.

Duas coisas:

1. Especulação ocorre onde não há plena informação.

2. As boas práticas de gestão de recursos públicos não recomenda esse poder absoluto de escolher a quem socorrer e não prestar contas.

Não há que se encontrar um meio termo para colocar esse poder nas mãos do BC.

Uma coisa foi queimar dinheiro público com essas taxas estratosféricas e com as operações de swap reverso, sem responder a nenhuma instância.

Outro é o auxílio a instituições individuais.

Tem que proibir este esse movimento.

A nação que aplicar o verdadeiro capitalismo ( obrigando a iniciativa privada assumir os lucros e prejuízos advidos do sistema) será a verdadeira potência mundial.

As que se dobrarem ao financismo, se muito serão países grandes.

Pra desopilar

Vô contá como é, vê a veíce chegá.
Vê os cabelo caíno, vê as vista encurtá.
Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá.
Vê "aquilo" esmoreceno, sem força pra levantá.

As carne vão sumíno, vai pareceno as vêia.
As vista diminuíno e cresceno a sombrancêia.
As oiça vão encurtando, vão aumentano as orêia.
Os ovo dipindurano e diminuíno a pêia.

A veíce é uma dádiva que dá em todo cristão.
Dói os braço, dói as perna, dói os dedo, dói a mão.
Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o purmão.
Dói o fim do espinhaço, dói a corda do cunhão.

Quando a gente fica véio, tudo no mundo acontece.
Vai passano pelas ruas e as "minina" se oferece.
A gente óia tudo, benza Deus e agradece,
correno ligeiro pra casa, ou procurano o INSS.

No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava.
Eu tinha mir namorada, tudo de bão me sobrava.
As minina mai bonita da cidade eu bolinava.
Eu fazia todo dia, chega o bichim desbotava.

Mas tudo isso passô, faz tempo, ficô pra tráis,
As coisa que eu fazia, hoje num sô capaiz.
O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz.
Pra falá mesmo a verdade, nem trepá eu trepo mais.

Quando chega os setenta, tudo no mundo embaraça.
Pega a muié, vai pra cama, aparpa, beija e abraça.
Mas só faiz duas coisa:
Sorta peido e acha graça.

Os maiors vencedores do G 79

Passado o primeiro turno, PT, PMDB e PSDB são os maiores vencedores nas 26 capitais e nos 53 municípios com mais de 200 mil eleitores, o chamado G79 um universo de 46.819.495 eleitores, o equivalente a 36,4% do total dos habilitados a votar para prefeito.

Com apuração definida em 77 das 79 cidades no final da noite de ontem, o PT havia garantido 13 cidades e disputará o segundo turno em outras 15.

O PMDB venceu nove primeiros turnos e está na disputa final em mais dez.

O PSDB teve desempenho idêntico: nove primeiros turnos e dez segundos.

No pelotão seguinte aparecem embolados quatro partidos, pela ordem: PSB, DEM, PP e PDT.

Na parte de baixo da tabela no G79 estão cinco siglas que podem, no total, chegar a dois ou três desses municípios cada se vencerem as disputas em que estão no segundo turno: PPS, PC do B, PR, PTB e PV.

É importante ressaltar que esses números se referem apenas a 77 dos municípios do G79.

Até por volta da 1h da manhã de hoje, havia ainda dúvida sobre o resultado final de Belém e Ananindeua, ambas no Pará.

O bom desempenho da trinca PT, PMDB e PSDB já estava previsto nas pesquisas de opinião.

Esse grupo de partidos hegemônicos nos grandes centros tinha nos últimos anos a presença do DEMO.

Mas a direção da sigla já estava preparada para queda no número de prefeitos.

A redução é em parte compensada pela possibilidade de sucesso em SP, com Kassab.

Se ganhar todas as disputas para os quais está qualificado, o PT poderá governar no ano que vem até 19,8 milhões de eleitores em cidades do G79.

Em pelo menos 11 segundos turnos, o PT passou à rodada final na primeira colocação.

O PMDB está em segundo lugar quando se trata de eleitores governados no ano que vem. Poderá administrar até 13,8 milhões de eleitores nas grandes cidades.

O PSDB também elegeu muitos prefeitos nesse universo, mas em cidades menores, e terá, no máximo, 8,3 milhões sob sua administração.

Os tucanos estão fora das grandes capitais do país.

A maior cidade sob a égide do PSDB é Curitiba (PR), a sexta maior em número de eleitores, com a reeleição de Beto Richa.

O desempenho nas urnas do partido deve melhorar quando surgirem os resultados finais do interior de São Paulo.

Sobre o PMDB o fato mais notável é que o partido é o único a estar presente nas três decisões mais importantes em segundo turno.

Há um peemedebista em cada uma das capitais do chamado "Triângulo das Bermudas", composto por São Paulo, Rio e Belo Horizonte.

Os peemedebistas Leonardo Quintão e Eduardo Paes estão no páreo em Belo Horizonte e no Rio.

Em São Paulo, o partido está na chapa do DEMO, pois indicou Alda Marco Antonio para vice de Gilberto Kassab.

No caso fluminense, já era esperada a passagem para o segundo turno do ex-tucano e hoje peemedebista Eduardo Paes.