Movimento golpista?...

O comando do PSDB reagiu e classificou como um “movimento golpista do PT” o anúncio de que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Ivar Pavan (PT), aceitou o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB). A cúpula do partido deve discutir a situação do governo de Yeda em reunião na próxima semana com o governador José Serra (São Paulo). Líderes do PSDB temem que as denúncias contra a governadora ganhem dimensão nacional e virem munição contra o candidato do partido que disputar a sucessão presidencial em 2010.


PSDB, quem te vê no RS não te reconhece em Brasília.

Tapando o sol com a peneira


Para deputados da oposição, fitas comprovam envolvimento de agentes públicos com propinas e desvio de verbas
A CPI da Corrupção da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul divulgou ontem 25 áudios de ligações telefônicas que supostamente comprovam o envolvimento de agentes públicos no desvio de recursos oficiais e no recebimento de propinas.
Os deputados da base do governo Yeda Crusius (PSDB), que são maioria na CPI, não participaram da reunião, negando quórum para a votação de requerimentos de convocação de testemunhas para depor.
As gravações dos telefonemas foram liberadas pela 3 Vara Federal de Santa Maria, onde tramitam o processo criminal da Operação Rodin, referente ao desvio de R$ 44 milhões do Detran-RS, e a ação de improbidade administrativa ajuizada pelo Ministério Público Federal contra a governadora e mais oito pessoas.
Seguindo a linha do MPF, os deputados oposicionistas entenderam que os termos "documento", "parecer", "escritura" e "fotos", usados pelos interlocutores nos diálogos, eram códigos para não falar em propina.
Em um dos telefonemas, de 29 de outubro de 2007, o deputado federal José Otávio Germano (PP), réu na ação de impro$administrativa, e o ex-diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica Antônio Dorneu Maciel, réu na ação penal, falam de uma suposta audiência do primeiro com a governadora.
Todos os envolvidos nos diálogos negam ter participado do esquema de desvio de recursos e recebimento de propina. Leia mais em O Globo

Caça tucanos

O traidor

Se a mentira... deslavada... que embaça minha alma, é a regra do viver...do pensar de cada ser...
Se não sente pelo outro... compaixão...respeito...consideração
Por que prender em laços tênues...
com palavras dissonantes...
Dizendo amor... só um instante...
TE AMAREI ETERNAMENTE,
só pôr hora me pertence...
Não permites tu o traidor perceberes nesse ser
que te adora com ardor a ânsia e a tristeza que a tua conduta indecorosa
com malicia e arrogância imprime em tom marcante, na pele dessa amante.
Serás que no vês... que tu com tua conduta pobre enganas... mente... corrompe o mais belo sentimento que faz do homem um ser nobre???
Podes dormir esta noite...
sem sonhares...e sem chorares...
Alguém muito sozinha...
num cantinho escondidinho...
com olhos embaçados
chora com o peito estraçalhado!!!

Autor desconhecido 

Violência

Segundo conceituado site, a Câmara vai debater a violência POLÍCIAL que esta a todo vapor em todo país. Será importante que as Excelências digam para o povo qual violência esses crápulas estão dizendo, se é contra o pobre ou contra alguns riquinhos que extrapolam a LEI penal vigente. 


No cotidiano, a polícia tem matado muitos pobres do Iapoque ao Chuí, principalmente jovens que se escondem em favelas, cortiços, palafitas e guetos nas mais diversas cidades do Brasil. 


Num passado recente, três picaretas que pertencem a GCM de São Caetano do Sul saíram como loucos perseguindo um carro que possivelmente foi roubado. Nessa correria maluca, adentrou numa comunidade de pobres e miseráveis atirando sem direção, momento em que uma bala acertou a cabeça de uma jovem adolescente de 17 anos que voltava da escola, resumindo, a jovem faleceu instantaneamente. 


Será que é esse tipo de violência contra o povo pobre é que eles ainda vão discutir, ou vão aguardar que muitos jovens venham a morrer na mão desses insanos. 

ESTRANGEIRO TRAVESTIDO DE BRASILEIRO

Marco Antônio Leite

O show do Beirut em São Paulo, na última sexta-feira, já foi bastante comentado, mas um aspecto da ótima apresentação da turma de Zach Condon no Via Funchal me chamou negativamente a atenção: o comportamento "nacionalista" do público.

O Beirut se destacou no cenário musical por duas fortes características: a opção por uma base sonora "démodé", centrada em trombone, trompete e contrabaixo, e um mix de influências regionais variadas, dos Bálcãs ao México, passando pela canção francesa, entre outros.

Desde o ano passado, Condon tem incluído no repertório de algumas apresentações a canção "Leãozinho", de Caetano Veloso. O You Tube está repleto de vídeos que expõem o jeito desengonçado, mas simpático do líder do Beirut em seu duelo com versos como "Gosto muito de você, leãozinho… Para desentristecer, leãozinho".

Assim que o Beirut pisou no palco do Via Funchal começaram o gritos de "Leãozinho". De forma insistente, no intervalo entre as músicas, fãs do grupo pediam para Condon cantar a música de Caetano Veloso. E nada do músico atender o pedido. A certa altura, tropeçando no português, ele disse que não se lembrava mais da letra, o que não diminuiu o ímpeto do público. "Leãozinho!" "Leãozinho!"

De tanto ouvir a platéia no show de Salvador gritar "toca Raul!", em homenagem a Raul Seixas, Condon passou a repetir a piada e, mais de uma vez, falou em São Paulo: "Toca Raul!"

Alguém da platéia ofereceu uma bandeira do Brasil a Condon, que educadamente a enrolou em torno do pescoço – e com ela ficou até o final, não sem antes brincar com as palavras "ordem e progresso". No final do show, o Beirut tocou, sem muito entusiasmo, uma versão em inglês de "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, para delírio do público.

Não canso de me espantar com esse comportamento. Por que alguém vai a um show de um artista estrangeiro e passa 60 minutos pedindo para ele cantar "Leãozinho"? Por que o público fica tão feliz de ver o músico repetir algumas palavras que decorou em português? Qual é a graça de ver um estrangeiro "abraçar" a bandeira do Brasil?

PROFISSÃO: PROFESSOR

Estive pensando na importância que tem algumas profissões.
E descobri que de modo muito comum, valorizar uma profissão nem sempre implica na valorização do profissional que a exerce.

Pode parecer uma coisa controversa e sem sentido. E é.
Me lembrei de quando eu era criança.
Naquele tempo o meu saudoso pai era proprietário de um caminhão.

Eu não tenho uma nítida recordação do caminhão de meu pai. Mas ele contava algumas histórias e nessas histórias, não poucas vezes, o personagem principal era o motorista do caminhão.

Depois, eu me lembro que um meu tio tinha dois caminhões. E dois motoristas.
Com o meu pai eu comecei a perceber que ser motorista naquele tempo era exercer uma profissão importante, era ser um profissional respeitado.

Com o meu tio, eu pude ter a certeza – com toda a sua clareza e evidência – que o motorista era um profisssional valorizado.
Porque não tinham tantos na praça.
Aliás, até caimnhões não haviam tantos assim...

Mas o motorista, aquele profissional devidamente habilitado, era raro.

Ele, mais do que dirigir, tinha que saber da mecânica basicamente tudo: da lavagem à lubrificação do veículo. Trocar rodas, limpar o carburador, cuidar do radiador...
O motorista tinha mesmo era que ser também um baita de um mecânico.

Hoje é fácil perceber que a profissão motorista continua tendo a sua importância. Mas com o profissional motorista poucos se importam.
Ele cumpre uma jornada de trabalho desumana que só perde em desumanidade para o salário que recebe.

Aí, me lembrei de uma outra importante profissão. Daquela que, por acaso, a exerci e da qual fui obrigado a me afastar por problemas de saúde – a de professor.
A ideia deste inútil texto surgiu e foi amadurecendo quando comecei a ver na televisão uma peça institucional do Ministério da Educação.

São ao menos três chamadas, toda enfoncando o papel e a importância do professsor.
Uma delas, fala de alguns países no mundo – a maioria localiza-se no continente europeu – que nos últimos trinta anos explodiram economicamente e hoje experimentam uma vida de riqueza, desenvolvimento e bem estar social.

Segundo o MEC, pesquisas feitas nesses países, apontam unanimemente, o professor como o principal e fundamental agente responsável pelas transformações neles ocorridas.

E as peças institucionais do MEC findam por dizer: "converse..." ou: "trabalhe com os mais interessantes e influentes profissionais que existem..."
E recomenda: "seja um professor".

Confesso que tenho pensado muito sobre isso.

O Governo acha o professor um profissional interessante. Diz que o professor faz as perguntas que ninguém pensaria fazer... que o professor é influente.

A influência do professor, ela não existe mais nem mesmo nas sindicais ou associações cujo maior sentido de sua existência era a de lutar por melhorias salariais.

Salvo as devidas exceções.

Pergunta mesmo, dessas que ninguém costuma formular, o professor deveria fazer era justamente ao MEC. Tipo assim: "você está de sacanagem com a minha cara"?

Por fim, sou obrigado a concordar. O professor é, sim, um profissional interessante...
Interessa saber por que ele ainda insiste em amar tanto a profissão que exerce sendo tão desvalorizado.

É interessante saber que o professor acredita no que faz e só não faz mais e melhor porque que lhe são negados todo os meios para tal.

Interessante não é o professor, mas a sua incrível e heróica capacidade de subsistir.