por Luis Fernando Verissimo

Foi pessoal

Em 1986, fomos atacados pelo Muamar Kadafi. Já conto.
1986, todos se lembram, foi o ano do desastre nuclear em Chernobyl. A radioatividade expelida pela explosão da usina russa se alastrou pela Europa e chegou à Itália e a Roma, onde passávamos uma temporada com os filhos. Para controlar a contaminação foi proibido o comércio de certos alimentos, que desapareceram do mercado. Fora isso, não fomos atingidos pela radiação — pelo menos que notássemos.
Aquele também foi o ano do metanol que os italianos estavam usando para adulterar o vinho, o que deu em mortes, protestos e processos. Também escapamos dos seus efeitos, talvez por sorte, pois bebíamos bastante vinho nacional. E 1986 foi o ano da morte por envenenamento, na prisão, de uma importante figura política cujo nome não recordo, um daqueles escândalos "al succo" que os italianos saboreiam de tempos em tempos e parecem sempre prestes a derrubar a república.
Não tínhamos nada a ver com a política local, aquilo não nos dizia respeito. Mas que estava sendo um ano estranho, estava.
Lembro da manchete de um jornal de Roma que dizia "Itália de todos os venenos". E, para culminar, em retaliação por alguma que a Itália tinha lhe feito, o Kadafi mandou um foguete contra a ilha de Lampedusa. Ninguém morreu, mas o território italiano foi atingido — e nós, na qualidade de hóspedes, também. Fiquei ressentido com aquele foguete contra a minha família. Quer dizer, tenho razões pessoais para celebrar a queda do Kadafi.
(Para responder ao ataque do Kadafi, um cômico italiano sugeriu que, aproveitando os efeitos de Chernobyl, lançassem alguns repolhos radioativos em Trípoli.)
OUTRO
Quinze anos depois, estava eu em Nova York cuidando da minha vida quando fui, de novo, sorrateiramente agredido. E o World Trade Center estava bem mais perto de mim do que a ilha de Lampedusa em 86. Entre todos os outros estragos que fizeram os aviões que derrubaram as torres gêmeas, interromperam minha viagem e agravaram minha paranoia, já aguçada pelo foguete do Kadafi.
Estes ataques contra mim estão virando rotina, gente. Não vou tolerá-los por muito mais tempo.

Sob o Sol...


Ao longe batem carimbos descoordenados...
Grampeiam folhas lisas e senhoras de si...
Silenciam em filas cinzas, desbotadas
Chacoalham moedas, misturam notas
Que escravizam as mentes inquietas...

Lá nada há que me atraia
Apenas caminho descalço sob o Sol
Na areia da praia

Saiba se você convive com uma pequena ou grande mulher

Há mulheres de todos os gêneros: histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas, se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.

Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher! Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas, com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.

Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando para o escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apoia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.

Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.

Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.

Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.

Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor. Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.
Se por trás de todo grande homem, existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem, talvez exista uma mulherzinha de nada.
pinçado do São as Ideias

Receita do dia

Bolinhos de arroz

Ingredientes

  • 2 Xícaras de arroz cozido
  • 3 Colheres de sopa farinha de trigo
  • 3 Colheres de sopa queijo parmesão ralado
  • 1 Colher de sopa de cheiro verde picado
  • 3 Colheres de sopa molho 3 em 1 HELLMANN'S PIC
  • 1  ovo batido
  • À gosto óleo

Modo de preparo

  1. Em uma tigela média, misture o arroz, a farinha, o queijo ralado, o cheiro verde, o molho 3 em 1 HELLMANN'S PIC e o ovo até que a massa fique homogênea.
  2. Modele com o auxílio de duas colheres (sopa) e frite os bolinhos em óleo quente por 1 minuto ou até dourarem levemente.
  3. Escorra no papel toalha e sirva a seguir

Steve Jobs anunciou ontem a noite sua saída do cargo de diretor-executivo da Apple

 Em licença médica desde 17 de janeiro último, Jobs trouxe à tona com sua decisão novos temores sobre seu estado de saúde - em 2004 o executivo teve um câncer no pâncreas, supostamente curado, e fez um transplante de fígado em abril de 2009.

"Eu sempre disse que se chegasse o dia em que não pudesse mais cumprir meus deveres e expectativas como diretor-executivo da Apple, eu seria o primeiro a dizer-lhes", afirmou Jobs em mensagem à diretoria da Apple. "Infelizmente, esse dia chegou. Por meio desta, renuncio ao cargo de diretor-executivo. Eu gostaria de servir, se a diretoria achar conveniente, como presidente do conselho, diretor e funcionário da Apple".

Para seu sucessor, Jobs apontou o diretor-executivo em exercício, Tim Cook, cujo nome já estaria no plano de sucessão da empresa californiana. Disse ainda acreditar que "os dias mais brilhantes e inovadores da Apple ainda estão à sua frente", e que esperava observar e contribuir para o sucesso da empresa em seu novo posto.



Prêmio Woodrow Wilson Public Service Award

A presidente Dilma Rousseff receberá no próximo dia 20 de setembro, durante um jantar no hotel Pierre, em Nova York, o prêmio Woodrow Wilson Public Service Award, também concedido ao ex-presidente Lula, em 2009. 

São agraciados com a honraria aqueles que prestam serviços em prol da educação, e valorizam o discurso público. 

Ainda nos Estados Unidos, Dilma abrirá, no dia 21 de setembro, o debate geral de uma sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas. 


Entrevista da presidenta Dilma Rousseff após cerimônia de lançamento do ...

A presidente desarma mais uma armadilha preparada pelo oposição [o Pig], colocando os pingos nos is e afirmando que meta do governo é erradicar a miséria.