Previsões imprevisíveis

Comparar as previsões dos economistas de mercado, para cada ano que começa, com o que de fato revelam os indicadores macroeconômicos, a cada ano que se encerra, é quase um exercício de sadismo.  Já sabemos que a distância entre uma coisa e outra será de tal magnitude que, no fim das contas, indicarão mesmo de duas, uma, ou pior, as duas: 1) as previsões econômicas têm pouca serventia; ou 2) os economistas que as fazem não estão capacitados para fazê-las.

Não foi diferente desta vez. As discrepâncias são tais que falam por si mesmas. De todos os erros que chamam a atenção, o que mais chama, como, aliás, tem sido a regra, são os verificados no setor externo.
 
Aqui vão as previsões Focus para 2008, reunidas pelo Banco Central, em 4 de janeiro (e publicadas em 7 de janeiro), e, em seguida, os resultados do ano (a menos de pequenos ajustes), apurados em 26 de dezembro (publicação em 29 de dezembro):

 

Indicador                                   4 de janeiro              26 de dezembro

PIB (evolução no ano, em %)                     4,5                                       5,6

Inflação (IPCA, em %)                                4,39                                   6,03
 
Taxa de câmbio (fim do ano, R$/US$)         1,80                                 2,35
 
Taxa de juros (Selic, fim do ano, % ao ano)    10,75                           13,75
 
Saldo em conta corrente (US$ bilhões)          -4,35                           -29,0
 
Saldo da balança comercial (US$ bilhões)       31,9                             24,0 
 
Investimento Estrangeiro direto (US$ bilhões)       27,5                       36,45

O boletim Focus é uma espécie de cachorro que morde  o próprio rabo. O Banco Central reúne as projeções de uma centena de macroeconomistas de bancos, consultorias e instituições diversas, semana a semana, ao longo do ano. Com isso, pretende obter informações sobre as tendências correntes na economia e, a partir delas, definir os rumos da política monetária (e cambial). Mas o BC também se vale do sistema de informações - um sistema que se retroalimenta dele mesmo - para enviar suas mensagens e, enfim, como dizem no dialeto do mercado, “coordenar expectativas”.
 
É justo dar um desconto na cobrança das discrepâncias porque, embora muitos desejassem que fosse diferente, os fatos não costumam consultar as projeções antes de ocorrerem. Principalmente em anos como este de 2008, marcado por uma crise institucional histórica, que virou a economia de cabeça para baixo.
 
Para não deixar de seguir a praxe, aqui vão as projeções pardo Focus para 2009, coletadas pelo BC em 26 de dezembro de 2008:

PIB (evolução no ano, em %)                                                  2,44
 
Inflação (IPCA, em %)                                                              5,0
 
Taxa de câmbio (fim do ano, R$/US$)                                    2,25
 
Taxa de juros (Selic, fim do ano, % ao ano)                            12,0
 
Saldo em conta corrente (US$ bilhões)                                 -25,0
 
Saldo da balança comercial (US$ bilhões)                             15,0

Investimento Estrangeiro direto (US$ bilhões)                      21,50

A crítica dos erros, de qualquer forma, não pode ser invalidada. Mesmo quando a evolução dos fatos econômicos podia ser considerada “normal”, a distância entre o previsto e o ocorrido tem passado muito longe da margem de erro tolerável.
 
Em outras palavras, os erros de previsão, pelo menos na economia brasileira, de tão amplos e tão costumeiros, deveriam reduzir o valor das projeções de mercado nas formulações de política econômica do Banco Central. Ma, pelo menos no atual mandato,  a previsão de que não será assim é uma das poucas nas quais se pode ter certeza de que serão confirmadas pela realidade.

José Paulo Kupfer

DND - Desorganização das Nações Desunidas


Apesar das manifestações contrárias da ONU - Organização das Nações Unidas - o governo israelense ampliou a ofensiva e já prepara a invasão por terra da Faixa de Gaza, onde o número de mortos já chega a 300 e o atendimento às vítimas é feito em condições “desastrosas”. 
Palestinos de várias regiões protestaram contra a ação militar. 

O Brasil já deveria ter saído desta porcaria de ONU, não serve para nada mesmo.

Seria correto se fosse DND - Desorganização das Nações Desunidas -.

El Pais e o PIG

Por weden


Estamos perto de um guerra de imprensa sem precedentes. O jornal El PAIS receberá demonstrações de ódio eterno da imprensa brasileira.

No seu caderno especial sobre os 100 protagonistas do ano, o jornal não somente traz um artigo de Lula na abertura da categoria Líderes, como entre os políticos/executivos/empresários aponta Dilma Roussef como uma das mais importantes.

Ai já é demais. Não sabem brincar não brinquem. Lula e Dilma de uma só vez? (Clique aqui). Leia mais »

Lula tá verto

O presidente Lula tem razão. O Brasil não precisa de mais 7.343 vereadores. Assim como não precisa da maioria dos que já tem atualmente, espalhados pelos quase seis mil municípios do País. 
O Senado Federal, mais uma vez, apequenou-se ao aprovar a emenda constitucional que inchou ainda mais as Câmaras Municipais, boa parte das quais hoje transformadas em autênticos valhacoutos, onde são feitos quaisquer negócios às custas do suor dos cidadãos. 
Inventado ainda no Brasil colônia, o vereador era algo muito diferente. Naquele tempo não havia prefeito e eles exerciam de fato o governo municipal, nomeando um administrador para a cidade. Trabalhavam de graça, não tinham assessores, mordomias nem quaisquer regalias. Seu custo, para o contribuinte, era praticamente zero. Com o tempo as coisas foram mudando. E para pior. Boa parte das atuais câmaras é de gaiolas de ouro, onde se fazem quaisquer negócios. Os exemplos são quase diários. 
Um dos poucos acertos da ditadura militar foi restaurar a gratuidade do mandato de vereador, depois revogada pela democracia. Já é hora de se repensar a organização municipal em todo o País, instituindo formas novas de governo para as comunas. E isso envolve uma ampla reforma nos legislativos locais. O modelo em uso está falido, corrompido e obsoleto. Mas enquanto isso não ocorre, pois não interessa à maioria dos políticos, pelo menos o Congresso Nacional deveria zelar para que a coisa não fique pior do que está, abstendo-se de iniciativas como essa da proliferação de vereadores. Além de desnecessários, eles vão custar caro. 
O senador César Borges, ardoroso defensor do projeto, garante que não vai haver aumento de gastos para os municípios. Vale perguntar a ele se os atuais vereadores vão dividir com os novos genéricos os seus subsídios, os gabinetes, as secretárias e demais funcionários, as mordomias, a gasolina, o carro oficial e todas as prebendas que só o dinheiro dos outros (leia-se contribuinte) pode custear.
RANGEL CAVALCANTE

Todos estão errados

Nenhum tipo de violência produz PAZ. Tanto Israel como os países ÁRABES estão errados. Não vejo nos blogs quando TERRORISTA PALESTINOS massacram judeus em suas aldeias, nenhum tipo de revolta. Ninguém escreve uma linha para condenar a matança promovida pelo PALESTINOS. 
A mesma revolta de hoje deveria ser também quando judeus morrerem em atentados suícidas pelo palestinos. Atenciosamente, Daniel (Pearl) Bezerra - editor do DESABAFO BRASIL, a coragem de dizer! 

Holocausto Izraelita

Diz-se que fazer perguntas é uma forma de tentar resolver problemas, então proponho uma questão:
Quais as variáveis que mais influenciam nas hostilidades entre israelenses e palestinos, ou seria entre judeus e mussulmanos?
1. Lítígio territorial.
2. Divergências religiosas.
3. Forças ocultas.
4. Antipatia etnica (preconceito, racismo mútuo).
5. Efeito inercial (já não sabem porque se hotilizam, mas continuam se hostilizando porque virou uma tradição).
6. Outros.
Talvez a ONU devesse retornar às raizes desse conflito e tentar recompor todo o processo. 


Natal - vendas do vajejo batem record

As vendas do varejo no Natal de 2007 foram as melhores dos últimos dez anos. As de 2008 estão acima do ano precedente. Os dados são da Associação Comercial de São Paulo.

Comércio registra alta de 2,8% nas vendas no país, diz Serasa.

Nos shoppings, o avanço das vendas foi de 3,5%

A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) divulgou os números das vendas nos shoppings no período do Natal, que mostraram um aumento real (já com o ajuste da inflação) de 3,5%.

Pois bem, a manchete no site da Globo é: “Vendas no Natal ficaram abaixo do previsto”. Na Folha Online é: “Vendas com carnê caem, mas cheque salva Natal”.

A Folha Online tem também outra informação:

“As vendas na temporada de compras de fim de ano nos EUA tiveram uma queda entre 5,5% e 8% em 2008, na comparação com 2007, segundo dados preliminares levantados pela SpendingPulse, divisão da MasterCard Advisors que compila dados de compras pagas com cartões de crédito e cheques.”

A população parece ter levado em conta a sugestão dada pelo presidente Lula no seu discurso de fim de ano:

“E você, meu amigo e minha amiga, não tenha medo de consumir com responsabilidade. Se você está com dívidas, procure antes equilibrar seu orçamento. Mas, se tem um dinheirinho no bolso ou recebeu o décimo terceiro, e está querendo comprar uma geladeira, um fogão ou trocar de carro, não frustre seu sonho, com medo do futuro.
Porque se você não comprar, o comércio não vende. E se a loja não vender, não fará novas encomendas à fábrica. E aí a fábrica produzirá menos e, a médio prazo, o seu emprego poderá estar em risco.
Assim, quando você e sua família compram um bem, não estão só realizando um sonho. Estão também contribuindo para manter a roda da economia girando. E isso é bom para todos.”