Pelé que nada...

Fora-de-serie mesmo são os comentaristas esportivos. 

São artilheiros, não perdem um gol...

Armam com maestria no meio de campo, além de fazer o bom combate.

Na defesa são craques...

No gol, infalíveis, defendem todas...

Pena que isto seja apenas da boca prá fora. 

Na verdade muitos foram jogadores medíocres e olhe lá.

Desta mesma forma agem a maioria dos jornalistas, economistas e mais istas pagos pela banca e o pig.

Eles se acham.

Como montar um pequeno E-commerce

Falar em grandes projetos de e-commerce, com recursos abundantes, várias e fartas fontes de financiamento é muito fácil. Difícil, é a realidade do pequeno e médio empreendedor brasileiro que precisa administrar o caixa com precisão Suíça para não quebrar. Por isso, a proposta de inclusão do pequeno e médio empresário no comércio virtual deve levar em consideração as limitações de recursos que estes empreendedores enfrentam. A pergunta é: É possível criar um e-commerce de sucesso com um baixo orçamento? A resposta é sim e e segunda pergunta é óbvia: Como?
Sendo profissional:
 E-Commerce é coisa séria. Não tente entrar neste segmento se não quiser encarar o projeto de forma séria e com muito comprometimento. A Internet não é uma “terra de coisas baratinhas” que pode ser desbravada com soluções improvisadas e subterfúgios. O grátis na Internet é apenas um custo que ainda não te revelaram. Informe-se sobre custos de serviços que serão envolvidos no seu projeto de e-commerce e prazos de execução. Planejamento no mundo virtual tem tanta, ou mais importância que no mundo físico.
Evitando o confronto: 
A disputa por mercado com grandes players já estabelecidos nunca foi um bom negócio. Procure atuar em nichos de mercado em que você possua vantagens comparativas. Muitas grandes empresas não se interessam em atual em alguns nichos de mercado por não oferecerem a rentabilidade necessária para suas estruturas. Isso não significa que esses mercados não sejam viáveis para o seu negócio. No livro A Cauda Longa, Chris Anderson deixa esse aspecto do e-commerce bem claro. Além da atuação em um determinado nicho de mercado, você também deve se destacar por um atendimento diferenciado e exclusivo. As pessoas adoram se sentir únicas, principalmente em um ambiente tão massificado quanto a Internet.
Conhecendo os recursos: 
A primeira coisa é conhecer o ambiente em que você está entrando. Procure conhecer as ferramentas (sistemas) já disponíveis no mercado. Como é mostrado em nosso curso sobre criação de lojas virtuais, existem hoje em dias vários sistemas prontos que podem ser comprados ou alugados para a criação de um negócio de sucesso na Internet. Lojas virtuais com recursos de última geração podem ser criadas a partir de soluções já disponíveis no mercado e personalizadas de forma a passar ao seus clientes a identidade e prestígio que o seu negócio já possui no mundo físico. O custo é compatível com a realidade do pequeno e médio empresário, e contando com uma boa orientação, o projeto pode estar pronto em bem pouco tempo. Comércio eletrônico não é exclusividade de grandes empresas e boas plataformas de e-commerce estão disponíveis também para o pequeno e médio empreendedor.
Aprendendo a divulgar: 
O marketing no mundo digital tem formatos diferentes, mas a mesma essência do marketing tradicional, o convencimento. A grande diferença está no meio. No marketing online, tudo acontece de forma mais rápida e por isso o tempo para convencer o seu comprador em potencial é muito menor. Por isso, o marketing digital requer conhecimento dos padrões de comportamento dos usuários e precisão nas campanhas. Não adianta veicular uma peça publicitária em uma mídia que é ignorada pelo seu consumidor em potencial. Por vezes, o que funciona para um segmento não funciona para o outro. A grande vantagem do marketing digital é que qualquer ação pode ser mensurada por ferramentas de monitoramento acessíveis a todos. Por isso, o conhecimento das ferramentas de divulgação e suas aplicações é tão importante para o sucesso de um e-commerce.
Conquistando a confiança: 
Seu cliente precisa ser conquistado e reconquistado a cada compra. Torne seu e-commerce um ambiente agradável para os visitantes. Trabalhe bem as fotos da sua loja virtual, deixe-a com uma navegação fácil rápida e intuitiva.  Tenha um cuidado extremo com as fotos, pois elas na verdade são a primeira venda da sua loja. Para que o usuário ganhe confiança na sua loja é necessário que a apresentação e navegação seja impecável.
Mantendo-se atualizado:
 Não é porque a sua loja virtual está pronta, funcionando e faturando bem que a sua tarefa de pesquisa acabou. O e-commerce é um ambiente em constante mutação e sofre influência de todas as órbitas da Internet. Novas tecnologias e hábitos surgem a cada semana e você precisa estar atualizado para não se tornar ultrapassado. Acompanhe sites que falam sobre tecnologias e tendências do comércio eletrônico e marketing digital. Fique atento ao que se passa nas mídias sociais.
Facilitando a jornada:
 Para facilitar o acesso a todas essas técnicas e fontes de informação, o Curso de E-Commerce disponibiliza uma grade completa de cursos nas áreas do e-commerce e marketing digital nos formatos presencial e online. Estes cursos ajudam ao pequieno e médio empresário a compreender o funcionamento do comércio eletrônico brasileiro e as formas de divulgação para sua loja virtual. conheça nossa agenda de cursos presenciais e começe hoje mesmo a estruturar o seu projeto de e-commerce. Caso prefira realizar estes cursos no formato online, o Curso de E-commerce também possui esta opção em uma plataforma interativa e especialmente desenhada para o ensino a distância. Conhça nossa grade de cursos online.

O que é um Líder

"Um líder se forja, em primeiro lugar, quando tem empatia com seus cocidadãos, sente com eles, sofre com eles. Em segundo lugar, quando é capaz de mostrar que tem capacidade para modificar o estado das coisas, para passar do pessimismo ao otimismo. E em terceiro lugar quando tem a pele grossa para suportar as críticas." Felipe Gonzales


Cercadinho Verde

Marina Silva concluiu o ciclo dela no PV em situação de claro
isolamento. Saiu do partido levando com ela um punhado de fiéis. Os
detentores de mandato preferiram a cautela, pois caso deixem a sigla
ficam sujeitos a perder a cadeira.

No fim das contas a máquina do PV prevaleceu.

É injusto com a ex-ministra e ex-senadora acusá-la de ter pretendido
adonar-se do partido. Pediu apenas regras democráticas para a eleição
de dirigentes e escolha de eventuais candidatos.

Era um pedido prudente, dada a possibilidade sempre real de os donos
do cartório usarem o potencial eleitoral de Marina para, no fim da
trilha, negociarem a cabeça dela e entregarem o troféu numa bandeja
para o governo, ou mesmo para o PSDB.

Nas nossas regras quem deseja ser candidato precisa estar filiado ao
partido um ano antes. Assim, o PV teria a opção de vender ao governo
ou aos tucanos a degola de Marina, e ela não teria a opção de reagir a
posteriori.

O sistema partidário brasileiro transformou-se nisto: uma federação de
máquinas, abastecidas por dinheiro público e dominadas por caciques
incontestáveis, um oligopólio paraestatal.

É impensável o sujeito entrar num partido para disputar, para colocar
a possibilidade de uma alternativa. Será expelido antes de esboçar o
primeiro passo.

Assim, Marina, que tem seu legítimo projeto, precisou sair.

A nova trajetória dela carrega belas possibilidades e pelo menos uma
fraqueza estrutural. As possibilidades vêm do espírito do tempo. O
ambientalismo ocupa neste início de século 21 o espaço dogmático, é
quase uma nova religião.

Na prática, Marina nem precisa se preocupar em fazer a apologia dela
própria, o mundo já cumpre esse papel.

Se Luiz Inácio Lula da Silva preencheu no final do século 20 o locus
do promotor da justiça social, Marina ocupa o lugar da portadora da
utopia do momento. A verde.

Os operadores hegemônicos das ideias trabalham para ela, na prática.

A fraqueza estrutural, até agora, é Marina sistematicamente encontrar
dificuldades intransponíveis quando procura materializar uma aliança
social que a apoie estrategicamente.

Marina tem com ela as simpatias difusas, mas lhe falta articulação.

Faltou-lhe quando no governo. A proposta dela, de uma transversalidade
que amarrasse horizontalmente as políticas públicas, acabou batendo de
frente com o então desenvolvimentismo da mãe do PAC.

Faltou-lhe na campanha eleitoral, quando não quis -ou não foi capaz-
de usar no segundo turno o capital político acumulado no primeiro.

E faltou-lhe agora, quando abriu a batalha contra os donos do PV e perdeu.

O marinismo pode argumentar, e haverá alguma lógica nisso, que até
agora Marina sempre esteve constrangida por pertencer a arcabouços
políticos sobre os quais não tinha efetiva liderança.

No governo do PT a que ela serviu, quem mandava eram o PT, Lula e,
depois, Dilma. No PV, como se viu, os donos estavam bem estabelecidos.

A dúvida é sobre a campanha eleitoral. O "se" na História não tem
muito valor, mas é possível que mais protagonismo no segundo turno
tivesse reforçado o papel de Marina no cenário político, e no próprio
PV.

Mas por que Marina sistematicamente bate na trave quando se coloca o
desafio da articulação? Talvez por uma razão política.

O único momento recente em que Marina conseguiu deixar o cercadinho do
fundamentalismo ambientalista foi na reta final do primeiro turno
presidencial, quando recolheu um amálgama de votos conservadores e
votos ansiosos por uma política mais limpa.

Antes e depois, aceitou ser empurrada para o cercadinho da política verde.

Que recolhe simpatia difusa, mas encontra uma barreira quando precisa
responder aos desafios da vida prática. Quando precisa transformar o
rejeicionismo em alternativas viáveis para o andamento da civilização.

Talvez Marina Silva esteja precisando publicar uma Carta Verde aos
Brasileiros.

A homeopatia não serve para coisa alguma

O chefe do primeiro centro britânico a estudar terapias alternativas diz que há pouca ciência por trás delas

Teresa Perosa – Época

O médico alemão Edzard Ernst, de 63 anos, foi o primeiro pesquisador no Reino Unido a comandar um departamento acadêmico especializado em analisar cientificamente a eficácia das terapias alternativas, como homeopatia, acupuntura e ervas medicinais. À frente da Unidade de Medicina Complementar da Universidade de Exeter desde 1993, Ernst amealhou evidências a favor do uso da acupuntura para tratar artrose e trouxe novas provas do efeito antidepressivo da erva-de-são-joão (Hypericum perforatum). Mas também concluiu – "com tristeza" – que a homeopatia não funciona. "A homeopatia parece não ser nada além de uma preparação sem efeito algum", diz Ernst, que é ex-homeopata. A seguir a entrevista que ele deu a ÉPOCA.

ENTREVISTA – EDZARD ERNST

Divulgação

QUEM É

É médico e pesquisador de medicina alternativa. Nasceu na Alemanha, mas vive na Inglaterra com sua mulher francesa. Tem 63 anos

O QUE FEZ
Foi diretor do primeiro departamento acadêmico britânico a estudar as técnicas de medicina alternativa, criado em 1993 pela Universidade de Exeter

O QUE PUBLICOU
É autor de Medicina complementar – Uma avaliação objetiva (Editora Manole, 2001) e Trick or treatment? Alternative medicine on Trial, de 2008, sem edição no Brasil

ÉPOCA – Depois de estudar terapias alternativas por quase 20 anos, qual é sua conclusão? Elas funcionam?
Edzard Ernst – 
Depende de cada técnica. Essa área inclui práticas muito diferentes entre si. Os melhores resultados estão na área de ervas medicinais. A planta Hypericum perforatum, conhecida como erva-de-são-joão, foi uma das mais estudadas. Diria que ela não é apenas eficaz contra a depressão. Ela é melhor que os antidepressivos. Em minha opinião, é melhor que o Prozac. A acupuntura funciona para algumas condições, não para todas. Há fortes evidências de que ela é eficaz no tratamento da artrose, uma doença que causa a degeneração da cartilagem nas articulações, causando dor e rigidez. O melhor resultado é no tratamento de dores no joelho. Já a homeopatia parece não ser nada além de um placebo, uma preparação sem efeito algum.

ÉPOCA – Como o senhor recebeu esses resultados, sendo homeopata?
Ernst – 
Teria adorado provar que homeopatia funciona, porque eu ganharia o Prêmio Nobel de Medicina e seria muito rico. Mas fico triste em dizer que a evidência mostra exatamente o contrário. Atualmente, há cerca de 200 testes clínicos em andamento e a maioria dos resultados não é favorável à prática. É preciso dizer que os fundamentos do tratamento homeopático são implausíveis. Diluir remédios não os torna mais poderosos, mas os faz menos eficazes. Esse assunto é o mais polêmico em minha área porque as pessoas que acreditam na homeopatia o fazem quase com fervor religioso.

ÉPOCA – Por quê?
Ernst – 
A realidade que o médico vê no consultório é diferente daquela que acontece em um laboratório. Você, como médico, atende um paciente com enxaqueca, decide receitar remédio homeopático e em 15 dias ele volta dizendo que a dor desapareceu. A maioria dos homeopatas diria que isso mostra que a homeopatia funciona. Mas, como cientista, você aprende a pensar de maneira diferente. Em minha opinião, a melhora do paciente não quer dizer absolutamente nada. Pode ser consequência do efeito placebo ou, simplesmente, a evolução natural da condição. A experiência como médico pode ser bastante ilusória. É exatamente por isso que nós precisamos de pesquisas. Um bom médico deve confiar em evidências científicas tanto quanto confia em sua experiência diária.

ÉPOCA – O senhor fez muitos inimigos?
Ernst – 
Os resultados dos estudos do meu grupo em relação à homeopatia e à quiropraxia, técnica que usa o alinhamento da coluna para tratar dores, foram muito negativos. Os defensores dessas duas práticas não gostam do meu trabalho, não gostam de mim e me atacam pessoalmente. Eles se mostraram extremamente agressivos. Não ligo para esses ataques, se eles não forem muito pessoais ou de baixo nível. Encaro essas controvérsias como resultado do meu trabalho. Às vezes, até provoco discussões de propósito. Acho que estimula o pensamento crítico, exatamente do que precisamos nessa área.

"Os estudos não respondem a questões cruciais, como o
mecanismo que explicaria os efeitos das práticas no corpo"

ÉPOCA – O senhor acha que não há rigor suficiente nas pesquisas sobre terapias alternativas?
Ernst – 
A maior parte dos estudos atuais não aplica análise crítica em grau suficiente. Querem apenas promover a medicina alternativa, mostrar que funciona. Os estudos não respondem a questões cruciais, como o mecanismo fisiológico que explicaria os efeitos das práticas no corpo. O que a área precisa é de ciência rigorosa, em vez de promoção pura e simples. Precisamos de cientistas que pesquisem de verdade as técnicas de medicina alternativa. Se você não é cético, não pode ser um cientista.

ÉPOCA – Acreditar na eficácia da terapia pode atrapalhar o resultado da análise?
Ernst – 
O ângulo errado de encarar uma pesquisa é dizer: "Estou convencido de que esse tratamento funciona e vou usar a ciência para provar". Para testar uma hipótese é preciso tentar derrubá-la. Se você tenta provar que um tratamento não funciona e o submete às mais extremas e severas condições e, ainda assim, ele apresenta resultados eficazes, é sinal de que funciona em qualquer circunstância. Mas não é assim que a maioria de meus colegas no mundo inteiro trabalha. Eles partem do pressuposto que a terapia é eficaz e querem provar isso. Pesquisar medicina alternativa é muito desafiador.

ÉPOCA – Quais são as dificuldades?
Ernst – 
Os efeitos dessas práticas costumam ser muito discretos. Não dá para dizer que a acupuntura e a homeopatia têm efeitos revolucionários sobre a vida dos pacientes. Isso significa que os estudos precisam ser realizados em uma amostra muito grande de pacientes, porque só assim temos condições de conseguir medir os efeitos. O problema é que pesquisas com muitos voluntários são caras. O segundo desafio é encontrar uma boa maneira de avaliar se a técnica funciona. Em testes de medicamentos comuns, um grupo de pacientes toma o remédio de verdade e o outro toma placebo, uma pílula falsa, de farinha, que não tem efeito algum. O resultado da pílula verdadeira tem de ser muito melhor que o da falsa. Na medicina alternativa é infinitamente mais difícil encontrar placebos. Por exemplo, como é possível substituir as agulhas de acupuntura? Aqui na unidade nós desenvolvemos uma "agulha placebo", semelhante às facas usadas no teatro. Elas não penetram de verdade na pele.

ÉPOCA – Como ficarão as pesquisas agora que o senhor anunciou a aposentadoria?
Ernst – 
Ainda não abandonei o posto completamente. Estou trabalhando meio período até achar um sucessor. Mas, quando deixar meu cargo, não vou parar. Vou escrever um livro, talvez vários. Vou ser uma voz muito crítica, vocês vão ouvir falar muito de mim.



Receita do Dia

macarrao-ao-molho-branco-f8-5952.jpgIngredientes

500 gr de macarrão cozido "al dente"
quanto queira de molho bechamel
1 copo de Requeijão
100 gr de parmesão ralado 

Modo de preparo

Cozinhe o macarrão al dente e reserve. Em uma tigela misture o molho bechamel, o requeijão e 50 g do queijo ralado. Coloque o macarrão em um refratário e, por cima, despeje a mistura da tigela. Polvilhe o restante do queijo ralado sobre o macarrão e leve ao forno médio, por cerca de 30 a 40 minutos ou até dourar. Como opção, pode-se colocar na mistura do molho bechamel com o requeijão e o queijo ralado, bacon frito (sem a gordura), cebola frita, funghi, presunto, champignon.


Estabilidade estável

O noticiário está tomado pelos problemas políticos do governo, mas o maior problema político talvez esteja na economia. Onde a inflação, apesar de perder fôlego, mostra certa resiliência.

O dólar baratíssimo funciona como âncora. Mas a contração do crédito ainda não parece suficiente. É a velha psicologia brasileira das compras parceladas. Se a prestação cabe no salário, que se danem os juros.

E é bem compreensível, num país onde tantos ainda deixam de ter o básico.

Mas o problema da autoridade monetária não é a justiça social, é a inflação. A aposta de quem costuma apostar é o Banco Central prolongar o aperto sem medo de ser feliz. Com as consequências conhecidas.

Os movimentos recentes no Congresso Nacional indicam alguma acomodação entre o Palácio do Planalto e o PMDB, e também do Executivo com o presidente da Câmara dos Deputados.

Nas novas condições, o governo pôde adiar a regulamentação da emenda 29, que fixa constitucionalmente verbas para a Saúde.

Também há uma chance razoável de ser jogada para adiante a votação de outra emenda, a de número 300, que reajusta nacionalmente os salários dos policiais militares adotando como referência os belos vencimentos da categoria no Distrito Federal.

Mesmo que neste caso cada adiamento vá significar, apenas, um pouco mais de força no tsunami. De lenha na fogueira. Em especial depois da desastrosa condução, pelo governador Sérgio Cabral, do movimento dos bombeiros no Rio.

As turbulências políticas evidenciadas na derrota do governo durante a votação do Código Florestal ficaram para trás, a execução orçamentária anda, os restos a pagar não foram para o beleléu.

E a maioria governista nas duas casas continua ali pronta para tratorar a oposição.

Bem ou mal, a nova coordenação política vem obtendo algum grau de operacionalidade.

A crise do momento, desencadeada pelo noticiário sobre o Ministériodos Transportes, fechou a semana algo circunscrita, à espera do novo titular da pasta.

O tema tem potencial para estragos adicionais, mas o governo trabalha no Congresso para segurar a onda.

Mas a acomodação tem custo político. Medida em recursos orçamentários e também na musculatura adicional de deputados e senadores a cada conturbação.

Se um episódio pede à base sacrifícios em defesa do governo, e se ela comparece à batalha e vence, o Executivo torna-se um pouco mais dependente. Com as decorrências sabidas.

Onde a coisa embute mais riscos? Se a economia emitir sinais de sofrimento além da conta. Se a contenção produzir efeitos na popularidade presidencial, mesmo limitados, a fatura rotineira do Congresso ao Planalto tende a engordar aceleradamente.

O processo é contraditório. A cada crise, o governo vai ficando mais com a cara da presidente, com a colocação de pessoas mais próximas nas posições vagas. É o bisturi dilimista a percorrer tecidos herdados do antecessor.

Mas vai ficando também mais refém dos aliados. Pois um possível efeito colateral das seguidas cirurgias é o desarranjo do organismo como um todo.

Como evoluirá esse delicado equilíbrio numa hipotética situação de perda de musculatura popular da presidente?