A arte de amar


LÚ,

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro [o meu ] corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
De quem te ama pra sempre. Joel
Manuel Bandeira
postado originalmente no Blog do Briguilino

Entretanto se move, e rápido!

Na peça Galileu Galilei, de Brecht, há uma cena em que, tendo de abjurar ante a Inquisição de suas afirmações de que a Terra não era um corpo estático no Universo, o astrônomo italiano, depois de praticar a confissão desejada de que era fixa , murmura “eppur si muove” (entretanto se move).
A economia mundial e os sistemas de dominação e acumulação de riquezas, também.
E, às vezes, rapidamente.
No início dos anos 90, Estados Unidos e Europa pareciam diante de um período fadado ao seu domínio absoluto sobre o mundo.
Caíra a União Soviética. A unificação europeia caminhava a todo o vapor e se iniciava a formulação de uma moeda continental, lançada uma década depois, o Euro. A esquerda, desbaratada, não tinha força, praticamente, em parte alguma do mundo. Oposição? No máximo um Saddam Hussein a ser corrido do Kuwait com uma operação de guerra tão espantosa quanto desequilibrada.
As economias centrais – EUA, Europa e Austrália – dominavam, então 80% do PIB mundial. Sobravam 20% para os que viriam a ser chamados de emergentes.
Em apenas 20 anos, esta diferença de 60 pontos já se reduziu à metade. E a outra metade, considerado o ritmo atual precisará de apenas seis anos para ser vencida: em 2017, a divisão do PIB no mundo será “meio-a-meio”.
O gráfico publicado pela The Economist mostra a queda do que era invencível e a ascensão do que era inviável.
O mundo dos emergentes, portanto, não é uma abstração de futuro. Em matéria de decisões econômicas, já é presente.
O mundo desenvolvido está fraco, política e economicamente, embora ainda detenha um poder incontrastável: o capital livre e solto que suas economias não conseguem absorver.
Porque o livre comércio de mercadorias, sua causa e bandeira de décadas, voltou-se contra eles próprios. Os EUA já eram mais que deficitários em comércio exterior, mas não a União Europeia. Em 2008, com a crise, já registraram déficit de US$ 40 bilhões. Ano passado, de mais de US$ 200 bilhões. Salva-se, ainda, a Alemanha, com superavit.
O fantasma da dívida pública, que apavora o mundo desenvolvido, não assombra os emergentes: 83% do total está lá, apenas 17% aqui.
Este é o diferencial competitivo de que não podemos abrir mão. O discurso da estabilidade monetária não é desprezível, mas não pode nem deve ser o centro de uma política econômica coerente, salvo nos patamares em que proteja a renda e o consumo internos. O centro está numa política agressiva de investimentos – e nestes países, quem pode investir e dirigir – palavra meio maldita – investimentos é o Estado, não o mercado.
O discurso do livre mercado como melhor guia para as economias não passou no teste do tempo. Teve todo o poder, tornou-se a única forma de pensar a economia e o resultado desta hegemovia incontrastada está lá, na linha descendente de suas economias.
Durante muito tempo todos que pensavam o universo econômico fora dos cânones do neoliberalismo tivemos de andar murmurando, como Galileu.
E o tempo mostrou, bem rápido, que “eppur si mouve”.

pinçado do « Projeto Nacional

A arte de Amar


LÚ,

Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.

As almas são incomunicáveis.

Deixa o teu corpo entender-se com outro [o meu] corpo.

Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira

Quanto mais brasileiros puderem se tornar consumidores, maior é a riqueza do Brasil

[...] Uma vez que não pode se pensar em desenvolvimento sem se pensar em inclusão. Essa foi a tônica do discurso da presidenta Dilma Rousseff ao participar, no início da tarde desta sexta-feira (5/8), em Salvador (BA), do lançamento do Programa Estadual de Inclusão Produtiva Vida Melhor – Oportunidade para quem mais precisa.

A presidenta afirmou que o equilíbrio econômico está diretamente vinculado à melhoria da qualidade de vida da população que, ao passar para a condição de consumidor, torna o mercado interno mais forte e dinâmico. Entretanto – frisou a presidenta – é inconcebível que se pense no desenvolvimento sem que todos os 190 milhões de habitantes tenham acesso às riquezas do país.

Nesse ponto, Dilma Rousseff lembrou dos 16,2 milhões de brasileiros que ainda vivem à margem da sociedade, abaixo da linha da extrema pobreza, e que não têm acesso a direitos básicos como luz, água, educação e cidadania. Ela reafirmou seu compromisso em buscar essas pessoas, já que é dever do Estado dar a elas "o direito a ter uma renda, a ter um ganho para poder sobreviver com decência".

"Um Brasil rico é um Brasil sem miséria (…), significa que nós vamos utilizar o que temos de mais precioso: o fato de nós não sermos um país pequeno. E não somos pequenos porque a nossa maior riqueza é a quantidade de brasileiros e brasileiras que esse país possui. Nós somos 190 milhões e não podemos aceitar ser menores do que isso."

Crise internacional - Dilma Rousseff lembrou que, em decorrência da entrada à classe média, nos últimos oito anos, de 39,5 milhões de pessoas, o mercado interno brasileiro se tornou "objeto de cobiça do mundo inteiro". No entanto, a presidenta reforçou que o governo não permitirá que produtos importados, oriundos de concorrência desleal ou de práticas fraudulentas, invadam o mercado brasileiro, colocando em risco a indústria nacional e os empregos.

Ela frisou que o país está ainda mais bem preparado para superar a crise financeira global do que estava em 2008, principalmente em função das reservas internacionais e compulsórias, de US$ 384 bilhões e US$ 420 bilhões, respectivamente. E, novamente, anunciou: "nós iremos proteger a nossa indústria".

"Nós não podemos deixar que por conta da crise venham aqui, entrem e façam uma destruição dos nossos empregos. Nós não podemos e não vamos deixar, porque é esse o nosso patrimônio (…). O tamanho desse país é o tamanho da nossa ousadia, da nossa autoestima e da nossa certeza de que esse país pode e vai ser um dos melhores lugares do mundo para se viver", afirmou. 


Unindo o útil ao agradável


Algo parece bastante desarrumado na condução política do governo Dilma Rousseff. E aqui não vai qualquer observação sobre ministros, ou ministras, porque conduzir politicamente o governo é tarefa indelegável do presidente da República. Ou da.

Consta que o futuro ex-ministro da Defesa andou falando mal da colega da articulação política, desdenhou da capacidade de ela cumprir a tarefa.

Desmentir é de praxe, mas na política a verdade e a verossimilhança dançam de rosto colado. Na glória e na desgraça.

Ministros falarem mal uns dos outros para jornalistas (com o compromisso de não publicar, claro) é mais previsível e corriqueiro em Brasília do que a seca.

Talvez algum dia as mudanças climáticas façam chover torrencialmente aqui nesta época do ano. Mas nesse dia continuará a haver, com 100% de certeza, algum primeiro escalão atrás de coleguinhas da imprensa para falar mal de outro.

O que importa a opinião de Nelson Jobim sobre Ideli Salvatti? O mesmo tanto que a opinião dela sobre ele. Nada. E qual a importância de a chefe da Casa Civil "não conhecer Brasília"?

Ela não é a secretária de Turismo do Governo do Distrito Federal. É a ministra-chefe da Casa Civil. Com a caneta na mão, certamente encontrará quem lhe explique rapidamente tudo o que deve saber. E o que não.

Como um dia alguém explicou ao próprio Jobim.

Perceba o leitor a desimportância do tema. Eu nem deveria estar escrevendo sobre isso. Para não desperdiçar o seu precioso tempo com desimportâncias. Aliás, a respeito das ditas cujas quem deu o tom correto foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, animal político até o último átomo.

Quando discorreu sobre o (ir)relevantíssimo tema de quem votou em quem na eleição.

A presidente da República degusta nas semanas recentes um cardápio variado de encrencas. Todas elas compatíveis com sintomas de envelhecimento governamental.

Porque o governo Dilma é novo, mas também velho, visto que sua excelência aceitou a hegemonia absoluta do vetor de continuidade.

Agora colhe os resultados. Ou então ela própria os provoca, ao abrir caminho para a amplificação das crises.

Justiça se faça, é admirável ela ter obrigado as autoridades acusadas de malfeitos a comparecer ao Congresso Nacional para prestar contas. Merece aplausos. É uma bela contribuição aos hábitos políticos nacionais.

Mas é também evidente que Dilma vai surfando nas ondas -as importantes e as desimportantes- com o objetivo de livrar-se do pedaço, ou dos pedaços, que a incomodam na herança.

E, assim, o método que parece uma bagunça pode ser lido como portador de alguma racionalidade. Inclusive no uso inteligente da opinião publicada.

E o desimportante adquire estatura ao lado do importante.

Comecei esta coluna notando que algo parece bastante desarrumado na condução política do governo Dilma. E que a responsabilidade nesses casos é sempre do chefe.

Quem está desarrumando o governo é a própria.

Num extremo, o subestimador dirá que ela vem engolfada pelas ondas sucessivas. No outro, o superestimador defenderá a suposta genialidade estratégica da chefe do governo.

A verdade, como sempre, deve estar em algum ponto intermediário.

A presidente, antes de tudo, parece ciosa do poder dela. Numa combinação de instinto, intuição, cérebro e fígado vai ajudando a desfazer o que recebeu, vai empurrando para fora do barco quem cujo peso representa risco para a embarcação.

E, unindo o útil ao agradável, lança ao mar também quem se acha mais capaz que ela de ocupar o posto de comando.

O risco é sabido. Reunir no campo adversário uma massa crítica com capacidade de desestabilizar o governo.

Com o grau de confiança que exibe, sua excelência certamente avalia baixo esse risco.

Inclusive porque as cisões na oposição oferecem múltiplos possíveis pontos de apoio do lado de lá.
pinçado do Blog do Alon

A Unidade do PT é vital para o Brasil diante do agravamento da crise



ImagePara todos os que acompanham a crise, não são nem um pouco animadores os sinais de que a situação econômica internacional pode se agravar. Mercados desabam no mundo inteiro, o acordo sobre o teto da dívida nos Estados Unidos parece um mero remendo a jogar para a frente o desfecho da crise deles e, também, se agrava celeremente a questão das dívidas dos países da zona do euro. Agora, não só nos países periféricos, mas também ameaçando a Itália e a Espanha.

No Brasil, onde o governo acompanha atenta e exemplarmente os desdobramentos da crise internacional, a presidenta Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini,  acabam de se manifestar a respeito.

A presidenta vê o quadro como de uma "pneumonia crônica". Mantega e Tombini mostraram como e porque o nosso país está mais preparado do que jamais esteve para enfrentar essa turbulência mundial.

Eu concordo com os três e é fato que o governo Lula, com as providências adotadas desde a crise de 2008-2009, e estes meses iniciais do governo Dilma, realmente prepararam o país e dotaram nossa economia das condições indispensáveis para enfrentar essa situação crítica.

A importância da unidade do PT

Nesse quadro, quero destacar o quanto é importante e quão necessária é a unidade do partido do governo, do PT, para a manutenção do rumo de nosso projeto de país que busca o desenvolvimento econômico e social de seu povo.

Mais do que nunca precisamos dessa unidade política do PT e de consolidar a base do governo. Precisamos de diálogo e acordos entre o governo, as centrais sindicais, o empresariado e entre todas as forças que constróem a nação para enfrentar a crise internacional que se agrava.

A unidade do PT e da base aliada é fundamental para o êxito dessa empreitada e essencial para conquistá-lo sem mudar de rumo e de lado - o Brasil, o PT e seu governo têm lado. Fizemos e seguimos opções muito bem definidas. O país deve continuar a crescer e a distribuir renda.

Coesão  dará as condições para manter nosso projeto

O fortalecimento do mercado interno aliado à integração Sul e latino-americanas são as únicas respostas à crise. Se necessário, não vacilemos: devemos, podemos e vamos lançar mão, como fez o governo Lula, de todas as nossas reservas e instrumentos fiscais e monetários para manter o crescimento.

Mas, para enfrentar a crise com garantia de sucesso, a unidade no PT, na coalizão da base de apoio, e no próprio governo, é condição indispensável. Com ela, e sob a liderança da presidenta Dilma Rousseff, vamos conseguir dar agora uma resposta a crise, como demos em 2008.

Uma resposta que, ao mesmo tempo, possibilite aprofundar nossas políticas de desenvolvimento nacional e garanta a continuidade do crescimento econômico com emprego, aumento e distribuição da renda.

A velhinha Briguilina que saber...

Após a saída do tucano enrustido [Nelson Jobim] e depois que o "petista" [Celso Amorim] tomar posse no cargo de Ministro da Defesa, quanto tempo demorará para Pig transformar o ministério num antro de corrupção?...

E o "caos aéreo", vai retornar no próximo feriado?...

A  compra dos caças renderá quantas manchetes e reporcagens na imprensa?...

É questão de tempo apenas. Mas que este filme vai passar...ah, isto vai, garante a velhinha Briguilina.