Candidata briga com jurados - ídolos 2009

O ELEITORADO É UMA ABSTRAÇÃO?...

Maria José Nogueira Pinto

Foi a decadência das ideologias que arrastou a decadência dos valores. A questão que, apesar de tudo, permanece é a de saber se sem convicções e sem valores pode haver, verdadeiramente, luta política ou, mesmo, política. Como podemos resignar-nos a uma política assepticamente não ideológica, não valorativa, sem princípios objetivos, sem convicções? Uma agenda política tem de definir valores, convicções e políticas consequentes: tem de escolher em nome desses valores e da sua coerência, uns caminhos, e tem de rejeitar outros.
     
Porque uma das razões da indiferença dos cidadãos comuns pela política é que esta, como espetáculo (às vezes triste) do protagonismo de personalidades e de casos, lhes surge como alheia ao que realmente é importante. Resta saber se o "eleitorado" é uma abstração com que os especialistas em sondagens se entretêm, uma massa incapaz de pensar, movida por slogans primários, promessas vãs, convocada para o espetáculo, mas excluída de ser parte, ou se são pessoas que sabem que a fantasia é inimiga do futuro e não querem mais sonhos efêmeros que as façam perder tempo?...

O mensalão da mídia golpista


Segundo o blog NaMariaNews, que monitora a deterioração da educação em São Paulo, o rombo nos cofres públicos pode ser ainda maior. Numa minuciosa pesquisa aos editais publicados no Diário Oficial, o blog descobriu o que parece ser um autêntico “mensalão” pago pelo tucanato ao Grupo Abril e a outras editoras, como Globo e Folha. Os dados são impressionantes e reforçam a sugestão de Sérgio Amadeu da deflagração imediata da campanha pela “privatização” da revista Veja. Chega de sugar os cofres públicos! Reproduzo abaixo algumas mamatas do Grupo Civita:


- DO de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual de ensino. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara “inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola.


- DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.


- DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.


- DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.


- DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data da assinatura: 08/09/2008.


- DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura: 01/10/2008.


- DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.


- DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.


- DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.


- DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009.


Para não parecer perseguição à asquerosa revista Veja, cito alguns dados do blog sobre a compra de outras publicações. O Diário Oficial de 12 de maio passado informa que o governo José Serra comprou 5.449 assinaturas do jornal Folha de S.Paulo, que desde a “ditabranda” viu desabar sua credibilidade e perdeu assinantes. Valor da generosidade tucana: R$ 2.704.883,60. Já o DO de 15 de maio publica a compra de 5.449 assinaturas do jornalão oligárquico O Estado de S.Paulo por R$ 2.691.806,00. E o de 21 de maio informa a aquisição de 5.449 assinaturas da revista Época, da Globo, por R$ 1.190.061,60. Depois estes veículos criticam o “mensalão” no parlamento. Continua>>>

Até Tu, Uribe?


Trechos do artigo de Andrés Oppenheimer "A nova reeleição, uma proposta autodestrutiva".

1. O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, que goza de alta popularidade pela sua exitosa campanha contra os narcoterroristas, está a um passo de mudar a constituição e se apresentar a um terceiro mandato. Isso converterá a Colômbia em uma república bananeira.  Desde que Uribe assumiu a presidência o número de guerrilheiros das FARC reduziu-se de 23 mil a 8,5 mil e os sequestros de 2.900 casos anuais a 437. Pela primeira vez em muitos anos os colombianos podem viajar com tranquilidade por seu país.

2. A economia está crescendo, a pobreza diminuiu 11% em seis anos e o investimento estrangeiro alcançou um recorde ano passado com 10 bilhões de dólares. Os críticos da nova reeleição, e que reconhecem o bom trabalho, dizem que Uribe não deveria postular-se de novo, precisamente para garantir a continuidade de seus logros. Todos os pré-candidatos garantem a continuidade.

3. Da mesma forma que o narcisista-leninista Hugo Chávez, é provável que inclua a pergunta num plebiscito para dizer que o processo é legal. Frederick Jones, porta voz de John Kerry, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado do EUA, me disse sobre a terceira presidência de Uribe: "O senador Kerry crê firmemente que a alternância no poder é uma característica fundamental de uma democracia funcional e saudável".  

4. Minha opinião é que uma terceira presidência consecutiva seria prejudicial para Uribe, para a Colômbia e para a América Latina. Para Uribe, pois terminará mal, como Menem e Fujimori, que tentaram ficar pela terceira vez. Para a Colômbia que se converteria numa democracia tramposa em função da popularidade. E para a América Latina porque desmontaria os argumentos das forças democráticas e permitiria que Chávez e seus discípulos autocratas o usassem como exemplo.

5. Por favor, presidente Uribe, converta-se num campeão da democracia e abandone esse projeto. É uma ideia que terminará destruindo a você e seu país.


Um país como (o mesmo de) nossos pais


Hoje foi dia de nostalgia quando conversava com o Joel ( @brigulino ), meu amigo PTista (Joel… você não vai achar ruim comigo né? Se bronquear, eu tiro a observação) e acabei fazendo uma sessão nostalgia. Já foi o tempo eu que eu pegava a bandeira partidária e saía por aí gritando ao léo (esse léo não é nenhum outro amigo não). Acabei lembrando de um desafio poético sobre política que participei. Acabei indo até o site onde “estoco” minhas coisas antigas e reli, mais do que poesias e textos, momentos da vida. Coisas da época em que eu ainda acreditava no ideal das mudanças e que elas viriam com o tempo.
Não… isso não é nostalgia não. Lembranças enterradas sim, mas desistência ou arrependimento nunca! Foram momentos que moldaram a minha essência de hoje. Um certo ceticismo em relação à política, mas nunca à vida ou ao sentimento persistente de que sempre haverá tempo para mudar. Mudar nossas idéias sem “deletar” os nossos sonhos. Ajustar os nossos ideais sem ajustar o nosso caráter ou nossa ordem de valores. Simplesmente manter nossa essência coerente com o “estado da arte”, como dizem por aí.
Quando eu revi as poesias (poemas não se classificam mais) notei que, embora eu as tenha escrito há mais de 8 anos (publicadas há sete) eram da época de FHC, anterior à Lula e aproveito para fazer duas perguntas para reflexão:
Inspirado na propaganda da Semp Toshiba (agência Talent dos anos 80): “Os Lulas, Sarneys, Collors, Renans, Jucás, Wellingtons daquela época eram mais criativos que os de hoje?”
Tristes únicas respostas, não? Parafraseando Lula: “A caravana passa e os cães ladram”. Eu disse LADRAM, sem til, mas com os mesmos TIOS de sempre.
Viva a democracia! Viva a Liberdade! Viva o esquecimento!
E mil vivas para a mesmice… deles e nossa! Continua>>>

Toda unanimidade é burra



Caso fosse publicada, divulgada está noticia abaixo choveria de comentários e manifestações de complexados bradando: Isso é um absurdo, um ato de racismo explicito. Leiam com atenção e vejam que mudei apenas as palavras marcadas com asteriscos (*). As verdadeiras vocês com certeza sabem quais são.

Estatuto da Igualdade Racial é aprovado por unanimidade por comissão da Câmara


Em sessão histórica finalizada com aplausos e em clima de festa, o Estatuto da Igualdade Racial (PL 6264/2005, do Senado) foi aprovado por unanimidade na tarde desta quarta-feira (9 de setembro) pela Comissão Especial da Câmara criada para debater o tema. "A aprovação foi um grande avanço. Por meio dele, o Estado fica obrigado a agir em relação às desigualdades existentes no país. É uma lei que vai unir a sociedade e gerar vários benefícios para populações historicamente excluídas", avalia o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos.


Por meio de um acordo costurado pelo ministro e lideranças do Congresso, o projeto não precisará passar pelo Plenário da Câmara. Ele volta para a Casa originária: o Senado Federal. A expectativa do ministro é que a aprovação final da proposta ocorra até 20 de novembro, Dia da Consciência *Branca. "Lá no Senado não vamos apresentar recurso ao Plenário. A partir de hoje o DEM apoia e defende o Estatuto", disse o deputado Onyx Lorenzoni (DEM/RS), representante do partido que mais fez oposição ao projeto.


Comemoração - Entre os participantes da sessão que durou menos de duas horas e foi comemorada pelos deputados, também estava o senador Paulo Paim (PT/RS), autor do projeto original do Estatuto. Representantes do movimento *branco também festejaram. "Sem sombra de dúvida foi um grande avanço para nós, ativistas", disse a  presidente do Conselho de Comunidade *Branca de São Paulo, Elisa Lucas Rodrigues.


Para o coordenador-geral da União de *Brancos pela Igualdade (Un*Branco), Edson França, a decisão "reafirma a vanguarda do Brasil no ordenamento jurídico para a promoção da igualdade racial".  Na opinião do representante da entidade Agentes Pastoral dos *Brancos (AP*Bs), Nuno Coelho, foi um golaço do ministro, que conseguiu aproximar o movimento social, o Parlamento e o governo em prol do Estatuto. A secretária nacional de combate ao racismo do PT, Cida Abreu, considerou a aprovação o reconhecimento da história de luta do movimento *branco brasileiro.


"As dificuldades enfrentadas pela comunidade *branca ainda são muito latentes. O que se conseguiu foi um acordo para que as elites não perdessem os dedos, mas deixassem os aneis. Mesmo assim, o *branco está em festa, é uma data histórica", afirmou Eduardo de Oliveira. O representante do Coordenação Nacional de Entidades *Brancas (Cone*B) resumiu a aprovação como uma grande vitória da luta *branca. "Espero que, no Senado, tudo ocorra com a mesma tranquilidade", concluiu.


Algumas frases dos parlamentares


Carlos Santana (PT/RJ), presidente da Comissão - "Eu considero o momento de festa e de muita esperança para o nosso povo *branco. Parabéns!"


Leonardo Quintão (PMDB/MG) - "Hoje nós iremos iniciar a história do Brasil para pagarmos os 121 que ficaram para trás (desde a escravidão) e avançarmos."


Márcio Marinho (PR/BA) -  "Hoje é um dia de felicidade porque conseguimos aprovar este Estatuto que é uma porta para várias conquistas."


Janete Rocha Pietá (PT/SP), 3ª vice-presidente da Comissão - "Este é um processo de luta dos nossos ancestrais. Queremos elogiar as políticas públicas que este Estatuto ampliará."


João Almeida (PSDB/BA) - "O Estatuto é uma norma que o Parlamento está devendo para a sociedade brasileira. Induz a uma política afirmativa."


Raul Jungmann (PPS/PE) - "Vamos votar rápido para que gente não perca hora. 'Quem sabe faz a hora não espera acontecer."


Coordenação de Comunicação Social
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Presidência da República
Esplanada dos Ministérios, Bloco A, 9º andar - 70.054-906 - Brasília (DF)
Telefone: (61) 3411-3659 

São Paulo em risco de afogamento

Marco Antônio Leite

A Prefeitura de São Paulo nega que problemas de varrição tenham contribuído para as enchentes. Caso elas voltem a ocorrer nos próximos dias, porém, a situação nas ruas pode piorar. 

Isso porque os garis prometem entrar em greve a partir da próxima semana, em resposta à demissão de quase 2 mil dos 8.500 trabalhadores da área. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) anunciou o corte de 20% no Orçamento para varrição.

A ameaça de paralisação é do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Prestação de Serviços em Limpeza Pública (Siemaco). O presidente da entidade, José Moacyr Malvino Pereira, diz que o número de trabalhadores dispensados caracteriza demissão em massa e, por isso, a medida deveria ter sido discutida com a categoria. Ele diz acreditar que a paralisação deverá pressionar a Prefeitura.

Serviço terceirizado

Hoje, o serviço de varrição é terceirizado, com cinco empresas contratadas: Unileste, Delta Construções, Qualix, Paulitec e Construfert. "Os trabalhadores demitidos têm vínculo com as empresas e, portanto, a greve será contra as empreiteiras", explica. Pereira quer levar a discussão para a Justiça.

Mas, para o presidente do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana (Selur), Ariovaldo Caodaglio, a atitude não deverá resultar na recontratação dos trabalhadores. "As empresas não demitiram porque quiseram. Elas foram motivadas pelo corte no orçamento. Temos de analisar que o principal prejudicado com tudo isso é o munícipe." Com as demissões, a capital passa a ter um gari para cada 1.743 habitantes.