Petardo da velhinha Briguilina

No Brasil suspeito de ser corrompido tem nome, sobrenome e até apelido divulgado pela mídia, os do momento são:  Alfredo Nascimento [ex-ministro dos transporte], Mauro Barbosa, Luiz Tito Bonvini [assessores] Luiz Antonio Pagot [diretor-geral do Dnit], e o presidente da estatal Valec, José Francisco, o Juquinha. O que nós pobres mortais brasileiros queremos saber é por os grandes meios de comunicação não divulgam os nomes , sobrenomes e apelidos dos corruptores?...

É porque os corruptores [empreiteiros, banqueiros, empresários e demais membros da classe]  há muito corromperam os meios de comunicação.

E tem dito!

Um governador de meia boca sob o fantasma das lesões causadas ao Estado

Renúncias fiscais levianas e favorecimentos a Eike e a empreiteiras minam a autoridade de Cabral Fil


 No gráfico da FOLHA DE SÃO PAULO, você tem uma idéia do rombo causado por isenções de impostos absolutamente indefensáveis.

 

 
Sérgio Cabral Filho foi despido, exposto de corpo e alma, cabisbaixo e sem ter como se explicar. As vísceras à mostra expõem toda a podridão de uma nudez insólita e atrevida. Nunca, jamais, em tempo algum, se viu neste país um administrador tão generoso com o dinheiro do erário. Gentilezas inacreditáveis com alguns empresários, em contraste com o tratamento dispensado aos funcionários, à educação e à saúde.

Só um lunático, alguém sem qualquer referência de lucidez, seria capaz de tratar os funcionários do Estado a pão e água, agredir seus médicos, chamando-os de vagabundos; vilipendiar sobre seus professores, menosprezar seus adolescentes, tratando-os como otários; agredir seus bombeiros, taxando-os de vândalos, enquanto disponibiliza dinheiro público, o nosso dinheiro, para todo o tipo de favorecimentos, incluindo isenções a termas (prostíbulos refinados) e a outras atividades mundanas, sem falar das benesses fiscais e até do uso das forças policiais para favorecer o meteórico multibilionário Eike Batista, expulsando de suas próprias terras 4 mil lavradores, em desapropriações arbitrárias no entorno do Porto de Açu, São João da Barra.

Ao longo de sua vida pública, Serginho nunca foi de dar ponto sem nó. Mas seus atos se tornaram mais arrogantes e insolentes a partir da posse como governador do Estado do Rio, em 2007, quando se dedicou ao mais leviano uso indevido do já combalido erário fluminense: as isenções de impostos concedidas a 5 mil estabelecimentos de 2007 a 2010 atingiram a R$ 50,1 bilhões, quase a metade da receita tributária estadual de R$ 97,7 bilhões ou o equivalente às despesas com os 420 mil servidores ativos e inativos do Estado no mesmo período.

Levantamento do JORNAL DO BRASIL revelou que entre as grandes empresas beneficiadas com as isenções, cinco puseram dinheiro na campanha de Cabrail Filho e oito na campanha do PMDB em 2010.  Essas doações somaram R$ 7.213.000,00.
"Somente em 2010, a Gerdau Comercial de Aços teve R$ 4,806 milhões em isenções, dispensas e reduções de pagamento de impostos no Rio. A empresa doou diretamente à campanha de Sérgio Cabral R$ 200 mil e também colaborou com outros R$ 300 mil para o comitê financeiro do PMDB do Rio de Janeiro durante as eleições de 2010.
A construtora Queiroz Galvão foi a segunda maior contribuinte da campanha peemedebista no ano passado, tendo doado R$ 800 mil a Cabral, e R$ 1, 11 milhão para o PMDB do Rio. A empresa teve uma redução de impostos de R$ 4,250 mil no mesmo ano. Outros três consórcios envolvendo a empresa também ficaram isentos: juntos, Queiroz Galvão-Iesa, Queiroz Galvão-Iesa Plangas e Galvão-Alusa-Tomé tiveram uma redução de impostos no ano de R$ 910,121 mil.
A empresa holandesa SHV Gás Brasil Ltda., representante brasileira da maior distribuidora privada de gás LP do mundo, doou R$ 200 mil diretamente à campanha do governador. Só em 2010, a companhia recebeu R$ 193,9 milhões em isenção fiscal".
Enquanto estabelecia uma paradisíaca ponte aérea com Paris, pela qual só nos três primeiros anos de mandato já havia passado 158 dias (mais de 5 meses) fora do país, operava uma estranha "parceria público-privada", capitaneada pelo amigo Eike ( o senhor dos anéis) e envolvendo em outra frente sua (ex) mulher Adriana Ancelmo, como no caso da prorrogação por mais 25 anos da concessão do Metrô, e da Supervia (trens urbanos) das quais ela, outrora uma inexpressiva assessora na Assembléia, se fez advogada, como de outras tantas empresas com interesses ligados direta ou indiretamente ao Estado.

A festa trágica não foi a única

Nessa promiscuidade ampla, geral e irrestrita, prestadores de serviço, doleiros, sonegadores e elementos da escória moral que se movem nos labirintos da corrupção explícita se tornaram seus parceiros de mesa e de atos inconsequentes, como a bebedeira em pleno sambódromo, com imagens transmitidas para o mundo todo. A festinha de Trancoso, que culminou com a tragédia do helicóptero pilotado por um irresponsável, não foi a única farra que pôs figuras tão escabrosas na copa e cozinha de um governador imaturo e deslumbrado. Mas foi emblemática por si, arrancando-lhes as vestes e remetendo a todo tipo de suposições sobre suas incontáveis viagens ao exterior.

Afinal, ele já está no sexto ano de um governo que é exercido de fato por um preposto, personagem medíocre e sem expressão, alçada ao Palácio para ser o elo com o antecessor, de quem ambos se livraram antes mesmo da posse, para montar o próprio eldorado. Nesses seis anos, Sérgio Cabral Filho deve ter aprontado poucas e boas, valendo-se de um rolo compressor na Assembléia Legislativa e de um leque de cortesias a quem poderia formalmente questionar-lhe o desprezo pelo recato.

Quando agora, desnudado pela tragédia, simula o mais contrito arrependimento e até oferece normas inspiradas no seu mau comportamento, Sérgio Cabral Filho demonstra total desprezo pela inteligência alheia.

Um código que chove no molhado

Zomba dos otários, que a seu juízo devemos ser todos nós, em sua tentativa de produzir uma cortina de fumaça - o novo código de conduta que não encerra qualquer fato novo, pois os delitos compilados ali constam em diversos textos legais, inclusive do Artigo 37 da Constituição Federal (parágrafos 4º ao 7º), da Lei 8429/92, (artigos 9,10 e 11) de 2 de junho de 1992 (e do Estatuto do Servidor do Estado do Rio de Janeiro (artigo 40 do Decreto-Lei 220, de 2 de junho de 1975). Há também o paradigma do Código de Ética do Servidor Federal (Decreto 1.171, de 22 de junho de 1994, especialmente o seu inciso XV).

Ao elaborar esse novo código restritivo no último quarto dos seus 8 anos de mandato, ele espelha o seu próprio comportamento e criminaliza tudo o que fez até agora, acreditando que a barreira do tempo e dogmas do Direito limitem a punibilidade ao daqui para frente, anistiando implicitamente relações promíscuas com empreiteiros, prestadores de serviços ao Estado e beneficiários de sua longa lista de isenções de impostos.

Olhando bem, não há a menor diferença entre suas traquinagens e às do governador de Brasília, José Roberto Arruda, preso, cassado e demolido politicamente por conta de um vídeo em que aparece recebendo grana de um auxiliar inescrupuloso, intermediário das propinas lá.

Só na viagem às Bahamas, mais uma vez no jato exuberante do empresário Eike Batista, Cabral deixou de gastar especificamente no transporte de seus nababos mais R$ 600.000,00, conforme cálculo do colunista Ricardo Noblat, que fez mais revelações em sua matéria de segunda-feira, dia 4, sob o título Nas Asas de Eike, entre elas a de que seus alegres familiares e amigos pagaram diárias de U$ 800,00 no luxuoso hotel Atlants, de 6 estrelas, em Nassau.

Nenhum ente de Estado comporta o comando de alguém que reconhece como punível seu comportamento pretérito no exercício do cargo e imagina virar a página num abrir e fechar d'olhos. Se para cassar uma deputada federal há doutrinas que a penalizam por atos anteriores ao exercício do mandato, o mesmo há de se aplicar com maior nitidez em atos cometidos no exercício do mandato de governador, mesmo anteriores a um decreto recente, de sua própria lavra, já capitulados em legislação análoga.

No caso específico, a fieira de desmandos e atos lesivos ao erário público não será afetada. Os R$ 50,1 bilhões que beneficiaram a empresas de toda natureza, como 6 motéis,as termas Solarium e Monte Carlo, o salão Werner Coiffeur (frequentado pela primeira dama), os R$ 75 milhões para o amigo Eike, incluindo isenção até para iate e restaurante chinês de sua propriedade, continuarão fora do alcance dos cofres do Estado, que alega não ter fundos para pagar decentemente seus bombeiros e e profissionais da Educação e Saúde.

Aos amigos, tudo, que o diga a Delta

Até agora, só tratamos de isenções fiscais. Mas ainda está por ser levantado em detalhes o grosso dos atos de favorecimentos e superfaturamentos, que se refletem na ação deletéria de empreiteiras como a Delta, de Fernando Cavendish, companhia inseparável do governador. Essa empresa, que passou a trabalhar para o Estado há menos de 15 anos, desbancou concorrentes tradicionais e tornou-se ostensivamente a preferida no governo Sérgio Cabral Filho, especialmente nas emergências, com dispensa de licitação, quando o Estado contrata quem escolher e paga o que quiser. .

Se esse jato afrodisíaco de Eike falasse....

 
Levantamento assinado pelos repórteres Carla Rocha e Rubem Berta em O GLOBO revela que de 2007 até hoje, os contratos da empreiteira do amigo com o governo do Estado somam R$ 1 bilhão, boa parte dos quais em obras não licitadas.

"De janeiro a novembro do ano passado, fazendo-se um recorte específico nos dados da Secretaria estadual de Obras, constata-se que a construtora teve no período empenhos de R$ 128 milhões do órgão, sendo que R$ 74,9 milhões (58,9%) foram com dispensa de licitação. Entre os contratos emergenciais em 2010 estão, por exemplo, a reforma do prédio-sede do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), no Centro do Rio" - escreveram, assinalando ainda:

"Além da falta de concorrência, outras questões polêmicas, como o reajuste de valores de obras, envolvem a Delta. Recentemente, a reforma do Maracanã, inicialmente orçada em R$ 750 mil, foi reajustada para R$ 1 bilhão".

E olha que o Maracanã havia consumido R$ 100 milhões em obras de reforma estrutural em 1999 e outros R$ 200 milhões em 2007, para os jogos pan-americanos.

Estamos diante de tantos elementos de suspeitas que não dá para escamoteá-los com medidas diversionistas: o governador perdeu virtualmente sua autoridade e sobre sua cabeça rondará o fantasma de suas práticas abomináveis, agora do conhecimento de toda a população, principalmente dos seus subalternos.

Até sua insistente pressão para favorecer Eike Batista e algumas construtoras com a privatização do Aeroporto do Galeão deve ir de água abaixo. Em seus próximos dias, Sérgio Cabral Filho terá a sua capacidade de iniciativa minada em questões de toda natureza, desde o lobismo indevido até causas pertinentes, como a guerra dos royalties do petróleo.
 
Teremos um governador de meia boca, por assim dizer.
  
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Eleições e frases

 As eleições, em geral, são vencidas com uma única frase. Como se fosse o lançamento do carro do ano.  Na América do Norte o programa de um partido político se resume a uma mensagem curta, retumbante, dirigida ao subconsciente coletivo. Cada candidato para a Casa Branca apresenta-se amparado sob o seu slogan, que repete
ao longo de toda a campanha, até que finalmente penetra o cérebro do eleitor.

 “É a economia, estúpido”, foi a palavra de ordem de Clinton, que agitou as mãos na hora da escolha do voto. “O eixo do mal”, com essas quatro palavras George Bush ganhou a eleição depois do cataclismo das Torres Gêmeas. “Sim, nós podemos”, repetia Obama em todos os comícios como se fosse um mantra. Em nosso país, o Partido Socialista chegou ao governo em 1982 apenas com esta breve expressão: “pela mudança”. Depois de três maiorias absolutas, Felipe foi finalmente expulso pelo grosseiro imperativo: "Vá embora, Sr. Gonzalez!”. Nas eleições de 2004, no mesmo dia do atentado de Atocha, o próprio Partido Popular ficou abatido porque se encontrou a frase precisa que resumia toda aquela tragédia social, moral e política.  “A Espanha não merece um governo que lhe minta”. Foi um cruzado de direita no queixo que levou a lona, juntos, Aznar Rajoy.

 Agora, basta ao Partido Popular malhar o ferro enquanto ainda está quente, com este binômio sinistro: Zapatero e cinco milhões de desempregados. Eleições antecipadas. Uma coisa leva a outra. Toda a complexidade diabólica da crise econômica foi reduzida a este princípio básico de causalidade que a opinião pública vai terminar assimilando. O problema do Partido Socialista é que parece não encontrar uma frase atraente para recuperar os eleitores que o abandonaram. Na imaginação do eleitorado não cabe mais do que duas ideias de cada vez. Trata-se de encontrar uma expressão, mesmo uma única palavra, que expresse todo o desespero da esquerda e obrigue-a a rejeitar mais uma vez o sabão com que Pilatos lavou as mãos. Se você me odeia, vote em mim.
Manuel Vicent, colunista político e escritor

Seu Lunga

Joaquim Rodrigues, aliás, “seu” Lunga, é um dos personagens mais conhecidos de Juazeiro do Norte, no Ceará, terra do Padre Cícero. Vez por outra está nas grandes redes de tevê, como exemplo de quem é impaciente, direto, mal-humorado, irônico e chato. Mas que, ao mesmo tempo, detesta o óbvio e a falta de sinceridade.

Como foi 
– Muita gente acha que seu Lunga não existe. Mas existe sim. É esse aí da foto. Em companhia do amigo Evandro Teixeira, aproveitei o intervalo de um trabalho que fomos fazer em Juazeiro para conhecer nosso tão difamado personagem. Ele é proprietário de uma loja de quinquilharias. Vende de tudo: pneu velho, tapete puído, sapato furado, prego torto, parafuso enferrujado, faca cega, chuveiro queimado, rádio quebrado, mala sem alça e, enfim, toda parafernália que alguém possa imaginar. Paramos para um breve conversa e Evandro, educadamente cumprimentou-o perguntando como ele andava. Qual não foi sua resposta: 
- Ando no chão, meu senhor. Ainda não aprendi a voar. E olha que ele estava num dia de bom humor.
por Orlando Brito

DESEMPREGO, NUNCA MAIS


No governo anterior ao do presidente Lula, um breve ministro do Trabalho disse que no Brasil não havia desemprego, mas "crise de empregabilidade". Aqueles colunistas econômicos que sempre aplaudem os governos neoliberais, os desacertos tucanos, os que não tem qualquer compromisso com o povo brasileiro, acharam muita graça, bastante natural e até entoaram as tradicionais louvaminhas e cantochões de costume aos arautos da exclusão social. Ao invés de apresentar propostas válidas e políticas efetivas e consequentes para o combate de uma chaga social (o desemprego que galopava montado em índices absurdos), o governo tucano se dava ao desfrute de jogar com as palavras e fugir do enfrentamento com um problema que afligia dezenas de milhões de brasileiros. 

Não faz muito, foi na segunda metade dos anos 90 até 2003, depois que o Brasil optasse por uma mudança radical, mas responsável e exitosa, em 2002 com a eleição do presidente Lula, e nós soubemos no dia-a-dia do país, numa experiência que não deixou saudades e nem deverá ser repetida, o que é o flagelo de famílias penalizadas com o desemprego de seus membros, com as dificuldades de sobrevivência batendo à porta, as contas em atraso e o governo absolutamente indiferente ao sofrimento da população, como se nada tivesse a ver com tamanha ignomínia. Tinha, sim, tudo a ver. Prova disso é que preferiu, depois do experimento desastroso dos governos neoliberais e descomprometidos do PSDB, eleger modelos de administração pública absolutamente voltados para o desenvolvimento econômico e social com nítido compromisso popular e democrático. Foi assim com Lula. Assim está sendo com Dilma. 

O desemprego que atingiu níveis estratosféricos no Brasil nos anos 90, refletido nas panelas vazias, nas filas quilométricas que dobravam quarteirões em busca de poucas vagas de empregos disponíveis, dos salários achatados, do funcionalismo público sem reajuste por uma década, dos aposentados chamados de "vagabundos" pelo próprio presidente da República, é o Brasil que, sem medo e sem ódio, nós enterramos no passado. O presente é rigorosamente diverso. Os níveis de emprego são o retrato de uma Nação que encontrou o seu caminho de prosperidade e sabe o que quer, o caminho a ser trilhado e onde vai chegar. 

Após a crise financeira global de 2008, que deu um novo rumo na economia internacional, abalou os Estados Unidos e vários países ricos e que no Brasil não passou de uma "marolinha" na sábia definição do presidente Lula (tão criticado quando o disse, o presidente foi corroborado pelo processo histórico, que mostrou que ele, uma vez mais, analisava com visão de Estadista e antevia o sucesso do Brasil quando muitos, da oposição e da imprensa, preconizavam o caos e a falência do nosso país), passamos a ser vistos com o respeito que merecemos. A economia, que já vivia um ciclo virtuoso, continuou dando mostras de vitalidade, fundada em sólidas bases: um mercado consumidor crescente; uma classe média ascendente com a chegada de mais de 30 milhões de brasileiros vindos das classes D e E; a indústria vivendo uma fase áurea e o comércio vendendo como nunca; uma política de crédito democratizado; a sociedade experimentando projetos sociais como o Pro-Uni, na educação, e o Minha Casa, Minha Vida, na habitação, que modificaram a vida de milhões de brasileiros. 

Na base de um país que mudava radicalmente suas estruturas, uma questão ao mesmo tempo simples e fundamental: o emprego. Para um governo chefiado por um trabalhador, nada mais sério do que a carteira assinada, o salário no fim do mês, as garantias trabalhistas, os direitos sociais, a questão previdenciária. E assim, o Brasil espantou o fantasma do desemprego e alcançou uma realidade jamais pensada na década perdida de FHC e seu desgoverno: o fim do desemprego. A Manpower, conceituada empresa voltada à área de recursos humanos, não faz muito, acendeu o sinal verde e anunciou ao mundo: o Brasil liderava o ranking dos países das três Américas nas contratações de empregos. As estimativas chegavam aos 38%,
bem acima de países como Peru e Costa Rica, com 23% cada um, Argentina, com 18%, Colômbia, com 16%, e Panamá, com 15%. Num dos pontos mais baixos, estão os Estados Unidos, com apenas 5%, mesmo índice do início de 2010. É claro que notícia assim não mereceu o destaque devido, perdida em cantos de páginas dos cadernos de economia. Mas, somente nos governos do PT o Brasil conheceu o fim do desemprego, o emprego pleno. 

Nas minhas andanças pelo interior de Goiás e por todo o Brasil, tanto visitando companheiros do PT, como em contato com a sociedade civil ou atendendo convites para palestras ou debates em diversos Estados, ouço sempre duas observações interessantes: a primeira é a de que não existe o desemprego, sobram vagas, todos os que procuram ocupação e querem trabalham encontram oportunidade. A segunda é a de empreendedores, de empresários dos mais variados segmentos da economia que se queixam da dificuldade de encontrar pessoal em número suficiente para fazer frente às suas necessidades, pois há grande concorrência no mercado e fartura de vagas sendo oferecidas. Dá gosto ouvir isso! Seja em Itumbiara, uma rica cidade do sul de Goiás, a que sou ligado por laços afetivos e onde só tenho amigos em todos os partidos, seja no Recife, onde o surto desenvolvimentista que cobre Pernambuco de obras e de sucesso, me fez ouvir observações absolutamente iguais. 

Em Itumbiara, um jovem construtor relatou-me que abriu 40 vagas para pedreiro, mestre-de-obra, carpinteiro, serralheiro, etc... Salários bastante razoáveis. Teve dificuldade de preencher todos os postos de trabalho, pois há na região, como de resto em todo o Estado de Goiás, o pleno emprego, a ocupação absoluta da mão-de-obra, com a ausência total de trabalhadores que queiram trabalhar e não tenham chance. "Quem quer trabalhar, trabalha" - disse o empresário, que, aliás, não é do PT. Mas, completou: "Delúbio, dou o braço a torcer. Isso é fruto do governo do Lula e do que vocês petistas fizeram. Era preciso que alguém pensasse no povão. Quando o povo teve vêz, a economia passou a girar e nós, empresários, ganhamos muito com isso. O Lula foi o grande presidente para todos nós". Palavra de um empresário e eleitor que NÃO votava no PT, mas sempre acreditou no Brasil. 

Onde está aquele Brasil do desemprego, do desânimo, da tristeza, da falta de horizontes e da desesperança que assaltava mentes e corações? Onde está aquele país das famílias penalizadas pelas demissões em massa, pelas falências de empresas e pelos cidadãos sentados nos bancos das praças procurando nos classificados alguma oportunidade para sustentar seus entes queridos? O que foi feito daquele tempo em que um ministro tinha a petulância de negar o escândalo do desemprego que destruia o tecido da Nação e tergiversava transformando-o em "crise de empregabilidade"? Está na memória da infâmia e no passado que não permitiremos que volte jamais. Está na crônica dos dias cinzentos em que povo era bom visto do palanque em época de eleição. Está arquivado no passado triste que não esqueceremos sob pena de vivê-lo novamente como punição. 

As perspectivas para nosso país são alvissareiras e os pregoeiros do caos estão sem bandeira. Tem apenas o rancor e o ressentimento de sempre. Nada tem a apresentar ao Brasil e aos brasileiros. Nós, do PT, com Lula e Dilma, temos o presente: sucesso administrativo, fim do desemprego, a pujança da agroindústria, um novo Brasil com poderosa classe média, estabilidade econômica, credibilidade internacionais jamais vista e um futuro promissor. 

A base sólida de uma Nação democrática é o trabalhador empregado, podendo dar à sua família as melhores condições de vida e sustento, orgulhoso de seu país, cheio de esperança e confiante no futuro. Desemprego é coisa do passado, desemprego é coisa dos tucanos. Desemprego, nunca mais!

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Turista permanente



Em Havana descobri que nunca vou passar desapercebida. Seja pelo modo de vestir ou pelo sotaque na hora de falar (falo espanhol fluente mas não tenho sotaque "cubanês"), todas as vezes em que saio pelas ruas sou abordada várias vezes.
A cada minuto, taxistas vão me chamando com um assobio que parece para cachorro e gritando: táxi!
Já me aconteceu de estar descendo de um carro e outro motorista me gritar, mesmo tendo me visto sair do automóvel anterior.
Outra abordagem muito comum é a de venda de charutos. Como essas pessoas são ilegais, elas esperam que você passe bem pertinho nas calçadas das principais ruas da cidade para oferecer seus "cuban cigars".
Variações de oferta também ocorrem para passeios, artesanato e "lugares excelentes para comer".
No centro da cidade, são mães que treinaram crianças para dar a mão aos turistas que, inocentemente, acham que é um simples gesto infantil até a mãe aparecer.
São senhoras idosas reclamando que não podem pagar a conta de luz ou gás. Inclusive uma delas, desde a última vez que estive aqui, há quatro anos, continua no mesmo lugar e com o mesmo discurso.
São pessoas na porta dos supermercados, lojas, das casas de câmbio e bancos, entrando nos restaurantes, bares, e jovens na rua sem a menor cerimônia pedindo presentinhos que você possa ter na mala. 
Os favoritos são sabonetes, canetas e chocolates.
Outro dia uma senhora me pediu uma caneta. Abri a bolsa e dei. No que ela imediatamente retrucou: não tem mais, eu tenho 3 filhos! (Só que, infelizmente, não ando com 3 canetas na bolsa).
Alguns guias turísticos sobre Cuba, inclusive, recomendam levar essas coisas na mala e distribuir na rua.
Como resultado, muitos dos turistas que passam por aqui deixam para trás os produtos de higiene pessoal (que só se encontram em dólar ou de péssima qualidade em peso cubano), além de camisetas e outras peças de roupa que possam doar.
O que acaba criando o fenômeno das camisetas bizarras, mais ou menos o que acontece no Brasil com as camisetas de candidatos e patrocínios.
Se não acreditam em mim, perguntem a alguém que esteve recentemente visitando Havana.
A diferença é que, se você mora aqui e passa por isso todos os dias, o desgaste é inevitável. De qualquer maneira, se planeja visitar Cuba, recomendo que venha com presentinhos se quiser, mas que, principalmente, venha com uma boa dose de bom humor e paciência na mala.
Os gritos em cada esquina te farão lembrar de mim quando perguntarem, pela décima vez: "Where are you from?"

Cubano vendedor de manga abordando "gringo" em bar
 Ana Carolina, jornalista, couchsurfer e autora do blog "Eu moro onde você tira férias"

As mulheres preferem os sensíveis?

Toda mulher gosta de homens fortes, robustos e com cara de mau, certo? Errado. Há moças que gostam mesmo é de rapazes com carinha de bom moço.

Já há algum tempo as mulheres conquistaram a plena independência.

Não precisam mais de um homem que pague as suas despesas, compre os seus sapatos, bolsas, roupas e o que mais quiserem adquirir. Mostraram que dão conta da casa, dos filhos e de todo o trabalho que se dispuser a fazer. Porém, é sempre bom ter o apoio de um companheiro, assim como ter alguém a quem apoiar.

Pesquisas feitas por conselheiros amorosos apontam que as mulheres ainda querem um homem provedor. São aqueles que estão sempre prontos para nos proteger e amparar. "As mulheres ainda buscam o homem que se mostre poderoso. É assim desde os tempos das cavernas. É claro, o ser humano evoluiu muito, hoje trabalhamos fora, somos livres. Mas, assim como esperávamos que os homens nos defendessem antes, queremos agora", afirma a psicóloga e primeira coaching do Brasil, Eliete Matielo. "As mulheres gostam de homens poderosos e protetores, principalmente na hora da afetividade elas querem se sentir amparadas", completa.

O problema é que, quase sempre, esse perfil vem acompanhado de uma dose de machismo e prepotência. Assim, algumas mulheres optam por outro estilo. "As independentes e confiantes procuram homens sensíveis. Acredito que eles não sejam frágeis, mas sim seguros. Esses rapazes não precisam ficar o tempo todo provando que são 'homens'", contrapõe a antropóloga Mirian Goldenberg, autora do livro "De perto ninguém é normal" (Editora BestBolso, 2011).

"As mulheres que eu já atendi demonstram que os homens de aparência frágil são super amigos e legais, mas não servem para levar para casa. As moças não querem os franzinos", dispara Eliete, que também é criadora da agência de relacionamentos Eclipse Love. "Nem mesmo um moço mais baixo é aceito, elas querem sempre os mais altos. Quem quer ter um namorado ou marido de estatura menor do que a dela?", completa.

Elite afirma que essa não é uma exclusividade feminina. Eles também buscam garotas que sejam sensíveis, assim eles poderão exercer o seu papel de provedor. "É por isso que as empresárias bem sucedidas têm tanta dificuldade de manter um relacionamento. Eles as adoram para serem amigas, não para namorar", exemplifica a psicóloga.

"O diferencial do homem sensível é que ele não precisa dominar, competir, mostrar que ele é mais forte, mais rico, mais alto... As palavras 'respeito' e 'admiração' são importantes para ele. Há parceiros que admiram e gostam de mulheres poderosas", garante Mirian. "Essa mulher é mais independente, forte e cheia de valor. Quer um companheiro, não um pai ou pagador de contas", completa.

A antropóloga acredita que essa relação tem chance de dar certo, tanto quanto qualquer outra. "Hoje é difícil dizer o que faria um relacionamento durar, ou não. Não vejo porque não daria", finaliza Mirian.

E você escolheu um homem mais sensível para estar ao seu lado?

Por Bianca de Souza (MBPress)