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Oração
venho pedir-Te saúde,
força, paz e sabedoria.
Quero olhar hoje o mundo
com olhos cheios de amor,
ser paciente, compreensivo,
manso e prudente;
ver, além das aparências,
teus filhos como Tu mesmo os vês,
e assim não ver senão o bem em cada um.
Fecha os meus ouvidos a toda a calúnia.
Guarda a minha língua de toda a maldade.
Que só de bênçãos se encha o meu espírito.
Que eu seja tão bondoso e alegre,
que todos quantos se aproximarem de mim,
sintam a tua presença.
Senhor, reveste-me da tua beleza,
e que, no decurso deste dia,
eu Te revele a todos. Amem.
Sexo Oral com Jacaré
Sexo oral com jacaré
Apresenta-se no palco um homem com um crocodilo.
Depois de agradecer os aplausos, o homem pega num cacetete, dá uma leve
pancada na cabeça do crocodilo e este abre a boca.
O homem abre a calça, ajoelha-se e coloca o pênis na boca do crocodilo.
Começam a rufar os tambores e o público faz silêncio total.
O homem então dá segunda cacetada na cabeça do crocodilo..
Este começa a fechar a boca lentamente.
-- Uaaahhh!!! - ouve-se a platéia.
O crocodilo, quando está quase a fechar a boca totalmente, pára!!!
Na platéia o silêncio é geral. Apenas se ouve o rufar dos tambores.
O homem dá uma terceira paulada na cabeça do crocodilo e este abre
totalmente a boca.
O público explode em aplausos e a orquestra começa a tocar.
O homem põe-se de pé, fecha a calça, e num tom desafiador pergunta aos
espectadores:
-- Alguém é capaz de fazer isto?
Aí, responde uma LOURA da platéia:
-- Eu faço!!! Só não gosto que me batam na cabeça.
Pecuária leiteira
AIDS
Lucinha Araújo – Sim. Esse livro encerra uma trilogia. O primeiro (Cazuza, só as mães são felizes) fiz porque tinha uma necessidade de botar para fora tudo o que estava engasgado. As pessoas conheciam aquele lado maluco do Cazuza. Mas ele não era só aquilo. Uma pessoa nunca tem um lado só. Mostrei o lado doce, de bom filho, de bom amigo... Passei a limpo nossas vidas. O segundo (Cazuza, eu preciso dizer que te amo) era para passar a carreira dele a limpo. É um livro muito gostoso de ler, traz depoimentos maravilhosos dos amigos dele. Esse novo livro é para mostrar como eu passei esses 21 anos sem ele.
Lucinha – Eu sou assim. Minha vida é um livro aberto. Nisso eu e Cazuza somos muitos parecidos. É claro que não vou fazer inconfidências, falar nada que o meu marido não queira. Mas eu não tenho nada a esconder. Para mim é um ‘lavar a alma’. Minha alma é tão castigada pela perda do meu filho... Quem já perdeu um filho vai me entender. Há também a questão financeira. Esses livros me ajudam a manter a Sociedade Viva Cazuza.
Lucinha – Isso desde o dia me que ele morreu. Quando ele estava bem doente, ele me dizia “Mãe, aconteça o que acontecer, estarei sempre ao seu lado”. Claro que ele estava falando da morte, mas eu não queria entender. Sempre tive a esperança que ele melhorasse. Depois que ele morreu, que comecei a sentir a presença dele, foi que entendi o que ele quis dizer. Ele não era bobo, sabia muito bem o que ia acontecer. A boba era eu. Eu não acredito em espíritos, em reencarnação. Nada disso. Já recebi centenas de cartas psicografas e nenhuma me tocou, nenhuma eu senti que era o Cazuza. Acho que se um dia for realmente dele, e eu espero que isso aconteça, eu vou saber que é ele. Tem coisas que só eu e o Cazuza falávamos, que nem o pai dele sabe. Tomara que eu ainda esteja viva para receber uma mensagem do Cazuza. Peço isso todo dia!
Lucinha – A melhor coisa que fiz na vida foi abrir a Viva Cazuza. Não teria análise que compensasse isso. Hoje a Aids está muito diferente. Com os remédios novos, as pessoas convivem muito bem com a doença. Nossas crianças são saudáveis. Elas têm doenças comuns. Uma teve dengue agora. Os pequeninhos sofrem mais com essa mudança de tempo. Mas aquele sofrimento do meu filho, graças a Deus, eu nunca vivi novamente. Eu escolhi trabalhar com crianças por isso. Fui covarde. Não queria ver um vídeo tape da minha vida.
Lucinha – Nunca. Quando o Cazuza morreu, eu queria fugir dessa doença. Não queria ouvir falar dela. Na época, o Betinho telefonou para o João (Araújo, marido da Lucinha e pai de Cazuza) para me convidar para trabalhar com ele e eu não quis. Mas a Aids é uma doença tão maldita que você acaba se envolvendo por ela. Tentei fugir, mas não consegui. Nunca mais consegui botar a cabeça no travesseiro e dormir sem pensar que essa doença existe. A Aids contamina. Mas eu fui contagiada pela Aids (risos). Minha vida é: 50% na minha casa, no meu casamento e o restante é aqui, na Viva Cazuza.
Lucinha – Eu trabalho com população carente. A condição para vir para cá é ser carente sócio-econômico e HIV positivo. Tenho que dar um desconto. Não posso querer que essas famílias tenham a mesma cabeça que eu e o João tivemos. O ambiente é totalmente diferente. Eu sempre digo que um vidro de remédio vale tanto quanto o beijo de uma mãe. Não abandonem seus filhos! O amor é um remédio tão bom quanto o AZT.
Lucinha – Eu trato preconceito com força bruta. Qualquer tipo de preconceito me dá nojo, seja social, de cor, de religião... Eu sou destemperada. Não levo desaforo para casa. Aqui (na Viva Cazuza) o preconceito diminuiu muito desde que começamos. Acho que as pessoas sabem que se tiver preconceito eu vou botar para quebrar. Tem um menino que mora aqui conosco que namora uma menina do colégio em que estuda. Os pais dela sabem que ele é HIV positivo. A Aids está aí há 30 anos. Já está na hora das pessoas saberem que doença é essa, como se pega, como não se pega. Isso ajuda a diminuir o preconceito.
Lucinha - Vivemos basicamente dos direitos autorais do Cazuza. Mas, em tempos de internet e pirataria, esse dinheiro caiu bastante. Vivemos apertados. A venda desse novo livro deve nos trazer um alívio. Espero que ele venda bem. O poder público já me ajudou mais, depois sumiu. O prefeito Eduardo Paes (do Rio de Janeiro) prometeu me ajudar a partir do mês que vem. É assim que sobrevivemos. Não tenho medo de trabalhar e nem de levar “não”.
Lucinha – Depende muito do meu estado de espírito. Atualmente eu gosto de Um trem para as estrelas. Nem foi muito famosa, mas a letra é divina. E a música é do Gilberto Gil. Não tinha como não ser boa.
Lucinha – Exagerado. Não é autobiográfica, ele fez para o Ezequiel Neves (produtor musical), mas virou o cartão de visita dele.
Lucinha – O que eu tinha eu já publiquei. Recentemente, eu e o João cedemos uma letra que Cazuza fez chamada Qual é a cor do amor para O Estado de S. Paulo fazer um concurso. Eles querem que as pessoas façam a música para essa letra. Eu adorei a ideia.
Lucinha – O Cazuza deixou um buraco que ainda não foi preenchido. Ele e o Renato Russo. A diferença era que o Cazuza era geneticamente alegre e o Renato geneticamente triste. Mas eles se completavam. Quando o Renato surgiu, ele disse “Agora preciso caprichar. Apareceu um cara melhor que eu”.